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A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas MO´DULO 1 – AULA 11 Aula 11 – A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas Na˜o ha´ como evitar o sentimento de que essas fo´rmulas matema´ticas teˆm uma existeˆncia independente e uma inteligeˆncia pro´pria, que elas sa˜o mais sa´bias do que no´s, mais sa´bias ate´ mesmo do que seus descobridores, que no´s obtemos mais delas do que o que foi originalmente colocado nelas. Heinrich Hertz Objetivo • Usar as fo´rmulas derivadas da Regra da Cadeia no caso das func¸o˜es de va´rias varia´veis. Introduc¸a˜o Ha´ uma parte importante da cultura matema´tica que diz respeito a`s fo´rmulas. E´ imposs´ıvel folhear os livros e os trabalhos de Matema´tica sem encontrar, perfilados, seguindo por pa´ginas e pa´ginas, fo´rmulas e s´ımbolos, em arranjos que va˜o dos mais simples aos mais elaborados. Na˜o se pode mencionar, por exemplo, o Teorema de Pita´goras sem pensar na fo´rmula a2 = b2 + c2. Quem na˜o se lembra da famosa Fo´rmula de Bhaskara, para resolver equac¸o˜es do segundo grau: x = −b±√b2 − 4ac 2a ? Cada um de no´s tem algumas que sa˜o as suas favoritas:∫ u dv = uv − ∫ v du, sen (a + b) = sen a cos b + cos a sen b, d(ω ∧ η) = (dω) ∧ η + (−1)p ω ∧ dη etc. Ha´ tantas! Na aula anterior, voceˆ acrescentou ao seu rol de fo´rmulas matema´ticas a da Regra da Cadeia: 119 CEDERJ A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas (f ◦ α) ′(t) = ∇f(α(t)) · α ′(t), que tem a simplicidade como uma de suas caracter´ısticas. Vamos a um exemplo. Exemplo 11.1 Seja f : lR 2 −→ lR uma func¸a˜o diferencia´vel, tal que ∇f(−1, 0) = (1, 2) e seja α(t) = (cos(3πt), 1− t2). Vamos usar a Regra da Cadeia para calcular (f ◦ α) ′(1). Note que α(1) = (−1, 0). Aqui esta´ o ca´lculo de α ′(1): α ′(t) = (−3π sen (3πt), −2t), α ′(1) = (0, −2). Assim, (f ◦α) ′(1) = ∇f(α(1)) ·α ′(1) = ∇f(−1, 0) ·α ′(1) = (−1, 2) · (0, −2) = −4. A fo´rmula por extenso Quando expressamos as func¸o˜es usando a notac¸a˜o de varia´veis indepen- dentes e dependentes, costumamos usar a versa˜o por extenso da fo´rmula da Regra da Cadeia. Veja como isso funciona na situac¸a˜o a seguir. Seja z(x, y) = f(x, y) uma func¸a˜o diferencia´vel e α(t) = (x(t), y(t)) uma curva diferencia´vel, tal que Im(α) ⊂ Dom(f). Enta˜o, a composic¸a˜o de f e α fica z(t) = f(x(t), y(t)), e a derivada desta func¸a˜o e´ dada por dz dt (t) = ∇f(x(t), y(t)) · (dx dt (t), dy dt (t) ) = = ∂f ∂x (x(t), y(t)) dx dt (t) + ∂f ∂y (x(t), y(t)) dy dt (t). Em Matema´tica, assim como na vida, muitas vezes o menos e´ mais. Assim, e´ comum usarmos a seguinte versa˜o abreviada dessa fo´rmula: dz dt = ∂f ∂x dx dt + ∂f ∂y dy dt , CEDERJ 120 A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas MO´DULO 1 – AULA 11 ou dz dt = ∂z ∂x dx dt + ∂z ∂y dy dt . Note a similaridade com a fo´rmula dy dt = dy dx dx dt , apresentada no