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Análise Solvência

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Análise de Solvência de Seguradoras 
Paulo Pereira Ferreira
2
Agenda 
 Conceito de Solvência
 Análise Atuarial X Análise Legal
 Abordagens para Modelos Internos
 Componentes de Risco e Tipos de Risco
 Tópicos Importantes na Análise da Solvência
 Medidas de Mensuração
 Análise Conjunta de Riscos
 O Modelo Brasileiro de Solvência
 Conclusão
3
Conceito de Solvência
4
Solvência de Seguradoras
 Conceito
 Capacidade da seguradora em honrar todos os seus 
compromissos financeiros futuros.
 Dilema conceitual
 Solvência só pode efetivamente ser verificada quando da 
extinção da empresa!
Desembolsos Futuros
Entradas Futuras de Caixa
Disponibilidade 
Presente
de Caixa Resíduo
TempoÉpoca Atual Extinção 
da Empresa
E1 E2
En
D1
D2
...
...
Dm
5
Solvência x Liquidez
Uma empresa de seguros pode estar ilíquida 
sem que esteja necessariamente insolvente!
 Em condições normais:
 iliquidez é o primeiro sintoma de insolvência
 Capacidade de geração 
de caixa para honrar 
compromissos 
financeiros.
 Existência de bens 
suficientes para honrar 
obrigações futuras
6
Avaliação da Solvência
Artificialismo da 
hipótese
Solvência Estática
Empresa só pode continuar 
operando se estiver solvente
para os negócios já aceitos 
 Filosofias de Avaliação
“Break-up Basis”
 A seguradora é suposta em regime de liquidação forçada, sem 
consideração de novos negócios.
X
Possibilidade de 
manipulação
de estimativas
Naturalidade da 
hipótese
Solvência Dinâmica
“Going-Concern Basis”
 A seguradora é considerada em continuidade de operações, 
estimando-se os negócios futuros.
7
Alcance
Horizonte
Avaliação 
da Solvência
Insolvência
ObstáculoFarol
Avaliação da Solvência
Para tornar exeqüível a filosofia de avaliação “going 
concern”, há que se fixar um horizonte curto de 
tempo (máximo três anos), efetuando-se avaliações 
periódicas, que tornem possível se detectar 
situações potenciais de insolvência a priori
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Partes Interessadas na Solvência de 
uma Seguradora
Funcionários
Segurados atuais e potenciais
(Pessoas físicas e jurídicas)
Estado
(Órgãos fiscalizadores)
Corretores
Concorrentes
(Imagem institucional)
Resseguradores
Acionistas
Administradores
9
Análise Atuarial X Análise Legal
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Avaliação da Solvência
Enfoque 
Legal
 Diagnóstico baseado em apenas alguns exames
 Por vezes sem sequer ver o paciente!
Enfoque 
Atuarial
 Diagnóstico baseado em “check-up” completo 
do paciente!
Capital Econômico
Capital Regulatório
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Avaliação Legal da Solvência – Tipos de Avaliação 
 Fixed Ratios
 Baseado em percentuais aplicados a variáveis do negócio 
(prêmios, sinistros e provisões)
 Risk Based Capital
 Refinamento da abordagem de Fixed Ratios
 Baseado em percentuais aplicados a variáveis de 
investimentos, crédito, provisões e prêmios
 Modelos de Cenários ou Análise Dinâmica
 Baseado na construção de modelo financeiro para o negócio 
no futuro, considerando diversos cenários ou uma 
abordagem estocástica
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Avaliação Legal da Solvência – Solvência II 
 Processo de Supervisão envolve 3 Pilares, igual ao modelo 
utilizado pelo acordo de Basiléia para as Instituições Financeiras
 Pilar I : Margem Legal de Solvência 
 Pilar II : Revisão do Órgão Supervisor
 Pilar III : Transparência 
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Avaliação Legal da Solvência – Solvência II 
 Pilar I : Margem Legal de Solvência
 Provisões técnicas adequadas
 Ativos garantidores que suportem as obrigações
 Capital mínimo
 Pilar II : Revisão do Órgão Supervisor
 Utilização de técnicas de gerenciamento de risco
 Utilização de modelos internos
 Auditoria Atuarial Independente
 Pilar III : Transparência 
 Definição das informações a serem divulgadas
 Discussão entre simplicidade ou sofisticação com tendência a se adotar 
um modelo simplificado no Pilar I, com incentivo ao uso de modelos 
internos no Pilar II.
