Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DROGAS ADRENÉRGICAS E ANTIADRENÉRGICAS Profª Liliam Fernandes Campus Diadema UNIFESP Farmácia e Bioquímica 2017 1 – Distribuição do Sistema Nervoso Sistema nervoso central (SNC) Cérebro / Medula espinhal Sistema nervoso periférico (SNP) Sistema nervoso somático Neurônios motores controlam funções voluntárias: Músculos esqueléticos Sistema nervoso autônomo Inervação Simpática e Parassimpática controlam funções viscerais: Músculo liso, músculo cardíaco, Glândulas 2 –Sistema Nervoso Autônomo Sistema nervoso central (SNC) Cérebro / Medula espinhal Sistema nervoso periférico (SNP) Sistema nervoso autônomo Inervação Simpática e Parassimpática controlam funções viscerais: Músculo liso, músculo cardíaco, Glândulas Parassimpático Simpático Vias eferentes do Sistema Nervoso Autônomo As vias eferentes do SNA consistem de uma cadeia de dois neurônios entre o SNC e os órgãos efetores. Fibra pré-ganglionar simpática Gânglio autônomo Fibra pós-ganglionar simpática Simpático (tóraco - lombar) cadeia ganglionar paravertebral órgãos efetores bulbo cervical (C1-C8) torácica (T1-T12) lombar (L1-L5) sacral (S1-S5) SNC 3 - Transmissão Simpática ACh NAnervo pré-ganglionar nervo pós-ganglionar gânglio receptor nicotínico receptor adrenérgico a b GDP g + + + + O impulso nervoso é conduzido na fibra pré-ganglionar e induz a liberação de ACh no gânglio. A ativação de receptores nicotínicos ganglionares promove alteração no potencial de membrana, transmissão do impulso e liberação de NA nos terminais da fibra pós-ganglionar. A ativação de receptores adrenérgicos gera os efeitos do simpático nos órgãos efetores. ACh NAnervo pré-ganglionar nervo pós-ganglionar gânglio receptor nicotínico receptor adrenérgico a b GDP g + + + + a1 a2 b1 b2 b3 fenilalanina tirosina tirosina diidroxifenilalanina (DOPA) dopamina dopamina NA Síntese de Noradrenalina (NA) a m in o á cid o s p ro ven ien tes d a d ieta A dopamina é transportada ativamente para o interior de vesículas, onde é transformada em noradrenalina Liberação de Noradrenalina (NA) A chegada de um potencial de ação (despolarização da membrana) promove abertura de canais de Ca++-voltagem dependentes. Os íons Ca++ interagem com as vesículas, causando a liberação de NA por exocitose. NA Ca++ Ca++ NA Inativação de Noradrenalina (NA) 1. A NA difunde-se na circulação e ativa receptores adrenérgicos 2. A NA é metabolizada pela enzima catecol O-metiltransferase (COMT) 3. A NA é recaptada e volta ao neurônio NA COMT NA Metabólitos inativos Corrente sanguínea NA Possíveis destinos da Noradrenalina recaptada 1. A NA é transportada de volta à vesícula de estocagem 2. A NA é destruída pela enzima monoamina-oxidase (MAO) presente na mitocôndria neuronal NA NA MAO PRODUTOS INATIVOS Auto-regulação da liberação de Noradrenalina (NA) A NA ativa autoreceptores a2 localizados na membrana do neurônio, resultando em inibição da liberação do neurotransmissor na fenda sináptica. NA NA NA a2 NA( - ) Síntese de Adrenalina fenilalanina tirosina tirosina diidroxifenilalanina (DOPA) dopamina dopamina NA A adrenalina é gerada a partir da noradrenalina em tecidos que possuem a enzima feniletanolamina-N-metiltransferase (supra-renal e algumas regiões cerebrais). É estocada em outras vesículas. NA adrenalina adrenalina Liberação de Adrenalina A inervação simpática na medula da supra-renal é colinérgica ACh medula receptor nicotínico + + + + Na verdade, a medula supra-renal é um gânglio simpático no qual os neurônios pós-ganglionares perderam os axônios e transformaram-se em células