in´ıcio da aula anterior. Veja, no lugar de dy dx , temos as deri- vadas parciais ∂z ∂x e ∂z ∂y . E´ preciso atenc¸a˜o no uso da fo´rmula, pois omitimos os pontos nos quais cada uma das derivadas envolvidas deve ser calculada. Esta´ na hora de observar como isso funciona na pra´tica. Exemplo 11.2 Sejam z(x, y) = 2xy2 − x2y, x(t) = 3t2 e y(t) = sen 2t. Vamos calcular dz dt , a derivada da composta, usando a fo´rmula da Regra da Cadeia e diretamente, apo´s obter a expressa˜o de z(t). (a) Usando a fo´rmula da Regra da Cadeia: dz dt = ∂z ∂x dx dt + ∂z ∂y dy dt = = (2y2 − 2xy) 6t + (4xy − x2) (2 cos 2t) = = (2 sen2 t − 6t2 sen 2t) 6t + (12t2 sen 2t − 9t4) (2 cos 2t) = = 12t sen2 2t− 36t3 sen 2t + 24t2 sen 2t cos 2t− 18t4 cos 2t = = 12t sen 2t (sen 2t − 3t2) + 3t2 cos 2t (8 sen 2t − 6t2). Note que, da equac¸a˜o z = 2xy2 − x2y, calculamos ∂z ∂x = 2y2 − 2xy e ∂z ∂y = 4xy − x2, e das equac¸o˜es x = 3t2 e y = sen 2t calculamos dx dt = 6t e dy dt = 2 cos 2t. Ale´m disso, substitu´ımos x por 3t2 e y por sen 2t, pois a resposta de dz dt deve ser dada apenas em termos da varia´vel t, a menos que tenhamos de deixar subentendido. 121 CEDERJ A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas (b) Efetuando a composic¸a˜o e, enta˜o, o ca´lculo direto: z(t) = 6t2 sen2 2t − 9t4 sen 2t. dz dt = 12t sen2 2t + (12t2 sen 2t) (2 cos 2t) − 36t3 sen 2t− 18t4 cos 2t = = 12t sen 2t (sen 2t− 3t2) + 3t2 cos 2t (8 sen 2t− 6t2). A rigor, dever´ıamos ter escrito dz dt (t) no lugar de dz dt , na u´ltima equac¸a˜o. Quando f e´ uma func¸a˜o com mais varia´veis do que nossas usuais duas, a fo´rmula ganha mais parcelas. Veja, no pro´ximo exemplo, como isso acontece. Exemplo 11.3 Seja w = f(x, y, z) uma func¸a˜o diferencia´vel e seja α(t) = (x(t), y(t), z(t)) = (t2, cos 2t, sen 2t). Suponha que, para t ∈ Dom(α), (x(t), y(t), z(t)) ∈ Dom(f). Vamos expressar a derivada da composta w(t) em termos das derivadas parciais de f . Nesse caso, a fo´rmula da Regra da Cadeia fica dw dt = ∂w ∂x dx dt + ∂w ∂y dy dt + ∂w ∂z dz dt . Uma vez que na˜o dispomos das informac¸o˜es sobre f (sabemos apenas que e´ uma func¸a˜o diferencia´vel e que a composic¸a˜o e´ poss´ıvel), suas derivadas parciais sera˜o apenas indicadas. dw dt = ∂f ∂x 2t + ∂f ∂y (−2 sen 2t) + ∂f ∂z (2 cos 2t) = = 2t ∂f ∂x − 2 ∂f ∂y sen 2t + 2 ∂f ∂z cos 2t. Observe que os s´ımbolos ∂f ∂x , ∂f ∂y e ∂f ∂z representam func¸o˜es na varia´vel t, pois devemos substituir x, y e z pelos seus respectivos valores em t. Aqui esta´ uma oportunidade para voceˆ experimentar. Atividade 11.1 Seja w = f(x, y, z) uma func¸a˜o diferencia´vel, definida em todo o lR 3. Escreva a fo´rmula indicada para calcular a derivada de w(t) = f(e2t, t e3t, t2) e expresse essa derivada, dw dt , em termos das derivadas parciais de f . CEDERJ 122 A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas MO´DULO 1 – AULA 11 Parciais e parciais Ate´ esta altura, temos