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Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências - CTG Departamento de Engenharia de Química - DEQ Curso de Engenharia de Alimentos ENZIMAS Discente: Jadehanny Valéria Silva de Lima Docente: Rosana Casoti Recife 2023 1. INTRODUÇÃO As enzimas são macromoléculas especializadas em catalisar reações químicas em organismos vivos. Elas desempenham um papel fundamental em diversos processos biológicos, como a digestão de alimentos, a síntese de proteínas e a produção de energia.Uma enzima é uma proteína que possui um ativo local, onde ocorre a interação com a substância que será transformada. Essa interação é altamente específica, o que permite que as enzimas sejam altamente eficientes em suas funções catalíticas.As enzimas têm uma capacidade notável de aumentar a velocidade das reações químicas em até um bilhão de vezes, sem serem consumidas ou modificadas durante o processo. Isso significa que as enzimas podem aumentar a velocidade de uma ocorrência química sem serem consumidas ou modificadas durante o processo (Alberts et al., 2014). A digestão dos alimentos é um processo complexo que envolve a quebra de macronutrientes em formas mais simples para a absorção no trato gastrointestinal. As enzimas digestivas desempenham um papel fundamental nesse processo, permitindo a degradação adequada dos nutrientes (Murray et al., 2017).Existem várias enzimas envolvidas na digestão, cada uma com uma função específica. A enzima protease desempenha o papel de quebrar as ligações peptídicas presentes nas proteínas. Isso leva à formação de peptídeos e aminoácidos de tamanho reduzido, os quais podem ser mais facilmente absorvidos pelo organismo (Berg, Tymoczko, Stryer, 2002). A amilase é uma enzima que atua na quebra das ligações glicosídicas entre as moléculas de glicose nos carboidratos complexos, resultando na conversão desses compostos em açúcares mais simples, prontos para serem absorvidos pelo organismo (Tortora , Derrickson,2017). A catalase, uma enzima pertencente ao grupo de peroxidases, desempenha a função de degradar o peróxido de hidrogênio, uma molécula formada naturalmente durante o metabolismo oxidativo de organismos vivos. Essa enzima atua como uma oxirredutase, responsável por oxidar substratos orgânicos. Durante o processo de reação com a catalase, o peróxido de hidrogênio, também conhecido como água oxigenada, atua como a molécula receptora de elétrons, resultando na peroxidação (Souza et al.,2019). A invertase é uma enzima que desempenha um papel fundamental na hidrólise da sacarose (açúcar comum) em seus componentes individuais, glicose e frutose. Essa atividade é importante tanto na indústria alimentícia, para a produção de xaropes ricos em glicose e frutose, quanto no metabolismo de muitos organismos, onde a sacarose é uma fonte de energia.A invertase desencadeia o processo de hidrólise da sacarose, resultando na conversão da sacarose em glicose e frutose. Esse processo tem o efeito de tornar os açúcares simples mais prontamente disponíveis para absorção e metabolismo ( Nagarajan et al., 2005). Além das enzimas digestivas endógenas do corpo humano, enzimas proteolíticas vegetais também desempenham um papel na digestão de proteínas. Por exemplo, a bromelina, presente no abacaxi, e a papaína, encontrada no mamão, exibem propriedades proteolíticas que podem contribuir para a quebra das proteínas durante o processo digestivo (Murray et al., 2017). 2. OBJETIVO Investigar e discutir as propriedades, funções e aplicações das enzimas protease, amilase, catalase e invertase. Explorar essas enzimas e compreender como elas atuam em reações químicas. 3. MATERIAIS E MÉTODO 3.1. Materiais ● Geladeira; ● Tubos de ensaio; ● Pipetas graduada; ● Pêra ● Espátula; ● Faca; ● Bastão de vidro; ● Liquidificador; ● Chapa aquecedora; ● Banho-maria; ● Placa de petri. 3.2. Reagentes ● Abacaxi; ● Mamão; ● Peneira; ● Gelatina sem sabor; ● Água destilada; ● Saliva; ● Amido de milho; ● Água mineral; ● Iodo; ● Fígado cru; ● Fígado cozido; ● Batata crua; ● Batata cozida; ● Peróxido de hidrogênio; ● Solução diluída de sacarose; ● Ácido 3,5-dinitrossalicílico; ● Tampão acetato, pH 4,6. 