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Um olhar sobre Acessibilidade e inclusão: relato de experiência de um aluno deficiente na UFBA campus Ondina
Deusdedith Santos Correia Junior[3: Bacharelando Interdisciplinar de Humanidades]
Resumo
O presente artigo traz a reflexão sobre as leis brasileiras em defesa aos deficientes, trazendo a o contexto histórico sobre as lutas travadas, em outros países que serviu de base para inclusão brasileira. Sendo a acessibilidade um desafio para deficientes em todo o país, este estudo traz uma reflexão sobre a acessibilidade por meio de uma pesquisa bibliográfica acerca das leis e normas que norteiam a acessibilidade. Dialogando com o relato de experiência, do autor que vos escreve este artigo, deficiente físico, discente da universidade federal da Bahia-UFBA campos Ondina. Observando a acessibilidade arquitetônica do campo de estudo.
Palavras chaves: Acessibilidade; Barreiras; Inclusão
 
Abstract
The present article brings the reflection on the Brazilian laws in defense of the disabled, bringing to the historical context on the struggles fought, in other countries that served as a basis for Brazilian inclusion. Since accessibility is a challenge for disabled people through hout the country, this study brings a reflection on accessibility through a bibliographical research about laws and norms that guide accessibility. Dialoging with the report of experience, the author who wites this article physically deficient student of the federal university of Bahia-UFBA Ondina fields. Observing the architectural accessibility of the field of study.
Keywords:Accessibility; Barriers; Inclusion
Introdução
Perante a constituição federal todos nós somos iguais e temos o direito de ir e vir, entretanto a falta de acessibilidade gera um processo de exclusão social e violação desses direitos básicos, infelizmente isso vem ocorrendo em setores desde os transportes públicos a prédios(restaurantes, universidades, hotéis) e em espaços de lazer públicos e privados de uso coletivo em geral, Assim pessoas com deficiência física, principalmente as que necessitam do uso da cadeira de rodas ficam à mercê de que se cumpra o que é previsto por lei, sendo a falta de acessibilidade, um problema que se agrava de uma forma geral em todos os lugares gerando um processo de exclusão social e violação de direitos. 
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e feito em parceria com o Ministério da Saúde (senso 2010) revelam que 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, maiis de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência, O número representa 23,9% da população do país. Em 2016 o atual presidente Michel temer fez mudanças na lei 12/711/2012 (lei de cotas) em um decreto que inclui portadores de deficiência nas cotas das universidades e nos cursos técnico de nível médio das instituições federais, o que provavelmente ira aumentar o números de discentes deficientes. Sendo a acessibilidade um desafio para deficientes em todo o país, este estudo traz uma reflexão sobre a acessibilidade por meio de uma pesquisa bibliográfica acerca das leis e normas que norteiam a acessibilidade.
Dialogando com o relato de experiência, do autor que vos escreve este artigo, deficiente físico, discente da universidade federal da Bahia-UFBA no Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Milton Santos que fica no campus da UFBA em Ondina. Observando a acessibilidade arquitetônica do campo de estudo, surge a pergunta: Quais seriam os impactos da mesma na inclusão social de um discente? 
Quem somos
Qualquer pessoa que possui perda ou anormalidade em suas funções físicas, sensoriais ou intelectuais é denominada deficiente. De maneira geral, o termo está relacionado com um alto grau de disfunção das funções psicológica, fisiológica ou anatômica do ser humano, uma vez que todos podemos sofrer algum tipo de deficiência no organismo. A deficiência pode se apresentar de diversas formas e tipos, que podem ser:
Deficiência auditiva
Deficiência visual
Deficiência física/motora
Deficiência mental/intelectual
Comforme a lei:13.146(Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência -Estatuto da Pessoa com Deficiência) em seu Art. 2o
‘”Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.  
Ou seja, apesar de possuir limitações físicas, sensoriais ou intelectuais também fazemos parte da cidadania e sendo assim possuímos os mesmos direitos fundamentais que qualquer cidadão.
