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Filo: Platyhelminthes Classe: Cestoda Dipylidium caninum Pertence à família Dipylidiidae Hospedeiro definitivo - cão e gato, raramente o homem Hospedeiro intermediário - pulgas (Ctenocephalides felis e C. canis) e piolho (Trichodectes canis) Forma larval - cisticercóide (vesícula rígida com escólex invaginado ) em pulgas (vários meses), piolho (30 dias). Localização: Forma adulta - duodeno (intestino delgado) Forma larval - pulgas e piolhos Distribuição geográfica: mundial Mais comumente observado em cães que apresentam ectoparasitas Cestóide mais comum em cães e gatos Adulto com até 50 cm de comprimento Escólex com rostelo retrátil contendo 4 ou 5 fileiras de ganchos; Proglote em formato de grão de arroz com aparelho genital duplo, com um poro se abrindo em cada borda. As proglotes podem sair ativamente pelo ânus. Ovos - cápsula ovígera contendo grupos de cerca de 20 oncosferas Ciclo de vida: Adultos no intestino delgado do cão. Eliminação de proglotes grávidas nas fezes. Proglotes e cápsulas ovígeras no ambiente e pelo. Ingestão por larvas de pulgas Após ingestão pelo HI as oncosferas atingem a hemocele da larva da pulga ou piolho onde se desenvolvem em larva cisticercóide. Todos os estágios do piolho podem ingerir oncosferas; em relação às pulgas, somente as larvas conseguem ingerir. Adulto (peças bucais adapatadas para perfurar) Ingestão do HI pelo HD Período pré-patente – 14 a 21 dias Sintomas: Sintomatologia geralmente só ocorre em infecções maciças, há inflamação da mucosa intestinal, diarréia, cólica, alteração do apetite e emagrecimento, podem ocorrer manifestações neurológicas e obstrução intestinal. Como as proglotes grávidas saem ativamente pelo ânus, esta migração pode provocar prurido, e o cão passa a esfregar o ânus no chão. Diagnóstico Clínico: sintomas e avaliação da presença de proglotes na região perineal ou nas fezes. Laboratorial: Exame parasitológico: identificação das proglotes e cápsulas ovígeras (quando há rompimento da proglote eliminada). Tratamento e controle Anti-helmínticos (nitroscanato, niclosamida, bunamidina, praziquantel) associados à inseticidas (para eliminação dos ectoparasitas). Controle de pulgas e piolhos Cestóides de aves: Davainea proglottina Pertence à família Davaeniidae Hospedeiro definitivo: galináceos (frangos, perus, pombos, e outros...) Hospedeiro intermediário: lesmas e caramujos terrestres Localização: Forma adulta no duodeno Forma larvar: cisticercóide Distribuição geográfica mundial. Forma adulta: Estróbilo pequeno (3 a 4 mm) com poucas proglotes, rostelo e ventosas com ganchos, aparelho genital simples, poro genital alternado lateralmente, cápsula ovígera com 1 ovo no seu interior Ciclo de vida: Adultos no intestino delgado da ave proglotes grávidas são eliminadas com as fezes. Proglotes são ativas, se movimentam liberando as cápsulas ovígeras ingeridas pelo hospedeiro intermediário (molusco terrestre). Desenvolvimento da larva cisticercóide no hospedeiro intermediário (3 semanas). Molusco é ingerido: larva adulto. Importância: Cestóide mais patogênico de aves. Cestóides adultos penetram profundamente na mucosa e submucosa intestinal. Sintomas: enterite hemorrágica grave, diarréia sanguinolenta, emagrecimento, aves ficam com asas caídas, penas arrepiadas, prostração, caquexia intensa e podem vir à óbito. Queda na produção prejuízos econômicos Lesões: mucosa intestinal espessada e com hemorragias Epidemiologia: Mais comum em aves criadas de forma extensiva. Aves jovens são mais acometidas Raillietina spp Espécies: Raillietina tetragona, Raillietina cesticillus e Raillietina echinobothrida Família: Davaineidae Hospedeiro definitivo: galináceos Hospedeiro