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Quimica dos pesticidas

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Introdução
O aumento da população mundial e a demanda crescente de alimentos têm motivado o uso de grandes quantidades de pesticidas nas plantações, visando assegurar maior produtividade a melhoria da qualidade dos produtos e a redução do trabalho e dos gastos com energia. No entanto, o uso indiscriminado e pouco criterioso de agrotóxicos trouxe e continua trazendo problemas muitos sérios para o ambiente e para a saúde humana.
Definição
Pesticidas podem ser de síntese química, biológica ou produtos naturais, concebidos para matar, repelir, atrair, regular ou parar o crescimento de organismos vivos considerados pragas. Como pragas incluem insetos, ervas daninhas, aves, mamíferos, moluscos, peixes, nemátodos e micróbios que competem com os humanos por comida, espalham doenças ou são vetores para estes e também podem causar desconforto. Os pesticidas atuam como substâncias com propriedades letais que podem ser utilizados para eliminar ou controlar um organismo, interferindo em seu processo reprodutivo ou bloqueando os processos metabólicos vitais dos organismos para os quais são tóxicos. Pesticidas não são necessariamente venenos, mas podem ser tóxicas para os seres humanos ou outros animais. O termo pesticida inclui todos os seguintes: herbicida, inseticidas, nematicida (nematóides), moluscicida (moluscos tipo lesmas e caracóis), piscicida (peixes), avicida (aves), rodenticida (roedores), bactericida, fungicida. Os mais comuns são os herbicidas, responsáveis por aproximadamente 80% de todo o uso de pesticidas, em sua maioria empregados como produtos fitofarmacêuticos (também conhecidos como defensivos agrícolas), que em geral protegem as plantas contra ervas daninhas, fungos ou insetos. 
História
A utilização destes produtos é bastante antiga, povos da China, Grécia, Roma e Suméria, já usavam antes da era de cristo. De forma bastante rudimentar usavam plantas e outros produtos, como pó de enxofre para controlar insetos e do sal (NaCl) para matar ervas daninhas e mais tarde passaram a usar materiais sem muita certeza da sua eficácia, como extrato de pimenta, água com sabão, cal, vinagre, etc. Por volta do séc. XV, elementos químicos muito tóxicos (enxofre, o arsênio e o mercúrio) começaram a ser utilizados em larga escala para a proteção das plantações. E no séc. XVII, era utilizado o sulfato de nicotina, extraído das folhas do tabaco, embora sua ação fosse menos eficaz e duradoura. Todavia, eles só começaram a ser utilizados oficialmente no início do século XIX, tendo os cianetos, arsenicais, enxofre e compostos de cobre, como principais substâncias utilizadas, com o propósito de controlar ou exterminar o grande aumento de diferentes pragas. E nas décadas de 30 e 40, ocorreu a introdução de um composto orgânico conhecido como 2,4 – D, um herbicida e o mais conhecido mundialmente, o DDT ou para-diclorodifeniltricloroetano, um inseticida, e consequêntemente, a utilização destes e de outros produtos passou a ser utilizada em larga escala nas atividades agrícolas em todo o mundo. Já na década de 60 descobriu-se que o DDT impedia a reprodução de muitas aves que se alimentavam de peixes, o que era uma séria ameaça à biodiversidade. O uso agrícola do DDT está agora proibido pela Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, mas ainda é usado em alguns países em desenvolvimento para prevenir a malária e outras doenças tropicais.
Referências
CLÁUDIA F. B. COUTINHO. Pesticidas mecanismo de ação, degradação e toxidez. Pesticidas: r.ecotoxicol. e meio ambiente, Curitiba, v. 15, p. 65-72, jan./dez. 2005.
PESTICIDAS: CLASSIFICAÇÃO, PROPRIEDADES, TOXICIDADE, PROBLEMAS E SOLUÇÕES. HAMILTON FELIX NOBREGA. Disponível em: < https://www.webartigos.com/artigos/pesticidas-classificacao-propriedades-toxicidade-problemas-e-solucoes/121404/>. Acesso em: 13 Out. 2018.

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