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Metabolismo de microrganismo Meios e métodos de cultivo Prof. Dr. Lucas Gonçalves Ferreira UNIFESP - 2015 Célula bacteriana As estruturas bacterianas revela que sua arquitetura é formada por diferentes macromoléculas: Célula bacteriana A composição química de uma célula bacteriana: Nutrição bacteriana As estruturas da célula bacteriana são formadas por diferentes macromoléculas: Nutrição bacteriano Os precursores das macromoléculas podem ser retirados do microambiente ou ser sintetizados a partir de compostos mais simples pela bactéria *A retirada dos precursores prontos do microambiente sempre é mais vantajoso Nutrição bacteriano Nutrição bacteriano Os nutrientes podes ser divididos em 2 categorias: - Macronutrientes (~90%): Carbono, Oxigênio Hidrogênio, nitrogênio, enxofre *Requeridos em grandes quantidades por serem os principais constituintes dos compostos orgânicos celulares e/ou serem utilizados como combustíveis - Micronutrientes – minerais (~10%): Ferro, magnésio, manganês, cálcio, zinco, potássio, sódio, cloro, cobre, cobalto, selênio e outros *Ambos essenciais para o metabolismo bacteriano Nutrição bacteriano Macronutrientes: Oxigênio: Elemento importante de várias moléculas orgânicas e inorgânicas Carbono: Presente na maioria das substancias que compõem a célula. As bactérias utilizam o carbono inorgânico existente no microambiente na forma de carbonato ou CO2 Hidrogênio: É componente frequente de matéria orgânica e inorgânica, e constitui um elemento comum de todo material celular Nutrição bacteriano Macronutrientes: Nitrogênio: Componente essencial dos aminoácidos – protéinas - ácidos nucléicos e vitaminas Enxofre: Componente dos aminoácidos (cisteína e metionina), vitaminas e proteínas importantes na reação de óxido-redução Fósforo: O fósforo é encontrado na célula incorporado a moléculas importantes como os nucleotídeos e como fosfato inorgânico – incorporado por reações metabólicas - a síntese do ATP a partir de ADP e fosfato Nutrição bacteriano Micronutrientes (minerais): Ferro, magnésio, manganês, cálcio, zinco, potássio, sódio, cobre, selênio e outros são encontrados sempre na forma inorgânica Necessárias ao desenvolvimento da bactéria, mas em quantidades variáveis, dependendo do elemento e do microrganismo Alguns (magnésio, potássio, fosforo e ferro) são requeridos em quantidades maiores quando comparado com os outros *São adicionados aos meios de cultura Nutrição bacteriano Os nutrientes podes ser divididos em 2 categorias: - Macronutrientes (~90%): Carbono, Oxigênio Hidrogênio, nitrogênio, enxofre Papel importante na estrutura e metabolismo bacteriano - Micronutrientes – minerais (~10%): Ferro, magnésio, manganês, cálcio, zinco, potássio, sódio, cloro, cobre, cobalto, selênio e outros Papel importante nas funções enzimáticas Fisiologia bacteriana Crescimento bacteriano Exigências nutricionais Condições físicas: temperatura, Atmosfera e pH Crescimento bacteriano Fisiologia bacteriana Crescimento bacteriano Exigências nutricionais Condições físicas: temperatura, Atmosfera e pH Crescimento bacteriano Exigências nutricionais Fontes de energia doadores de H+ para gerar ATP (ex: glicose) receptores de H+ (Ex: oxigênio e sulfato) Crescimento bacteriano Fontes de carbono as bactérias retiram o carbono de fontes inorgânicas (CO2) e fontes orgânicas (aa, carboidratos) bactérias autotróficas: utilizam CO2 como única fonte de energia bactérias heterotróficas: utilizam CO2 e fontes orgânicas Crescimento bacteriano Fotossíntese ou fotossintéticas bactérias que utilizam luz para produzirem energia Fontes de nitrogênio nitrogênio atmosférico Fontes orgânicas (aa) Fontes inorgânicas (amônia, nitratos, etc) Crescimento bacteriano Fatores de crescimento ácido fólico (multiplicação) Aminoácidos vitaminas Água sais membrana plasmática absorve estes nutrientes Crescimento bacteriano Outros compostos Magnésio Sódio Potássio Cálcio zinco Manganês Ferro Enxofre *Estes sais podem ser encontrados na água utilizada no preparo dos meios de cultura Crescimento bacteriano Crescimento bacteriano Crescimento bacteriano 1. Fase Lag: período variável, onde