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2ª TUTORIA/ UC2 – Profª. Dra. Ludmila Acadêmica: Laura Macruz David Amaral Capual Tema Central: GRAVIDEZ DE RISCO TERMOS DESCONHECIDOS: Poliacrilamida: Substância insolúvel na água usada na eletroforese da hemoglobina. Gravidez Anembrionária: Óvulo fertilizado se implanta no útero com saco gestacional vazio, sem embrião. Gravidez Ectópica: Fecundação no local inadequado, geralmente na tuba uterina. Região pelviperineal: Região de baixo ventre Translucência nucal: mensuração da nuca do feto e estatura. Para conferencia da IG e o risco de patologias (TN: igual ou superior a 2,5 mm). OBJETIVOS: Caracterizar a infertilidade e esterilidade e suas causas: INFERTILIDADE: A ausência de gravidez em um casal após um ano ou mais de atividade sexual regular e sem uso de medidas anticonceptivas. Subdivide-se em: Infertilidade primária: ausência de gestação prévia. Infertilidade secundária: se a falha na capacidade reprodutiva se estabeleceu após uma ou mais gestações. Abortamento habitual ou de repetição: ocorrência de três ou mais interrupções naturais consecutivas da gestação de até 20 semanas. ESTERILIDADE: incapacidade definitiva de gerar filhos. Causas Femininas: Causas anatômicas: relacionadas ao útero ou às trompas. Hormonais : alterações hormonais Desconhecidas: Sem causa definida Causas Masculinas: Alterações na produção do esperma Quantidade ou qualidade dos espermatozoides Movimentação e proporção de espermatozoide Traumas testiculares Uso de fármacos Doenças (Varicocele) Fatores de risco: Idade Doença inflamatória pélvica Fumo Peso Definir o aborto e seus aspectos: ABORTO: Interrupção do desenvolvimento do feto com menos de 500g (20 a 22s). 20 a 37 s: parto prematuro/ 37 a 41s: a termo / mais de 42 s: pós-termo. CLASSIFICAÇÃO: Espontâneo ou natural 2. Induzido ou artificial Completo Incompleto Complicado Precoce (antes de 12s) Tardio (após 12s) Infectado Molar (fecundação de um óvulo que não possui núcleo) Tubário De repetição (3 ou mais) Evitável Inevitável Ameaça de aborto Aborto retido Anatomopatológico auxilia no esclarecimento da causa (menor que 500g/ maior deve-se sepultar) CAUSAS: Anomalias Infecções Endocrinopatias Causas anatômicas Defeitos de coagulação ou imunidade Abuso de substancias toxicas (álcool e drogas) Provocado SINAIS E SINTOMAS: Sangramento vaginal Cólicas Colo dilatado BCF alterado (120-160bpm) Febre Secreção Fétida Aborto previsto em lei: Art. 128, inciso II, do Código Penal, o aborto é permitido quando: Estupro Risco de vida para a mulher (aborto terapêutico). Consentimento da gestante ou representante legal. O Código Penal não exige qualquer documento (Boletim de Ocorrência Policial, laudo do Instituto Médico Legal ou autorização judicial) Existem dois tipos de abortos: o espontâneo ou natural, e o induzido ou artificial. O aborto espontâneo ocorre quando um feto se perde por causas naturais. Descrever os exames complementares da gravidez e que detectam a malformação (causas e tipos): Ultrassonografia obstétrica: Dúvidas em relação à idade gestacional, crescimento fetal, malformações, assim como para auxiliar na tomada de decisões quando necessário. Malformações fetais: Defeitos na formação de um órgão, parte de um órgão ou de uma região maior do corpo durante a gestação Causas: 50% desconhecidas 25% defeitos cromossomiais com base genética 10% fatores ambientais, físicos ou químicos. Tipos: estruturais, quando há alterações anatômicas; funcionais, se há alterações de funcionamento sem alterações anatômicas; metabólicas comportamentais. Identificar os fatores que caracterizam a gravidez de risco Abrange cerca de 10% das gestações e aumenta significativamente a probabilidade de intercorrências e óbito materno e/ou fetal. Atenção especial deverá ser dispensada às grávidas com maiores riscos, a fim de reduzir a morbidade e a mortalidade materna e perinatal (grau de recomendação A). Fatores relacionados às condições prévias: Cardiopatias; Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados); Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia); Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – IG); Doenças neurológicas (como epilepsia); Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.); Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); Alterações genéticas maternas; Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras); Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); Hanseníase; Tuberculose; Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI); Abortamento habitual; Esterilidade/infertilidade. Fatores relacionados à gravidez atual: Restrição do crescimento intrauterino; Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; Gemelaridade; Malformações fetais ou arritmia fetal; Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória) Obs.: É necessário que haja evidência de medidas consecutivas que sugiram hipertensão. Nestas situações, não se deve encaminhar o caso com medida isolada. Em caso de suspeita de pré-eclâmpsia/eclâmpsia, deve-se encaminhar a paciente à emergência obstétrica. Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência, para avaliação); Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso; Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; Evidência laboratorial de proteinúria; Diabetes mellitus gestacional; Desnutrição materna severa; Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional); o NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); Adolescentes com fatores de risco psicossocial. Explicar o desenvolvimento embrionário desde a fecundação ate a 3ª semana 1ªSemana Fecundação: União do espermatozóide com um ovócito, que ocorre normalmente na ampola da tuba uterina formando o zigoto. Fases da fecundação: Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito Penetração na zona pelúcida Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide Término da segunda divisão meiótica do ovócito Formação do pronúcleo masculino: Lise da membrana do pronúcleo Clivagem do Zigoto: Divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento no número de células. Formação e Implantação do Blastocisto: A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterinapassa através da zona pelúcida para formar – a cavidade blastocística. À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes: - Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta. - Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião. - Citotrofoblasto: Camada interna de células. - Sincicitrofoblasto: Camada externa de células. No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do útero 2ªSemana Caracteriza-se por: Término da implantação do blastocisto (10° dia); Formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto; Formação de estruturas extra-embrionárias: a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedúnculo de conexão e o saco coriônico. 1. Formação da cavidade amniótica, do disco embrionário e do saco vitelino Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário- formado por duas camadas: - Epiblasto: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica. - Hipoblasto: Camada celular delgada e cubóide, que forma o saco vitelino. 2. Desenvolvimento do saco coriônico O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas (Figura 2): - Mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o trofoblasto e o âmnio. - Mesoderma esplâncnico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino. Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto. 3ª SEMANA Caracteriza-se por:- Aparecimento da linha primitiva; Formação da notocorda; Formação do disco trilaminar 1) Gastrulação: Formação das camadas germinativas - Ectoderma: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas; - Mesoderma: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor; - Endoderma: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas. Formação da Linha Primitiva Formação do processo notocordal Formação do Alantóide 2) Neurulação: Formação do tubo neural 3) Desenvolvimento dos somitos 4) Desenvolvimento do celoma intra-embrionário Durante o 2° mês, o celoma está dividido em 3 cavidades: - Cavidade pericárdica; - Cavidades pleurais; - Cavidade peritoneal. 5) Desenvolvimento do sistema cardiovascular
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