secretoras. Supra-renal Liberação de Adrenalina ACh medula Receptores adrenérgicos localizados em diferentes tecidos A descarga de ACh na supra-renal promove a liberação de adrenalina, que atinge a corrente sanguínea e ativa receptores adrenérgicos Supra-renal a b GDP g adrenalina a b GDP g Receptores ADRENÉRGICOS (adrenorreceptores): Duas grandes famílias de receptores adrenérgicos, designadas a e b a1 Musculatura lisa vascular a2 Neurônio pré-sináptico b1 Miocárdio b2 Musculatura lisa vascular e respiratória b3 Tecido adiposo Distribuição clássica, de maior interesse farmacológico Será que os diferentes subtipos de receptores adrenérgicos apresentam a mesma afinidade à noradrenalina e adrenalina? Os graus de afinidade droga/receptor diferem entre adrenérgicos/adrenorreceptores. a b GDP g Adrenalina Noradrenalina Isoproterenol (sintético) AFINIDADE DOS ADRENORRECEPTORES AOS AGONISTAS ADRENÉRGICOS receptor agonista tecido resposta a1 AD ≥ NA >> ISO músc. liso vascular contração receptor agonista tecido resposta a2 AD ≥ NA >> ISO terminais nervosos redução na liberação de NA receptor agonista tecido resposta b1 ISO > AD = NA coração aumento da força de contração; aumento da frequência cardíaca receptor agonista tecido resposta b2 ISO > AD >> NA músc. liso (vasos sanguíneos, brônquios) relaxamento receptor agonista tecido resposta b3 ISO = NA > AD tecido adiposo lipólise Adrenérgicos 4 – Drogas Adrenérgicas (simpatomiméticos) Drogas Adrenérgicas ou simpatomiméticos são drogas que promovem respostas semelhantes àquelas promovidas pela estimulação simpática. Drogas Adrenérgicas podem atuar: 4.1 Diretamente, ativando adrenorreceptores 4.2 Indiretamente, agindo na liberação / degradação da NA 4.3 Direta e indiretamente, agindo no receptor adrenérgico e na liberação de NA 4.1 – Drogas Adrenérgicas de Ação Direta São agonistas que ativam diretamente os adrenorreceptores. a b GDP g Adrenalina Noradrenalina Isoproterenol Dopamina Dobutamina Oximetazolina Fenilefrina Metoxamina Clonidina Metaproterenol Albuterol Salmeterol Guanabenz a-metildopa 4.1 – Drogas Adrenérgicas de Ação Direta São agonistas que ativam diretamente os adrenorreceptores. Adrenalina Noradrenalina Isoproterenol Dopamina Dobutamina Oximetazolina Fenilefrina Metoxamina Clonidina Metaproterenol Albuterol Salmeterol Guanabenz a-metildopa 4.1 – Drogas Adrenérgicas de Ação Direta ADRENALINA •Agonista endógeno, liberada pela medula supra-renal •Sinteticamente, é utilizada como simpatomimético •Interage com receptores a (maior afinidade) e b a b GDP g a Ações Farmacológicas a) Sistema Cardiovascular: local das principais ações da adrenalina b1 Aumento de contratilidade do miocárdio = inotropismo positivo b1 Aumento de frequência cardíaca = cronotropismo positivo a1 Vasoconstrição de artérias da pele, mucosas e vísceras b2 Vasodilatação de artérias que irrigam o fígado b2 Vasodilatação de artérias que irrigam a musculatura esquelética ADRENALINA b) Sistema Respiratório: b2 Broncodilatação potente c) Controle Glicêmico: b2 Aumento de glicogenólise hepática a2 Redução da liberação de insulina d) Metabolismo Lipídico: b3 aumento da lipólise em adipócitos Ações FarmacológicasADRENALINA Biotransformação: a adrenalina é biotransformada pelas enzimas MAO e COMT, gerando os metabólitos metanefrina e ácido vanililmandélico, que são excretados na urina. FarmacocinéticaADRENALINA Administração: IV (emergência), sc, endotraqueal, inalação,topicamente nos olhos. Não existe administração oral, pois a adrenalina é inativada por enzimas do TGI. Excreção: metabólitos são excretados na