Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
01/09/2018 G_EDE_SPAH_4: Aula 12 _ Políticas educacionais relacionadas ao atendimento de alunos com AH/SD http://campus20182.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=112345 1/6 (Search Courses)Search Courses Meus cursos 1268 - Superdotação e Altas Habilidades 12 setembro - 18 setembro Aula 12 _ Políticas educacionais relacionadas ao ... Aula 12 _ Políticas educacionais relacionadas ao atendimento de alunos com AH/SD Nesta aula, vamos conhecer as políticas educacionais criadas para normatizar o atendimento aos alunos com AH/SD. http://unicolegio.com/portal/wp-content/uploads/2016/05/image149-1140x500.jpg Neideane Oliveira Gomes (G_Ede 2S17 S3) Português - Brasil (pt_br) 5 01/09/2018 G_EDE_SPAH_4: Aula 12 _ Políticas educacionais relacionadas ao atendimento de alunos com AH/SD http://campus20182.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=112345 2/6 O quadro apresenta síntese da evolução da legislação elaborada por Delou apud Cupertino (2008, p.66): Histórico da normatização e da legislação: 1929 - Primeira legislação sobre superdotação - Reforma Educacional fala em “super- normaes”. 1961 - A LDB passa a incluir os excepcionais, e H. Antipo� se lembra dos bem-dotados como parte deles. 1967 - Critérios para a identi�cação e o atendimento ao superdotado, para identi�car as “melhores cabeças”, em virtude do “milagre brasileiro”. 1971 - A Lei 5.692/1971, art. 9º, nomeia os superdotados. O artigo não é regulamentado em alguns estados, por causa de uma cultura de exclusão. 1971 - A superdotação passa a ser área prioritária da Educação Especial. 1972-74 - De�nição de classes regulares e especiais, atividades de enriquecimento. 1994 - Política Nacional da SEESP/MEC: revisão de conceitos, análise da situação, fundamentos. Declaração de Salamanca - Integração e inclusão: revisão das políticas. 1996 - Lei 9.394/1996 - reconhecimento das necessidades educacionais especiais dos PAH. 2002 - Uma política de editais gera exclusão, criando concorrência entre os projetos por �nanciamentos. 2005 - NAAH/S – Cria um novo paradigma de inclusão para todos os pro�ssionais que aceitarem participar da discussão. Segundo Pérez (2014) embora a existência de pessoas com AH/SD não seja um tema novo no cenário educacional, a preocupação das políticas públicas com essa parcela da população somente começou a manifestar-se em nosso país, por volta da década de 70. A LDBEN nº 5.692/71 faz diferenciação entre alunos superdotados e o termo “excepcionais” utilizado em 1961. Artigo 9º - Os alunos que apresentem de�ciências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as normas �xadas pelos competentes Conselhos de Educação. (BRASIL, 1971, página online) Pérez (2014, p. 629) considera como fundamental para a implementação de uma política pública educacional para os indivíduos com AH/SD a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) que revogou a sua congênere de 1971, avançando um pouco mais ao de�nir os superdotados como alunos com necessidades educacionais especiais, por força da de�nição desta população na Política Nacional de Educação Especial, formulada em 1994. No capítulo V, sobre a Educação Especial da referida lei, o artigo 58 diz: “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. Cupertino ressalta, no texto da Lei 9394/96, a reclassi�cação do aluno sempre que se �zer adequada e dentro dos seus interesses: 01/09/2018 G_EDE_SPAH_4: Aula 12 _ Políticas educacionais relacionadas ao atendimento de alunos com AH/SD http://campus20182.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=112345 3/6 No artigo 24, alínea c, inciso II, está garantida a inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino, “independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que de�na o grau de desenvolvimento e experiência do candidato”; e no inciso V expõe sobre a possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante veri�cação do aprendizado. A “aceleração para concluir em menos tempo o programa escolar para os superdotados” está prevista no inciso II do artigo 59.