intermediário: besouros, formigas e moscas Local: forma adulta no duodeno Forma larval: cisticercóide Adultos: Podem atingir até 20 a 25 cm de comprimento. Proglotes em formato de trapézio, contém cápsulas ovígeras com 6 a 18 ovos, O rostelo pode apresentar uma ou duas fileiras de ganchos Ciclo de vida: Patogenia: penetra profundamente na mucosa e submucosa intestinal e provoca a formação de nódulos caseosos que podem ser confundidos com os de origem tuberculosa. Importância Médica Veterinária: Há menor produtividade do plantel, menor ganho de peso perdas econômicos. Ocorre mais em criações industriais pela dificuldade de controlar moscas. Amoebataenia cunea - Amoebataenia sphenoides (são sinônimos) GÊNERO Amoebotaenia ESPÉCIE Amoebotaenia sphenoides HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Galináceos domésticos. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Minhoca. LOCAL: Forma adulta no duodeno. FORMA LARVAR: Cisticercóide. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA FORMA ADULTA: -Corpo com poucas proglotes (máximo 13). -Proglotes mais largas do que altas. -Aparelho genital simples. -Rostelo com ganchos e ventosas sem ganchos. -Cápsulas ovígeras contendo ovos. CICLO BIOLÓGICO: O hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir o hospedeiro intermediário que contém a forma larvar. No tubo digestivo do hospedeiro definitivo ela se fixa no intestino delgado e desenvolve-se eliminando mais tarde, as proglotes grávidas que saem nas fezes. No ambiente o hospedeiro intermediário ingere os ovos que originam a forma larvar. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: A importância é nas criações extensivas onde as aves ficam em contato direto com o chão e conseqüentemente com minhocas. Em infecções elevadíssimas leva a alterações como gastrenterite, queda no desenvolvimento das aves e da produção. Choanotaenia infundibulum Dimensão: 5 a 25 cm de comprimento por até 3 mm de largura. Biologia: HD – Galináceos HI – Musca domestica e coleópteros coprófagos Localização: Adultos no intestino delgado de galináceos. Larvas cisticercóides nos insetos acima citados Ciclo evolutivo: semelhante ao do Dipylidium caninum. As proglótides são eliminadas pelas fezes e no exterior rompem-se liberando as cápsulas ovígeras que vão contaminar o meio. A oncosfera – embrião hexacanto – só abandona seu embrióforo no tubo digestivo da larva da Musca domestica e dos coleópteros coprófagos e, depois de atingir a cavidade geral transforma-se em cisticercóide. Os galináceos se infectam ao ingerirem os insetos contendo a cisticercóide de Choanotaenia infundibulum Quadro Clínico: Diarréia e fezes sanguinolentas , quando houver grande quantidade no intestino delgado das aves. Emagrecimento mesmo mantendo o apetite . Sede intensa Patogenia: à necropsia o intestino revela ausência de alimento e inflamação da mucosa, que se apresenta recoberta de muco espesso amarelo-esverdeado Diagnóstico: clínico e laboratorial (ex. de fezes). Profilaxia: tratamento c/ anti-helmínticos; combate às moscas e coleópteros c / inseticidas. Diagnóstico: Clínico: sintomas, verificação de proglotes nas fezes Laboratorial: pesquisa de ovos pelo exame parasitológico Necrópsia: lesões intestinais, raspado profundo mucosa intestinal (Davainea) . Tratamento e controle: Anti-helmínticos Combate aos hospedeiros intermediários CESTÓIDES DE EQUINOS Família Anoplocephalidae Anoplocephala (A. magna e A. perfoliata) Paranoplocephala (P. mamillana). Hospedeiro definitivo: eqüinos e asininos Acomete animais de qualquer idade, mais comum em animais mais jovens (até 3 a 4 anos de idade). Hospedeiro intermediário: ácaros de vida livre da família Oribatidae. Forma larval: cisticercóide Localização: Forma