urina. Usos terapêuticosADRENALINA • Broncoespasmo: a ativação de receptores b2 promove relaxamento da musculatura brônquica • Glaucoma: redução da pressão intraocular por reduzir a produção de humor aquoso e promover vasoconstrição de artérias do corpo ciliar. • Choque anafilático: vasoconstrição e aumento da função cardíaca • Parada cardíaca: restabelecimento do ritmo cardíaco, independentemente da causa da parada cardíaca. • Anestesiologia: anestésicos locais contêm 1:100.000 partes de adrenalina; promoção de vasoconstrição local, levando ao aumento da duração da anestesia. Efeitos AdversosADRENALINA • Distúrbios do SNC: ansiedade, tensão, cefaléia e tremores. • Hemorragia cerebral: resultado do aumento acentuado de pressão arterial. • Arritmias cardíacas • Edema pulmonar 4.1 – Drogas Adrenérgicas de Ação Direta NORADRENALINA •Agonista endógeno, liberada pela inervação simpática •Sinteticamente é utilizada como simpatomimético •Interage com receptores a (maior afinidade) e b a b GDP g a NORADRENALINA Ações Farmacológicas a) Sistema Cardiovascular: a1 Vasoconstrição em vários leitos vasculares = aumento de PA *** NA é mais potente que adrenalina em causar aumento de PA, pois exibe menor afinidade por receptores b2 (que causam vasodilatação em algumas regiões)*** NORADRENALINA Usos Terapêuticos • Choque: vasoconstrição, levando ao aumento da PA (levarterenol) **Outras ações da NA não são consideradas para usos terapêuticos, como asma e associação com anestésicos locais; nestes casos a adrenalina é o fármaco mais adequado** Farmacocinética • Administração: IV (rápida duração) • Biotransformação / excreção: semelhante à adrenalina (MAO / COMT) Efeitos adversos • Semelhantes aos observados para adrenalina • Palidez e necrose da pele ao longo da veia injetada, devido à intensa vasoconstrição. 4.1 – Drogas Adrenérgicas de Ação Direta ISOPROTERENOL (isoprenalina) •Agonista SINTÉTICO •Interage preferencialmente com receptor b adrenégico a b GDP gb ISOPROTERENOL Ações Farmacológicas a) Sistema Cardiovascular: b1 Intensa estimulação de frequência cardíaca e força de contração b2 Dilatação de arteríolas dos músculos esqueléticos ***Seus efeitos cardíacos podem ocasionar um leve aumento de PA sistólica, mas seus efeitos vasculares reduzem muito a pressão média e diastólica *** ISOPROTERENOL Ações Farmacológicas b) Sistema Pulmonar: b2 broncodilatação rápida e intensa Farmacocinética • Administração: inalação, mucosa sublingual • Biotransformação: metabolização pela COMT **NÃO é metabolizado pela MAO** ISOPROTERENOL Usos Terapêuticos Efeitos adversos • Raramente empregado no tratamento da asma, por conta de seus efeitos colaterais (b1) • Semelhantes aos observados para adrenalina • Ativação inespecífica de receptores b • Estimulação cardíaca em emergências 4.1 – Drogas Adrenérgicas de Ação Direta DOPAMINA •Agonista natural, precursor da NA •Interage com receptores específicos dopaminérgicos •Interage com receptores a e b a b GDP g a b DOPAMINA Ações Farmacológicas a) Sistema Cardiovascular: b1 aumento de frequência cardíaca e força de contração a1, causa vasoconstrição – elevação de PA • Choque: administração contínua = aumento de PA (receptores adrenérgicos) e aumento de perfusão renal e visceral (receptores dopaminérgicos). Usos terapêuticos b) Sistema Renal e Visceral: - D1 e D2: ativação de receptores dopaminérgicos dilata leito renal e mesentérico **neste sentido, a Dopamina é melhor escolha em relação à NA, que causa intensa vasoconstrição da vasculatura dos rins, podendo levar a um colapso renal** DOPAMINA Efeitos adversos • Semelhantes aos observados para adrenalina • Efeitos passageiros, pois a dopamina é rapidamente metabolizada pela MAO e COMT Identifique e classifique os adrenérgicos de ação direta: Adrenalina Noradrenalina Isoproterenol Dopamina Dobutamina Oximetazolina Fenilefrina Metoxamina Clonidina Metaproterenol Albuterol Salmeterol Guanabenz a-metildopa a b GDP g a b 1. Receptor ativado 2. Efeito farmacológico 3. Usos terapêuticos 4.2 – Drogas Adrenérgicas de Ação Indireta São drogas que promovem a liberação ou inibem a captação / inativação de NA nos terminais simpáticos. Anfetamina Cocaína Tiramina NA COMT NA Metabólitos inativos Ativação de adrenorreceptores a b Corrente sanguínea NA MAO Metabólitos inativos 4.2 – Drogas Adrenérgicas de Ação Indireta ANFETAMINA •Promove liberação dos estoques vesiculares de NA: desloca a NA estocada nas vesículas •Promove inibição da MAO •Droga de acentuada ação estimulante •Emprego clínico restrito a tratamento de hiperatividade em crianças, narcolepsia e redução de apetite. •Potencialmente droga de abuso Inativação de Noradrenalina NA COMT NA Metabólitos inativos Ativação de adrenorreceptores a b Corrente sanguínea NA MAO Metabólitos inativos ANFETAMINA •Libera NA estocada em vesículas •Promove inibição da MAO 4.2 – Drogas Adrenérgicas de Ação Indireta COCAÍNA •Bloqueia a captação de NA nos terminais simpáticos •Também bloqueia captação de dopamina e serotonina •Droga de acentuada ação estimulante •Único emprego clínico racional é na anestesia local (ação em canais iônicos) •Potencialmente droga de abuso Inativação de Noradrenalina NA COMT NA Metabólitos inativos Ativação de adrenorreceptores a b Corrente sanguínea NA MAO Metabólitos inativos •Bloqueia a captação neuronal de NA COCAÍNA 4.2 – Drogas Adrenérgicas de Ação Indireta TIRAMINA •Produto do metabolismo da TIROSINA •Promove aumento de liberação de NA na fenda sináptica: desloca a NA estocada nas vesículas •Sem aplicação terapêutica importante •Presente em alimentos fermentados (queijos e vinhos) Inativação de Noradrenalina NA COMT NA Metabólitos inativos Ativação de adrenorreceptores a b Corrente sanguínea NA MAO Metabólitos inativos •Libera NA estocada em vesículas TIRAMINA tirosinatiramina 4.3 – Drogas Adrenérgicas de Ação Mista São drogas que promovem a liberação de NA nos terminais simpáticos, e também ativam adrenorreceptores. EFEDRINA e PSEUDOEFEDRINA •Alcalóide vegetal de ocorrência em plantas do gênero Ephedra •Liberação de NA na fenda sináptica e ativação de receptores a e b •Produzem efeitos similares à adrenalina, porém, menos potentes. •Longo tempo de ação: fracos substratos para MAO e COMT •Principais usos: tratamento e profilaxia da asma, descongestionante nasal e agente hipertensivo EFEDRINA e PSEUDOEFEDRINA NA COMT NA Metabólitos inativos Ativação de adrenorreceptores a b Corrente sanguínea NA MAO Metabólitos inativos •Liberação de NA estocada em vesículas •Ação direta em adrenorreceptores a b GDP g Inativação de Noradrenalina Efedrina aumenta a contratilidade muscular. Efedrina melhora a função motora. Efedrina melhora o desempenho atlético. FDA 2004: proibição do uso de fitoterápicos e suplementos alimentares contendo Ephedra. Ephedra vs Dopping Antiadrenérgicos 5 – Drogas Antiadrenérgicas (simpaticolíticos) Antiadrenérgicos são bloqueadores da transmissão simpática. Drogas Antiadrenérgicas são classificadas em: 5.1 Bloqueadores de receptores a-adrenérgicos 5.2 Bloqueadores dereceptores b-adrenérgicos 5.3 Bloqueadores de receptores a1 e b-adrenérgicos 5.4 Fármacos que afetam a liberação/estocagem de NA 1. Fenoxibenzamina 