 O nível de segurança deve ser de 99,5% na medida de risco Var.
Abordagens para Modelo Interno
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Não existe forma ‘certa’ ou ‘errada’ para modelos 
internos …
Modelo
Estocástico
Stress
Testing
Baseada
Em Fatores
Decisão 5:
Metodologia
De 
Quantificação
Contábil
Econômica
Decisão 2:
Definição
De capital
1 ano
N anos
Run off da
carteira
Decisão 1:
Período de 
avaliação
Desvio Padrão
VaR
TVaR
Decisão 3:
Medida 
de Risco
Mercado
Crédito
Subscrição
Operacional
Liquidez
Decisão 4:
Riscos
a incluir
Aditivo
Matriz de 
Correlação
Estocástica
Decisão 6:
Agregação
Seis decisões chave devem ser tomadas refletindo os objetivos 
gerenciais de cada empresa
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Vantagens no Uso de Modelos Internos
As principais vantagens no uso de Modelos Internos são:
Dá uma medida unificada para todos os riscos da organização
Obriga a organização a identificar e quantificar os riscos que ela 
está exposta 
Fornece uma base para definir o risco aceitável para a 
organização como um todo e para cada linha de negócios
O modelo interno quando feito de forma eficiente, ajuda na tomada 
de decisões de risco, no planejamento de negócios, na precificação, 
na escolha de plano de resseguro, na alocação de capital e na 
interação com as agências de rating
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Aspectos Importantes sobre os Modelos Internos
O sucesso na implantação de um modelo interno requer muito mais do 
que a coleta de informações e a construção de um modelo de cálculo. 
Existem implicações a nível de planejamento, mudanças organizacionais, 
liderança e comunicação que devem ser consideradas
Várias áreas são envolvidas (atuarial, financeira, risco, planejamento, 
subscrição, etc). Quanto mais pessoas envolvidas, maior o prazo para 
implantação
 A implantação do modelo interno normalmente ultrapassa o prazo 
previsto 
A opinião de experts tem um papel fundamental na implantação de 
modelos internos. Assim como no cálculo do IBNR, o fator subjetivo é 
largamente utilizado. Quanto pior a qualidade da informação, mais 
subjetividade é aplicada nos modelos internos
O teste do modelo é muito complicado, até porque não existe nenhum 
modelo disponível para comparação e não existem totalizações a serem 
validadas
O uso de um Software atuarial, com alguns modelos pré-definidos é 
fundamental para acelerar a implantação dos modelos internos
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Componentes de Risco e Tipos de Risco
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Componentes de Risco 
 Volatilidade
 Risco de Flutuação
 Incerteza
 Erro na construção do modelo (falta de parâmetros)
 Erro de estimativa dos parâmetros
 Erro estrutural (novas doenças, curas, etc)
 Eventos Extremos
 Eventos com pequena probabilidade e grandes valores 
causando volatilidade acima do normal
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Tipos de Risco 
 Subscrição
 Risco da seleção
 Risco de precificação
 Risco do desenho do produto
 Risco dos sinistros (frequência e severidade)
 Risco no cenário econômico 
 Risco de retenção (altos sinistros ou catástrofe)
 Risco de comportamento dos segurados
 Risco das reservas
 Crédito
 Riscos relacionados à contraparte de uma operação 
(ressegurador, swaps, etc) ou de um devedor não honrar 
total ou parcialmente seus compromissos financeiros e/ou a 
desvalorização dos recebíveis em função da deterioração da 
classificação de risco
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Tipos de Risco 
 Mercado
 Risco da taxa de juros
 Risco de renda variável ou imóveis
 Risco de moeda
 Risco de reinvestimento dos ativos
 Risco de concentração de investimentos 
 Risco deALM
 Risco de mudanças de valores de ativos não refletidas no 
balanço
 Operacional
 Risco de perdas por problemas relacionados a processos 
internos, pessoas, sistemas ou eventos externos
 Risco Legal está incluído, mas os sinistros judiciais estão 
incorporados no risco de subscrição 
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Tipos de Risco 
 Liquidez
 Risco de indisponibilidade de ativos líquidos quando da 
liquidação das obrigações
 Outros Riscos
 Risco de estratégia
 Risco sistêmico
 Risco de reputação
 Desonestidade
 Risco Político
 Liquidez dos acionistas 
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Tópicos Importantes na Análise da Solvência
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Tópicos Importantes na Análise da Solvência 
 Os balanços devem refletir avaliações realistas de ativos e 
passivos
 Conservadorismos nas provisões técnicas devem ser 
considerados como capital. 