Uma breve historia sobre deficiência e sociedade
Pessoas com algum tipo de deficiência sempre existiram como afirma SILVA (1987):”anomalias físicas ou mentais, deformações congênitas, amputações traumáticas, sejam elas de natureza transitória ou permanente, são tão antigas quanto a história da humanidade” entretanto desde os primórdios da humanidade que elas são rejeitadas pela sociedade, na Grécia antiga particularmente em Esparta, cidade-estado cuja marca principal era seu militarismo, as crianças recém nascidas com algum tipo de deficiência eram jogadas em um precipício por serem julgadas inúteis, o mesmo infanticídio ocorria na Roma antiga onde crianças com deformidades eram jogadas em esgotos segundo alguns textos jurídicos da época. 
 Durante a idade média segundo referências históricas pessoas com deformidades físicas sofriam perseguições devido predomínio de concepções místicas, como a própria Igreja Católica que considerava incapacidades físicas, problemas mentais e malformações congênitas como sinais da ira divina e taxava como “castigo de Deus essas diferenças, durante o período no qual denominamos de renascimento onde advém os direitos reconhecidos universais, a partir de uma filosofia humanista, é que essas concepções foram quebradas,entretanto os deficientes físicos continuaram estigmatizados e marginalizados pela sociedade. 
Ao longo do século XVI e XVII é que foram construídos em diferentes países da Europa locais com atendimento específico para pessoas com deficiência fora dos tradicionais abrigos para pobres e velhos no qual geralmente se encontravam jogadas, assim, de forma tímida, essas pessoas começaram a ser valorizadas enquanto seres humanos, porém só no século XX com o avanço da ciência e após as guerras que deixaram como conseqüência várias pessoas mutiladas é que começam a promover medidas voltadas para os deficientes físicos. 
Modelo social de deficiência: O principio dos direitos
Em 20 de setembro de 1972o sociólogo Paul Hunt que era deficiente físico enviou um escrito para o jornal inglês the guardian propondo a formação de um grupo de pessoas que levassem ao Parlamento idéias voltadas para as pessoas com deficiência, que em sua maioria se encontram isoladas em instituições sem as menores condições, tinham suas idéias ignoradas e estavam sujeitas ao autoritarismo e cruéis regimes como afirmava em seu escrito. Hunt não imaginou que sua carta provocasse tantas reações, mas logo alguns sociólogos também deficientes como Michael Oliver, Paul Abberley e Vic Finkelsten responderam a sua proposta e continuaram mantendo contato e mesmo com todas dificuldades que encontraram, quatro anos mais tarde eles fundaram o primeira organização política formada e gerenciada por deficientes: a Union of The Phsically Impaired against Segregation-UPIAS (união dos fisicamente prejudicados contra a segregação) cujo seu principal objetivo era redefinir a deficiência como termo de exclusão social. 
A originalidade da UPIAS não foi somente por ser uma instituição de e para os deficientes, mas por ter articulado uma resistência política e intelectual ao modelo médico de compreensão de deficiência; onde se compreendia que a deficiência era uma conseqüência naturalde lesão em um corpo sendo conseqüência dessa a incapacidade física e tal condição levaria os indivíduos a uma série de desvantagens sociais, o deficiente físico não devia ser somente objeto de estudos biomédicos. A UPIAS se constituía em uma rede política cujo principal objetivo é questionar essa compreensão tradicional que se tinha sobre deficiência: diferente das abordagens biomédicas a deficiência não deveria ser entendida como um problema individual, mas sim uma questão eminentemente social. Sendo essa crítica social um marco histórico no qual se estabeleceu os princípios que levaram ao desenvolvimento do modelo social de deficiência que apesar de não ser muito reconhecido é a principal ferramenta sociológica para inclusão social das pessoas com deficiência. 