2. Fentolamina 3. Prazozin 4. Propranolol 5. Atenolol 6. Labetalol 7. Carvedilol 8. Reserpina 9. Guanetidina Atividade em sala de aula Descreva: mecanismo de ação, ações farmacológicas e principais usos terapêuticos 5.1 – Bloqueadores de receptores a-adrenérgicos Fármacos que bloqueiam receptores a-adrenérgicos afetam principalmente a pressão arterial Isso ocorre porque o controle simpático nos vasos sanguíneos se dá em larga escala através de receptores a O bloqueio de receptores a reduz a resistência periférica por diminuição do tônus vascular PA = DC X RPT 5.1 – Bloqueadores de receptores a-adrenérgicos Fenoxibenzamina Fentolamina Prazozin Doxazosina Tansolusina Ioimbina a b GDP ga 5.1 – Bloqueadores de receptores a-adrenérgicos FENOXIBENZAMINA •Bloqueador NÃO-SELETIVO de aadrenorreceptores •Liga-se covalentemente a receptores a1 pós-sinápticos e a2 pré-sinápticos •O bloqueio é irreversível e não competitivo •O bloqueio só é superado após a síntese de maiores quantidades do neurotransmissor •Dessa forma, suas ações duram cerca de 24 horas a b GDP ga1, a2 X FENOXIBENZAMINA Ações farmacológicas a) Sistema Cardiovascular: a1 redução do tônus vascular e diminuição da PA a2 maior liberação de NA na fenda sináptica, levando ao aumento de ativação de receptores b no coração A somatória de efeitos no sistema cardiovascular NÃO reduz a PA. Por isso, não existem aplicações clínicas da fenoxibenzamina para este fim. FENOXIBENZAMINA Usos Terapêuticos a) Reversão dos efeitos da adrenalina: - Todos os bloqueadores a-adrenérgicos revertem as ações agonistas da adrenalina em a-receptores **As ações da adrenalina em b-receptores não são afetadas pela fenoxibenzamina** Por isso, na presença de fenoxibenzamina, a adrenalina ativa receptores b2 vasculares, levando à redução de PA b) Feocromocitoma: tumor de células derivadas da medula adrenal (onde há secreção de adrenalina) 5.1 – Bloqueadores de receptores a-adrenérgicos FENTOLAMINA •Bloqueador NÃO-SELETIVO de aadrenorreceptores •Produz bloqueio competitivo em receptores a1 e a2 •Seu efeito dura cerca de 4 horas Usos terapêuticos Feocromocitoma: tumor de células derivadas da medula adrenal (onde há secreção de adrenalina) a b GDP ga1, a2 X 5.1 – Bloqueadores de receptores a-adrenérgicos PRAZOZIN •Bloqueador SELETIVO de a1adrenorreceptores •Produz bloqueio competitivo em receptores a1 Ações farmacológicas a) Sistema Cardiovascular: - Redução da pressão arterial por diminuição do tônus vascular **Prazozin e outros fármacos seletivos reduzem a PA sem causar alterações significativas no débito cardíaco** Por isso, são drogas muito utilizadas no tratamento da hipertensão arterial a b GDP ga1 X Identifique e classifique os antiadrenérgicos antagonistas de receptores a: 1. Receptor bloqueado 2. Efeito farmacológico 3. Usos terapêuticos Fenoxibenzamina Fentolamina Prazozin Doxazosina Tansolusina Ioimbina a b GDP ga X 5.2 – Bloqueadores de receptores b-adrenérgicos Propranolol Atenolol Timolol Nadolol Pindolol Metoprolol Esmolol Butoxamina a b GDP g X b 5.2 – Bloqueadores de receptores b-adrenérgicos PROPRANOLOL •Bloqueador NÃO-SELETIVO de badrenorreceptores •Propranolol é o protótipo de antagonistas competitivos de receptores b1 e b2 a b GDP g Xb1, b2 a) Sistema Cardiovascular: - Redução do débito cardíaco, por diminuir a frequência cardíaca e força de contração do miocárdio Ações Farmacológicas PROPRANOLOL b) Vasoconstrição periférica: em consequência ao bloqueio de receptores b2 nos vasos sanguíneos da musculatura esquelética c) Broncoconstrição: em consequência ao bloqueio de receptores