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Ap1 Brasil I 2018.1 - Sem gabarito

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Texto 1 . . . N • ssível crer que os pil~.12:2!!~gueses, 
- "Não houve erro de rumo. E dificil, se nao nnpo · - - _.. ~ -
--- ------- enas uma vez ara descobnrem o 
após quase um século de náutica atlântica, erras~ m ª - , ~ . 
__ ___________ _ _ __ . . . A costa ocidental da Africa e 
Brasil. A armada de 1500 reuniu e~,!_antenores . .------- . . -
. -:- . , . . . rtas Ademais, na fr<?_!a ~1aJ~yam 
as regiões do Cabo Ja haviam sido assinaladas em ~ · ----- -· 
- , _,..= "_,. '----- ---- das T rrnentas· Nicolau Coelho, 
Bartolomeu Diasi versado na rota do Cabo O ' 
·------- -·-" ~ d ·nhador dos mares ocidentais, 
companheiro de Vasco da Gama; Duarte Pacheco, esqua n 
· t s na derrota do Cabo da 
e outros navegadores calejados na arte de marear e exper~en e _ _ 
• N das agulliàs Boa Esperança. A carta de Mestre Joãp patenteia a segurança de _o~e_n_!açao . . \ 
de bordo na vi;;m de Lisboa a·C;bo Verde~ bem c~mo d~-ilha de S. Nicolau ~té a 
ancoragem no ~rasil. Ódesvi; de tantos gra;-para oeste fiiurana; -não fosse e}e. 
intencional - nas narrativas de Caminha de Mestre João e do "piloto Anônimo", como 
- ' 
_ fato impreyi§.!O., 
- O afastame~~ada para oc~den~~ria :1<sJ:.l!l_E,o im_pe~~c ~'ro,i; em virtude 
da im rtância da descoberta de terras firmes no Atlântico brasileiro, há muito 
------ - - - -- ---
prenunciada- é o que ressalta do procedimento do capitão-mor, enviando um dos seus 
navios cor~ a risonha noticia ao Re( ~ ão iria contrariar o empenho manuelin_<? , 
desfalcando a frota, se tal atitude não fosse concordante com o delineamento da 
------- . 
Realeza. 
_- 'Ô descobrimento do Brasil, demonstrando que a rota atlântica pelo Ocidente não 
conduzia à Índ~ onstitui a c; mprovação do equívoco de Colombo. 
---Intercalado na rota atlântica das especiarias asiáticas, como aconte_cimento premeditado, 
a arribada de Cabral a Terra de Vera Cruz representa a, consagração da empresa 
"-- - -
ultramarina dos Avis". 
DIAS, Manuel Nunes. Expansão Européia e Descobrimento do Brasil in, MOTA, 
Carlos Guilherme, Brasil em Per. ti ct1va, SP, Bertrand, 1987, p.44-45. 
Questão 1. Com base nos tópicos :et:,adcs do texto citado, situe a importância do 
Descobrimento do Brasil, no conJunto cta expansão atlântica portuguesa. 
(2,5 pontos) 
Texto li 
E Ih(}.§ obedeçam, e cumpram, e façam 
Õ u.Jt!f!es o clito 1'omê de So~ de minha p,arte 
requerer[. ]. iitgundg formas do regiment<2. 
provisões !J1inhas [ .. } I 
Carta de nomeação de Tomé de Sousa, de 7 de janeiro de 
f I 
{.) terra tão nova com -
_de coisas necessárias o ~sta e rao minguada 
e~-. - é digna de mwtos eerdões 
/T\- se acres,çentar { }2 --- - ---
, uuarte da C - · · · osta m 2lÇta.r. .d _ 
· - r ~·r, . ~~~I ª.ª D. !ºªº~f em abril de 1551 . 
r.sta ,,,.. -
_1;2.1 _ ,_cJJ:fL._IUlQ \'P fÍP\J.í!..nPm nnA. 
leis e esti/ d . ~e regy_larpe.Vu 
· . os o remo se vossa alteza não me 
_murto}'ácr em per"dõãrnão- te-rá ..... ...-uol/-,º.u.-H~-D ·13 
Mem de Sá - : - ó" v...Jw..ir.as,. ,- . 
em carta_ env,a<Í!I a D.,__St,J!,rJ§Jiqg
4 
em 31 de março de ~ 
Ques~o 2. Com base nos fragmento das fontes apresentadas, (texto 2) e nos te~os 3 
isserte sobr: o siganificado da criação do Governo Geral do Estad? ~o _Brasil, em 
e suas relaçoes com as Capitanias Hereditárias já instaladas e a dinam,ca da 
cente sociedade colonial. 