O modelo social de deficiência surgiu não só para questionar a compreensão que se tinha sobre deficiência, mas também para reivindicar direitos fundamentais para o bem estar e justiça social para os deficientes servindo de tese para grandes conquistas globais para os deficientes como o ano internacional da pessoa com deficiência(1981) segundo a Organização das Nações Unidas-ONU, assim como a Declaração de Salamanca em Salamanca,1994 primeiro documento internacional a defender a inclusão escolar de estudantes com deficiência, e a convenção dos direitos da pessoa com deficiência , uma assembléia geral da ONU no dia 13 de dezembro de 2006,em nova York aprovadas por 127 países no qual o Brasil esta incluso. 
um marco histórico, representando um importante instrumento legal no reconhecimento e promoção dos direitos humanos das pessoas com deficiência e na proibição da discriminação contra as estas pessoas em todas as áreas da vida, incluindo ainda previsões específicas no que respeita à reabilitação e habilitação, educação, saúde, acesso à informação, serviços públicos, etc. responsabilizando toda sociedade na criação de condições que garantam os direitos fundamentais da pessoa com deficiência
lei 13.146 Lei Brasileira de Inclusão - LBI Trazendo os Direitos das pessoas com deficiência.
Sendo sancionada em julho de 2015, esta importante lei passou a vigorar em janeiro de 2016, a lei 13.146 lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência ou estatuto da pessoa com deficiência é um extenso documento que trata do acesso a garantias e direitos para as pessoas com deficiência em todas as áreas, composto por 127 artigos que trazem além das garantias legais, uma série de definições conceituais relevantes para o entendimento da matéria. A seguir, destacam-se alguns dos avanços fundamentais para a conquista da autonomia na causa dos deficientes.
Capacidade civil: Garantiu às pessoas com deficiência o direito de casar ou constituir união estável e exercer direitos sexuais e reprodutivos em igualdade de condições com as demais pessoas. Também lhes foi aberta a possibilidade de aderir ao processo de tomada de decisão apoiada (auxílio de pessoas de sua confiança em decisões sobre atos da vida civil), restringindo-se a designação de um curador a atos relacionados a direitos de ordem patrimonial ou negocial.
inclusão escolar: Assegurou a oferta de sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades de ensino. Estabeleceu ainda a adoção de um projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, com fornecimento de profissionais de apoio. Proíbe as escolas particulares de cobrarem valores adicionais por esses serviços.
Auxilio inclusão: Criou benefício assistencial para a pessoa com deficiência moderada ou grave que ingresse no mercado de trabalho em atividade que a enquadre como segurada obrigatória do Regime Geral de Previdência Social.
Discriminação,abandono e exclusão: Estabeleceu pena de um a três anos de reclusão, mais multa, para quem prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou exercício de direitos e liberdades fundamentais da pessoa com deficiência.
Atendimento prioritário: Garantiu prioridade na restituição do Imposto de Renda aos contribuintes com deficiência ou com dependentes nesta condição e no atendimento por serviços de proteção e socorro.