ainda não há um aumento significativo da população * é um período onde o número de organismos permanece praticamente inalterado (Adaptação) 2. Fase Log ou exponencial: nesta etapa, as células estão plenamente adaptadas, absorvendo os nutrientes, sintetizando seus constituintes, crescendo e se duplicando 3. Fase Estacionária: Nesta fase, os nutrientes estão escasseando e os produtos tóxicos estão tornando-se mais abundantes. Nesta etapa não há um crescimento líquido da população, ou seja, o número de células que se divide é equivalente ao número de células que morrem Crescimento bacteriano 4. Fase de Declínio: A maioria das células está em processo de morte, embora outras ainda estejam se dividindo. A contagem total permanece relativamente constante, enquanto a de viáveis cai lentamente Crescimento bacteriano Fisiologia bacteriana Crescimento bacteriano Exigências nutricionais Condições físicas: temperatura, Atmosfera e pH Crescimento bacteriano Fisiologia bacteriana Condições físicas Temperatura Psicrófilas: abaixo de 20°C – Temperatura ótima: 10°C Mesófilas: em torno de 20 a 45°C – T. ótima: 37°C Termófilas: acima de 45°C – T. ótima: 60°C *37°C – interesse médico Crescimento bacteriano Crescimento bacteriano *Termófilas extremas: acima de 100°C Aeração Aeróbios estritos: presença de oxigênio (Mycobacterium tuberculosis) Facultativos: crescem na presença ou ausência de oxigênio (enterobactérias) Anaeróbias estritas: ausência de oxigênio (Clostridium tetani) Crescimento bacteriano Durante as reações de redução de oxigênio são formados vários intermediários tóxicos (H2O2) (a) Aeróbios estritos (b) Anaeróbias estritas (c) Anaeróbios Facultativos Crescimento bacteriano pH pH neutro (varia de 6 a 7,0) Adicionamos ao meio de cultura solução tampão para estabilizar o pH Crescimento bacteriano Crescimento bacteriano Crescimento bacteriano Crescimento bacteriano Metabolismo bacteriano Uma vez garantidos pelo ambiente os nutrientes e as condições adequadas As bactérias vão transformá-los em suprimento de energia e de matéria-prima Como matéria prima, os nutrientes vão ser transformados em estruturas celulares ou em moléculas acessórias à sua síntese e funcionamento A continua tomada de nutrientes permite que a bactéria atinja o seu objetivo máximo, a multiplicação Metabolismo bacteriano Metabolismo bacteriano Processos químicos que ocorrem durante a biossíntese (anabolismo) e degradação (catabolismo) de substâncias Transformando-os em energia Importância Metabolismo bacteriano Impacto dos microrganismos Identificação bacteriana Síntese de produtos farmacêuticos Biorremediação Aditivos alimentícios Ciclo de nutrientes Metabolismo bacteriano Fundamentos do metabolismo Metabolismo bacteriano Metabolismo bacteriano Metabolismo bacteriano Processos químicos que ocorrem durante a biossíntese (anabolismo) e degradação (catabolismo) de substâncias energia Metabolismo bacteriano Energia Obtida através da quebra de moléculas orgânicas Armazenada na forma de ATP Utilizada na síntese de moléculas e varias outras funções celulares O ATPconsiste em uma adenina, uma ribose e três grupos fosfato, é a energia fundamental para o funcionamento da célula bacteriana Metabolismo bacteriano - Energia Metabolismo bacteriano - Energia Catabolismo: são as reações químicas reguladas por enzimas que liberam energia, são hidrolíticas, ou seja, utilizam água nas quais quebram ligações químicas e são exergônicas (produzem mais energia do que consomem) Metabolismo bacteriano - Energia Anabolismo: são as reações reguladas por enzimas que requerem energia, geralmente os processos anabólicos envolvem reações de síntese por desidratação, ou seja, liberam água, e são endergônicos (consomem mais energia do que produzem) Metabolismo bacteriano - Energia Metabolismo bacteriano - Energia TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Metabolismo bacteriano Sistema de armazenamento e transferência de E Componentes celulares como proteínas (enzimas), DNA, RNA, carboidratos, lipídeos, etc. Produtos da degradação servem como unidades para a produção de compostos celulares Síntese Compostos e estruturas Degradação Quebra de substratos