considerado a situac¸a˜o ba´sica, em que f e´ uma func¸a˜o de duas ou treˆs varia´veis e α e´ uma func¸a˜o vetorial, tomando valores em lR 2 ou lR 3, dependendo do caso, e de uma varia´vel real. O resultado da composic¸a˜o f ◦ α e´ uma func¸a˜o real de uma varia´vel real. No entanto, podemos considerar, tambe´m, a seguinte situac¸a˜o: Seja z(x, y) = f(x, y) uma func¸a˜o diferencia´vel e suponha que x(u, v) = g(u, v) e y(u, v) = h(u, v) sejam func¸o˜es diferencia´veis, definidas num aberto U ⊂ lR 2, tais que, se (u, v) ∈ U , enta˜o (x(u, v), y(u, v)) ∈ Dom(f). Enta˜o, podemos considerar z uma func¸a˜o de u e v, fazendo a composic¸a˜o z(u, v) = f(x(u, v), y(u, v)) = f(g(u, v), h(u, v)). Ale´m disso, podemos usar a Regra da Cadeia para calcular as derivadas parciais de z em relac¸a˜o a u e a v, uma vez que para isso basta derivar a func¸a˜o em relac¸a˜o a` varia´vel desejada, considerando a outra varia´vel como uma constante. Portanto, ∂z ∂u = ∂z ∂x ∂x ∂u + ∂z ∂y ∂y ∂u e ∂z ∂v = ∂z ∂x ∂x ∂v + ∂z ∂y ∂y ∂v . Veja, no exemplo a seguir, como usar as fo´rmulas. Exemplo 11.4 Sejam z = f(x, y) = xy − y2, x = g(u, v) = u2 + v2 e y = h(u, v) = 3u−v. Considerando z uma func¸a˜o de u e v, ou seja, tomando a composic¸a˜o z(u, v) = f(g(u, v), h(u, v)), vamos calcular as derivadas parciais ∂z ∂u e ∂z ∂v de ambas as maneiras: usando as fo´rmulas da Regra da Cadeia e, diretamente, apo´s obter a expressa˜o expl´ıcita de z em termos de u e v. 123 CEDERJ A Regrada cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas (a) Usando a Regra da Cadeia: ∂z ∂u = ∂z ∂x ∂x ∂u + ∂z ∂y ∂y ∂u = = y (2u) + (x− 2y) 3 = = (3u− v) (2u) + (u2 + v2 − 6u + 2v) 3 = = 9u2 − 2uv + 3v2 − 18u + 6v. ∂z ∂v = ∂z ∂x ∂x ∂v + ∂z ∂y ∂y ∂v = = y (2v) + (x− 2y) (−1) = = (3u− v) (2u) + (u2 + v2 − 6u + 2v) (−1) = = −u2 + 6uv − 3v2 + 6u− 2v. (b) Diretamente da expressa˜o de z em termos de u e v: z(u, v) = (u2 + v2) (3u− v) − (3u− v)2 = = 3u3 − u2v + 3uv2 − v3 − 9u2 + 6uv − v2; ∂z ∂u = 9u2 − 2uv + 3v2 − 18u + 6v; ∂z ∂v = −u2 + 6uv − 3v2 + 6u− 2v. Esta´ na hora de voceˆ entrar em ac¸a˜o. Eis mais uma atividade para voceˆ: Atividade 11.2 Seja w(u, v) = f(u e2v, v e2u, uv), onde f(x, y, z) e´ uma func¸a˜o dife- rencia´vel, definida em todo o lR 3. (a) Expresse ∂w ∂u e ∂w ∂v em termos das derivadas parciais de f , ∂f ∂x , ∂f ∂y e ∂f ∂z . (b) Sabendo que ∇f(e2, e2, 1) = (1,−1, 2), calcule ∇w(1, 1). Voceˆ observou que, uma vez conhecida a expressa˜o que define a func¸a˜o composta, e´ menos trabalhoso deriva´-la diretamente. No entanto, nem sem- pre dispomos de todas as informac¸o˜es para obter as leis de definic¸a˜o explici- tamente. Nesse caso, a fo´rmula e´ o u´nico recurso de que dispomos. Ale´m disso, e´ bom estar preparado para usar uma variedade de dife- rentes nomenclaturas e notac¸o˜es para as derivadas parciais. CEDERJ 124 A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas MO´DULO 