 Não existe capital que previna 100% das falhas. Se o capital for 
muito elevado, os investidores não são estimulados a investirem 
na atividade de seguros
 O estabelecimento de uma probabilidade aceitável de ruína varia 
com o prazo de avaliação. Quanto maior o prazo, menor a 
probabilidade aceitável de ruína 
 Quanto maior os riscos associados, menor deve ser a 
probabilidade aceitável de ruína. Exemplo seguros não vida
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Tópicos Importantes na Análise da Solvência 
 A probabilidade aceitável de ruína deve levar em conta o objetivo 
de “rating” da seguradora. 
 AA requer nível de segurança de 99,95%
 AAA requer nível de segurança de 99,995%
 Os métodos de análise da necessidade de capital devem 
reconhecer as correlações entre os diversos riscos
 A análise de solvência deve reconhecer a eficácia dos métodos 
de gerenciamento de riscos da seguradora
 A governança corporativa é um importante fator na preservação 
da solvência. A seguradora deve possuir controles internos 
eficientes
 A revisão atuarial independente ajuda na proteção dos segurados 
contra quebras da seguradora
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Tópicos Importantes na Análise da Solvência 
 A política de investimentos e de ALM pode ajudar 
significativamente na redução de riscos 
 A existência de hedge nas operações ajuda a reduzir o risco de 
insolvência, apesar de gerar o risco da contraparte.
 A existência de hedge natural, advindo das coberturas de 
seguros (morte e sobrevivência) diminui sobremaneira os riscos 
da operação
 A participação do segurado nos resultados negativos do seguro 
reduz o risco de insolvência
 Os fundos garantidores podem reduzir a necessidade de capital, 
com o risco dos seguradores negligenciarem na aceitação dos 
riscos por essa proteção adicional
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Medidas de Mensuração
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Medidas de Mensuração
 Desvio Padrão
 Capital = k desvios padrões
 VAR – Value at Risk
 Capital é aquele que garante uma probabilidade pequena de 
insolvência (ex: percentil 99% da distribuição dos sinistros 
agregados)
 TVAR – Tail Value at Risk
 Capital é igual ao VAR mais a média do que excede ao VAR 
(ex: para o percentil 99%, o TVAR pode ser o percentil 
99,4%, pois este representa a média dos valores dos 
sinistros agregados acima do percentil 99%)
 Objetivo é refletir melhor a possibilidade dos sinistros 
catastróficos
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Capital Risco de Subscrição – Modelo Clássico da Teoria 
do Risco - Processo Ruína
T = Ruína
U = Capital
 Ruína 1 ano
 P (T < 1)
Prob. Ruína  = P (SRET > U + PRET)
 Ruína Período Infinito
 P (T < ) 
30
Relações com U – Aproximação Normal
   
   RETRETRET
RETRETRET
SZPSEU
SZSEPU








1
1
Relações
   
   

 
UPSE
USES
UZ
RETRET
RETRET
 1
31
Risco de Subscrição – Análise VAR
 SRET ~ Normal
Média
 Pequeno
Média
S RET
C.V. Pequeno
C.V. Grande
U + PRET
SRET  Grande
U + PRET
E [S RET] + Z 1-  [S RET]
32
Capital Risco de Subscrição – Modelo Sofisticado
 Deve considerar projeções financeiras dinâmicas 
 De preferência com o uso de modelos estocásticos
 Todas as receitas e despesas devem ser projetadas 
estocasticamente por um período determinado, incluindo novos 
negócios nesse período
 Qualquer premissa (vendas futuras, sinistros, despesas, juros, 
cancelamento, etc) pode ser tratada estocasticamente. O número 
de variáveis tratadas de forma aleatória aumenta a complexidade 
do modelo e pode torná-lo inexequível, pois o número de 
simulações necessárias cresce com o número de variáveis 
aleatórias
 Todos os fatores que influenciam no modelo (PIB, inflação, juros 
reais, etc) precisam ser definidos, incluindo a correlação entre 
eles
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Capital Risco de Subscrição – Modelo Sofisticado
 A necessidade de capital é calculada para equilibrar o resultado da 
seguradora em um determinado percentil (99%, 99,5%, etc), de 
modo que o capital incorpore toda a volatilidade das premissas
 Os resultados negativos geram a necessidade de capital
 Modelo de Previdência da Susep considerou a distribuição dos 
resultados anuais, sem compensação entre os resultados 
positivos e negativos 
 A flutuação nas Provisões Técnicas também é incorporada no 
capital 
 A possível deficiência nas Provisões Técnicas não é mais 
considerada nos modelos de capital, pois o novo padrão contábil 
pressupõe que as provisões estão adequadas a partir do Teste 
de Adequação de Passivos, o qual usa a taxa a termo livre de 
risco
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Capital Risco de Subscrição – Modelo Sofisticado
 A taxa a termo livre de risco é projetada para o cenário médio e 
vários cenários também são gerados.