adulta no intestino A. perfoliata: intestino delgado e grosso (íleo e ceco). A. magna e Paranoplocephala mamillana: intestino delgado e eventualmente estômago. Larva: hemocele do ácaros Anoplocephala perfoliata Adultos: Medem 3 a 8 cm de comprimento (podendo chegar até 20 cm) por 1 a 2 cm de largura. Colo é muito curto, o estróbilo se alarga rapidamente , as proglotes são espessas, mais largas que longas em toda a extensão do estróbilo.Escólex musculoso, desprovido de rostelo e acúleos, de forma quase cúbica, apresenta 4 apêndices (ventrais e dorsais) abaixo de cada uma das 4 ventosas. Anoplocephala magna Identificação: Semelhante a A. perfoliata, mas muito mais longo, podendo atingir 80 cm, não possui apêndices no escólex. Anoplocephala mamillana Medem de 1 a 5 cm de comprimento por cerca de 5 mm de largura, escólex é grande, com as 4 ventosas com aberturas em fenda longitudinal, não apresenta rostelo ou ganchos Proglotes se tornam mais largas que o escólex gradativamente, conservando-se largas até o final do estróbilo. Considerada como pouco patogênica Anoplocephala e Paranoplocephala Ovos: irregularmente esféricos ou triangulares, com diâmetro entre 50 e 80 m, contém embrião hexacanto cercado por um aparato quitinoso piriforme (projeção do embrióforo consistindo de dois espinhos que devem auxiliar no rompimento das membranas do ovo). Ciclo vital: Adultos presentes no intestino delgado Liberação de proglotes grávidas nas fezes Ácaros (HI) ingerem os ovos Equino se alimenta de forragem e acaba ingerindo ácaros infestados Estágio cisticercóide: 2 a 4 meses Período pré-patente nos eqüinos geralmente é de 1 a 2 meses. Patogenia: Anoplocephala perfoliata Adultos geralmente ficam próximos da junção ileo-cecal ulceração da mucosa intussuscepção. Ventosas causa intensa congestão local estrias de sangue nas fezes. Parasitoses maciças obstrução intestinal e perfuração da parede intestinal. Anoplocephala magna Semelhante a A. perfoliata, mais comumente encontrado no jejuno, causando enterite catarral ou hemorrágica, além de obstrução e perfuração intestinal. Paranoplocephala mamillana Inaparente Sintomas: Anoplocephala perfoliata: Geralmente as infecções são assintomáticas Casos de infecção maciça enterite e cólica Anemia, emagrecimento, apesar de normorexia (apetite normal), caquexia e óbito Perfuração da parede intestinal peritonite séptica e fatal. Anoplocephala magna Semelhante a de A.perfoliata, porém é mais patogênica, pode também ocorrer enterites graves. Paranoplocephala mamillana Inaparentes Anoplocephala e Paranolocephala Diagnóstico: Clínico: sintomas, presença de proglotes nas fezes. Laboratorial: exame parasitológico (presença de proglotes e ovos) Tratamento e controle: Anti-helmínticos: Diminuir a população de ácaros na vegetação: aragem e replantio Controle dos hospedeiros intermediários é difícil CESTÓIDES DE RUMINANTES Moniezia Família Anoplocephalidae Cestóide mais comum de ruminantes Geralmente associado com outros helmintos, ex. Haemonchus ou Ostertagia Pode ser indicador do status sanitário da criação Moniezia expansa e Moniezia benedeni Hospedeiro definitivo: M. expansa : ovinos, caprinos e, ocasionalmente bovinos. M. benedeni : bovinos (bastante freqüentes), eventualmente ovinos Hospedeiro intermediário: oribatídeos (ácaros Cryptostigmata) Local: forma adulta no intestino delgado Forma larval: cisticercóide Moniezia expansa Adultos: medem de 1 a 5 metros ou mais por 1,5 cm de largura, escólex não possui rostelo e nem acúleos, mas possui ventosas. Escólex : sem rostelo e nem acúleos, com ventosas Estróbilo possui proglotes mais largas do que longas e contêm dois conjuntos de órgãos genitais visíveis ao longo da borda lateral de cada segmento. Apresenta