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Trabalho de Direito do trabalho estágio, trabalho avulso e aprendiz

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
JACQUELINE INGE DE SOUSA LANG
RELAÇÕES DE TRABALHO
Marechal Cândido Rondon
2016
ESTÁGIO
Conceito
O Estágio é atualmente conceituado como “ato educativo escolar supervisionado”, e que necessariamente precisa ser desenvolvido no ambiente de trabalho. 
Os educandos devem estar frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos últimos anos do ensino fundamental na modalidade profissional da educação de jovens adultos.
A situação do estagiário é disciplinada pela lei n. 11.788 de 2008, a qual revogou a lei n. 6.494 de 1977, que anteriormente tratava sobre a matéria. A própria lei n. 11.788, define no seu art. 1º o conceito de estágio como sendo:
“Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. 
Sendo assim, nota-se que parar ser estagiário, é necessária a frequência em instituições de educação superior, profissional, especial, de ensino médio técnico ou dos últimos anos do ensino fundamental.
Objetivos do Estágio
O principal intuito do contrato de estágio é a preparação dos educandos para o trabalho produtivo, de maneira que possam aplicar os seus conhecimentos na prática, visando adquirir experiência na sua área de formação, sempre, levando em conta currículos, programas e calendários, supervisionado ou coordenado pela instituição de ensino.
	Segundo o artigo 1º p.2 da Lei 11.788, objetivo do estágio é o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Características do Estágio
O contrato de estágio não gera vínculo empregatício, pelo fato de que o estagiário não é empregado, apesar de o estágio ser enquadrado no conceito amplo de trabalho. Isso acontece porque o estágio é uma relação de trabalho, e não uma relação de emprego, não tendo o mesmo a natureza de contrato de trabalho, e sim natureza de contrato de aprendizagem.
Além disso, para que seja possível a realização do estágio, de acordo com a lei n. 11.788, o estudante deve estar regularmente matriculado e frequentando uma determinada instituição de ensino.
Importante ressaltar que o estágio é selado a partir de um termo de compromisso escrito entre aluno e a parte concedente, e não a partir de um contrato de trabalho.
Ademais, deve haver compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso.
O estágio deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino (no nosso caso é o coordenador do curso) e por supervisor da parte concedente (no nosso caso é o juiz), comprovado por vistos nos relatórios e por menção de aprovação final.
O descumprimento dos requisitos dos estágios supramencionados e de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo empregatício do educando com a parte concedente do estagio para todos os fins de legislação trabalhista e previdenciária.
Da instituição de ensino
	
	É obrigação da instituição de ensino celebrar termo de compromisso com o educando (estagiário) e com a parte cedente (empresa que cede o estágio).
	É obrigação da instituição de ensino também avaliar as instalações da parte concedente do estágio
	Deve ainda, indicar professor orientador da área a ser desenvolvida no estágio como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário.
Além disso, a instituição de ensino deve exigir do educando avaliação periódica por meio de relatório de estágio, em prazo não superior a 6 meses
Convênio entre entidades públicas e particulares - é facultado às instituições de ensino celebrar com entes públicos e privados convênios de concessão de estágio. A celebração de convênio não afasta a necessidade do termo de compromisso. 
Da parte concedente
As pessoas de jurídicas de direito privado e órgãos da administração pública direta, autárquica e funcional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior podem oferecer estágio.
Obrigações que devem ser observadas por tais entidades:
1 – Deve ser celebrado termo de compromisso com a inatituição de ensino e com o educando.
2- Ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social.
3- Indicar funcionário para supervisionar no máximo 10 estagiários (por funcionário).
4- Contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, o que deve ficar estabelecido no termo de compromisso. 
Obs.:. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais, poderá ser alternativamente assumida pela instituição de ensino. 
Espécies de Estágio
Ademais, o estágio pode ser obrigatório ou não obrigatório. O estágio obrigatório é definido no projeto do curso, cuja carga horária nada mais é que requisito para aprovação e obtenção do diploma, conforme preceitua o § 1º do art. 2º da Lei 11.788 de 2008:
“Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. 