ou nutrientes E liberadaE requerida Crescimento celular, reprodução, manutenção e movimento Reações de óxido-redução - são reações químicas onde ocorrem transferências de elétrons entre duas ou mais substancias químicas TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Molécula rica em energia Metabolismo bacteriano – Produção de energia Vias metabólicas e produção de energia • Metabolismo de carboidratos – Glicólise oxidação da glicose em ácido pirúvico – Vias alternativas à glicólise • Via Pentose Fosfato • Via Entner-Doudoroff – Respiração celular • Respiração aeróbica • Respiração anaeróbica – Fermentação • Ácido lática • Alcoólica Metabolismo bacteriano Glicólise ou Via Embder-Meyerhof TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 1a Etapa Metabolismo bacteriano Glicólise ou Via Embder-Meyerhof TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 2a Etapa Metabolismo bacteriano Glicólise ou Via Embder-Meyerhof TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 1º Etapa: Consumo de 2 ATP 2º Etapa: Produção de 4 ATP e 2 NADH Saldo 2 ATP e 2 NADH Metabolismo bacteriano TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Metabolismo bacteriano Respiração celular Processo de geração de energia por meio de oxidação de moléculas, liberando gradativamente a energia neles contidas, a qual é utilizada na síntese do ATP • Aeróbia (presença de O2) – Aceptor final de elétrons é o oxigênio • Anaeróbia (Ausência de O2) – Aceptor final de elétrons é uma molécula inorgânica Metabolismo bacteriano Fermentação Fermentação é um processo biológico em que moléculas ricas em energia são degradadas parcialmente, com liberação de menor quantidade de energia do que na respiração É a forma de obter energia utilizada por certas bactérias em situações de necessidade O inicio dos vários tipos de fermentação são semelhantes: uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico, liberando energia, a qual é utilizada para produzir ATP Metabolismo bacteriano TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Metabolismo bacteriano TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Metabolismo bacteriano Metabolismo bacteriano TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Metabolismo bacteriano – Energia é liberada passo a passo em uma série de reações bioquímicas • Biossíntese de açúcares e polissacarídeos • Biossíntese de aminoácidos e nucleotídeos • Biossíntese de ácidos graxos e lipídeos Energia para síntese de compostos celulares: ácidos nucléicos (DNA, RNA), substâncias nitrogenadas (aa, enzimas, proteínas), carboidratos (peptidoglicano), lipídeos.... ATP para processos como divisão celular, mobilidade, transporte ativo de nutrientes, entre outras funções Metabolismo bacteriano - Anabolismo Biossíntese de polissacarídeos TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Metabolismo bacteriano Biossíntese de lipídios TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Metabolismo bacteriano Biossíntese de aminoácidos e proteínas TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia Metabolismo bacteriano Biossíntese de aminoácidos e proteínas MADIGAN, M.T. et al. Microbiologia de Brock Metabolismo bacteriano Biossíntese de purinas e pirimidinas TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia Metabolismo bacteriano TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia Metabolismo bacteriano Metabolismo bacteriano Meios de Cultura Isolamento bacteriano: Apresentam substâncias essenciais para o crescimento bacteriano, a partir da semeadura do material clínico Identificação bacteriana: Esses meios são utilizados quando a bactéria já está isolada Tais meios permitem a determinação das características metabólicas (produção de pigmentos, enzimas e antígenos específicos, etc.) Meios de Cultura Composição básica dos meios de cultura: hidrolisados de proteínas – fonte C e N - extrato de levedura/ extrato de carne carboidratos – dissacarídeos, hexoses e pentoses tampões – (PO4) estabilidade de pH inibidores – corantes e metais pesados indicadores de pH - vermelho de fenol outros indicadores – citrato férrico: H2S ágar – consistência Meios de Cultura Composição