 O fluxo de resultados estocásticos é trazido a valor presente 
com a taxa a termo livre de risco 
 O ativo é projetado com a taxa estocástica, de modo que os 
produtos com garantia elevada geram mais necessidade de 
capital em função das simulações em que as taxas estocásticas 
ficam abaixo da taxa livre de risco e abaixo da garantia
— O Tap já equilibra o resultado até a taxa livre de risco
 Mesmo que o risco de subscrição seja zero (produtos com 
garantia reduzida), pode haver risco de mercado em função do 
descasamento do passivo, pois o passivo de longo prazo está 
mais sujeito a flutuações nas taxas de juros se o passivo não 
estiver casado com o ativo e este possuir uma “duration” inferior
35
Capital Para os Demais Riscos
 Risco de Crédito
 Dimensionamento em frequência e severidade, podendo ser 
utilizado o “rating” dos ativos para dimensionar a 
probabilidade de perda. 
 Os ativos financeiros já são desvalorizados em função do 
possível “default". As flutuações acima do “default” médio 
definem a necessidade de capital
 Susep utilizou um modelo baseado na Teoria do Risco para 
os ativos de seguros/resseguros, considerando uma 
distribuição Normal e a medida VAR no percentil 99,5%
— Para os demais ativos foi utilizado o modelo do Banco 
Central
 Para os ativos de seguros/resseguros, deveria haver uma 
provisão para o possível “default, pois o modelo da Susep 
incorpora somente a variação acima da média
36
Capital Para os Demais Riscos
 Risco de Mercado
 Baseado em modelos estocásticos, a partir da observação da 
flutuação dos ativos no passado e da sua correlação 
 Usa o conceito de exposição líquida (ativo menos passivo) em 
cada instante de tempo e para cada indexador, e aplica os 
fatores de risco (função da flutuação) para cada exposição 
líquida 
 Se os ativos estiverem casados com o passivo, o capital é 
zero, pois a exposição é zero em todos os instantes
 A correlação é considerada entre os instrumentos 
financeiros/moedas e os instantes de tempo
 Todos os ativos e passivos devem ser confrontados, exceto os 
ativos que são eliminadosdo PLA
 Ativos que cobrem o capital podem gerar capital adicional, mas 
se forem ativos do tipo CDI o capital para risco de mercado é 
zero, pois não perdem valor com a flutuação dos juros
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Capital Para os Demais Riscos
 Risco Operacional
 Dimensionamento difícil, por falta de experiência. A 
montagem de um banco de dados sofisticado é fundamental
 Não existe um modelo pronto para o seu dimensionamento
 É importante separar o que são sinistros oriundos de falha 
de subscrição dos sinistros advindos de falhas operacionais 
(p. ex. sinistros judiciais). Basiléia II para os Bancos exige 
que haja uma separação contábil
 Modelo da Susep é ainda experimental e reflete as perdas 
esperadas e não a volatilidade
— As perdas esperadas deveriam ser provisionadas
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Capital Para os Demais Riscos
 Outros Riscos
 Dimensionamento difícil, por falta de experiência
 Não existe um modelo pronto para o seu dimensionamento
 Oportunidades para o atuário
39
Análise Financeira Dinâmica
Dynamic Financial Analysis (DFA)
 Permite a estimativa do fluxo de caixa futuro da seguradora com 
razoável precisão
 Componente estocástica permite a modelagem de tábua de 
mortalidade, frequências, severidades, retenções, “run-off’s”, 
além da taxa de juros
 Testes de Stress são importantes e ajudam a dimensionar o risco 
de insolvência
 Substitui com sobras os tradicionais modelos baseados na Teoria 
do Risco Coletivo
 Operacionalização complexa, através de software atuarial
40
Análise Conjunta dos Riscos
41
Análise Conjunta dos Riscos
 O ideal é que os riscos sejam modelados conjuntamente e 
através de um modelo estocástico, considerando-se a correlação 
entre as diversas variáveis do modelo
 As variáveis macro-econômicos são aquelas que normalmente 
