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CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 06 Prezados alunos! Esta é a sexta aula do curso de Administração Pública para AFRFB e AFT. Nela, vamos o seguinte conteúdo: Aula 06 – 08/05: 11. Ciclo de Gestão do Governo Federal. Boa Aula! Sumário 1 CICLO DE GESTÃO DO GOVERNO FEDERAL ............................................................. 2 1.1 SISTEMA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO .................................................................... 4 1.2 GESTÃO POR PROGRAMAS ......................................................................................... 7 1.3 ELABORAÇÃO ...................................................................................................... 14 1.4 APRECIAÇÃO ...................................................................................................... 21 1.5 EXECUÇÃO ......................................................................................................... 22 1.6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ................................................................................ 27 1.7 REVISÃO ........................................................................................................... 31 2 PONTOS IMPORTANTES DA AULA ......................................................................... 37 3 QUESTÕES COMENTADAS ..................................................................................... 38 3.1 LISTA DAS QUESTÕES ........................................................................................... 74 3.2 GABARITO ......................................................................................................... 87 4 LEITURA SUGERIDA ............................................................................................. 87 CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 2 1 Ciclo de Gestão do Governo Federal Vimos na aula passada, dentro do tópico da Qualidade Total, o Ciclo PDCA. Essa é uma ferramenta bem simples, mas de extrema importância na administração. Ela traz uma regra bem singela: as ações na gestão devem formar um ciclo que proporcione a melhoria contínua. Este ciclo seria formado por quatro etapas: ��� To Plan = planejar; ��� To Do = implementar; ��� To Check = avaliar; ��� To Act correctly = agir corretivamente. Este ciclo tem como objetivo conscientizar o gestor de que sua ação deve estar constantemente se retroalimentando por informações que demonstrem o que pode ser melhorado. A presença da última etapa, agir corretivamente, não é necessária apenas no caso de terem sido observados erros. Ela tem como objetivo identificar quais os pontos que podem ser melhorados, mesmo que não tenham sido encontrados problemas. Parte-se do pressuposto de que jamais alcançamos a perfeição e sempre podemos melhorar mais um pouco. No poder público, este ciclo é totalmente aplicável. Podemos enumerar as fases daquilo que seria o ciclo de gestão do setor público brasileiro: o plano, o orçamento, a execução orçamentária e financeira, a avaliação de desempenho da ação governamental e a revisão dos programas. Uma coisa importante: não existe uma lei especificando quais são as etapas de um ciclo de gestão do governo federal. Numa possível questão da ESAF, eles podem colocar de forma mais ampla, com poucas fases, ou mais específica, com várias fases. O importante é que contemple as etapas do PDCA. No edital de Finanças Públicas, tem o item “7. Ciclo orçamentário”. Este ciclo está dentro do ciclo de gestão, que é maior, abrange um número maior de momentos. O ciclo orçamentário é o período em que se processam as atividades peculiares do processo orçamentário, quais sejam: ELABORAÇÃO → APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO → EXECUÇÃO → CONTROLE ��� Elaboração: estudos preliminares em que são estabelecidas as metas e as prioridades, a definição de programas, de obras e das estimativas das DDD CCCAAA PPP CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 3 receitas, incluindo-se, ainda, nesta fase, as discussões com a população e com as entidades representativas. ��� Apreciação e votação: cabe ao Legislativo apreciar os termos da proposta enviada pelo Executivo, podendo, sob certos critérios, emendá-la e, em situações extremas, rejeitá-la. ��� Execução: com a publicação da LOA, nos termos do disposto na LRF, o Executivo tem até 30 dias para estabelecer a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Feito isto, os administradores começarão a executar ou a realizar o orçamento. ��� Controle: uma vez executada a despesa, caberá aos órgãos de controle, especialmente os órgãos incumbidos do Controle Externo, apreciar e julgar se a aplicação de recursos se deu nos termos previstos nas leis orçamentárias e nas demais espécies normativas que vinculam a gestão dos recursos públicos. O ciclo de gestão terá uma etapa anterior a este ciclo orçamentário, que é a identificação das necessidades da população e a elaboração de planejamentos de longo prazo, 10 a 20 anos. Também podemos colocar uma fase depois, que abrange a avaliação e revisão dos programas. O Programa é o ponto-chave do ciclo de gestão. É o seu elemento central. Vamos dar uma olhada em uma questão do CESPE: 1. (CESPE/TCU/2009) A metodologia do PPA 2008/2011 define o programa como o seu elemento organizativo central, compreendendo um conjunto articulado de ações orçamentárias e não-orçamentárias, com objetivo específico. Os programas são unidades de integração entre o planejamento e o orçamento. Todos os eventos do ciclo de gestão do governo federal estão ligados a programas. A questão é certa. Todos os eventos do ciclo de gestão, ações orçamentárias ou não-orçamentárias, devem estar ligados a programas. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 4 1.1 SISTEMA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO A CF88 estabeleceu o atual sistema de planejamento e orçamento, em que o planejamento plurianual das políticas públicas se articula com a execução dos orçamentos anuais e com os instrumentos de controle fiscal. Além disso, as mudanças normativas introduzidas em 1998 propiciaram a integração “plano- orçamento” por meio de programas formulados com origem em problemas ou demandas da sociedade. Decorrem daí um plano e orçamento orientados para o resultado, o que torna o novo sistema de planejamento e orçamento peça fundamental para a implantação da gestão por resultados no País, pois a gestão por resultados, embora associada ao entorno político e institucional de um país, demanda instrumentos adequados para a administração pública. O Decreto-Lei 200 organizou a administração pública na forma de sistemas. Vamos rever o texto do Decreto: Art. 30. Serão organizadas sob a forma de sistema as atividades de pessoal, orçamento, estatística, administração financeira, contabilidade e auditoria, e serviços gerais, além de outras atividades auxiliares comuns a todos os órgãos da Administração que, a critério do Poder Executivo, necessitem de coordenação central. § 1º Os serviços incumbidos do exercício das atividades de que trata êste artigo consideram-se integrados no sistema respectivo e ficam, conseqüentemente, sujeitos à orientação normativa, à supervisão técnica e à fiscalização específica do órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem. As atividades de orçamento da administração pública também deveriam ser organizadasem um sistema. O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal é constituído pelo órgão central que é o Ministério do Planejamento e seus órgãos específicos e pelos órgãos setoriais que são as unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios, Advocacia-Geral da União (AGU) e Casa Civil, todos sujeitos à orientação normativa e à supervisão do órgão central. Os órgãos setoriais do Sistema exercem sua função incorporando as unidades de planejamento das entidades vinculadas ao Ministério (Autarquias, Fundações e Empresas Públicas). Desta forma, obtêm-se: a articulação entre as funções de planejamento setorial (formulação, acompanhamento, avaliação e controle das políticas) e sua implementação; a integração da atuação governamental