3.3. Métodos 3.3.1. Protease: Liquefação da gelatina por extrato vegetal Primeiramente foi retirada a casca, o talo e a polpa do abacaxi e realizou-se o suco (apenas com água destilada) de cada parte separadamente utilizando o liquidificador onde foram colocados em béqueres diferentes. O mesmo foi feito com o mamão entretanto foi descartado as suas sementes.Em seguida foi feito o preparo da gelatina conforme indicado na embalagem.Após foi preparada a sequência de tubos de ensaios descrita na Tabela 1. Depois da preparação, os tubos foram colocados na geladeira onde permaneceram 20 min onde foram gelificados. Tabela 1: Sequência do preparo dos tubos de ensaio. Tubo Composição Teste 1 10 mL gelatina + 3 mL de água Controle negativo 2 10 mL gelatina + 3 mL de suco da casca do mamão Casca do mamão 3 10 mL gelatina + 3 mL de suco da polpa do mamão Polpa do mamão 4 10 mL gelatina + 3 mL de suco da casca do abacaxi Casca do abacaxi 5 10 mL gelatina + 3 mL de suco do talo do abacaxi Talo do abacaxi 6 10 mL gelatina + 3 mL de suco da polpa do abacaxi Polpa do abacaxi 3.3.2. Amilase Misturou-se água mineral e amido de milho, onde 2 alunas colocaram em suas bocas e bocejaram, por alguns minutos, após despejaram a mistura de suas bocas no mesmo béquer.Depois adicionou-se o iodo. E para o teste do controle foi misturada em um béquer iodo, amido e água destilada. 3.3.3. Catalase Foram colados em placas de petri separadamente um pedaço de batata crua e de fígado cru, em seguida adicionou-se em cada um deles o peróxido de hidrogênio. Após assou-se o fígado utilizando uma chapa aquecedora e cozinhou a batata no banho maria, depois colou-se em cada um deles o peróxido de hidrogênio. 3.3.4. Atividade de Invertase Em um tubo, foi colocado 1,0 mL de solução amostra contendo invertase e 1,0 mL de solução tamponada de sacarose 0,3 M (tampão acetato, pH 4,6). As soluções foram misturadas e o tubo foi deixado em banho maria a 37 °C por 10 minutos. Em seguida, foi realizada a quantificação de açúcares redutores empregando o reativo DNS. Em seguida foram preparados 2 tubos com uma solução diluída de sacarose na proporção 1:9 ( 1 sacarose : 9 água) .Transferiu-se alíquota (1,0 mL de solução amostra contendo invertase e 1,0 mL de solução tamponada de sacarose 0,3 M (tampão acetato, pH 4,6)) 1,0 mL de cada amostra para tubos de ensaio.Foi adicionado 0,5 mL do reagente DNS em cada tubo. A mistura foi agitada vigorosamente.Após um tubo foi levado para um banho-maria com água em ebulição (100 °C) e outro tubo foi levado para o banho-maria a (37 ° C) por 10 minutos. A reação foi interrompida onde emergiram os tubos em um banho de água fria. Em seguida, o volume foi completado para 5 mL com água destilada. Por fim, homogeneizaram os tubos. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Protease: Liquefação da gelatina por extrato vegetal As proteases são um grupo de enzimas que têm a função de quebrar as ligações peptídicas entre os aminoácidos nas proteínas.Representada na figura 1 a formação das peptídeos. Figura 1. O grupo amina e carboxila de dois aminoácidos reagem, originando uma estrutura pela ligação peptídica, e água. Fonte: Quero Bolsa. Essas enzimas desempenham um papel vital na digestão de proteínas em nosso sistema digestivo e também estão envolvidas em uma variedade de processos biológicos, incluindo a regulação do ciclo celular, processamento de proteínas e resposta imune. Geralmente, as proteases são consideradas enzimas irreversíveis, uma vez que catalisam reações de quebra de ligações peptídicas nas proteínas, resultando na sua decomposição em aminoácidos. A reação não é facilmente revertida.Primeiro realizou-se o preparo do suco com cada parte do abacaxi e do mamão como mostra na figura 2 abaixo. Figura 2. Béquerescontendo os sucos. Fonte: Do Autor, 2023. Após realizou-se a mistura de cada suco com a gelatina colocando em tubo de ensaios separados. Onde o primeiro tubo B é o controle contendo água e gelatina, o segundo MC é o da casca do mamão, o MP é o da polpa do mamão, o AC é o da casca do abacaxi, o AT é o do talo do abacaxi e por fim o AP é o da polpa do abacaxi, como mostra na figura 3 abaixo. Figura 3. Tubo B é o de controle e os os demais tubos contém sucos misturados com a gelatina. Fonte: Do Autor, 2023. O tubo B gelificou como esperado isso devido às propriedades únicas das proteínas que compõem a gelatina. A gelatina é composta por uma proteína chamada colágeno, que possui uma sequência extensa de aminoácidos. Sua estrutura molecular é formada por três cadeias frágeis. Ao adicionar água e aquecer a gelatina (colágeno), as ligações químicas entre essas cadeias se rompem, permitindo que ela se dissolva na água. Quando refrigerada, a temperatura baixa faz com que as cadeias se reagrupem em sua estrutura tripla original. No entanto, devido à presença de água, as moléculas de água se ligam às cadeias triplas de colágeno, formando uma rede sólida e rígida, que conhecemos como gelatina.. Pode-se analisar sua estrutura na figura 4 abaixo. Figura 4.Estrutura química da gelatina. Fonte: Google imagens. Já em relação os tubo que continha a casca do mamão e sua polpa, a casca gelificou um pouco e sua polpa não gelificou. A falta de solidificação da gelatina contento a polpa pode ser atribuída à presença de papaína (classe:hidrolases), uma enzima encontrada no suco de mamão. A papaína possui propriedades proteolíticas, o que significa que ela é capaz de quebrar as ligações proteicas na estrutura do colágeno. Esse processo resulta na manutenção de uma consistência aquosa da gelatina, já que a estrutura proteica não consegue se solidificar como o normal. E a casca do mamão possui pectina e fibras que contribuiu para a sua gelificação, enquanto a polpa possui uma menor concentração desses componentes. Além disso, outros fatores, como o pH e a temperatura, também podem ter influenciado na gelificação da mistura. A mistura de abacaxi com gelatina não gelificou devido a sua enzima chamada bromelina (classe:hidrolases) possui propriedades proteolíticas, presente principalmente na casca, na polpa e no talo do abacaxi. A bromelina quebrou as ligações da gelatina, impedindo-a a formação de uma rede tridimensional que leva à consistência gelatinosa. Aquecer ou cozinhar o abacaxi antes de adicioná-lo à gelatina pode ajudar a inativar a bromelina e permitir que a gelatina gele corretamente. 4.2. Amilase A amilase é uma enzima responsável pela digestão de carboidratos, mais especificamente de amido e glicogênio. Ela desempenha um papel crucial na quebra desses carboidratos complexos em unidades menores, como maltose e glicose, que são mais facilmente absorvidas pelo organismo.A amilase (classe Hidrolases) é encontrada em diversas partes do corpo, incluindo o pâncreas e a saliva.A amilase salivar também conhecida como ptialina, é uma enzima de importância vital encontrada na saliva, marcando o início do processo de digestão dos alimentos. A saliva é um fluido predominantemente alcalino, com uma textura viscosa e aspecto transparente, que mantém uma umidade constante nos lábios. Além disso, ela desempenha um papel fundamental na facilitação da passagem do bolo alimentar ao longo do sistema digestivo. Como pode-se ver na figura 5. Figura 5. Ptialina, início da digestão do amido e do glicogênio, quebrando-os em maltose. Fonte: Google imagens. A amilase é uma enzima reversível, pois atua na quebra de ligações glicosídicas nos carboidratos, convertendo-os em açúcares mais simples. No entanto, uma vez que a reação é hidrólise, a reconversão dos produtos em substrato é geralmente improvável. No primeiro béquer foi misturado iodo,amido e água destilada sendo o de controle e no segundo béquer foi misturado saliva,água mineral, amido e iodo. Como pode-se ser analisado na figura 6. Figura 6. Béquer de controle e béquer contendo saliva, amido e iodo. Fonte: Do Autor, 2023. A mistura de saliva, água,amido e iodo resultou em uma mudança de coloração devido à presença de amilase na saliva. A amilase é uma enzima encontrada na saliva que ajudou a quebrar os amidos nas moléculas menores, como açúcares simples. Quando a amilase entrou em contato com o amido e iniciou-se a sua digestão, ocorreu uma reação química que levou à liberação de açúcares simples. Quando o iodo entrou em contato com o amido, formou-se um complexo de coloração azul-escura. No entanto, à medida que a amilase da saliva quebrou o amido em açúcares simples, o iodo não formou mais o complexo azul-escura, resultando em um lilás acinzentado. Quando misturou saliva, água, amido e iodo, a presença da amilase na saliva acabou degradando o amido presente na mistura, impedindo a formação da coloração azul-escura característica do complexo de iodo com amido. Portanto, a mudança de coloração ocorre devido à atividade da amilase na saliva que transforma o amido em açúcares, alterando a forma como o iodo interage com a mistura. 