produzem a maior correlação entre os riscos modelados
 Os riscos da atividade seguradora costumam ser 
aproximadamente independentes em situações normais, mas são 
altamente dependentes para situações extremas, o que aumenta 
a necessidade de capital
 A moderna teoria de Cópulas vem sendo sugerida para modelar 
a dependência entre os riscos nas caudas das distribuições
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Análise Conjunta dos Riscos
 Quando os riscos são modelados separadamente não devemos 
somar o capital de todos os riscos, pois desconsideraremos a 
possível diversificação entre eles
 Supondo o capital correspondente ao risco j e o coeficiente 
de correlação entre os risco i e j, a fórmula abaixo considera a 
diversificação entre os riscos para o cálculo do capital c
 Se =1, então a fórmula é equivalente a soma dos capitais
 Se = 0, os riscos são mutuamente independentes e o 
capital é inferior a soma de capitais
 Se = -1, então os riscos fazem um hedge perfeito e a 
necessidade de capital é zero, se os forem iguais
ji ,
ji ,
 


j ji
jijij cccc ,
2 
ji ,
ji ,
ji ,
jc
jc
43
O Modelo Brasileiro
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Legislação 
 Resolução 321/2015 
— Define a legislação básica e a legislação de todos os riscos
— É uma legislação que cuida de toda a parte técnica, incluindo 
provisões técnicas, limite técnico, auditoria atuarial, etc.
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Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo
 Capital base de R$ 15 milhões (seguradora), 
R$ 60 milhões (resseguradora) ou R$ 7,2 milhões (EAPC) para 
operar em todo país
 Capital de risco para os riscos de subscrição, operacional, 
mercado e crédito
 Capital mínimo entre o capital base e o capital de risco, 
considerando as diversas correlações entre os riscos
 Regras para Plano Corretivo de Solvência (insuficiência até 30%), 
Plano de Recuperação de Solvência (entre 30% e 50%), Direção 
Fiscal (entre 50% e 70%) e Liquidação Extra Judicial 
(insuficiência superior a 70%)
45
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo
 As empresas podem encaminhar metodologia própria para 
apuração das parcelas do capital de risco para prévia 
autorização da SUSEP desde que englobe todos os riscos e o 
nível de segurança mínimo de 95%
 Índice de correlação igual a 1 para o risco operacional 
 Indice de correlação para os demais riscos:
46
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo
 As empresas precisam também ter suficiência de liquidez em 
relação ao Capital mínimo Requerido, caracterizada pela 
existência de ativos em excesso à necessidade de cobertura das 
Provisões Técnicas, superior a 20% do Capital Mínimo Requerido
47
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo Risco de Subscrição - Seguros de Curto Prazo 
 Capital é baseado em fatores aplicados a prêmios e sinistros, 
variável por ramo e região
 Índices de correlação definidos por ramo e região
 Possibilidade de utilização de fatores reduzidos para quem 
atender a critérios de gestão de riscos a serem definidos pela 
Susep
48
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo Risco de Subscrição - Seguros de Longo Prazo e 
Previdência 
 Capital é baseado em fatores aplicados às Provisões Técnicas, 
Capital Segurado e Prêmios, variando por tipo de cobertura, 
taxa de juros garantida, regime financeiro, expectativa de vida 
da tábua de mortalidade contratual, etc
 Os fatores foram calculados considerando os riscos de garantia 
de juros, mortalidade (incluindo a longevidade), invalidez, 
cancelamento, provisão de sinistros e DA.Índices de correlação 
definidos entre os diversos riscos
 O modelo de risco de garantia de juros considera que os ativos 
são rentabilizados pela taxa real de juros projetada 
estocasticamente e o passivo é atualizado pela taxa de juros 
garantida. Possível descasamento entre o ativo e o passivo é 
tratado no risco de mercado
49