§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisita para aprovação e obtenção de diploma. ”
O estágio não obrigatório, por sua vez, é definido como aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horaria regular e obrigatória, conforme o que consta no § 2º do art. 2º:
“§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. ”
Importante observar que, segundo o artigo 2º, p. 3 da Lei 11.788, as atividades de extensão, de monitorias e de iniciação cientifica, somente poderão ser equiparadas ao estágio em caso de previsão no projeto pedagógico do curso.
Do Estagiário
Jornada de trabalho para estagiários:
1- máximo de 4 horas diárias e 20 horas semanais , no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental.
2 – 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes de nível superior , da educação profissional de ensino médio e do ensino médio regular.
3- Estágios que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderão ter jornadas de até 40 horas semanais.
4- Em dias de prova e de avaliação, o educando tem direito a 
Da bolsa auxílio
O estagiário poderá receber bolsa -auxílio, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio transporte, na hipótese de estágio não obrigatório.
Além do mais, a eventual concessão de bolsa transporte, bolsa alimentação (...) não faz caracterizar vínculo empregatício.
Uma peculiaridade sobre esta lei e que quase ninguém conhece, é que ela permite que o educando possa facultativamente contribuir com o Regime Geradl da Previdência Social.
Da Fiscalização 
A instituição privada ou pública que reincidir em irregularidades quanto às normas supra e infra expostas ficará impedida de contratar estagiários por um prazo de 2 anos. Vale lembrar que essa penalidade se limita à filial ou agência em que for cometida a irregularidade.
Quantidade de estagiários 
(não se aplica o disposto aos estágios de nível superior e de nível médio profissional) .
1- De 1 a 5 empregados = 1 estagiário
2 – De 6 a 10 empregados = 2 estagiários
3- De11 a 15 empregados = até 5 estagiários
4 – Acima de 25 empregados - até 20% de estagiários.
Direitos e vantagens do de Estágio
Há diversas vantagens envolvidas com o estágio: A escola tem a possibilidade de dar ensino prático ao aluno, sem qualquer custo; O estudante adquire experiência prática no campo de trabalho, mesmo ainda não tendo concluído o curso; A empresa passa a contar com pessoa que está qualificando-se profissionalmente, porém, sem ter qualquer encargo social sobre os pagamentos feitos ao estagiários, isto por que, a Lei 11.788 de 2008, não prevê a incidência de contribuição previdenciária ou de FGTS sobre a bolsa que por ventura o estagiário vier a receber. (Martins, 2001, p. 156).
Além do mais, o estagiário tem direito a seguro de acidentes pessoais, que será feito pela instituição de ensino diretamente ou por meio de atuação conjunta com empresas terceirizadas.
No que se faz atinente à carga horária, a lei 11.788 de 2008 (art. 10, I) estabelece que o estágio ter a carga horaria máxima de 6 horas diárias e 30 horas semanais, para estudantes de ensino superior, profissional ou médio.
Aos estudantes de educação especial, bem como, aqueles no final do fundamental, a carga horária máxima não poderá ser superior a 4 horas diárias ou 20 horas semanais (art. 10, II).
Férias
O direito de o estagiário vir a usufruir de férias de 30 dias foi uma das maiores mudanças que a lei de 2008 trouxe. De acordo com o art. 13 da Lei 11.788, o estagiário tem direito a 30 dias de férias sempre que já estiver estagiando há 01 ano ou mais no mesmo local.
Diferença do Estágio com o emprego
A diferença do estágio com o emprego regular é tamanha que em nenhuma das regulamentações sobre estágios cabe a aplicação da CLT, visto que o estágio não gera um vinculo empregatício, motivo pelo qual os estágios são regulamentados por lei própria, a dizer da lei n. 11.788 de 2008, que já foi anteriormente exaustivamente citada.
Tanto é verdade o fato de que o estágio não gera qualquer vínculo empregatício, que é impossível a aplicação de qualquer encargo trabalhista ou previdenciário sobre qualquer tipo de bolsa remuneratória que o estagiário eventualmente venha a auferir.