e a consistência das ações contidas no PPA. Ao contrário do que acontecia no passado, hoje o orçamento deve ser visto como parte de um sistema maior, integrado por planos e programas de onde saem as definições e os elementos que vão possibilitar a própria elaboração orçamentária. James Giacomoni apresenta o seguinte diagrama para representar um Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 5 A estratégia para o desenvolvimento resulta da escolha de certas “grandes alternativas”, das quais se espera a contribuição mais eficaz para o desenvolvimento do país. Essas definições ocorrem principalmente por meio de planos nacionais de longo prazo e se apóiam em três elementos principais: ��� Imagem prospectiva: resulta da escolha de objetivos e metas substantivas a serem buscados, através de projetos sociais básicos que busquem mudanças concretas no plano econômico-social. ��� Projetos Estratégicos: destinados a gerar precipuamente mudanças fundamentais idealizadas pela imagem prospectiva, se caracterizam por serem intersetoriais; ��� Políticas Básicas: condicionam as ações e decisões dos setores público e privado, viabilizando os projetos estratégicos. Os planos de médio prazo expressam de forma mais detalhada cada etapa das estratégias. Em geral, são planos setoriais, sendo constituídos por programas básicos, que determinam os objetivos e as metas a serem alcançados em cada setor, fixando também os recursos humanos, materiais e financeiros necessários. Os planos operativos anuais estabelecem metas de curto prazo a cargo do setor público, bem como orientações e regulamentações a serem cumpridas pelo setor privado (preços, salários, tributações, etc.). Nos planos anuais constam as necessidades financeiras, materiais e humanas das diversas metas, distribuídas em cronogramas. No Brasil, a CF88 concebe duas modalidades de planos. A primeira envolve os chamados planos de desenvolvimento econômico e social. A outra modalidade é o plano plurianual, voltado para a programação da Administração Pública e claramente idealizado como guia plurianual para as autorizações orçamentárias Estratégia de Desenvolvimento Definição de uma Imagem Prospectiva Determinação de projetos estratégicos Enunciado de políticas básicas Planos de Médio Prazo Planos Operativos Anuais CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 6 anuais. O planejamento de longo prazo cobre períodos normalmente de 10 anos ou mais. Vamos ver alguns dispositivos da CF88: Art. 21. Compete à União: IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: Art. 215. § 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: Art. 227. 8º A lei estabelecerá: II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas. Outro exemplo é o Plano Brasil 2022, que prevê metas para o ano do bicentenário de nossa independência O PPA é um instrumento de planejamento mediador entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais que consolidam a alocação dos recursos públicos a cada exercício. A mensagem presidencial do PPA 2008-2011 apresentava o seguinte diagrama: CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 7 Portanto, o PPA é um planejamento de médio prazo. Isso está no Manual Técnico do Orçamento 2012, do Ministério do Planejamento: O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal, que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Só que aqui temos que tomar muito cuidado. Vamos ver uma questão da ESAF: 2. (ESAF/APO/2008) O planejamento governamental estratégico tem como documento básico o Plano Plurianual. A questão é certa. Porém, se considerarmos que o planejamento estratégico é o de longo prazo, e que o PPA faz a intermediação entre o planejamento de longo prazo e o orçamento anual, entendo que o documento básico do planejamento ESTRATÉGICO não seria o PPA, mas os planos decenais. Porém, é preciso destacar que o PPA é atualmente o plano de maior importância, por isso dá para entender o gabarito certo da questão. A integração entre plano plurianual e orçamento anual é feita por meio do papel cumprido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, que, além de fornecer orientação para a elaboração dos orçamentos anuais, tem por finalidade destacar, da programação plurianual, as prioridades e metas a serem executadas em cada orçamento anual. 1.2 GESTÃO POR PROGRAMAS A adoção da gestão por programas foi uma das principais mudanças ocorridas na administração pública brasileira na última década. Os programas são uma forma de gestão por resultados, em que a administração pública passa a orientar suas ações para os resultados e não para os meios. A constituição dos programas pressupõe orientar toda a ação do governo para a resolução de problemas ou demandas da sociedade, rompendo com a visão departamentalizada das organizações do setor público. O modo tradicional da administração por funções (saúde, transporte, defesa, etc.) não permite uma orientação voltada para o alcance de resultados. A gestão por programas consiste em trabalhar de forma cooperativa, cruzando as fronteiras ministeriais, estimulando a formação de equipes e de redes com um CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 8 fim comum, sem ignorar o ambiente organizacional em que as estruturas verticais conservam sua validade. A transparência para a sociedade e a capacidade de instrumentar o controle social são também contribuições do modelo, o que faz do programa o referencial ideal para a discussão pública das propostas de Governo e a explicitação dos compromissos assumidos com o cidadão. O orçamento-programa foi difundido pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir do final da década de 50, inspirado na experiência do orçamento de desempenho nosEstados Unidos da América. Trata-se de um instrumento de planejamento que permite identificar os programas, os projetos e as atividades que o governo pretende realizar, além de estabelecer os objetivos, as metas, os custos e os resultados esperados. Para James Giacomoni, o orçamento- programa é aquele que enfatiza: ��� Os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição e para cuja consecução são utilizados os recursos orçamentários. ��� Os programas, isto é, os instrumentos de integração dos esforços governamentais, no sentido de concretização dos objetivos. ��� Os custos dos programas medidos através da identificação dos meios ou insumos (pessoal, material, equipamentos, serviços etc.) necessários à obtenção de resultados. Tal análise pode, inclusive, projetar os custos para mais de um exercício financeiro. ��� Medidas de desempenho, com a finalidade de medir as realizações, os esforços despendidos na execução dos programas e a responsabilidade pela execução. O programa é um conjunto articulado de ações (relativas a investimentos, despesas correntes e outras ações não orçamentárias), para o alcance de um objetivo. Esse objetivo é concretizado em resultados — resultado é a solução de um problema ou o atendimento de demanda da sociedade — mensurados pela evolução de indicadores no período de execução do programa, possibilitando, assim, a avaliação objetiva da atuação do governo. Todos os recursos do orçamento são alocados aos programas que estão previstos no PPA, na forma de ações orçamentárias, à exceção das transferências constitucionais devidas aos Estados e municípios e do pagamento de dívidas do Governo Federal. Os programas, contudo, são mais amplos e completos e integram também outras ações, denominadas de “ações não orçamentárias”, que expressam outras fontes de recursos do governo para financiar o cumprimento da sua missão. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 9 No Brasil, a Lei nº 4.320/64 adotou o orçamento-programa na esfera federal e o Decreto-Lei nº 200/67 reforçou a ideia de orçamento-programa ao estabelecer, em seu art. 16, que em cada ano será elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a etapa do programa plurianual a ser realizado no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução coordenada do programa anual. No entanto, os avanços ocorridos para a efetiva implementação do orçamento- programa ocorreram somente com a edição do Decreto nº 2.829/98 e demais normas que disciplinaram a elaboração do PPA 2000-2003. O PPA 2000-2003, denominado Avança Brasil, trouxe mudanças significativas no sistema de planejamento e orçamento do governo federal, assim como na própria gestão pública. O Decreto 2.829/98 constituiu a base legal para a reestruturação de todas as ações finalísticas do governo e determinou que o programa seja a forma básica de integração entre plano e orçamentos. Foram estabelecidos os princípios de gerenciamento dos programas, criada a figura do gerente de programa e definidas suas principais responsabilidades, além de criada a obrigação de avaliação anual de desempenho de todos os programas e do plano. O conceito de planejamento adotado pelo PPA 2000-2003 vai além da sua função clássica de formular planos. Incorpora, também, como essencial, o gerenciamento dos programas e do plano. O modelo gerencial adotado tem o objetivo de atribuir responsabilidades, orientar os esforços das equipes envolvidas na execução, para a obtenção de resultados, e, por último, assegurar a atualização permanente do plano. A forma encontrada para assegurar a qualidade do gerenciamento foi a de criar a figura do gerente de programa, o monitoramento em rede, com o apoio de um sistema de informações gerenciais, o gerenciamento intensivo dos programas estratégicos e a avaliação anual de desempenho de todos os programas e do plano. O processo de gestão do PPA é composto pelas etapas de elaboração, implementação, monitoramento, avaliação e revisão dos programas. Essas etapas formam o ciclo de gestão do PPA representado na figura abaixo. � Elaboração do PPA: Processo de concepção de orientações estratégicas, diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas ao alcance do projeto de Governo. � Monitoramento do PPA: Processo contínuo de acompanhamento da implementação do Plano Plurianual, referenciado na estratégia de desenvolvimento e nos desafios, que objetiva subsidiar a alocação dos recursos, identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir rumos, sistematizar elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e, assim, contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 10 � Avaliação do PPA: Processo sistemático de aferição periódica dos resultados e da aplicação dos recursos, segundo os critérios de eficiência, eficácia e efetividade, permitindo sua implementação no âmbito das organizações públicas, o aperfeiçoamento do Plano Plurianual e o alcance dos objetivos de governo. � Revisão do PPA: Processo de adequação do Plano Plurianual às mudanças internas e externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da alteração, exclusão ou inclusão de programa, resultante dos processos de monitoramento e avaliação. O novo PPA 2012-2015 trouxe algumas mudanças. A mais importante delas é que não existem mais ações no PPA. O binômio “Programa-Ação”, que estruturava tanto os planos plurianuais como os orçamentos, dá lugar a Programas Temáticos, Objetivos e Iniciativas, tornando-se a Ação uma categoria exclusiva dos orçamentos anuais. O objetivo foi deixar no PPA só o que se refere às dimensões estratégica e tática, ficando a dimensão operacional para os orçamentos: � Dimensão Estratégica: é a orientação estratégica que tem como base os Macrosdesafios e a visão de longo prazo do Governo Federal; � Dimensão Tática: define caminhos exequíveis para o alcance dos objetivos e das transformações definidas na dimensão estratégica, considerando as variáveis inerentes à política pública tratada. Vincula os Programas Temáticos para consecução dos Objetivos assumidos, estes materializados pelas Iniciativas expressas no Plano; CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 11 � Dimensão Operacional: relaciona-se com o desempenho da ação governamental no nível da eficiência e é especialmente tratada no Orçamento. Busca a otimização na aplicação dos recursos disponíveis e a qualidade dos produtos entregues. O PPA 2012–2015 trata essas dimensões conforme ilustrado na Figura abaixo, com suas principais categorias, descritas na sequência: � Os Macrodesafios são diretrizes elaboradas com base no Programa de Governo e na Visão Estratégica que orientarão a formulação dos Programas do PPA 2012–2015. � Programas são instrumentos de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos. � O Programa Temático retrata no Plano Plurianual a agenda de governo organizada pelos Temas das Políticas Públicas e orienta a ação governamental. Sua abrangência deve ser a necessária para representar os desafios e organizar a gestão, o monitoramento, a avaliação, as transversalidades, as multissetorialidades e a territorialidade. O Programa Temático se desdobra em Objetivos e Iniciativas. � O Objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo as situações a serem alteradas pela implementação de um conjunto de Iniciativas, com desdobramento no território. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINASProf. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 12 � A Iniciativa declara as entregas à sociedade de bens e serviços, resultantes da coordenação de ações orçamentárias e outras: ações institucionais e normativas, bem como da pactuação entre entes federados, entre Estado e sociedade e da integração de políticas públicas. � Os Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado são instrumentos do Plano que classificam um conjunto de ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental, bem como as ações não tratadas nos Programas Temáticos por meio de suas Iniciativas. O Programa Temático articula um conjunto de Objetivos afins, permite uma agregação de iniciativas governamentais mais aderentes à gestão pública e, desse modo, aprimora a coordenação das ações de governo. Além disso, incorpora os desafios governamentais e justifica a ação do governo por meio de ações consideradas determinantes para o desenvolvimento do País. Portanto, deve ser analisado em sua integralidade e complexidade, bem como nas interfaces com outros Programas. Exemplos: Programa Temático – Energia Elétrica Programa Temático – Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde Cada Programa Temático é composto por um ou mais Objetivos que devem expressar as escolhas do governo para a implementação de determinada política pública. Espera-se, com esse conceito, que o Objetivo não seja apenas uma declaração descomprometida com as soluções. Relacionar o planejar ao fazer significa, justamente, entregar um Plano que ofereça elementos capazes de subsidiar a implementação das políticas com vistas a orientar a ação governamental. O Objetivo apresenta as seguintes características: � Define a escolha para a implementação da política pública desejada, levando em conta aspectos políticos, sociais, econômicos, institucionais, tecnológicos, legais e ambientais. Para tanto, a elaboração do Objetivo requer o conhecimento aprofundado do respectivo tema, bem como do contexto em que as políticas públicas a ele relacionadas são desenvolvidas; � Orienta taticamente a ação do Estado no intuito de garantir a entrega à sociedade dos bens e serviços necessários para o alcance das metas CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 13 estipuladas. Tal orientação passa por uma declaração objetiva, por uma caracterização sucinta, porém completa, e pelo tratamento no território, considerando suas especificidades; � Expressa um resultado transformador da situação atual em que se encontra um determinado tema; � É exequível. O Objetivo deve estabelecer metas factíveis e realistas para o governo e a sociedade no período de vigência do Plano, considerando a conjuntura econômica, política e social existente. Pretende-se, com isso, evitar declarações genéricas que não representem desafios, bem como a assunção de compromissos inatingíveis; � Define Iniciativas. O Objetivo define Iniciativas que declaram aquilo que deve ser ofertado na forma de bens e serviços ou pela incorporação de novos valores à política pública, considerando como organizar os agentes e os instrumentos que a materializam; � Declara as informações necessárias para a eficácia da ação governamental (o que fazer, como fazer, em qual lugar, quando), além de indicar os impactos esperados na sociedade (para quê). Exemplos: Programa