4.3. Catalase A catalase é uma enzima que catalisa a decomposição do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. Essa reação é geralmente irreversível, uma vez que a quebra do peróxido de hidrogênio resulta em produtos estáveis.Primeiramente colocou-se o peróxido de hidrogênio na placa que continha batata crua e na outra que continha o fígado cru, onde houve uma espumação. Em seguida cozinhou o fígado e a batata, onde adicionou o peróxido de hidrogênio em ambos também, onde nenhum dos dois espumou depois de serem recozida novamente. Como mostra a figura 7. Figura 7. Placa de petri contendo fígado cru e assado e placa petri contendo batata crua e cozida ambos com peróxido de hidrogênio. Fonte: Do Autor, 2023. No fígado cru, as células contêm estruturas chamadas peroxissomos, onde se localiza a enzima peroxidase (catalase, que é uma enzima oxidativa, da classe Oxidorredutases ). Ao introduzir água oxigenada em um fragmento de fígado cru, a catalase presente desencadeia a rápida decomposição do peróxido de hidrogênio (água oxigenada), liberando instantaneamente gás oxigênio (O2) e causando efervescência. Isso acontece porque as enzimas procuram rotas alternativas para a reação, que possuam uma energia de ativação menor, resultando em uma reação mais veloz. Como mostra a figura 8. Figura 8. Reação catalisada pela catalase. Fonte; Google imagens. No entanto, quando o fígado é cozido, as altas temperaturas podem desnaturar as proteínas presentes no fígado, incluindo a catalase. A desnaturação das proteínas envolve uma mudança na estrutura tridimensional das proteínas, o que pode levar à perda da atividade enzimática. Portanto, no fígado cozido, a catalase ficará inativa ou em uma forma alterada. Isso resultou em uma reação menos eficiente do peróxido de hidrogênio com o fígado cozido, uma vez que a enzima catalase não esteve disponível para acelerar a decomposição do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio,tornando a ocorrência com o peróxido de hidrogênio menos evidente ou mesmo inexistente. Em contraste, o fígado cru teve uma quantidade maior de catalase ativa, permitindo que a reação com o peróxido de hidrogênio ocorresse mais rapidamente e de maneira mais evidente. Assim como fígado cru, o peróxido de hidrogênio (H2O2) reage mais prontamente com a batata crua do que com a batata cozida devido à presença da enzima catalase (classe Oxidorredutases) na batata crua. Quando a batata crua é cortada, as células são rompidas, permitindo que a enzima catalase entre em contato com o peróxido de hidrogênio. Isso levou à rápida decomposição do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, resultando em bolhas de gás sendo liberadas. É por isso que se observa a efervescência quando peróxido de hidrogênio é aplicado sobre batata crua. No entanto, quando a batataé cozida, as altas temperaturas desnaturam as proteínas, incluindo a catalase. A desnaturação das proteínas altera sua estrutura tridimensional e, muitas vezes, resulta na perda de atividade enzimática. Portanto, em uma batata cozida, a catalase estará em grande parte inativa, e a reação de decomposição do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio ocorrerá a uma taxa muito menor, se ocorrer. 4.4.Atividade de Invertase A invertase é uma enzima que catalisa a hidrólise da sacarose ( classe Hidrolases) em glicose e frutose. Essa reação é reversível, mas a direção da reação dependerá das concentrações relativas dos produtos e reagentes.O DNS (ácido 3,5-dinitrossalicílico) é um reagente químico frequentemente usado em análises laboratoriais para detectar a presença de açúcares redutores, como glicose, frutose e outros carboidratos que têm a capacidade de doar elétrons em reações de oxirredução. Podendo ser observado na 9 abaixo. Figura 9. Esquema de ocorrência de verificação de açúcares redutores empregando-se o DNS. Fonte: Google imagens. O DNS é especialmente utilizado para avaliar a atividade de enzimas que quebram carboidratos, como a invertase, amilase e outras. Quando essas enzimas agem sobre seus substratos, podem quebrar as ligações glicosídicas presentes nos açúcares, formando produtos que incluem açúcares redutores. O teste do DNS é baseado na reação entre os açúcares redutores e o reagente DNS em condições alcalinas, que resultam na formação de um complexo colorido. A cor varia do verde ao marrom, dependendo da quantidade de açúcares redutores presentes. Esse teste é comumente utilizado para monitorar