O vinculo empregatício pode ser caracterizado, excepcionalmente, em casos de estagiários que estiverem em desconformidade com a Lei n. 11.788, razão pela qual, o vinculo passa a ser regido pela CLT. Ademais, a instituição provada ou publica que reincidir nesse tipo de irregularidade ficará impedida de receber estagiários por 02 anos, de acordo com o art. 15 § 2º da já citada lei.
O TRABALHO AVULSO
Conceito
Trabalhador avulso é aquele que presta serviço a diversas empresas, sem vinculo empregatício, e que são contratados por sindicatos e órgãos gestores de mão-de-obra. (Ex: estivador, amarrador de embarcações ...).
O decreto Lei 3.048 de 2009 (regulamento da previdência social), por sua vez, preceitua em seu art. 9º, IV que trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviços de natureza urbana ou rural, sem vinculo empregatício, a diversas empresas, com intermediação do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do OGMO (órgão gestor de mão de obra). 
Legislação Aplicável
A lei 12.023 de 2009 dispõe sobre as atividades de movimentação de mercadorias geral e sobre o trabalho avulso, o qual será desenvolvido mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, mas excluindo sua incidência sobre as “relações de trabalho regidas pela Lei n. 8.630 de 1993”. 
Importante ressaltar que o art. 7º da CF/88 preceitua que os avulsos terão os mesmos direitos do trabalhador com vinculo empregatício permanente. Sendo assim, são também os direitos do trabalhador avulso: 13º, férias integrais e proporcionais, FGTS, adicional noturno, horas extras, proteção da jornada de trabalho e seus intervalos mínimos de repouso inter e entre jornadas, remuneração não inferior ao mínimo. 
O sindicato (Avulsos não portuários) ou o órgão gestor de mão de obra (avulsos portuários) fazem a intermediação da mão de obra, colocando os trabalhadores onde é necessário o serviço, cobrando posteriormente um valor pelos serviços prestados, já incluindo os direitos trabalhistas e os encargos previdenciários e fiscais, e fazendo o rateio entre as pessoas que participaram da prestação de serviços;
Sendo assim, o trabalhador avulso presta serviços em diversas empresas sem ser empregado de nenhuma delas.
Características do Trabalho Avulso
Segundo o Doutrinador Sérgio Pinto Martins, são características do trabalhador avulso:
A liberdade na prestação de serviço, pois não tem vinculo de emprego nem com o sindicato, muito menos com as empresas tomadoras de serviço.
Há a possibilidade da prestação de serviços a mais de uma empresa, como na prática, de fato ocorre.
O sindicato ou órgão gestor de mão de obra fazem a intermediação da mão de obra, colocando os trabalhadores onde é necessário o serviço, cobrando posteriormente um valor pelos serviços prestados, já incluindo os direitos trabalhistas e os encargos previdenciários e fiscais e fazendo o rateio entre as pessoas que participaram da prestação de serviço.
Curto período em que o serviço é prestado ao beneficiário. 
Espécies de Trabalhador Avulso
O trabalhador avulso pode ser portuário ou não portuário.
Trabalhador avulso não portuário é aquele que trabalha para diversos tomadores, sem vínculo de emprego, obrigatoriamente intermediado pelo sindicato da categoria. O que diferencia este do trabalhador avulso portuário é, na verdade, que ele é intermediado pelo sindicato e alguns são regidos pela Lei no 12.023/2009, enquanto o portuário é regido pela lei 12.815/2013 e intermediado necessariamente pelo OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra).
Os avulsos não portuários podem executar as atividades de movimentação de mercadorias mencionadas no art. 2º da Lei n. 12.023 de 2009:
“Art. 2º São atividades da movimentação de mercadorias em geral:
I – cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação da carga, amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento de lenha em secadores e caldeiras;
II – Operações de equipamentos de carga e descarga;
III – pré-limpeza e limpeza em locais necessários à viabilidade das operações ou à sua continuidade. ”
Não obstante, os trabalhadores avulsos não portuários podem também executar outras atividades, que não são regidas pela Lei n. 12.815/2013, tampouco pela Lei n. 12.023/2009, como é o caso da guarda portuária.