básica dos meios de cultura: * Culturas em laboratório – produzem ácidos que interferem com seu próprio crescimento * Sais de fosfato são utilizados para a manutenção do pH do meio – não são tóxicos e fornecem nutriente essencial para o crescimento Meios de Cultura Meios de Cultura Tipos: 1. Sólidos 2. Semi-sólidos 3. Líquidos - são designados de caldos (broth) *são isentos de ágar Meios de Cultura O crescimento de bactérias num meio líquido é observado pela turvação do meio, formação de uma película na sua superfície, ou aparecimento de sedimento Nos meios sólidos o crescimento bacteriano é evidenciado pelo aparecimento de colônias Os meios sólidos podem ainda ser vertidos em tubos de ensaio de vidro, os quais são inclinados, de modo a que, durante a solidificação do meio Meios de Cultura - Líquidos e Sólidos - = turbidez Meios de Cultura - Líquidos Meios líquidos (caldo) Meios semi-sólidos motilidade bacteriana Feito em baixa concentração de ágar de 0,05 a 0,3% A B A: límpido – bactéria imóvel B: turvo – bactéria do tipo móvel Meios de Cultura – Semi-sólidos A.monotríquias (único flagelo em uma das extremidades); B. lofotríquias (tufo de flagelos em uma ou ambas as extremidades); C. anfitríquias (único flagelo em cada extremidade); D. peritríquias (cercadas de flagelos). Meios de Cultura – Semi-sólidos Meios sólidos = colônia Meios de Cultura - Sólidos Meios sólidos • Meios enriquecidos: meios para o crescimento da maioria das bactérias, os quais contem substancias enriquecedoras (soro, sangue de carneiro ou sangue humano) Exemplos: AS, AC • Meios seletivos: meios para seleção de determinados grupos bacterianos, os quais contem substancias que inibem o crescimento de outras bactérias distintas daquelas que nos interessam Exemplos: TCBS, MC • Meios diferenciais: permitem a identificação de microrganismos, são meios sólidos com composição química adequada para evidenciar uma característica bioquímica Meios de Cultura • Meios de enriquecimento: são variaçõesdo meios seletivos e permitem o crescimento de determinados microrganismos que estão em menor concentração na amostra em relação aos da microbiota Exemplos: Caldo Selenito e Tetrationato • Meios para anaeróbios: meios pré-reduzidos na coleta e manutenção de bactérias anaeróbias, são adicionadas substancias redutoras (ácido ascórbico 0,1%, cisteina 0,1% e tioglicolato de sódio 0,1%) que se combinam com o oxigênio • Meios purificados: Mueller Hinton Meios de Cultura • Meios enriquecidos: meios para o crescimento da maioria das bactérias, os quais contem substancias enriquecedoras (soro, sangue de carneiro ou sangue humano) Exemplos: AS, AC • Meios seletivos: meios para seleção de determinados grupos bacterianos, os quais contem substancias que inibem o crescimento de outras bactérias distintas daquelas que nos interessam Exemplos: TCBS, MC • Meios diferenciais: permitem a identificação de microrganismos, são meios sólidos com composição química adequada para evidenciar uma característica bioquímica Meios de Cultura Ágar sangue Usado para identificar Staphylococcus/Streptococcus sp 5% de sangue Meios desidratados podem ser utilizados como base para o ágar sangue Tríptico de soja (TSA), infusão de cérebro e coração (BHI) e o ágar Columbia Meios de Cultura Ágar chocolate hemácias hemolisadas Fatores de crescimento (suplemento VX, vitaminas, aa) Mais enriquecido que o ágar sangue aquecer o ágar sangue até que este apresente coloração achocolatada, obtida pelo aquecimento a 80C em banho-maria por 2 minutos Usado para identificar Neisseria gonorrhoeae e Haemophilus influnzae Meios de Cultura • Meios enriquecidos: meios para o crescimento da maioria das bactérias, os quais contem substancias enriquecedoras (soro, sangue de carneiro ou sangue humano) Exemplos: AS, AC • Meios seletivos: meios para seleção de determinados grupos bacterianos, os quais contem substancias que inibem o crescimento de outras bactérias distintas daquelas que nos interessam Exemplos: TCBS, MC • Meios diferenciais: permitem a identificação de microrganismos, são meios sólidos com composição química adequada para evidenciar uma característica bioquímica Meios de Cultura Ágar