a atividade de enzimas que quebram ligações glicosídicas em soluções contendo substratos como amido, sacarose e outros carboidratos complexos.No primeiro tubo, foi colocado solução da amostra contendo invertase e solução tamponada de sacarose, onde levou o tubo ao b banho maria a 37 °C por 10 minutos. Em seguida adicionou-se o DNS. Representado pela figura 10 abaixo. Figura 10. Ação da invertase na sacarose. Fonte: Do Autor, 2023. No tubo que contém a sacarose e foi colocado em um banho-maria a 100 °C por 10 minutos, a invertase estava ativa e quebrou a sacarose em glicose e frutose. Isso resultou na formação de mais açúcares redutores na solução, os quais reagiram. Portanto, a diferença de coloração entre os tubos a 100 °C e a 37 °C está diretamente relacionada à atividade da enzima invertase e à formação de produtos de degradação da sacarose que reagem com o reagente DNS para formar o complexo colorido.Já no primeiro tubo, aquecido a 37 °C sem a diluição da sacarose, uma coloração menos intensa foi obtida. Isso sugere que tanto a temperatura quanto a concentração eram adequadas para a atividade da enzima. Como resultado, a taxa de degradação da sacarose pela enzima foi relativamente lenta.Por outro lado, no tubo intermediário, que continha a solução de sacarose diluída e foi aquecido a 37 °C, a temperatura não era ideal para a atividade da invertase. No entanto, devido à diluição da solução de sacarose, a enzima conseguiu degradar a sacarose em um ritmo comparativamente mais rápido do que no primeiro tubo. Isso resultou em uma coloração alaranjada, indicando que a sacarose estava sendo gradualmente degradada. 5. CONCLUSÃO Os resultados do experimento forneceram evidências substanciais das capacidades das enzimas analisadas. A bromelina e a papaína se destacaram como enzimas proteolíticas altamente eficazes em termos da quebra das ligações proteicas, demonstrando sua habilidade degradante sobre a gelatina. Em relação à amilase salivar, foi possível detectar as modificações estruturais no amido, indicando uma relação à quebra das ligações glicosídicas presente nesse carboidrato complexo. A eficácia da catalase foi devidamente validada no contexto de sua capacidade de oferecer proteção contra os efeitos prejudiciais do peróxido de hidrogênio.Os resultados obtidos no experimento claramente indicaram que a catalase desempenhou um papel significativo na decomposição do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, neutralizando, assim, o impacto danoso desse composto oxidante. Por outro lado, o teste do DNS (3,5-dinitrosalicílico) foi empregado como um parâmetro sensível para investigar a atividade da invertase. Esse teste, realizado em condições de alta temperatura (100°C), proporcionou uma visão detalhada da capacidade da invertase em hidrolisar a sacarose.A transformação da sacarose resultou na liberação de produtos que reagiram com o reagente DNS, gerando uma coloração que foi medida e correlacionada com a atividade da invertase. Em que a catalase exibiu sua eficácia na neutralização do peróxido de hidrogênio, evidenciando sua importância em processos antioxidantes celulares.Por sua vez, o teste do DNS desempenhou um papel fundamental em avaliar a atividade da invertase em condições térmicas extremas, proporcionando informações valiosas sobre a capacidade de hidrólise da sacarose pela enzima. 6.REFERÊNCIAS ALBERTS, B. et al. Biologia Molecular da Célula. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. BERG, J. M.; TYMOCZKO, J. L.; STRYER, L. Bioquímica. Editora Guanabara Koogan, 2002. MURRAY, R. K. et al. Harper: Bioquímica Ilustrada. Artmed Editora, 2017. NAGARAJAN, R.; DHARMALINGAM, K.; SATHIAVELU, A. Enzyme Technology. New Age International, 2005. SOUZA, GUIMARÃES, RIBEIRO.Metabolismo Celular do Peróxido de Hidrogênio: Visualização da ação da catalase a níveis microscópicos.Encontros Universitários da UFC, Fortaleza,v.4,2019.Disponível em : http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/57748#:~:text=Resumo,vivos%20durante%20o%20me tabolismo%20oxidativo . Acesso em 30 de agosto de 2023. http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/57748#:~:text=Resumo,vivos%20durante%20o%20metabolismo%20oxidativo http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/57748#:~:text=Resumo,vivos%20durante%20o%20metabolismo%20oxidativo
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