Os trabalhadores avulsos não portuários, são vulgarmente chamados de “chapas”, pelo fato de prestarem serviços em carregamento e descarregamento de carga, sem habitualidade ou repetição. O verdadeiro chapa deve ser intermediado pelo sindicato. Curioso mencionar que são chamados de avulsos não portuários pois podem exercer suas funções longe dos portes lacustres, pluviais e marítimos.
Trabalhador avulso portuário é aquele que presta serviço a diversos tomadores através da já citada OGMC, e necessariamente na forma da Lei n. 12.815 de 2013/ Lei 8.630/93.
Conclusão 
O trabalho avulso ocorre sempre com uma triangulação:
Empresa – Sindicato – Trabalhador avulso não portuário 
OU
Empresa - OGMO – Trabalhador avulso portuário.
3. Aprendiz
Conceito
Contrato de aprendizagem nada mais é que o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnica-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligencia, as tarefas necessárias a essa formação. Esse conceito está redigido no art. 428 da CLT, redaçãodada pela Lei no 11.180 de 2005.
A Constituição Federal veda o trabalho de menores de 16 anos, em seu artigo 7º, XXXIII, não obstante, o trabalho na condição de aprendiz faz se exceção à regra, mas impõe restrições, como limitações quanto ao trabalho do menor por questões de proteção ao seu desenvolvimento físico, mental e cognitivo.
As rigorosas regras impostas a esse tipo de trabalho visam coibir a exploração do trabalho infantil. Neste sentido, não é permitido o trabalho do aprendiz menor em locais cujas as condições sejam perigosas, insalubres, penosas, durante o período noturno ou que comprometa sua formação moral, física e psicológica. Não obstante, insta salientar que essas regras são aplicáveis apenas aos aprendizes menores de idade.
A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na carteira de trabalho e previdência social, matrícula e frequência do aprendiz na escola (caso não haja concluído o ensino médio) e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico profissional-metódico.
Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio, a matricula e frequência do aprendiz não será necessária, desde que ele já tenha concluído o ensino médio.
Obrigação de se ter aprendizes nas empresas
Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem numero de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15% no máximo dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento.
As empresas obrigadas a terem essa porcentagem de jovem aprendiz são as de médio e grande porte. As pequenas de micro e pequeno porte não são obrigadas a manter contratos de aprendizagem.
Esse limite não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos.
Vínculo Empregatício
O contrato de aprendizagem gera vínculo empregatício, exceto nos casos do inciso I e II do art. 430 da CLT que diz:
Art. 430 – Na hipótese de os serviços nacionais de aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber:
I – Escolas técnicas de Educação;
II – Entidades sem fins lucrativos que tenham por objeto a assistência ao adolescente e à educação profissional.
Direitos do jovem aprendiz
Como já dito, o contrato de aprendizagem forma vínculo empregatício, assim, o aprendiz tem quase todos os direitos trabalhistas, inclusive o de receber o salário mínimo hora e o FGTS. 
Obs:. O aviso prévio e a multa rescisória não são devidos.
Extinção do contrato 
Independentemente do ramo empresarial, as empresas são obrigadas a manter o aprendiz no seu quadro de funcionários até o final do contrato de aprendizagem, salvo, se revelar o que está descrito nos incisos do art. 433:
I – Desempenho insuficiente ou inadaptação.
II – Falta disciplinar grave
III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo
IV – A pedido do aprendiz.
Legislação Aplicável 
A Consolidação das Leis Trabalhistas trata sobre a matéria do art. 424 ao art. 433. Além disso, o Decreto Lei no 5.598 de 2005 regulamentou a contratação de aprendizes, além de tomar outras providências acerca do tema. 
A lei 11.788 de 2008, mais conhecida como lei dos estagiários também versa acerca desse assunto, visando facilitar a inserção de trabalhadores especiais e qualifica-los para o disputado mercado de trabalho.