Administração pública: incluiu o desrespeito às normas de acessibilidade como causa de improbidade administrativa e criou o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público eletrônico que irá reunir dados de identificação e socioeconômicos da pessoa com deficiência
Esportes: Aumentou o percentual de arrecadação das loterias federais destinado ao esporte. Com isso, os recursos para financiar o esporte paraolímpico deverão ser ampliados em mais de três vezes
Buscando promover a inicialização de um novo olhar para os 45,6 milhões de brasileiros que possuem algum grau de deficiência, a LBI busca assegurar e promover, em condições de igualdade,o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais para a pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
A importância da acessibilidade
A palavra acessibilidade é uma palavra bastante comum hoje em dia para tratar do acesso de pessoas com deficiência aos meios de transporte, serviços públicos e ambientes físicos, segundo o dicionário online de português a palavra acessibilidade significa qualidade do que é acessível, do que se tem acesso. Segundo a organização das nações unidas (ONU) “a definição de acessibilidade é o processo de conseguir a igualdade de oportunidades em todas as esferas da sociedade”
Historicamente o uso desse termo para designar a condição de acesso das pessoas com deficiência está no surgimento dos serviços de reabilitação física e profissional, no final da década de 40. Na década de 50 com a prática da reintegração de adultos reabilitados, ocorrida na própria família, no mercado de trabalho e na comunidade em geral, profissionais de reabilitação constatavam que essa prática era dificultada e até impedida pela existência de barreiras arquitetônicas nos espaços urbanos, nos edifícios e residências e nos meios de transporte coletivo, surgia a fase da integração, que duraria cerca de 40 anos até ser substituída gradativamente pela fase da inclusão; Na década de 60, algumas universidades americanas iniciaram as primeiras experiências de eliminação de barreiras arquitetônicas existentes em seus recintos: áreas externas, estacionamentos, sala de aula laboratórios, bibliotecas e etc; Na década de 70 graças ao surgimento do primeiro centro de vida independente do mundo (que aconteceu na cidade de Berkeley, Califórnia, EUA), aumentaram a preocupação e os debates sobre a eliminação de barreiras arquitetônicas, bem como a operacionalização das soluções idealizadas.
 Na década de 80, impulsionado pela pressão do ano internacional das pessoas deficientes (1981), o segmento de pessoas com deficiência desenvolveu verdadeiras campanhas em âmbito mundial para alertar a sociedade a respeito das barreiras arquitetônicas e exigir não apenas a eliminação delas (desenho adaptável) como também a não inserção de barreiras já nos projetos arquitetônicas (desenho acessível) pelo desenho adaptável, a preocupação é no sentido de se adaptar os ambientes obstrutivos. Já pelo desenho acessível está em exigir que os arquitetos, engenheiros, urbanistas e desenhistas industriais não incorporem elementos obstrutivos nos projetos de construção de ambientes e utensílios. Tanto no desenho adaptável como no acessível, o beneficiado específico é a pessoa com deficiência. Na segunda metade da década de 80,surgiu o conceito de inclusão contrapondo-se ao de integração; Na década de 90 começou a ficar cada vez mais claro que a acessibilidade deverá seguir o paradigma do desenho universal segundo qual os ambientes, meios de transportes e utensílios sejam projetados para todos. (SASSAKI, 2005)
Nos últimos anos tem se discutido a questão da acessibilidade a pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida no sentido de propiciar melhor acesso aos espaços públicos. Neste sentido, a Lei 13.146, tem como eixo norteador estabelecer normas gerais e critérios básicospara a promoção da acessibilidade desse grupo de pessoas, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
A norma elenca em seu art 3° um importante conceito para a melhor compreensão do tema, 
‘’I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;(BRASIL,2015)
O termo acessibilidade está ligado à superação de barreiras, previstas no artigo 5º da Constituição Federal, segundo o qual todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, a aplicação da acessibilidade, tem origem nos obstáculos arquitetônicos que serviam e servem de barreiras que impedem o acesso de pessoas com deficiência a lugares de uso comum e público, porem o conceito de acessibilidade vem se ampliando e se generalizando a um atributo essencial do ambiente que garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Deve estar presente nos espaços, no meio físico, no transporte, na informação e comunicação, inclusive nos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como em outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na cidade como no campo. surgindo como uma ferramenta definitiva para a sociedade permitir que todos possam desfrutar das mesmas oportunidades.
Barreiras arquitetonicas
A acessibilidade está diretamente ligada ao problema das barreiras arquitetônicas, que impedem de diversas formas o acesso físico a diversos locais. É definida pela LBI como “qualquer entrave/obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas”, e podem ser classificadas em “arquitetônicas urbanísticas” (as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público), “arquitetônicas na edificação” (as existentes no interior dos edifícios públicos e privados), “arquitetônicas nos transportes” (as existentes nos meios de transportes) e “barreiras nas comunicações” (qualquer entrave/obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão, o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação).