b2 da musculatura lisa bronquiolar Hipertensão arterial: • Redução de DC • Redução de liberação de renina • Aumento na síntese de prostaciclina (PGI2) • Ação central direta, com redução da transmissão adrenérgica Usos Terapêuticos PROPRANOLOL Glaucoma: • Redução da pressão intraocular Enxaqueca: • Mecanismo relacionado ao bloqueio da vasodilatação induzida por algumas catecolaminas (agonistas adrenérgicos) nos vasos cerebrais Hipertireoidismo: • Bloqueio da superestimulação simpática que ocorre no hipertireoidismo Angina Pectoris e Infarto do miocárdio: • Redução do consumo cardíaco de O2 Usos Terapêuticos PROPRANOLOL Estados de ansiedade: • Ação cardíaca (não central) por redução dos efeitos adrenérgicos no coração, exacerbados nos estados de ansiedade • Broncoconstrição • Arritmias: após remoção abrupta do fármaco (supersensibilização / aumento da densidade de receptores) • Comprometimento da função sexual ? Mecanismo desconhecido Efeitos adversos Arritmias cardíacas: • Redução da frequência cardíaca (redução do potencial de ação gerador de impulsos) 5.2 – Bloqueadores de receptores b-adrenérgicos ATENOLOL •Bloqueador SELETIVO de b1adrenorreceptores •Classe de fármacos desenvolvidos para eliminação dos efeitos adversos do bloqueio inespecífico a b GDP g Xb1 ATENOLOL Ações Farmacológicas Redução da pressão arterial: Antagonismo de receptores b1 em doses 50 a 100 vezes menores do que as necessárias para bloquear receptores b2 = alta cardiosseletividade Usos Terapêuticos Hipertensão arterial 5.3 – Bloqueadores de receptores a1 e b-adrenérgicos LABETALOL •Bloqueador de adrenorreceptores a1 e binespecífico •Produzem vasodilatação e redução da PA •Não produzem vasoconstrição periférica como outros b-bloqueadores Usos Terapêuticos Hipertensão arterial CARVEDILOL a b GDP g X b1, b2 a1 5.4 – Fármacos que afetam a liberação/estocagem de NA RESERPINA •Alcalóide vegetal que bloqueia o transporte de NA para o interior das vesículas de armazenamento •Os estoques de neurotransmissor são depletados •A transmissão simpática é reduzida pela baixa disponibilidade do neurotransmissor **A reserpina também interfere no estoque de outras aminas biogênicas: adrenalina, dopamina e serotonina** NA COMT NA Metabólitos inativos Ativação de adrenorreceptores a b Corrente sanguínea NA MAO Metabólitos inativos •Bloqueia o transporte de NA para o interior das vesículas RESERPINA Usos Terapêuticos Hipertensão arterial **Possui ação central e periférica. Utilizado em baixas doses, em casos severos de hipertensão** 5.4 – Fármacos que afetam a liberação/estocagem de NA RESERPINA 5.4 – Fármacos que afetam a liberação/estocagem de NA GUANETIDINA •Ocupa as vesículas de estoque de NA •Inicialmente, pode causar hipertensão em virtude da alta liberação de NA. •Numa segunda etapa, os estoques apenas contêm o falso mediador, e a transmissão simpática é reduzida. NA COMT Metabólitos inativos Ativação de adrenorreceptores a b Corrente sanguínea NA MAO Metabólitos inativos •Ocupa as vesículas de estoque de NA GUANETIDINA Usos Terapêuticos Hipertensão arterial **Possui ação central e periférica. Utilizado em baixas doses, em casos severos de hipertensão** GUANETIDINA 5.4 – Fármacos que afetam a liberação/estocagem de NA Bibliografia 1. Farmacologia integrada. DeLucia, Roberto (Coord.) et al. 3.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2007. 2. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman & Gilmann. Brunton, Laurence et al. 11.ed. Riode Janeiro: McGraw-Hill, 2007. 3. Farmacologia Ilustrada. Richard Finkel et al. 4ª ed. Artmed, 2010
Compartilhar