(CUPERTINO, 2008, p. 68) Portanto, nesse documento os alunos com AH/SD, inseridos na categoria de alunos com necessidades educacionais especiais tem assegurado atendimento diferenciado em face as suas necessidades. Para Pérez (2014): No novo milênio, encontramos documentos mais claros ainda, tais como o Plano Nacional de Educação (Lei 10.172/01) que, além de reconhecer a precariedade das estatísticas o�ciais quanto aos alunos com AH/SD, de�ne como uma de suas metas e objetivos: “implantar gradativamente, a partir do primeiro ano deste plano, programas de atendimento aos alunos com altas habilidades nas áreas artística, intelectual ou psicomotora” (BRASIL, 2001), e as Diretrizes Nacionais de Educação Especial na Educação Básica (Parecer Nº 17 e Resolução Nº 2) (BRASIL, 2002), que especi�cam o tipo de atendimento que os alunos com AH/SD devem receber. (PÉREZ, 2014, p. 629) O Parecer CNE/CEB 17/2001 que determina as diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica os de�ne como alunos com necessidades educacionais especiais porque demonstram: Altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes e que, por terem condições de aprofundar e enriquecer esses conteúdos, devem receber desa�os suplementares em classe comum, em sala de recursos ou em outros espaços de�nidos pelos sistemas de ensino, inclusive para concluir, em menor tempo, a série ou etapa escolar.(MEC- CNE/CEB 17/2001) Pérez (2014, p. 629) menciona a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) que incorpora importantes mudanças, especialmente no que se refere à troca paradigmática da integração para a inclusão; ao público-alvo; agora composto por alunos com de�ciência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades/Superdotação; à ampliação do espectro de atuação da Educação Especial da Educação Infantil até o Ensino Superior, antes limitado ao ensino básico e à oferta de atendimento educacional especializado (AEE) em todos os níveis e modalidades de ensino. A autora destaca que o Decreto Nº 6571/08 vem reforçar o que a Política já havia estipulado, destinando aos alunos com necessidades educacionais especiais o dobro dos recursos do FUNDEB repassados às escolas que ofereçam AEE, e o Parecer Nº 13 e a Resolução Nº 4 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica instituem as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado, especi�cando como, quando, onde e quem o oferecerá. (p. 629). O Decreto nº 6571/08 de�ne que: Art. 1o A União prestará apoio técnico e �nanceiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na forma deste Decreto, com a �nalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com de�ciência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular. § 1 º Considera-se atendimento educacional especializado o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. 01/09/2018 G_EDE_SPAH_4: Aula 12 _ Políticas educacionais relacionadas ao atendimento de alunos com AH/SD http://campus20182.unimesvirtual.com.br/mod/page/view.php?id=112345 4/6 § 2o O atendimento educacional especializado deveintegrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. (BRASIL, Decreto nº 6571/2008) Em 17 de novembro de 2011, o decreto foi substituído pelo de Nº 7611/11, que “dispõe sobre a Educação Especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências” (BRASIL, 2011), mantendo basicamente as mesmas disposições que o Decreto 6571/08, no que se refere às AH/SD. (PEREZ, 2014, p. 629) O atendimento educacional especializado para alunos com AH/SD deverá ser “suplementar à formação”. Também determina que a oferta do atendimento seja ampliada a esses estudantes, por meio da União que deverá prestar “apoio técnico e �nanceiro aos sistemas públicos de ensino de Estados, Municípios e Distrito Federal, e a instituições comunitárias, confessionais ou �lantrópicas sem �ns lucrativos”(BRASIL, Decreto Nº 7.611/11). REFERÊNCIAS: BRASIL. Lei 10.172, de 09 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Brasília: MEC, 2001. _____. Lei 5692, de 11 de agosto de 1971. Fixa as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º grau e dá outras providências. Brasília, DF: Diário O�cial da União, 1971. _____. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Diário O�cial da União, 1996. _____ Lei nº 7.611/11, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm CUPERTINO, C. M. B. (org.) Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos - Secretaria da Educação, CENP/CAPE. São Paulo - FDE, 2008. 87 p. Disponível em: http://www.christinacupertino.com.br/arquivos/Altas_habilidades.pdf MEC - Parecer CNE/CEB nº 07/2001 - Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB017_2001.pdf PÉREZ, S. G. P. B., FREITAS, S. N., Políticas públicas para as Altas Habilidades/Superdotação: incluir ainda é preciso. Revista Educação Especial. V. 27, nº 50. Set/dez 2014. Santa Maria, Disponível em https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/14274 Última atualização: quarta, 21 Mar 2018, 15:54 Atendimento
Compartilhar