Mac Conkey peptona, lactose, NaCl, sais biliares e vermelho de metilo como indicador de pH) cristal de violeta e sais biliares (impede crescimento de G+) Isolamento de bacilos G- Não indicado para isolar Streptococcus sp e Staphylococcus sp (G+) Usado para identificar enterobactérias – E. coli Ágar Manitol Alta concentração de NaCl (7,5%) Usado para identificar Staphylococcus sp • Meios enriquecidos: meios para o crescimento da maioria das bactérias, os quais contem substancias enriquecedoras (soro, sangue de carneiro ou sangue humano) Exemplos: AS, AC • Meios seletivos: meios para seleção de determinados grupos bacterianos, os quais contem substancias que inibem o crescimento de outras bactérias distintas daquelas que nos interessam Exemplos: TCBS, MC • Meios diferenciais: permitem a identificação de microrganismos, são meios sólidos com composição química adequada para evidenciar uma característica bioquímica Exemplos: AS, MC Meios de Cultura Ágar Manitol Alta concentração de NaCl (7,5%) Possui o carboidrato manitol, que possui indicador de pH (fenol vermelho) Fenol vermelho •Se estiver em meio ácido – amarelo •Se estiver em meio neutro – róseo-claro (sem bactéria) •Se estiver em meio alcalino - pink pH ácido: utiliza o manitol (manitol +) pH alcalino: não utiliza o manitol (manitol -) Staphylococcus aureus – manitol + Staphylococcus epidermidis – manitol - Ágar Mac Conkey Indicador de pH vermelho neutro Carboidrato lactose Vermelho neutro •pH ácido– róseo •pH neutro – incolor •pH alcalino - incolor pH ácido: fermentou lactose (Lac +) pH alcalino/neutro: não fermentou (Lac -) Ágar Mac Conkey Ágar sangue Diferenciam bactérias com a capacidade de lisar as hemácias, causando hemólise α hemólise: hemólise parcial - S. pneumoneae β hemólise: hemólise total - S. pyogenes γ hemólise: não hemolítico - Enterococcus faecalis TCBS (Tiosulfato citrato bile e sacarose) Ágar Verde Brilhante Meio seletivo para Salmonella sp Vermelho de fenol ( lac+ amarela e lac- rosa) Agar Salmonella-Shigella (SS) Meio de carvão ativado (Karmali) Isolamento de Campylobacter spp COMO ESCOLHER O MEIO DE CULTURA? Fatores a serem considerados: 1. A origem do material a ser analisado 2. O agente etiológico que imagina estar presente na amostra 3. As necessidades nutricionais deste possível agente Vias Respiratórias Microbiota Normal Potenciais Patogenos Meios culturas Streptococcus mutans Streptococcus salivarus Streptococcus pygones Streptococcus pygones Streptococcus pneumoniae AS Staphylococcus aureus* Staphylococcus epidermidis AS Haemophylus sp Neisseria sp Neisseria meningitidis Haemophilys influenzae tipo B ACHOC com suplementado com os fatores V e X Difteroides Enterobacterias Anaeróbios Corynebacterium diphtheriae Klebsiella pneumoniae Enterobacterias Pseudomonas aeruginosa MC Mycobacterium sp Lowenstein-Jensen L-J Microbiota Normal Potenciais Patogenos Meios culturas Enterococcus sp Streptococcus agalactiae Enterococcus sp AS Staphylococcus sp coagulase negativa Neisseria gonorrhoeae Tayer Martin (TM) ou ACHOC Difteroides Enterobacterias MC Anaeróbios Anaeróbios Meios para anaerobios MICRORGANISMOS EM ALTA CONCENTRAÇAO E CULTIVO PURO AS e MC Trato Genital Microbiota Normal Potenciais Patogenos Meios culturas Staphylococcus sp coagulase negativa Streptococcus agalactiae Enterococcus sp AS Difteroides S.aureus AS E.coli Proteus sp MC Pseudomonas aeruginosa MC Pele e mucosa Trato Gastrointestinal Microbiota Normal Potenciais Patogenos Meios culturas Enterococcus sp MC SS VB Caldo selenito ou Tetrationato TCBS Carvão ativado Skirrow ativado Staphylococcus sp coagulase negativa Enterobacterias Não fermentador Salmonella sp Shigella sp E.coli diarreiogenicas Campylobacter sp Vibrio sp Yersinia sp Anaeróbios Clostridium difficile Meios para anaerobios Sítio estéreis Potenciais Patogenos Meios culturas LCR Neisseria meningitidis Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae Listeria monocytogenes ACHOC +V+X AS E.coli MC TRATO URINARIO Enterobacterias MC Enterococcus Staphyococcus aureus Staphylococcus saprophyticus AS Não Fermentador MC Amostra Tempo critico Frasco e meio de transporte Hemocultura 30 minutos (não refrigerar) Frasco com meio de cultura T .Respiratório 30 minutos Tubo seco estéril Urina 1 hora ou refrigerada até 24 h Pote seco estéril Fezes 30 minutos ou 12h em meio de cultura Cary Blair Amostras clínicas Amostra Tempo critico Frasco e meio de transporte LCR Imediatamente ( não refrigerar) Tubo seco estéril Líquido pleural Imediatamente ( não refrigerar) Tubo seco estéril Swab Imediatamente ( não refrigerar) Tubo seco estéril ou meio semi solido (Stuart ou Amies) Suspeita de anaeróbios 30 minutos Meio de transporte apropriado Feridas e tecidos 30 min ou 12 horas (meio de transporte) Meio de transporte apropriado Meios de cultura para transporte e conservação Cary Blair coliformes fecais A carência de uma fonte de nitrogênio impede consideravelmente a multiplicaçãoda bactéria Composição nutritiva garante sua sobrevivência - Conservação e validade: 4 a 10°C de 6 a 8 semanas Meio Stuart A carência de uma fonte de nitrogênio impede consideravelmente a multiplicação da bactéria Haemophilus spp, Pneumococcus, Salmonella spp, Shigella spp, entre outros Conservação e validade: 4 a 8°C de 1 a 2 semanas Ágar nutriente Conservação e manutenção de culturas em temperatura ambiente Método opcional para laboratórios que não dispõem do método de crioconservação Usado para bacilos Gram positivos Outros meios de cultura Mueller Hilton CLED * Diferenciar microrganismos causadores de infecção urinária AS – potencialização da hemólise S.aureus β lisina Streptococcus agalacteae Quando encontrar com β lisina potencializa a hemólise Ágar SS Salmonella sempre produz H2S (sulfeto de hidrogênio) – coloração preta Meios bioquímicos TSI (tríplice açúcar ferro) Fermentação de açúcares Produção de H2S Produção de gás Indol Citrato de Simmons lisina Conservação de culturas puras Após a obtenção de uma cultura pura deverá ser adotado um método de conservação destas culturas vivas Conservação por um curto período (dias a meses) Armazenar de 4°C a 10°C Repiques frequentes Nitrogênio líquido (-196°C) Freezers a -70°C/-120°C Liofilização – congelamento a seco – as amostras são congeladas, desidratadas e fechadas à vácuo, o que possibilita a viabilidade das culturas por muitos anos Conservação por longos períodos (meses a anos) Inoculação Inóculo Semeado em meio de cultura microrganismo se multiplica e da origem a uma colônia Quais Os Métodos De Cultivo? Inoculação: Esgotamento por estrias – através de uma alça ou agulha realiza o esgotamento do material clinico no meio de cultura adequado Semeadura da superfície – o inóculo é espalhado na superfície do ágar com uma alça de Drigalsky “formado de um L”. “Pour Plate” (semeadura em profundidade) – o inóculo juntamente com meio de cultura fundido (45C) é vertido na placa de petri Diluição- diluição seriada do inóculo, e semeado por esgotamento ou semeadura na superfície Quais Os Métodos De Cultivo? Técnica de esgotamento por estrias Técnica de esgotamento do inóculo Condições De Cultivo . Após a inoculação, o meio de cultura deve ser incubado num ambiente adequado aos requisitos de crescimento dos microrganismos: • Temperatura de crescimento • Aeração • pH • Tempo de incubação Isolamento de aeróbios Semear a bactéria (placa ou tubo) - Presença de oxigênio Isolamento de anaeróbios Isolamento de capnéicos Altas concentrações de CO2 Identificação Microbiana Identificação é obtida pela detecção do microrganismo ou seus produtos -identificação pelo isolamento e cultura bacteriana -identificação de um produto microbiano específico (detecção de toxinas, identificação de um gene especifico e sorologia (detecção de anticorpos)) Identificação Microbiana 1. Características de cultivo 2. Características morfológicas 3. Características metabolismo 4. Características antigênicas 5. Características genéticas Identificação Microbiana 1. Características de cultivo 2. Características morfológicas 3. Características metabolismo 4. Características antigênicas 5. Características genéticas Identificação Microbiana 1. Características de cultivo Observar a características da colônia no meio em crescimento (forma, dimensão, brilho, pigmento, etc) Identificação Microbiana 1. Características de