(2,5 pontos) 
Texto Ili ··--..., 
"A instituição social central da vida colonial brasileira no século XVII era ~~ 
- -
~a, mão-de-obra cativa, habilidades técnicas e capital que produz~ a 
principal_ mer.ç__;ª~de exportação do Brasil5 ·ci açúcai>Como vimos, o modo como 
;st;-;l~mentos podi~m fum bin"ãr-se com efi~áciajá fo~~-~!~~rad-9 no MediJerr~neo e 
- -- -
nas ilhas atlânticas, mas solo rico da costa do Bras · parecia oferecer boa opo~d_?de 
- . - - - -- -- ---- - --~-
para o aumento de escaJà, e, assim, para uma produção nunca vista até ~nJ~- Deve-se 
-. --- - -· - - - - - . .. 
esclarecer que o termo · "plantation " ("plantação") nunca foi usado para d~screver a 
unidade de produção da indústria açucareira. Em vez disso, os ibéricos usavam a 
palavra ''engenho" ( em espanhol, ingenio, relacionado ao inglês "engine"), que, 
estritamente falando, denominava apenas o local de fabricaçãO: mas que passou a 
representar toda a operação. inclusive prédios, escravos, terras e animais. O termo 
"engenho" evoca imagens do senhor rural, de domínio patriarcal, de propriedades 
campestres, servos e escrn .... O'· ·mre verdes campos de cana e palmeiras no horizonte. 
Embora muito dessa imago ,; "'-'JJ ·,,rdadeiro, há também uma espessa camada de 
romantismo que deve ser depurada t: quisermos compreender a natureza do engenho e 
seu efeito no desenvoJvimt:rfü, da c;ociedade brasileira". 
SCHWARTZ, Stuart e LOCKHART, James. A América Latina na época colonial. Rio 
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p. 245-246. 
Questão 3. Elabore uma dissertação contemplando os elementos que compõem 0 
complexo representado pelo engenho, apontando pelo menos dos seus reflexos na 
sociedade colonial. (2,5 pontos) 
Texto IV 
. "A s~ciedade colonial ap~es~ntava-se extremamente diversificada. Entre suas camadas 
definidoras situadas no topo (ehte) e na base (escravos); havia os desclassificados sociais 
' 
J 
. 'd de nequenos comercial}_t~. !ojistas, 
· di ' · as consnnn as ;;. • · fonnando as chamadas camadas 111~..!_~an ..,.. - . - 1 . etc que habitavam o um verso 
- -- . ã carpmteiros o etros~ · • d 
mestres do engenho. feitores, artes os, . . ' leno desenvolvimento a empresa 
colonial se.ia no crunpo ou na cidade, sendo essenciais para O P 
além-már. • d terr e a 
• · m gue a doaçao a 
Florestan F em andes e Stuart ~ · Schw~ d~ a ·e m termos de mentaiidade 
vigência da escravidão foram de fun~men~l iry,portanciade muitás de suas funções 
l)orque empobreceram -a ordêm est~menta, portugu~sa da nobilitação para esses 
econômico-sociais -e p·ermítiram o sonho 9ª _ascens ~º . e ra O esvaziamento dos 
, indivíduos. Ambos chamam a atenção, aqui na c~loni.~, pa us" desapareceram e o 
dinamismos de uma sociedade estament:r. onde ~u_itos degra lme'ado e seguido 
modelo senhorial tomava-se praticamente o unice a ser ª J 
(Fernandes 1976 e Schwartz 1998). . . • . 0 estatuto cre E~ outras palavras, ~ primeiro si~al _d_e d1stinçao ~ocial era avos. Se a 
homem hvre e, em seguida, o de propnetano de terras e de escr t lado 
monopolização destes dois últimos· caracterizava o grande senh'or, por ?u r~ • ' 
possuir dois ou três escravos, ter aü arrendar uma pequena ou média propneda f nao 
era tarefa imposslvel para os demais. A posse de uma faixa de terra e_ de a guns 
escravos (mesmo que fosseJ!l· indígenas) permitia o sonho da ascensao para as 
demais camadas de homens livres no mundo colonial. 
Era assim necessário, para preservar a própria ordem estamental e a 
viabilidade da colonização,' criar e reforçar mecanismos de dominação ext~a-
economicos que, por um lado7 garantiam o monopólio do poder nas mãos da elite 
colonial e, por outro, permitiam, para os demais indivíduos, a continuidade do sonho 
de ascensão dentro da -ordem existente. Assim, a diversificação da economia e da 
sociedade colonial, a própria necessidade desta diversificação, acabava por reforçar 
uma estratificação estamental rígida, inclusive para não destruir os fundamentos da 
dominação e do ç$ado. 
Criaram-se, dessa forma, múltiplas hierarquias baseadas, segundo Stuart 
Schwartz, em primeira instancia, na propriedade da terra e do escravo, mas também 
na cor, na pureza do sangue e no ideal de fidalguia (Schwartz 1988). Estas gradações, 
se por um íado permitiam certa mobilidade social dos escalões intermediários, por 
outro impediam a ascensão definitiva". 
BLAJ, Ilâifa. Mentaliáade e sociedade: revisitando a historiografia sobre São Paulo colonial. 
Revista de História 142-1 43 (2000),p. 25 1-255. 
Questão 4. Comente pelo menos uma característica da sociedade colonial, 
destacando a dinâmica da sua estratificação e mobilidade. (2,5 pontos)

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