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Cópia de Resumo Sandra

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PAVIMENTAÇÃO 
 
Pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras finitas, construída sobre o subleito, destinada 
técnica e economicamente a resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e do clima, e a propiciar aos 
usuários melhoria nas condições de rolamento, com conforto, economia e segurança. 
Não é permitido pavimentar em época de chuva em com temperaturas inferiores a 10 graus celsius. 
 
PAVIMENTO RÍGIDO 
 
Constituído por placas de concreto de cimento Portland assentes sobre sub-base e reforço do subleito. 
 
Camada de base: o revestimento de placa de concreto faz também o papel de base. Camada de sub-base pode ser 
granular ou cimentada, dependendo do projeto. Pode ser usada misturas asfálticas (não é comum no Brasil!). 
 
Camada de reforço do subleito: nem sempre é necessária! 
 
 
 
Exemplo de estrutura de pavimento rígido: 
 
 
PAVIMENTO FLEXÍVEL 
 
Pode ser composto pelas seguintes camadas: revestimento asfáltico (uma ou mais camada asfáltica), base, sub-
base e reforço do subleito. 
 
 
 
 
Dependendo do projeto, uma ou mais camadas da estrutura pode ser suprimida. 
 
Revestimento + Base 
 
Revestimento + Base + Sub-base 
 
Revestimento + Base + Sub-base+ Reforço do subleito 
 
 
 
Uma camada pode ser executada em duas etapas (duas camadas) por problemas construtivos de espessuras 
máximas admitidas para um efetivo desempenho dos equipamentos de compactação. 
 
 
Exemplo de estrutura de pavimento flexível: 
 
 
 
SEMI-RÍGIDO 
 
Constituído por revestimento asfáltico (uma ou mais camadas) assentes sobre base ou sub-base cimentada ou 
estabilizada quimicamente com cimento, cal, ou ambos, ou ainda por algum produto que aja como aglomerante. 
 
Exemplo de estrutura de pavimento semi-rígido: 
 
 
Diferenças básicas entre os principais tipos de pavimentos. 
 
 
ESTRUTURA DO PAVIMENTO 
 
A definição da estrutura do pavimento e a seleção dos materiais a serem empregados dependem principalmente 
dos seguintes fatores: 
 
 do TRÁFEGO (volume e composição) e período de projeto; 
 da disponibilidade de MATERIAIS da região; 
 do relevo e das condições climáticas da região; 
 da geometria e das condições de drenagem da via. 
 
As espessuras de cada camada dependem do projeto estrutural! 
 
 
SOLUÇÕES EM PAVIMENTAÇÃO 
 
A seleção da melhor alternativa ou da alternativa mais adequada para cada caso depende de dois fatores 
principais: 
 O tráfego que irá solicitar o pavimento 
 Os materiais disponíveis na região! 
A execução deve atender as especificações para garantir um pavimento de qualidade e que irá atender o tráfego 
durante todo o período para que foi projetado! 
 
IMPORTÂNCIA DA EXECUÇÃO 
 
A qualidade da execução é determinante no conforto ao rolamento e desempenho de longo prazo dos 
pavimentos! 
 
PRINCIPAIS ETAPAS DA EXECUÇÃO 
 
 
 
PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE 
 
 Varrer o local com vassouras mecânicas rotativas ou manuais; 
 Umedecer levemente a pista; 
 Aplicar o ligante na quantidade pré-determinada e de maneira uniforme (de preferência com caminhão 
equipado com barra espargidora); 
 Executar o serviço na pista inteira em um mesmo turno de trabalho; 
 No caso de emulsão asfáltica, esperar o escoamento e a evaporação da água em decorrência da sua 
ruptura. 
IMPRIMAÇÃO 
 
 
É necessário o controle da taxa de aplicação tanto na imprimação quanto na pintura de ligação. 
 
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS 

 Diluir somente a quantidade de material a ser utilizada diretamente no carro distribuidor, sempre agregando 
água à emulsão, e nunca o contrário. 
 Não se deve estocar emulsão asfáltica diluída. 
 Retirar o excesso de ligante da superfície, uma vez que este pode atuar como lubrificante, ocasionando 
ondulações ao pavimento (escorregamento do revestimento). 
 Colocar faixas de papel longitudinal e transversal durante a aplicação - pontos final e inicial do banho. 
 
USINA DE ASFALTO A QUENTE 
 
O objetivo básico da usina de asfalto (produção continua ou em quantidades individuais) é 
proporcionar de forma adequada a mistura de frações de agregados e o ligante asfáltico, produzindo 
misturas asfálticas dentro de características previamente especificadas. A produção de forma 
apropriada das misturas asfálticas é condição fundamental para o correto desempenho dos 
revestimentos. 
 
OPERAÇÕES BÁSICAS NA PRODUÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE 


Estocagem e transporte dos materiais componentes das misturas asfálticas na área da usina. 
Adequado proporcionamento e alimentação do agregado frio no secador. 
Secagem e aquecimento do agregado. 
 Secadores por contra-fluxo - usados em usinas por batelada e drum mix. 
o agregado movimenta-se no sentido contrário ao do queimador. 
 
 Secadores de fluxo paralelo – usados em usinas drum mix. 
o agregado movimenta-se no mesmo sentido do queimador. 
 
Controle e coleta de pó no secador. 
Adequado alimentação e mistura do ligante asfáltico com o agregado aquecido. 
Correta estocagem, distribuição, pesagem e manuseio das misturas asfálticas produzidas. 
 