uma fileira de glândulas interproglotidianas na borda posterior de cada segmento que se estendem ao longo de toda a largura da proglote. Moniezia bendeni Muito semelhante à M. expansa, com as seguintes particularidades: possui até 2,5 cm de largura (mais largo que M.expansa), glândulas interproglotidianas se limitam a uma fileira curta próxima à parte central de segmento. Apresenta glândulas interproglotidianas que se limitam a uma fileira curta próxima à parte central de segmento. Ovos: medem 55 a 75 m de diâmetro, forma irregularmente triangular, contendo o embrião, há aparelho piriforme definido Ovos: formato quadrangular , contém o embrião no interior do aparelho piriforme. Ciclo evolutivo – Moniezia Hospedeiros definitivos contém vermes adultos no intestino Eliminação de proglotes grávidas pelas fezes Ingestão dos ovos pelo HI Larvas cisticercóides se desenvolvem no HI em 2 a 6 meses, dependendo das condições climáticas. HI é ingerido pelo HD HD: cestóides vivem de 2 a 6 semanas quando são eliminados pelas fezes. Patogenia e sintomatologia clínica: De pouca importância patogênica e clínica. Infecções maciças: Inflamação da mucosa intestinal e degeneração das vilosidades, anemia, diarréia e esteatose hepática. Animais apresentam constipação alternada com diarréia, proglotes nas fezes, pode ocorrer obstrução intestinal. Ovinos: a lã torna-se falha e até escassa. Quadro final: caquexia, diarréia persistente, dificuldades de locomoção, anemia intensa e óbito. Epidemiologia: mais comum em animais durante o primeiro ano de vida do animal, maior ocorrência quando há aumento da população de ácaros (ocorrência sazonal). Diagnóstico: Clínico: sintomas, presença de proglotes nas fezes. Laboratorial: exame parasitológico (presença de proglotes e ovos) Tratamento controle: Anti-helmínticos: Diminuir a população de ácaros na vegetação: aragem e replantio Evitar o uso de mesmo pasto utilizado para animais jovens em anos consecutivos. O controle dos hospedeiros intermediários é difícil Diphylobothrium latum Nome comum: grande cestódeo (tênia grande) Localização de predileção: Intestino delgado Classe: Cestoda Ordem:Pseudophylidea Família: Diphilobothriidae Hospedeiro Definitivo: Homem, e mamíferos que se alimentam de peixe, como cães, gatos, suínos .... Hospedeiros intermediários: 1. Copepodes 2. Peixes de água doce (trutas, ...) Descrição Macroscópica: cestódeo muito comprido, c/ até 20 m de comprimento e vários proglotes. O escólex é desarmado e tem 2 sulcos longitudinais musculares ou bótrias como órgãos de fixação. Descrição Microscópica: os segmentos maduros e grávidos são retangulares e têm um poro genital central, sendo mais largos que compridos. Os ovos são amarelos, operculados e ovóides (lembram os ovos de Fasciola hepática). Ciclo: Ovos nas fezes - água eclode um coracídio ciliado móvel que é ingerido por um Copépode onde se desenvolve até larva em estágio 1: pró-Cercóide que migra p/ os músculos ou vísceras do peixe. O Copépode é ingerido por um peixe, onde se desenvolvemem plerocercóide. O ciclo se completa quando o peixe infectado é ingerido cru ou mal cozido pelo Hospedeiro Definitivo. Patência = 4 semanas Patogenia e sinais clínicos: No homem podem ser inaparentes ou haver fadiga, dispepsia, vômitos e diarréia transitória. Nos animais é, geralmente, assintomática,mas pode levar a deficiência de vit. B12. Diagnóstico: ovos no exame de fezes Epidemiologia: é essencialmente um parasita humano. Portanto,deve-se evitar que esgoto humano contamine lagos de água doce e ingestão de peixe cru ou mal cozido. Animais infectam-se ao comer peixe cru ou restos de peixe. Tratamento: Praziquantel e niclosamida.????????
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