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo Risco de Subscrição - Seguros de Longo Prazo e 
Previdência 
 No modelo da Susep foi utilizado o TVAR no nível 95% para 
fatores reduzidos e 97,5% para fatores normais. O capital foi 
obtido pela diferença entre o TVAR e o percentil 50%
 Possibilidade de utilização de fatores reduzidos para quem 
atender a critérios de gestão de riscos a serem definidos pela 
Susep
50
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo Risco de Subscrição – Capitalização 
 3 Módulos de Risco: Sorteio, Garantia de Rentabilidade e 
Despesas Administrativas
 Risco de Sorteio e de Garantia de Rentabilidade com 12 
submódulos em função do tipo de plano e garantia
 Fatores aplicados à Provisão Matemática (risco de garantia), 
Montantes de Sorteios (risco de sorteio) e Receita Líquida (risco 
de DA)
 O módulo de sorteio vai exigir um volume elevado de 
informações de onde será calculado o capital
 Possibilidade de utilização de fatores reduzidos para quem 
atender a critérios de gestão de riscos a serem definidos pela 
Susep
51
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo Risco de Crédito
 Capital adicional baseado em fatores aplicados aos ativos, 
dividido em 2 parcelas:
— Parcela 1 – Contraparte Seguradora, Resseguradora, 
EAPC e Sociedade de Capitalização
— Parcela 2 – Outras contrapartes. Principalmente ativos 
financeiros. Fatores semelhante aos do BC
 Índice de Correlação de 75% entre parcelas 1 e 2 e de 75% 
entre as contrapartes na parcela 1 
52
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo Risco Operacional
 Valor mínimo entre 30% do capital dos demais riscos e umafórmula baseada em fatores aplicados a prêmios e provisões 
segmentadas em seguros de vida e não vida
 O Impacto é muito pequeno, pois os estudos da Susep não 
contemplaram todos as possíveis perdas por risco operacional 
e calculou somente a perda média de alguns poucos eventos 
informados periodicamente à Susep
— Um detalhado banco de dados está sendo sugerido para 
permitir reavaliação dos fatores no futuro
53
Critério Legal Brasileiro de Avaliação da Solvência
 Capital Mínimo Risco de Mercado
 Entra em vigor no final de 2016, condicionado à revisão do PLA, 
com adaptação até um ano após a revisão do PLA
 Usa o conceito de exposição líquida (ativo menos passivo) em 
cada instante de tempo e para cada indexador, e aplica os 
fatores de risco (função da flutuação) para cada exposição 
líquida, considerando a correlação entre os indexadores
 Se os ativos estiverem casados com o passivo, o capital é zero, 
pois a exposição é zero em todos os instantes
 Todos os ativos e passivos são confrontados, exceto os ativos 
que são eliminados do PLA e alguns outros ativos como obras 
de arte ou pedras preciosa
 Todos os fluxos são brutos e trazidos a valor presente pela taxa 
a termo livre de risco (ETTJ) correspondente
54
55
Principais Causas de Insolvência
51%
10%
3%
3%
3%
2%
28%
100%
Fonte: Estudo “BEST” envolvendo 218 insolvências de 
seguradoras não-vida nos EUA no período 1999-2002
 Deficiência nas provisões técnicas 
(forte ligação com tarifas inadequadas)
 Crescimento muito acelerado
 Fraudes 
(Inclui desonestidade na administração)
 Mudanças significativas no negócio 
(novos produtos, expansão geográfica, etc)
 Perdas catastróficas
 Superavaliação dos ativos 
 Outras
56
Conclusão
57
Conclusão
 A análise de solvência se utiliza de modelos bastante complexos 
e muito ainda há por desenvolver nessa área
 Pela sua complexidade a análise de solvência deve envolver 
todas as áreas de uma seguradora
 Os riscos inerentes à atividade seguradora são inúmeros e 
alguns riscos ainda são desconhecidos 
 O risco de subscrição é o que responde pela maioria das 
insolvências e o papel do atuário na mitigação desse risco é 
fundamental
 O atuário é o profissional mais capacitado para liderar o processo 
de análise de solvência

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