 
USINAS DE ASFALTO A FRIO 
 
A produção de misturas asfálticas a frio em usinas é realizada em equipamentos onde não há a preocupação com 
temperatura e secagem dos componentes. 
 
Transporte de misturas asfálticas: 
Caminhões devem estar em condições mecânicas adequadas. Itens de manutenção incluem: motor, sistema de 
tração, sistema hidráulico, freios e luzes. O motorista é responsável pela manutenção. 
 
É importante que a temperatura da mistura asfáltica seja controlada para que não haja superaquecimento e 
envelhecimento precoce do asfalto ou esfriamento e impossibilidade de lançamento e compactação. 
 
Compactação: 
 
Processo através do qual a massa asfáltica é comprimida e tem seu volume reduzido. 
 
Realizada geralmente por rolos compactadores podendo ser estáticos(pressão de contato), pneumáticos (tipo de 
pneu, pressão de inflação, carga da roda), vibratórios(amplitude da vibração, frequência). 
 
 
IMPORTÂNCIA DA COMPACTAÇÃO 

 
 
FATORES QUE AFETAM A COMPACTAÇÃO 


 Propriedades dos materiais (origem e processamento, propriedades reológicas) 
 Variáveis ambientais (temperatura do ar e da superfície , velocidade do vento, grau de insolação) 
 Condições locais de execução (espessura de lançamento versus tamanho do agregado, condições da 
superfície). 
 
VARIÁVEIS DE COMPACTAÇÃO 

 Velocidade do rolo compactador: 
 Velocidade diminui o esforço de compactação; 
 Tempo de rolagem; 
 Pressão, impacto, operação; 
 Número de coberturas (quantas passagens do rolo compactador são necessárias para cobrir a largura da pista 
uma vez); 
 
 Zona de rolagem. 
 
 CONSTRUÇÃO DE TRECHO EXPERIMENTAL 

 Simulação de condições locais reais de compactação 
 Estabelecimento de maneira de rolagem 
 Determinação de velocidade efetiva de rolagem 
CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE OU CONCRETO ASFÁLTICO (CA) 
 
É empregado na construção de pavimentos flexíveis com diversas finalidades, recebendo designações específicas: 
 
 Camada de rolamento ou revestimento (capa) 
 Camada de ligação ou intermediária (binder) 
 Camada de nivelamento (reperfilagem) 
 
Equipamentos utilizados: 
 
 Caminhões para transporte da mistura: Tipo basculante, com caçambas metálicas e robustas. 
 Equipamento para espalhamento: Vibroacabadoras ou moto-niveladoras. 
 Equipamento para compactação: Rolo pneumático e rolo metálico liso, tipo tandem ou vibratório. 
 
MISTURA DESCONTÍNUA TIPO SMA (STONE MATRIX ASPHALT) 
 
Obtenção de camada de alta resistência à deformação permanente e melhoria das condições de aderência em pista 
molhada. 
 
 
MISTURA PARA CAMADA POROSADE ATRITO (CPA) 
 
Melhorar as condições de segurança de tráfego, proporcionando à superfície de rolamento características 
antiderrapantes em pista molhada e redução de ruído em qualquer condição. 
 
 
PRÉ-MISTURADO A QUENTE (PMQ) 
 
Revestimento, base, regularização ou reforço do pavimento. 
 
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA MISTURAS A QUENTE 
 
 Preparar a superfície da base antes de realizar a aplicação da camada de revestimento: imprimação e pintura 
de ligação; 
 Aquecer os materiais nas temperaturas determinadas em função da viscosidade do ligante asfáltico; 
 Transportar a mistura com a carga coberta com lona; 
 Distribuir a mistura e iniciar o processo de compactação do material na maior temperatura que a massa 
possa suportar. 
 Os ligantes modificados devem ser homogêneos em qualidade e satisfazer as especificações de serviço 
CUIDADOS NA COMPACTAÇÃO 
 
 A rolagem deve ser iniciada pelos bordos com o rolo, sendo direcionada para o eixo da pista. Cada passada 
do rolo deve ser recoberta na seguinte pela metade da largura rolada. 
 Com rolos de pneu deve-se variar a pressão, aumentando à medida que a mistura vai sendo compactada. 
 Os tambores e as rodas dos rolos deverão ser umedecidos a fim de evitar a aderência da massa. 
 
 
PRÉ-MISTURADO A FRIO (PMF) 
 
Pode ser empregado como revestimento, base, regularização ou reforço de pavimentos. 
 
 
EXECUÇÃO (PMF) 
 
1.Limpar a superfície e proceder a imprimação ou pintura de ligação. 
2.Produzir o PMF em usinas e transportá-lo até o local. 
3.Distribuir a mistura, iniciar a rolagem e realizar a compactação da massa. 
4.Abertura ao tráfego: imediatamente após o fim do serviço de compactação, desde que não haja deformações ou 
desagregações. 
 
 
Causas possíveis da degradação dos pavimentos: 

Falta de planejamento 
Projeto inadequado 
Má execução 
Material inadequado 
Técnica inadequada 
Manutenção inexistente 
Profissional ausente ou incapaz 
Questão: Quais fatores influenciam e quais cuidados devem ser tomados na produção e 
execução do asfalto á quente? 
 
Questão: Quais as possíveis causas da degradação do asfalto?

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