Temático: Energia Elétrica Objetivo 0001 – Aproveitar o potencial de geração de energia elétrica a partir da fonte hídrica, de forma a ofertar grande quantidade de energia elétrica a baixos preços. Programa Temático: Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde Objetivo 0001 – Expandir e qualificar a Rede de Urgências e Emergências, induzindo a cobertura de vazios assistenciais, com apoio à implantação e manutenção das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), das Salas de Estabilização (SE) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). A Iniciativa é um atributo do Programa Temático que norteia a atuação governamental e estabelece um elo entre o Plano e o Orçamento. As ações orçamentárias são criadas a partir das Iniciativas. Para cada Iniciativa podem corresponder uma ou mais ações orçamentárias. Da mesma forma, pode haver mais de uma Iniciativa por Objetivo. A Iniciativa não se restringe a ações orçamentárias. É possível que o financiamento se dê por outras fontes. Além das formas de financiamento, as Iniciativas consideram também como as políticas organizam os agentes e instrumentos que a materializam (dimensão associada à gestão, relação CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 14 federativa, relação público-privada, critérios de adesão, condicionantes, priorizações, mecanismos de seleção e identificação). Exemplos: Programa Temático Energia Elétrica Objetivo 0001 – Aproveitar o potencial de geração de energia elétrica a partir da fonte hídrica, de forma a ofertar grande quantidade de energia elétrica a baixos preços. Iniciativas Implantação de Usinas Hidrelétricas Implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas Implantação da Usina Hidrelétrica Jirau 9 Implantação da Usina Hidrelétrica Santo Antônio Implantação da Usina Hidrelétrica Belo Monte Os programas são compostos de ações, que, conforme suas características, podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações especiais. � Atividade: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. � Projeto: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. � Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 1.3 ELABORAÇÃO O texto da CF88 é, com certeza, a parte mais importante para vocês. Creio que há 90% de chances de a questão vir daqui. Segundo o texto constitucional. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 15 Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. Ponto mais importante deste artigo, muito cobrado em provas de concursos: Fiquem de olho: A iniciativa das leis do PPA, da LDO e da LOA é do Poder Executivo. Eles gostam de dizer que o orçamento do Judiciário é encaminhado pelo mesmo, ou o do Congresso, do MPU, do TCU. Estes órgãos elaboram seu próprio orçamento, mas quem encaminha é o Presidente. Esse ponto é importante, pois há alguns meses atrás tivemos uma polêmica entre o presidente do STF e a Dilma. A presidenta retirou da proposta do Judiciário o valor referente ao reajuste salarial dos servidores da Justiça, e o presidente do STF mandou avisar que ela não poderia fazer isso, que o Judiciário tinha autonomia e que o Executivo não poderia alterar sua proposta. Segundo Cezar Peluzo: “ficou constando no penúltimo parágrafo que considerando a autonomia financeira e orçamentária do Supremo Tribunal Federal, o Poder Executivo não poderia alterar a mensagem. Ele teria que encaminhar a mensagem tal como foi proposta ao Legislativo, que decidiria”. Dilma voltou atrase incluiu novamente o valor. a)Plano Plurianual Voltando para o artigo 165, o §1º dispõe sobre o PPA § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Portanto, o PPA define o DOM (diretrizes, objetivos e metas). Diretrizes são orientações ou princípios que nortearão a captação, gestão e gastos de recursos durante um determinado período, com vistas a alcançar os objetivos de Governo. Objetivos consistem na discriminação dos resultados que se pretende alcançar com a execução das ações governamentais que permitirão a superação das dificuldades diagnosticadas. Metas são a tradução quantitativa e qualitativa dos objetivos. O PPA estabelecerá o DOM para: CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 16 � Despesas de capital (construção de escolas e hospitais); � Despesas correntes derivadas de despesas de capital (contratação de pessoal necessário ao funcionamento de escolas e hospitais); � Programas de duração continuada (superior ao exercício financeiro). Geralmente, as despesas de capital são aquisições de móveis, imóveis, construção de estradas, prédios públicos, usinas etc. O governo planeja essas despesas no PPA porque em geral são despesas a serem realizadas em períodos superiores a um ano ou que beneficiarão a sociedade por longo tempo. Ao realizar um investimento, a exemplo da construção de uma estrada, o governo realiza despesas de capital. Posteriormente, para realizar a manutenção dessa estrada, realizam-se despesas correntes, por isso o termo “e outras delas decorrentes”. Ainda segundo a CF88: § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. O PPA é o principal instrumento de planejamento de médio prazo para a promoção do desenvolvimento. Ele foi concebido para ser o elemento central do novo sistema de planejamento, orientando os orçamentos anuais, por meio da LDO. O tripé PPA-LDO-LOA forma a base de um sistema integrado de planejamento e orçamento. O DOM é estabelecido para o período que vai do segundo ano do mandato do presidente até o primeiro ano do mandato subsequente. Assim, o atual PPA 2012-2015 começa este ano, no segundo ano do mandato do governo Dilma, e vai até o primeiro ano do mandato do próximo presidente. Se o mandato do presidente for ampliado para cinco anos, o PPA também terá um prazo de cinco anos. b) Lei de Diretrizes Orçamentárias Segundo o art. 165 da CF88: § 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Assim, enquanto o PPA estabelece o DOM, a LDO compreende as MP (metas e prioridades) para o exercício subsequente. A LDO conterá: � As despesas de capital para o exercício financeiro subsequente; � A orientação para a elaboração da LOA; CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 17 � Alterações na legislação tributária; � Políticas para as agências financeiras oficiais de fomento. É preciso tomar cuidado com a decoreba de vez em quando. Vamos ver uma questão do CESPE: 3. (CESPE/PMV/2007) Entre os objetivos do PPA, está a definição clara das metas e prioridades da administração, bem como os resultados esperados. A questão é certa. Aí vocês perguntam: mas não é a LDO que define as metas e prioridades? O fato de a CF dizer que é a LDO que define as "metas e prioridades" e que o PPA define os "objetivos, diretrizes e metas" não significa que o PPA não estabelece prioridades. É justamente isso que ele faz, definindo as áreas em que o governo deve preferencialmente atuar. As questões que dão como errado as metas e prioridades no PPA sempre trazem junto as despesas de capital para o exercício subsequente. Neste caso, em que só fala em metas e prioridades, não temos como dizer que está errado. Segundo o Ministério do Planejamento: O Projeto de Lei do PPA define as prioridades do governo por um período de quatro anos e deve ser enviado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de seu mandato. De acordo com a Constituição Federal, o Projeto de Lei do PPA deve conter "as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada". O PPA estabelece a ligação entre as prioridades de longo prazo e a Lei Orçamentária Anual. Portanto, o PPA também define metas e prioridades, até mesmo porque ele é um instrumento de gestão por resultados. Ainda segundo a CF88, art. 169: § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 18 II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Além daquelas atribuições citadas acima, a LDO autorizará: � A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração de servidores públicos; � A criação de cargos, empregos e funções ou alterações nas carreiras; c) Lei Orçamentária Anual Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os Ministérios e as unidades orçamentárias dos poderes Legislativo e Judiciário. Por determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei do Orçamento ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada ano. Acompanha o projeto uma Mensagem do Presidente da República, na qual é feito um diagnóstico sobre a situação econômica do país e suas perspectivas. Com a LDO e a LOA o legislador pretendeu ampliar a discussão orçamentária dividindo-a em dois momentos. O primeiro, de natureza mais estratégica, centrado na definição das diretrizes e prioridades para o exercício subsequente. Teria como alvo, também a discussão antecipada dos grandes agregados macroeconômicos, permitindo escolhas num ambiente de transparência fiscal. O segundo, de natureza mais operacional, focado na distribuição dos recursos nas ações de governo. Já a LOA Tem por finalidade a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no Plano Plurianual. É o que poderíamos chamar de orçamento por excelência ou orçamento propriamente dito. É na lei orçamentária que o governo estima a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A LOA corresponde, na realidade, a três suborçamentos: CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 19 � Orçamento fiscal: De toda a Administração Pública, direta e indireta (todos os Poderes, MPU, TCU, órgãos, autarquias, fundações públicas, e sociedades de economia mista), englobando a despesa e a receita de toda a Administração para um exercício financeiro, menos os investimentos de empresas estatais e despesas relativas à Seguridade Social; � Orçamento de Investimento das Empresas Estatais: Abrange as empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (empresas públicas e sociedades de economia mista) � Orçamento da Seguridade Social: Saúde, previdência e assistência social. Abrangerá todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração Direta e Indireta, bem como os fundos e as fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. A razão da desvinculação dessas ações do orçamento fiscal para um suborçamento específico da seguridade social é garantia de que esses recursos não serão desviados para qualquer fim. Busca conferir maior transparência à gestão da seguridade social. Segundo a CF/88: § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Importante guardar neste artigo: ��� Que são os orçamentos fiscal e de investimento das empresas estatais; ��� Que eles serão compatibilizados com o PPA; ��� Terão a função de reduzir desigualdades INTER-REGIONAIS; ��� Critério populacional. Todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público), e demais órgãos (Unidades Orçamentárias) elaboram as suas propostas orçamentárias e encaminham para o Poder Executivo (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG), que faz a consolidação de todas as propostas e encaminha um projeto de Lei de Orçamento ao Congresso Nacional. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 20 Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislativo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é, conforme a CF88, privativa do Presidente da República (art. 84, Inciso XXIII, da CF). Para a doutrina, a competência é exclusiva e vinculada. d) Prazos Os prazos para envio dos projetos de lei pelo Executivo e devolução pelo Legislativo são: Art. 35 do ADCT Prazos Encaminhamento ao Congresso Devolução para Sanção PPA 31 de agosto 22 de dezembro LDO 15 de abril 17 de julho LOA 31 de agosto 22 de dezembro O não-envio da LOA caracteriza crime de responsabilidade do Presidente. A CF não dá alternativa caso isto aconteça. Há uma previsão na Lei 4.320 de 1964: Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. Há quase um consenso na Doutrina acerca da impossibilidade jurídica de o Poder Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. Primeiro, porque a CF88 não previu essa possibilidade, uma vez que estabeleceu, no art. 35 do ADCT, que ambas as leis devem ser devolvidas ao Poder Executivo para sanção. Se é somente para sanção, não há como sancionar o que foi rejeitado. O segundo argumento toma por base o disposto no art. 57, §2º, segundo o qual a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. Já em relação à LOA o raciocínio é diferente, já que a própria CF previu a possibilidade de rejeição, ao assinalar em seu art. 166: § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. No caso de não-devolução da Lei Orçamentária, temos uma situação não regulada pelo ordenamento jurídico atual. Antes, caso o Legislativo não devolvesse a proposta no prazo legal, o Executivo poderia promulgá-la. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 21 Contudo, a CF88 não diz nada a respeito. Na falta de regra que regule esta não devolução, as LDOs vêm tratando desta questão, ao estabelecerem que o Poder Executivo fica autorizado a gastar determinada proporção (X/12) da proposta que ainda está tramitando. 1.4 APRECIAÇÃO O PPA, a LDO e a LOA serão apreciados pelo Congresso Nacional de acordo com o regimento comum. Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. § 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. A Comissão Mista de Orçamento examinará e emitirá um parecer sobre os projetos de lei e também sobre as contas prestadas pelo Presidente anualmente. Além disso, esta comissão examinará e emitirá parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, além de exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária. § 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Os parlamentares poderão propor emendas aos projetos de lei, que serão examinadas pela Comissão Mista Permanente e apreciadas pelo Congresso. § 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 22 b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. As emendas a LOA devem passar por algumas exigências. A primeira delas é que sejam compatíveis com o PPA e com a LDO. A segunda é que indiquem os recursos necessários. Mas não é qualquer recurso. Só se admite os provenientes de anulação de despesa. Ou seja, não podem aumentar a despesa já existente no projeto de lei. Além disso, não poderão ser recursos de: ��� Dotação para pessoal e seus encargos; ��� Serviçoda dívida; ��� Transferências tributárias constitucionais para Estados e Municípios. As emendas também poderão tirar seus recursos da correção de erros e omissões. Além disso, elas poderão estar relacionadas com os dispositivos do texto do projeto de lei. 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. O Presidente da República poderá remeter mensagem ao Congresso Nacional, propondo modificações nos projetos de lei, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta. A mensagem deve ser enviada antes da votação na Comissão Mista, e não da votação no plenário. A apreciação das leis orçamentárias será em sessão conjunta entre as duas casas, mas a apuração de votos é feita separadamente. 1.5 EXECUÇÃO Segundo a LRF: Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Trata-se do princípio da programação. A LRF aprimorou o sistema de planejamento e controle da gestão das finanças públicas, introduzindo um ato CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 23 novo pelo qual, dentro de 30 dias contados da publicação da LOA, deve-se estabelecer um sistema legal de fluxo de caixa com a previsão das despesas e também das receitas, como dispõe o art. 13 da LRF: Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. O art. 9º também trata da receita: Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Aqui temos a limitação de empenho. Entre as novas atribuições da LDO está estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo a não comprometer as metas de resultado primário e nominal, previstas para o exercício. Ao final de cada bimestre, quando for constatado que a realização da receita poderá não comportar as metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o MP deverão promover a limitação de empenho e movimentação financeira. § 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. O parágrafo segundo retira da limitação de empenho algumas despesas, consideradas essenciais. Há um certo exagero nesta obrigação quando determina que não pode haver limitação de empenho para pagamento do serviço da dívida! Isso foi influência do FMI. Significa que temos de pagar a dívida a qualquer custo, mesmo