Barreiras Arquitetônicas são centímetros intransitáveis do mundo civilizado, acarretando inúmeras dificuldades que assolam o pensamento, pois de fato é que por menor que seja o obstáculo, impede-os de ir e vir com liberdade nas suas escolhas. A eliminação de barreiras permite que as pessoas com deficiências e incapacidades possam conduzir a sua vida e participar nas atividades diárias em igualdade de oportunidades com todos os cidadãos, o que constitui o mais básico direito de qualquer cidadão.
inclusão Social, principal objetivo
Inclusão social é o conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pelas diferenças de classe social, educação, idade, deficiência, gênero, preconceito social ou preconceitos raciais.[carece de fontes] Inclusão social é oferecer oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todos. A inclusão social dos portadores de deficiência ,como analisamos é orientada na elaboração de políticas e leis na criação de programas e serviços voltados ao atendimento das necessidades especiais de deficientes nos últimos 50 anos. Este parâmetro consiste em criar mecanismos que adaptem os deficientes aos sistemas sociais comuns e, em caso de incapacidade por parte de alguns deles, criar-lhes sistemas especiais em que possa participar ou tentar acompanhar o ritmo dos que não tenham alguma deficiência específica. Tem sido prática comum deliberar e discutir acerca da inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência mencionando direitos inerentes a uma deficiência específica, ou então abrangendo-os de forma generalizada, sem distinguir entre os diferentes tipos de deficiência. 
A sociedade modificará em suas estruturas e serviços oferecidos, abrindo espaços conforme as necessidades de adaptação específicas para cada pessoa com deficiência a serem capazes de interagir naturalmente na sociedade. Todavia, este parâmetro não promove a discriminação e a segregação na sociedade. A pessoa com deficiência passa a ser vista pelo seu potencial, suas habilidades e outras inteligências e aptidões. Desta forma, é proposto o paradigma da inclusão social. Este consiste em tornar, toda a sociedade, um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e inteligências na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades. Dessa forma, lutar a favor da inclusão social deve ser responsabilidade de cada um e de todos coletivamente
Relato do discente: uma experiência de inclusão
Ao ingressar na ufba em 2018 passei a frequentar o campus da ondina, especificamente entre os paf III e o paf IV como deficiente físico que necessita de cadeiras de rodas motorizada para se locomover, logo notei que era um local com acessibilidade sem barreiras arquitetônicas para impedir o meu direito de ir e vim, diferente das maiorias do lugares com o qual diariamente tenho que enfrentar, onde elevadores quebrados(tanto em transportes como nos estabelecimentos),faltas de rampa de acesso é praticamente rotina, um verdadeiro desrespeito e violação de direitos não só meu como de todo cidadão portador de deficiência.
No campus da UFBA em Ondina, alem de ser um local acessível também tem NAPE (Núcleo de Apoio a inclusão do Aluno com Necessidades especiais) que contribui para eliminação de barreiras não só arquitetônicas como qualquer barreira que venha segregar o aluno deficiente, visando a inclusão da pessoa com deficiência na UFBA, onde pela primeira vez presenciei um verdadeiro exemplo de inclusão,pessoas com variados tipo de deficiencias recebendo o suporte necessário para seguir sua carreira acadêmica, dessa forma contribuindo para a ascenção social dessa minoria que sempre foi vitima de estereótipos.
Considerações finais
O estudo expõe como os deficientes físicos sempre viveram segregados perante a sociedade, apresenta a historia de luta dos deficientes reivindicando seus direitos e quais as principais medidas, leis e decretos que buscam assegurar esses direitos, percebemos a importância da acessibilidade para a inclusão social dessa minoria que cada vez mais busca ocupar o seu espaço na sociedade como vimos o exemplo dos alunos que recebem auxilio do NAPE, sendo assim chegamos a conclusão de que a acessibilidade é um fator de extrema relevância causando impactos positivos, assim promovendo a inclusão social desses discentes. 
Referencias
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Obras consultadas:
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