cultivo 2. Características morfológicas 3. Características metabolismo 4. Características antigênicas 5. Características genéticas Identificação Microbiana Bacterioscopia Coloração de GramColoração de Gram Gram Negativas - Bacilos Gram Positivas - Cocos Coloração de Gram Gram Negativo - Diplococos - Polimorfonucleares Coloração de Gram 1. Características de cultivo 2. Características morfológicas 3. Características metabolismo 4. Características antigênicas 5. Características genéticas Identificação Microbiana Avaliar o metabolismo bioquímico para identificar a espécie Microrganismos Provas bioquímicas Staphylococcus Catalase, oxidase, coagulase, Dnase, novobiocina Streptococcus Catalase, hipurato de sodio, bile esculina , NaCl 6,5%, optoquina, CAMP-Teste e bacitracina Haemophilus Catalase, oxidase, redução de nitrato, indol, necessidade de X e V, crescimento em ágar sangue, utilização de sacarose Neisseria Catalase, oxidase, redução de nitrato, utilização de maltose, sacarose, lactose e glicose Enterobacterias Catalase, oxidase e outros Não fermentadores Catalase, oxidase, e outros Identificação bacteriana • Pesquisa de enzimas • Oxidase (enterobactérias) • Urease • Descarboxilase • Desaminase • Triptofanase • Produção de H2S • Produção de gás • Motilidade • Fermentação de açúcar Prova da oxidase • Possuem a enzima citocromo oxidase Triple sugar iron agar - TSI • Determinar capacidade do microrganismo em utilizar carboidratos específicos presentes no meio, com ou sem produção de gás, juntamente com a determinação de uma possível produção de hidróxido de enxofre. – Glicose (0,1%) – Lactose (1%) – Sacarose (1%) – Peptona – Vermelho de fenol – Citrato férrico de amônio e tiossulfato de sódio Precipitado preto 4H++4e+3S2O3 Tiosulfato redutase Bactéria 2SO3 + 2 H2S + Fe Meio Não fermentador Não fermentador de lactose e sacarose Não fermentador de lactose Triple sugar iron agar - TSI Glicose (0,1%) Lactose (1%) Sacarose (1%) Peptona Vermelho de fenol pH 7,4 O2 glicose ácidos O2 Glicose Sacarose ácidos O2 sacarose Lactose Fermentador dos três açúcares Glicose Lactose Sacarose ácidos O2 Urease • Determinar capacidade do microrganismo em cindir a uréia, formando duas moléculas de amônia, pela ação da enzima urease, alcalinizando o meio. – Uréia (20%) – Vermelho de fenol NH2 NH2 C = O +2 H2O CO2 + H2O + NH3 (NH4)2C03 urease pH alcalino Indicador VF Meio Rosa Bactéria Fenilalanina desaminase • Determinar capacidade do microrganismo em desaminar a fenilalanina, formando ác. fenilpirúvico (pela ação da enzima fenilalanina desaminase), que é detectado pela adição de uma solução de cloreto férrico. – Fenilalanina – Solução de cloreto férrico 10% CH2-CH-COOH NH2 + ½ O2 - 2H CH2-CH- COOH O + NH3 + FeCl3 Meio verde Citrato • Determinar capacidade do microrganismo em utilizar citrato como única fonte de carbono. As bactéria que utilizam citrato retiram N2 de sais de amônia, alcalinizando o meio pela transformação de amônia em NH4OH. – Citrato de sódio – Azul de bromotimol – Fosfato monoamoniacal Citrato Citritase Oxalacetato + acetato Piruvato + CO2 (fonte de C) + fonte de N = crescimento NH4 (pH alcalino) azul bromotimol Meio azul Descarboxilação de aminoácidos • Medir a habilidade enzimática de um microrganismo em descarboxilar um aminoácido, dando origem a uma amina, o que resulta na alcalinização do meio. – Aminoácido (lisina, ornitina e arginina) – Peptona – Púrpura de bromocresol – Cresol vermelho – Glicose – Óleo mineral R –CH – NH2 –COOH R –CH – NH2 + CO2 enzima pH alcalino + indicador = Roxo Indol • Determinar capacidade do microrganismo em hidrolisar o triptofano, produzindo indol, ácido pirúvico e amônia, pela ação da enzima triptofanase. A presença do indol é verificada pelaformação de um complexo vermelho após adição de uma solução de p-dimetilaminobenzaldeído. – Triptofano – Reativo de Kovacs (p-dimetilaminobenzaldeído) Triptofanase Piruvato + NH3 + + Indol p-dimetilaminobenzaldeido Complexo Vermelho Triptofano Motilidade • Determinar se o microrganismo é móvel ou não. – Meio semi-sólido – Cloreto de trifeniltetrazólio (opcional) • Formação de um pigmento vermelho insolúvel onde há crescimento