que as receitas previstas estejam sendo frustradas. A LDO também pode definir despesas que estão de fora da limitação de empenho. A gestão do Programa é de responsabilidade do gerente de programa, que poderá contar com o apoio de um gerente-executivo. O gerente de programa é o titular da unidade administrativa, à qual o Programa está vinculado. Assim CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 24 como ocorre no nível do Programa, cada ação tem um responsável direto – o coordenador de ação. Este modelo de responsabilidade se completa, preferencialmente, na forma colegiada, exercida por meio de comitês gestores constituídos por representantes dos órgãos e entidades que possuem ações em cada Programa, do qual participam coordenadores de ação e gerentes de programa. Todos os Programas Multissetoriais deverão contar com um Comitê Gestor formado pelo Gerente, pelos Coordenadores das Ações e pelo Gerente Executivo, se existente. O coordenador do Comitê Gestor de Programa é o Gerente. A principal função do Comitê é dar cumprimento ao objetivo do Programa, devendo para tanto, monitorar e avaliar o desempenho do conjunto de suas respectivas ações. O Comitê deve constituir-se no locus de articulação interna do Programa onde serão definidas e adotadas soluções para a superação de eventuais restrições. Neste Comitê Gestor de Programa também se viabilizam os mecanismos de participação social envolvendo o público-alvo (como por exemplo, os instrumentos de aferição da satisfação dos usuários dos serviços e outros), em consonância com as diretrizes definidas pela Secretaria Geral da Presidência da República em conjunto com o Ministério do Planejamento. a) Créditos Orçamentários e Adicionais Os créditos orçamentários são autorizações constantes na LOA para a realização de despesas, são aqueles aprovados pelo Legislativo na lei do orçamento. Já os créditos adicionais destinam-se à realização de despesas não previstas ou insuficientemente previstas na Lei Orçamentária, em razão de erros de planejamento ou fatos imprevistos, bem como para utilização dos recursos que ficaram sem despesas correspondentes em caso de veto, emenda ou rejeição da LDO. A iniciativa das leis referentes a créditos adicionais é privativa do Chefe do Executivo, que deverá, obrigatoriamente, justificar as razões das novas adições ao orçamento. O art. 40 da Lei 4.320/64 conceitua créditos adicionais da seguinte forma: Art.40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Doutrinariamente podemos considerar que os créditos adicionais são instrumentos de ajustes orçamentários, que visam a correção de falhas da Lei Orçamentária. A LOA não é imutável. Ela pode ser alterada dentro dos limites legais. Estas alterações se dão através dos créditos adicionais. Estes podem CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 25 alterar diretamente a LOA, com a adição de um artigo que autorize o Executivo a gastar uma quantia em créditos suplementares. Isto está na CF, art. 165: § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Ou então pode haver lei especial, no caso de o Executivo solicitar ao Legislativo, mediante Projeto de Lei ou Medida Provisória, a abertura de créditos adicionais. As MPs são possíveis só para os créditos extraordinários, devido à urgência. Existem três tipos de créditos adicionais: suplementares, especiais e extraordinários. Créditos SuplementaresArt. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; São os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária. Esses créditos possuem relação direta com o orçamento, já que suplementam dotações existentes na lei orçamentária anual. O Poder Legislativo pode autorizar a abertura de crédito adicional suplementar na própria LOA, até determinado valor. Contudo, somente os créditos orçamentários podem estar autorizados na própria LOA. § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. A abertura de crédito adicional suplementar somente poderá ser realizada quando a despesa estava fixada na lei orçamentária, porém, a receita não foi suficiente para cobrir o total do gasto. Depois de esgotados os créditos suplementares autorizados na LOA, aí sim, toda vez que for necessário suplementar uma obra ou serviço o Executivo terá que pedir autorização ao Legislativo através de projeto de lei, posto que é este Poder que tem competência para dispor sobre orçamento, ou seja, autorizar despesas. O crédito suplementar é autorizado por lei e aberto por decreto do Poder Executivo. A sua abertura depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer à despesa e será precedida de exposição fundamentada ou justificada. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 26 Créditos Especiais Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica; São destinados a atender despesas novas, não previstas na lei orçamentária anual, mas que surgiram durante a execução do orçamento. Portanto, o crédito especial cria novo item de despesa e se destina a atender um objetivo não previsto quando da elaboração da proposta orçamentária. A abertura de crédito especial não pode ser autorizada na LOA, mas sim, em lei especial. O crédito especial é autorizado por lei e aberto automaticamente com a sanção e publicação da lei especial. A abertura se dá através de decreto e incorpora-se ao orçamento, mas mantém sua especificidade, demonstrando-se a conta dos mesmos, separadamente. § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. Em princípio, os créditos especiais terão vigência dentro do exercício financeiro em que foram abertos, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. Se a lei de autorização do crédito especial for promulgada nos últimos quatro meses do exercício financeiro e ainda existir saldo não utilizado, em 31 de dezembro, este valor será reaberto no exercício subseqüente e incorporado ao orçamento. Essa reabertura gera um saldo financeiro e, em conseqüência, aumenta o superávit ou diminui o déficit financeiro. Portanto, essa receita incorporada ao orçamento subsequente é extra-orçamentária. Ainda segundo a CF88. Art. 167. São vedados: V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; Créditos Extraordinários § 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 27 Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. Destinam-se a atender somente despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. O termo “como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública” significa que esses fatos imprevisíveis são apenas exemplificativos, ou seja, admite-se outros fatos não previstos na CF. Os créditos extraordinários, como o próprio nome indica, pela urgência que os motiva não necessitam de autorização legislativa prévia para a sua abertura. Os créditos extraordinários são abertos por medida provisória e submetidos imediatamente ao Poder Legislativo Em princípio, os créditos extraordinários terão vigência dentro do exercício financeiro em que foram abertos, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. A reabertura dos créditos extraordinários será efetivada, quando necessária, mediante decreto do Presidente da República, até trinta dias após a publicação da lei orçamentária. Não é necessário indicar a fonte dos recursos. Contudo, caso o governo não indique a fonte de recursos para a abertura dos créditos extraordinários, quando for abrir créditos suplementares ou especiais indicando como fonte de recursos o excesso de arrecadação, terá que deduzir importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. Segundo a Lei 4.320/64 Art. 43. § 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-a a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. 