1 – AULA 11 Terminaremos a aula com uma se´rie de exemplos em que exploraremos esses aspectos. Exemplo 11.5 Seja g(x, y, z) uma func¸a˜o diferencia´vel, definida em todo o lR 3, e suponha que x(u, v) = u2 cos v, y(u, v) = u2 sen v e z(u, v) = uv. Vamos considerar G(u, v) = g(x(u, v), y(u, v), z(u, v)) e expressar as derivadas parciais de G, em relac¸a˜o a u e v, em termos das derivadas parciais de g, em relac¸a˜o a x, y e z. Nesse caso, as fo´rmulas que sera˜o usadas sa˜o: ∂G ∂u = ∂g ∂x ∂x ∂u + ∂g ∂y ∂y ∂u + ∂g ∂z ∂z ∂u ; ∂G ∂v = ∂g ∂x ∂x ∂v + ∂g ∂y ∂y ∂v + ∂g ∂z ∂z ∂v . Assim, ∂G ∂u = (2u cos v) ∂g ∂x + (2u sen v) ∂g ∂y + v ∂g ∂z ; ∂G ∂v = (u2 sen v) ∂g ∂x + (u2 cos v) ∂g ∂y + u ∂g ∂z . Note que ∂g ∂x , ∂g ∂y e ∂g ∂z devem ser vistas, nas duas equac¸o˜es anteriores, como func¸o˜es de u e v, uma vez que substitu´ımos nelas x, y e z por seus respectivos valores em termos de u e v: x = u2, cos v, y = u2 sen v e z = uv. Exemplo 11.6 Vamos calcular wr e wt sabendo que w = xy + 2yz − xz, x = r et, y = r e−t e z = t2. Nesse exemplo, a eˆnfase esta´ na notac¸a˜o wr e wt. Isso e´ uma outra maneira de denotar as func¸o˜es derivadas parciais de w em relac¸a˜o a r e a t, respectivamente. Usando essa notac¸a˜o, as fo´rmulas ficam: wr = wx xr + wy yr + wz zr; wt = wx xt + wy yt + wz zt. 125 CEDERJ A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas Assim, obtemos wr = (y − z) et + (x + 2z) e−t + (2y − x) 0 wr = (r e −t − t2) et + (r et + 2 t2) e−t wr = r − t2 et + r + 2t2 e−t = 2r − t2(et − 2 e−t); wt = (y − z) r et + (x + 2z) (−r e−t) + (2y − x) (2t) wt = (r e −t − t2) r et − (r et + 2t2) r e−t + (2r e−t − r et) 2t wt = 2rt e −t (1− t) − rt et (t + 2). Vamos a um exemplo onde temos uma composic¸a˜o dupla. Exemplo 11.7 Seja zf(x, y) uma func¸a˜o diferencia´vel definida em todo o lR 2, x = 2u− v, y = 3u+2v, u = t2 +2t e v = 3− t. Vamos expressar dz dt em termos das derivadas parciais de f . Sabemos que ∂z ∂u = ∂f ∂x ∂x ∂u + ∂f ∂y ∂y ∂u , ∂z ∂v = ∂f ∂x ∂x ∂v + ∂f ∂y ∂y ∂v e dz dt = ∂z ∂u du dt + ∂z ∂v dv dt . Portanto, dz dt = (∂f ∂x ∂x ∂u + ∂f ∂y ∂y ∂u ) du dt + (∂f ∂x ∂x ∂v + ∂f ∂y ∂y ∂v ) dv dt dz dt = (∂f ∂x 2 + ∂f ∂y 3 ) (2t + 2) + (∂f ∂x (−1) + ∂f ∂y 2 ) (−1) = = (4t + 5) ∂f ∂x + (6t + 4) ∂f ∂y . Voceˆ deve notar que ∂f ∂x e ∂f ∂y representam, na fo´rmula anterior, func¸o˜es de t. Para isso, devemos calcula´-las em ( x ( u(t), v(t) ) , y ( u(t), v(t) )) . CEDERJ 126 A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas MO´DULO 1 – AULA 11 Respostas das atividades Atividade 11.1 Seja w = f(x, y, z) uma func¸a˜o diferencia´vel, definida em todo o lR 3. Escreva a fo´rmula indicada para calcular a derivada de w(t) = f(e2t, t e3t, t2) e expresse essa derivada, dw dt , em termos das derivadas parciais de f . Soluc¸a˜o: Usamos a fo´rmula dw dt = ∂f ∂x dx dt + ∂f ∂y dy dt + ∂f ∂z dz dt , onde x(t) = e2t, y = t e3t e z(y) = t2. Enta˜o, dw dt = ∂f ∂x 2 e2t + ∂f ∂y (e3t + 3t e3t) + ∂f ∂z 2t = = 2 e2t ∂f ∂x + e3t (1 + 3t) ∂f ∂y + 2t ∂f ∂z . Atividade 11.2 Seja w(u, v) = f(u e2v, v e2u, uv), onde f(x, y, z) e´ uma func¸a˜o dife- rencia´vel, definida em todo o lR 3. (a) Expresse ∂w ∂u e ∂w ∂v em termos das derivadas parciais de f , ∂f ∂x , ∂f ∂y e ∂f ∂z . (b) Sabendo que ∇f(e2, e2, 1) = (1,−1, 2), calcule ∇w(1, 1). Soluc¸a˜o: Neste caso, usamos as fo´rmulas ∂w ∂u = ∂f ∂x ∂x ∂u + ∂f ∂y ∂y ∂u + ∂f ∂z ∂z ∂u , ∂w ∂v = ∂f ∂x ∂x ∂v + ∂f ∂y ∂y ∂v + ∂f ∂z ∂z ∂v , 127 CEDERJ A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas onde x = u e2v, y = v e2u e z = uv. Assim, ∂w ∂u = e2v ∂f ∂x + 2v e2u ∂f ∂y + v ∂f ∂z , ∂w ∂v = 2u e2v ∂f ∂x + e2u ∂f ∂y + u ∂f ∂z . Para determinar ∇w(1, 1), precisamos calcular ∂w ∂u (1, 1) e ∂w ∂v (1, 1). Para isso, usaremos ∇f(e2, e2, 1) = (∂f ∂x (e2, e2, 1), ∂f ∂y (e2, e2, 1), ∂f ∂z (e2, e2, 1), ) = (1,−1, 2). ∂w ∂u (1, 1) = e2 ∂f ∂x (e2, e2, 1) + 2 e2 ∂f ∂y (e2, e2, 1) + ∂f ∂z (e2, e2, 1) = = e2 − 2 e2 + 2 = 2− e2; ∂w ∂v (1, 1) = 2 e2 ∂f ∂x (e2, e2, 1) + e2 ∂f ∂y (e2, e2, 1) + ∂f ∂z (e2, e2, 1) = = 2 e2 − e2 + 2 = 2 + e2 e, portanto, ∇w(1, 1) = (2− e2, 2 + e2). Exerc´ıcios Exerc´ıcio 1 Calcule dw dt , onde w = x2 + x ey + cos(xy), x = t + t2 e y = t3, das duas maneiras: usando a Regra da Cadeia e diretamente, apo´s obter a expressa˜o que define w como uma func¸a˜o de t. Exerc´ıcio 2 Seja u = 2xy + x2, v = y2 − 2xy e w = e2u−v. Calcule ∂w ∂x e ∂w ∂y usando a Regra da Cadeia e diretamente, apo´s obter a expressa˜o que define w como uma func¸a˜o de x e de y. CEDERJ 128 A Regra da cadeia (segunda parte) – fo´rmulas grandes e pequenas MO´DULO 1 – AULA 11 Exerc´ıcio 3 Sabendo que w = ln √ 4 + x2 + y2, x = 2s− t, y = −s+ 3t e z = st, calcule as derivadas parciais de w em relac¸a˜o a s e a t. Exerc´ıcio 4 Use a Regra da Cadeia para calcular as derivadas parciais wr e ws, onde wu2 − v2 − uv, u = e3r cos(2s), v = e−3r sen (2s). Exerc´ıcio 5 Seja f(x, y) uma func¸a˜o diferencia´vel, definida em todo o conjunto lR 2. Considere z = f(ln (u2− v2), arctg (uv)) e expresse as derivadas parciais ∂z ∂u e ∂z ∂v em termos das derivadas parciais de f . Exerc´ıcio 6 Sabendo que f(u, v) e´ uma func¸a˜o diferencia´vel definida em todo o conjunto lR 2, considere w = f (y x , x y ) . Mostre que x ∂w ∂x + y ∂w ∂y = 0. Exerc´ıcio7 Seja f(x, y, z) uma func¸a˜o diferencia´vel, tal que ∇f(1, √ 3, √ 3) = (2,−1, 3). Sabendo que x = u cos 2v, y = u sen 2v e z = tg 2v, considere w(u, v) = f(x(u, v), y(u, v), z(u, v)) e calcule ∇w(2, π/6). Exerc´ıcio 8 Seja w = t3 f(x, y), com x = cos t2, y = sen t2. Expresse dw dt em termos da func¸a˜o f e das suas derivadas parciais. Exerc´ıcio 9 Calcule os valores de a e b tais que a curva α(t) = (a cos t, b sen t) seja uma parametrizac¸a˜o da curva de n´ıvel e36 da func¸a˜o z(x, y) = e9x 2+4y2 . 129 CEDERJ
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