bacteriano. Meio semi-sólido (0,4 %) + TTC Crescimento bacteriano TTC reduzido Complexo vermelho Verificar: H2S Gás de glicose Uréia Fenilalanina desaminase Fermentação de glicose Verificar: Motilidade Indol Lisina EPM Mili Identificação de bacilos Gram negativos Fermentação da Glicose + - Oxidase Enterobactérias Oxidase - + Aeromonas Vibrio Campylobacter Plesiomonas - + Acinetobacter Pseudomonas Identificação de bacilos Gram negativos Identificação de Enterobactérias Identificação de bacilos Gram negativos Identificação de bacilos Gram negativos Identificação de Cocos-gram-positivos Identificação de cocos Gram positivos Catalase Staphylococcus + Streptococcus Enterococcus - Catalase + Dnase ou Coagulase + - S. aureus Novobiocina S. saprophyticus S. coagulase neg R S Identificação de Cocos-gram-positivos Catalase + Dnase ou Coagulase + - S. aureus Novobiocina S. saprophyticus S. coagulase neg R S Identificação de Cocos-gram-positivos NaCl 6,5% - + Identificação de coco Gram positivos Catalase Staphylococcus + Streptococcus Enterococcus - Identificação de Cocos-gram-positivos Identificação de coco Gram positivos Catalase Staphylococcus + Streptococcus Enterococcus - Identificação de Cocos-gram-positivos Cepas com beta-hemólise Realizar a prova do bacitracina e CAMP-Test Identificação de Cocos-gram-positivos Teste de sensibilidade à bacitracina Realizado apenas para os microrganismos que possuem beta-hemólise. Identificação de Cocos-gram-positivos Camp-test Este teste é baseado na detecção de uma substância (fator CAMP), a qual potencializa a ação lítica da beta- hemolisina de S. aureus sobre hemácias de carneiro, tendo como efeito a formação de uma área de hemólise sinérgica, típica, em forma de seta ou meia-lua, quando esses microrganismos são semeados sob a forma de estrias perpendiculares. S. aureus Streptococcus beta-hemolítico Identificação de Cocos-gram-positivos positivo negativo Identificação de Cocos-gram-positivos Cepas com alfa-hemólise Realizar a prova da optoquina Identificação de Cocos-gram-positivos Teste de sensibilidade à optoquina Realizado apenas para os microrganismos que possuem alfa-hemólise. Identificação de Cocos-gram-positivos Resumo Identificação de Cocos-gram-positivos 1. Características de cultivo 2. Características morfológicas 3. Características metabolismo 4. Características antigênicas 5. Características genéticas Identificação Microbiana Aglutinação em lâmina A confirmação sorológica envolve a reação na qual o microrganismo (antígeno) reage com o anticorpo correspondente (específico) Esta reação in vitro produz aglomerados macroscópicos (aglutinação) Aglutinação em látex • Aglutinação em látex para a detecção qualitativa direta de antígenos de H. influenzae tipo b, S. pneumoniae, Streptococcus sp, N. meningitidis dos Grupos A, B, C, Y ou W135 e Escherichia coli K1 •A aglutinação evidente ocorre quando a amostra contém qualquer desses antígenos bacterianos, os quais reagem com os respectivos anticorpos (específicos) aderidos ao látex 1. Características de cultivo 2. Características morfológicas 3. Características metabolismo 4. Características antigênicas 5. Características genéticas Identificação Microbiana Características genéticas – biologia molecular • PCR • Hibridização – sondas Identificação Microbiana Reação da Polimerase em Cadeia (Polymerase Chain Reaction) - PCR A Reação ocorre em três etapas: 1) Denaturação - em que as fitas complementares de DNA separam-se, dando acesso aos primers e à DNA polimerase 2) Renaturação (anelamento) - em que os primers anelam-se seletivamente com o DNA template 3) Síntese (extensão) - em que os primers são extendidos pela DNA polimerase utilizando os dNTPs como substrato Esta reação é cíclica e cada etapa ocorre a uma temperatura Reação da Polimerase em Cadeia - PCR Reação da Polimerase em Cadeia - PCR 94oC 94oC 55oC 72oC 72oC 5 min 5 min 1 min 1 min 1 min 30x denaturação anelamento extensão Variações da reação: - PCR-RFLP (restriction fragment lenght polymorphism) - Nested-PCR - RT-PCR (reverse transcriptase) -Multiplex PCR - Real Time PCR Referências Bibliográficas
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