1.6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Segundo o PPA 2012-2015, o Sistema de Monitoramento e Avaliação deve se pautar pelas seguintes diretrizes: ��� Considerar a realidade de implementação de cada política, em base territorial, buscando assim uma abordagem flexível que subsidie decisões e contribua para a implementação; ��� Atender às necessidades dos órgãos setoriais e de coordenação de governo, para subsidiar a tomada decisão nos diferentes níveis; CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 28 ��� Considerar as lições aprendidas com as experiências de monitoramento e avaliação no setor público em âmbito nacional e internacional; ��� Observar as contribuições resultantes dos diálogos com os Entes Federados e sociedade durante o processo de elaboração do PPA; ��� Aproveitar estruturas de monitoramento e avaliação existentes na Administração, trabalhando na busca de informações complementares; e ��� Promover a sua implantação, de forma progressiva, segundo as prioridades estabelecidas pelo governo. Vimos na aula passada que, no planejamento estratégico, a avaliação pode ocorrer em três momentos distintos: antes, durante e depois da implementação do plano. Aqui vale a mesma coisa, podemos falar em três tipos de avaliações: a) Avaliações Ex-ante Refere-se à avaliação que é realizada antes do início do projeto, ou seja, trata- se de uma avaliação que procura medir a viabilidade do programa a ser implementado. Geralmente é muito utilizada por órgãos financiadores de projetos e pode ter como objetivo a identificação de prioridades e metas. Entretanto, Lubambo e Araújo mencionam que nem sempre essa relação pode ser restringida à viabilidade econômico-financeira, uma vez que a viabilidadepolítica e institucional, bem como as expectativas dos beneficiários da ação, devem ser consideradas e incorporadas nessa “conta”. A avaliação ex-ante, procura orientar sobre a realização de um dado programa, no que diz respeito a sua formulação e desenvolvimento, através do estudo de seus objetivos, dos beneficiários e suas necessidades e do seu campo de atuação. Desta forma, propõe-se ser um instrumento que permite escolher a melhor opção estratégica. A avaliação ex-ante permite escolher a melhor opção dos programas e projetos nos quais se concretizam as políticas. b) Avaliações formativas Geralmente adotadas durante a implementação de um programa (avaliação intermediária) como meio de se adquirir mais conhecimento quanto a um processo de aprendizagem para o qual se deseja contribuir. O propósito é o de apoiar e melhorar a gestão, a implementação e o desenvolvimento do programa. Os avaliadores, assim como os clientes, geralmente são internos, e, frequentemente, os gerentes do programa em questão (auto-avaliação). A objetividade das constatações geralmente não se coloca como preocupação CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 29 central: mais ênfase é dada à aplicabilidade direta dos resultados. Devem lidar com questões operacionais de monitoramento dos eventos e, em certo grau, também com aspectos relacionados ao impacto. Esta categoria de avaliação procura investigar como o programa funciona (observação das etapas, mecanismos, processos e conexões), quais são as estratégias utilizadas para o alcance dos resultados, procura articular os meios com os fins, estabelecendo dessa forma sua consonância ou incompatibilidade. Nesta situação, em que se procura focar o funcionamento e a gestão do programa, a avaliação assume caráter formativo. Como este tipo de avaliação se centraliza nos processos e não nos resultados, podemos concluir que é mais utilizada na fase de implementação de um programa ou política, pois focaliza os aspectos que têm relação direta com a formação do programa, enquanto está em funcionamento, portanto, é desenvolvida durante o processo de implementação da ação avaliada. Trata de realizar o acompanhamento de ações e tarefas, no que fiz respeito ao conteúdo, método e instrumentos inerentes à execução de um programa ou projeto. Trata-se, portanto, de um conceito de extrema relevância no processo de avaliação de políticas públicas, pois possibilita compreender em que medida a otimização dos recursos públicos acontecem - aqui entendidos como os recursos financeiros, materiais e humanos - através da comparação entre metas alcançadas, recursos empreendidos e tempo de execução. Portanto, este tipo de avaliação não se preocupa com a efetividade do programa, pois focaliza seus processos e mecanismos de execução. Sua função maior é a de observar em que medida o programa está sendo implementado como planejado. Preocupa-se em responder às seguintes indagações: ��� A população-alvo está sendo atendida, conforme as metas? ��� O cronograma está sendo cumprido? ��� Os recursos estão sendo alocados com eficiência? Assim, a avaliação de processos se constitui, basicamente, em um instrumento que se preocupa em diagnosticar as possíveis falhas de um programa, no que diz respeito aos instrumentos, procedimentos, conteúdos e métodos, adequação ao público-alvo, visando o seu aperfeiçoamento, através da interferência direcionada para seus aspectos intrínsecos. Esta modalidade de avaliação tem por objetivo “fazer as coisas certas” Comparando a avaliação formativa com a somativa, temos que estes conceitos são originários do campo da educação, no contexto da avaliação de currículos. A "avaliação formativa" ocorreria enquanto a atividade a ser avaliada ainda CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 30 estivesse em andamento, com a finalidade de melhorá-la, redirecioná-la. Em contraste, a "avaliação somativa" seria dirigida a um produto final, buscando verificar a efetividade da intervenção, bem como o potencial deste "produto" em relação a futuras aplicações. A Avaliação Formativa ocorre durante o processo de execução de um programa ou projeto, com o objetivo de fornecer um feedback aos responsáveis pela intervenção que está sendo avaliada, podendo realizar-se durante o desenvolvimento da intervenção, nas fases de diagnóstico, formulação, implementação da execução da mesma. Já a avaliação somativa refere-se aos "resultados ou efeitos" da intervenção, sendo realizada ao final da mesma, daí também ser denominada de "avaliação final", cujos resultados servem para "determinar futuras ações" sobre a intervenção, no sentido de mantê-la, modificá-la ou suspendê-la. c) Avaliações Ex-post ou Somativas São conduzidas, frequentemente, quando o programa já está implementado, para estudar sua eficácia e o julgamento de seu valor geral. Essas avaliações são tipicamente utilizadas como meio de assistir a alocação de recursos ou na promoção de mais responsabilidade. Os clientes geralmente são externos, tais como políticos e outros agentes de decisão. Essas avaliações muitas vezes são conduzidas por avaliadores externos. As questões quanto ao resultado ou relevância geral do programa devem ser abordadas. Esta categoria de avaliação investiga em que medida o programa atinge os resultados esperados pelos formuladores. Entretanto, essa análise de resultados pode ser agrupada em duas modalidades: resultados esperados e resultados não-esperados. Referem-se, respectivamente, aos efeitos gerados e aos efeitos não-antecipados pelo programa no plano de implementação. Quando a variável “resultados”, independentemente de sua modalidade, ganha centralidade no processo de avaliação, é prudente reputar algumas indagações, que são tidas como essenciais: ��� Que tipos de serviços os beneficiários do programa estão recebendo? ��� Em que medida os serviços ou benefícios recebidos pelos beneficiários do programa estão de acordo com as intenções originais dos formuladores? ��� Os beneficiários estão satisfeitos com os resultados atingidos? ��� os resultados atingidos são compatíveis com os resultados esperados? ��� Como e porque os programas implementados geram resultados não esperados? CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 31 Nesta categoria, em que os resultados de um programa ou política são focalizados, a avaliação assume um caráter somativo. Essa modalidade de avaliação que se realiza ao final da fase de implementação ou após a conclusão de um programa, consiste no exame e análise de objetivos, impactos e resultados. Focaliza a relação entre processo, resultados e impacto, comparando os diferentes programas, o que possibilita escolher o mais adequado e viável para atingir as metas no prazo pretendido. O objetivo principal da avaliação Somativa é o de analisar a efetividade de um programa, compreendendo em que medida o mesmo atingiu os resultados esperados. 