Jornada de Trabalho 
A jornada de trabalho, em regra, não poderá exceder o limite de 6 horas diárias, exceto para aqueles que já tenham concluído o ensino fundamental. Nesse caso, a jornada pode se estender para o limite de 8 horas diárias. Essa extensão de horário pode acontecer apenas se o aprendiz já tiver concluído o ensino fundamental e se nessas horas forem computadas aquelas destinadas à aprendizagem teórica. Sendo assim, em regra, a jornada é de 40 horas por semana.
Sobre o Contrato de Trabalho
O contrato de aprendiz deve necessariamente ser pactuado de forma expressa, com registro na Carteira Profissional, por prazo determinado de no máximo 2 anos. Além do mais, não basta que o aprendiz esteja apenas matriculado em um curso profissionalizante. Ele deve comprovar frequência e aptidão para a profissão que tenha escolhido e deve ainda estar inscrito em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.
Na hipótese de o trabalhador ser deficiente físico, há exceções quanto ao prazo e idade de limite. Tais mudanças foram inseridas pelas já citadas leis 11.180/2005 e 11.788/2008. Assim sendo, nesse caso o contrato pode ultrapassar 2 anos e idade máxima do aprendiz pode ser superior a 24 anos.
Direitos e Deveres dos Trabalhadores Aprendizes e Diferença com Trabalhadores comuns
Os direitos trabalhistas do jovem aprendiz são praticamente os mesmos de um empregado comum, inclusive quanto ao recolhimento de tributos. As diferenças estão na alíquota de depósito do FGTS, que será na proporção de 2%, e na desobrigação de indenização em caso de descumprimento contratual por ambas as partes.
Além do mais, a CLT preceitua que o trabalhador aprendiz deverá ser remunerado com pelo menos um salário mínimo mensal, salvo se firmada condição mais benéfica.
No que tange ao contrato, como anteriormente dito, o contrato do aprendiz que não seja deficiente físico é por prazo determinado. Não obstante, em caso de rescisão, seja por conclusão, seja por culpa ou por qualquer outro motivo, a empresa está desobrigada de pagar verbas indenizatórias, logo, diferentemente do contrato de trabalho convencional, não há qualquer garantia de estabilidade, ainda que durante o período contratual.
Das penalidades
As empresas infratoras às disposições elencadas acima sofrerão multas de valor igual a um salario mínimo regional, aplicadas tantas vezes quanto forem os menores empregados em desacordo com a lei.
Não obstante, a multa não pode ultrapassar o valor de 5 salários mínimos regionais, a não ser que a empresa multada seja reincidente na infração.
São competentes para dar essas multas: no DF a autoridade de 1ª instancia de Departamento Nacional do Trabalho; Nos estados e território do acre, os delegados regionais do ministério do trabalho, indústria ou comercio ou funcionário designados por eles para tal fim.
BIBLIOGRAFIA
< http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/menor.htm > CONTRATO DE TRABALHO DO MENOR APRENDIZ. Acessado em 13/09/2016.
< http://www.pelegrino.com.br/doutrina/ver/descricao/242 > CONTRATO DE APRENDIZ: DIREITOS E DEVERES. Acessado em 13/09/2016.
<http://silviaserradilhadt.blogspot.com.br/2012/09/trabalhadores-avulsos.html > TRABALHO E DIREITO. Acessado em 12/09/2016.
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=615 > ESTÁGIO NA CARREIRA JURÍDICA – UMA OBRIGAÇÃO INSTITUCIONAL. Acessado em 12/09/2016.
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7651 - > CONTRATO DE ESTÁGIO. Acessado em 12/09/2016
Curso de Direito do Trabalho 2016. Alice Monteiro de Barros. 10ª Edição. Editora LTR 80.
Decreto Lei 11. 788 de 25 de Setembro de 2008.
Direito do Trabalho Esquematizado. Ricardo Resende. 6ª Edição. 2016. Editora Método.

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