1.7 REVISÃO A avaliação está orientada para a obtenção de resultados e se realiza uma vez por ano, tendo como referência o exercício anterior. No ciclo de gestão, a avaliação é seguida da revisão anual dos programas, da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da elaboração e execução da Lei Orçamentária Anual. Os resultados da avaliação contribuem para a realização de cada uma dessas etapas, tornando mais consistente a alocação de recursos públicos federais aos bens e serviços demandados pela sociedade. O processo de revisão dos programas será precedido de análise de seu modelo lógico, de modoa avaliar o desenho do Programa e ajustá-lo no que for necessário durante a execução para uma melhor gestão por resultados. Todo programa tem por base uma teoria que o sustenta. Conhecê-la significa aprofundar o conhecimento sobre a natureza, gravidade e extensão do problema ou demanda da sociedade que originou o Programa. Do mesmo modo se avança no conhecimento sobre o funcionamento do Programa, ou seja, como se pretende intervir e com que recursos, estratégias e ações. Além disso, a identificação das relações causais entre as ações dos programas e os resultados pretendidos cria condições para que se possam avaliar melhor os efeitos do Programa. Em suma, a análise do modelo lógico permite compreender como se origina o problema ou demanda, como se desenvolve, como se explica, como se propõe intervir de modo eficaz para mitigar suas causas, como monitorar sua execução e avaliar seus resultados. Todos esses elementos são necessários para um bom desenho de programa. Aprimorar a qualidade do desenho do Programa por meio da análise do modelo lógico possibilitará avançar na capacidade de gestão por resultados e criar entendimento comum entre os principais interessados no Programa quanto à sua estrutura e resultados. CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas a) Modelo Lógico e Teoria do Programa O Ministério do Planejamento Modelo Lógico, com o objetivo de aumentar a qualidade do Plano Plurianual, de avaliar e de qualificar o processo de revisão dos programas do PPA por uma análise detalhada do desenho de cada um deles. assegurar que o desenho dos programas estivesse efetivamente orientado para o enfrentamento de problemas existentes na sociedade, além de apresentar uma visão mais clara de toda O Quadro Lógico, ou Logical Framework, ou Marco Lógico, ou Matriz Lógica, surgiu no contexto da cooperação internacional de apoio ao desenvolvimento, pela necessidade das agências internacionais de financiamento d acompanharem melhor como era aplicado o dinheiro emprestado. O Marco Lógico consiste de uma matriz de duas entradas 4x4, que resume em seus 16 campos a estratégia do projeto, os possíveis riscos externos e os indicadores que possibilitem a af representa um poderoso instrumento de comunicação (interna e externa) do projeto, bem como o centro da gerência do projeto. seguinte forma: Resumo Narrativo de Objetivos Objetivo Superior: Cada projeto é a resposta a um problema detectado. O Objetivo Superior de um projeto é uma descrição da solução de um problema que se tenha diagnosticado. Ex.: Problema principal materna e infantil na população a taxa de mortalidade materna e infantil nessa população. Objetivo do Projeto: O objetivo do projeto é o resultado esperado ao fim do período de execução do projeto. Cada projeto deve ter um único objetivo projeto. Quando uma operação tiver mais de um objetivo de projeto, devem ser elaborados mais de um marco lógico: um marco mestre do programa, com seu ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS www.pontodosconcursos.com.br lo Lógico e Teoria do Programa O Ministério do Planejamento adotou, em 2007, a metodologia de construção de Modelo Lógico, com o objetivo de aumentar a qualidade do Plano Plurianual, de avaliar e de qualificar o processo de revisão dos programas do PPA por uma análise detalhada do desenho de cada um deles. O objetivo é assegurar que o desenho dos programas estivesse efetivamente orientado para o enfrentamento de problemas existentes na sociedade, além de apresentar uma visão mais clara de todas as ações desenvolvidas em cada programa O Quadro Lógico, ou Logical Framework, ou Marco Lógico, ou Matriz Lógica, surgiu no contexto da cooperação internacional de apoio ao desenvolvimento, pela necessidade das agências internacionais de financiamento d acompanharem melhor como era aplicado o dinheiro emprestado. O Marco Lógico consiste de uma matriz de duas entradas 4x4, que resume em seus 16 campos a estratégia do projeto, os possíveis riscos externos e os indicadores que possibilitem a aferição do desempenho. Desta forma ele representa um poderoso instrumento de comunicação (interna e externa) do projeto, bem como o centro da gerência do projeto. Ele é Resumo Narrativo de Objetivos Objetivo Superior: Cada projeto é a resposta a um problema detectado. O Objetivo Superior de um projeto é uma descrição da solução de um problema que se tenha diagnosticado. Ex.: Problema principal - alta taxa de mortalidade materna e infantil na população de baixa renda ---> Objetivo superior a taxa de mortalidade materna e infantil nessa população. Objetivo do Projeto: O objetivo do projeto é o resultado esperado ao fim do período de execução do projeto. Cada projeto deve ter um único objetivo projeto. Quando uma operação tiver mais de um objetivo de projeto, devem ser elaborados mais de um marco lógico: um marco mestre do programa, com seu A P/ AFRFB E AFT 32 adotou, em 2007, a metodologia de construção de Modelo Lógico, com o objetivo de aumentar a qualidade do Plano Plurianual, de avaliar e de qualificar o processo de revisão dos programas do PPA por meio de O objetivo é tinha assegurar que o desenho dos programas estivesse efetivamente orientado para o enfrentamento de problemas existentes na sociedade, além de apresentar s as ações desenvolvidas em cada programa. O Quadro Lógico, ou Logical Framework, ou Marco Lógico, ou Matriz Lógica, surgiu no contexto da cooperação internacional de apoio ao desenvolvimento, pela necessidade das agências internacionais de financiamento de projetos em acompanharem melhor como era aplicado o dinheiro emprestado. O Marco Lógico consiste de uma matriz de duas entradas 4x4, que resume em seus 16 campos a estratégia do projeto, os possíveis riscos externos e os erição do desempenho. Desta forma ele representa um poderoso instrumento de comunicação (interna e externa) do é representado da Objetivo Superior: Cada projeto é a resposta a um problema detectado. O Objetivo Superior de um projeto é uma descrição da solução de um problema alta taxa de mortalidade > Objetivo superior - reduzir Objetivo do Projeto: O objetivo do projeto é o resultado esperado ao fim do período de execução do projeto. Cada projeto deve ter um único objetivo de projeto. Quando uma operação tiver mais de um objetivo de projeto, devem ser elaborados mais de um marco lógico: um marco mestre do programa, com seu CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA P/ AFRFB E AFT PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS Prof. Rafael Encinas www.pontodosconcursos.com.br 33 objetivo superior e objetivo de projeto e dois ou mais marcos subordinados. O objetivo superior de cada marco subordinado é idêntico ao objetivo de projeto do programa (marco mestre), mas cada um tem seu próprio objetivo de projeto. Deve haver apenas um objetivo de projeto. Se houver outros objetivos, a cada um deve corresponder um projeto, o conjunto dos quais corresponderá a um programa. Produtos: Produtos (ou componentes) são as obras, estudos, serviços e treinamentos específicos que se requer que o gerente de projeto produza com o orçamento que lhe é alocado. Cada produto tem que ser necessário para atingir o objetivo do projeto. Atividades: As atividades são as tarefas que o executor tem que levar a cabo para produzir cada produto (componente). Indicadores para Acompanhamento Indicadores de objetivo superior e de objetivo de projeto: tornam específicos os resultados esperados em três dimensões: quantidade, qualidade e tempo. Indicadores dos produtos (componentes): são descrições breves dos estudos, treinamento e obras físicas gerados pelo projeto. Indicadores de atividades: O orçamento do projeto é o indicador de
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