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Os Processos Básicos Psicológicos

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RESUMO
Análise dos processos psicológicos básicos. A Psicologia é uma dessas ciências. Inúmeras teorias procuram esclarecer os temas ligados à mente humana. Nesse trabalho pretendemos abordar o tema Processos Psicológicos Básicos que, em síntese, referem-se aos processos cognitivos, afetivos e sociais que proporcionam ao ser humano o relacionar-se com o meio e consigo mesmo rumo ao sua adaptação e desenvolvimento. 
Desde os primórdios da humanidade procura-se compreender como funciona a mente humana, chamada inicialmente de “alma”. Os filósofos gregos foram os primeiros pensadores a questionar em busca de respostas à questões ligadas ao conhecimento, a percepção, ao pensamento. Nos dias de hoje, apesar dos grandes avanços da ciência, os questionamentos continuam os mesmos. Muitas ciências tem se debruçado sobre essa tarefa – conhecer o ser humano.
Falaremos dos assim chamados processos psicológicos elementares ou básicos (sensação, percepção, atenção e memória) e dos processos psicológicos superiores (aprendizagem, pensamento, linguagem, motivação, emoção e personalidade). 
Palavras-chave: Psicologia, processos psicológicos, mente.
ÍNDICE
1.0 INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PÁG. 01
2.0 SENSAÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 02
2.1 PERCEPÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 02
2.2 PSICOLOGIA DA GESTALT-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 03
2.3 PRINCÍPIOS DA GESTALT---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 04
3.0 APRENDIZAGEM--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PÁG. 05
3.1 TEÓRICOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA O ENTENDIMENTO DA APRENDIZAGEM------------------------------------ PÁG. 06
4.0 MEMÓRIA-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 07
4.1 MEMÓRIAS BIOLÓGICAS---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 08
4.2 BASES ANATOMIA DA MEMÓRIA----------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 08
4.3 MEMÓRIA DE LONGO PRAZO---------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 09
4.4 FATORES RELACIONADOS COM A PERDA DA MEMÓRIA-----------------------------------------------------------------------PÁG. 10
4.5 OUTROS FATORES-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 10
4.6 A MEMÓRIA E O OLFATO --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 11
5.0 PENSAMENTO-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 11
6.0 LINGUAGEM---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 12
7.0 MOTIVAÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 13
7.1 ALGUMAS DEFINIÇÕES DE MOTIVAÇÕES---------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 14
8.0 EMOÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PÁG. 15
9.0 PERSONALIDADE--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 16
9.1 ASPECTOS GERAIS DA PERSONALIDADE----------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 17
10 CONCLUSÃO--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PÁG.17
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS----------------------------------------------------------------------------------------------------------PÁG. 18
 
1.0 - INTRODUÇÃO 
Desde inicio do século passado o ser humano juntamente com o auxilio de ferramentas cientificas mudou a sua percepção de como ocorrem os processos psicológicos básicos. Acreditava se que o meio externo era necessariamente responsável por todas as emoções reações e pelos processos psíquicos básicos, mas isto sofreu uma grande alteração quando foi concluído que tais processos poderiam ser estudados de internamente para externamente, compreendeu se que o cérebro era um grande detentor de responsabilidades ao nos referimos dos processos psicológicos básicos e que as relações do individuo em suas vivencias seriam de grande influência para o estudo da mente humana. 
 A arte e virtudes despertadas no Homem iniciam os mecanismos do campo psicológico e racional: o” Pensar”. Em seguida o "Existir", como disse René Descartes:” Penso, logo existo”. Em sua publicação clássica "O Discurso do Método", logo na introdução, ele diz claramente:” Para bem conduzir a própria razão é procurar a verdade nas ciências". Assim, o Homem começa a validar seu lugar no mundo; suas verdades e comprova -las. Cada vez mais a racionalização vai aumentando, ganhando espaço, que por sua vez, o método da dúvida é aplicado, aguçando as funções mentais como sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem, motivação e aprendizagem. 
Os processos psicológicos básicos referem-se a praticamente tudo que nos constitui como indivíduos: sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem, motivação, emoção, aprendizagem etc.
Contudo, cada aluno integrante se responsabilizará devidamente pelo material e pelas informações. Sendo apresentado respectivamente em sala de aula na data e hora marcada, em virtude de determinação do Professor.
Página 01
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
2.0 - SENSAÇÃO
Sensação é um processo inicial de detecção e codificação da energia ambiental. As sensações em si referem-se a certas experiências imediatas, fundamentais e diretas, ou seja, relacionam-se à consciência de qualidade e atributos vinculados ao ambiente físico, tais como duro, quente, ruidoso, vermelho, etc., geralmente produzido por estímulos simples, fisicamente isolados. 
São as sensações que nos relacionam com nosso próprio organismo, com o mundo exterior e com as coisas que nos rodeiam. O conhecimento do mundo exterior resulta das sensações dele captadas e quanto mais desenvolvidos forem os órgãos dos sentidos se o sistema nervoso do for humano, mais delicadas e mais variadas serão as nossas sensações.
 A sensação é o que permite o ser humano, relacionar-se com o meio, com o próprio corpo e compreende como este corpo se posiciona em relação ao meio. É um processo ativo, pois a simples produção do estímulo pode ser suficiente à geração de sensação. Podemos considerar que, sensação consiste na capacidade que os organismos têm de reagir a certos aspectos das energias físicas e químicas do ambiente e criar um código, para processamento no sistema nervoso.
2.1 - PERCEPÇÃO
 Podemos definir percepção como a capacidade dos organismos captarem informações no ambiente, analisá-los emdiversas etapas do processamento, relacioná-las com informações já existentes no organismo, e combiná-las com outras funções cognitivas de maneira a permitir que o organismo opere no ambiente.
A percepção é um dos principais temas da psicologia científica, tanto do ponto de vista histórico, como da abrangência de seu campo de estudos. Em 1879, Wilhelm Wundt (1832-1920), o pai da psicologia científica, fundou em Leipzig, o primeiro laboratório de psicologia experimental, no qual estudou principalmente a percepção humana. 
A percepção constitui-se num campo muito abrangente da psicologia, já que sempre há estímulos externos e internos responsáveis pelos comportamentos dos organismos. A percepção é a porta de entrada para toda a informação que recebemos e processamos. A preocupação da Psicologia é com a percepção humana, onde a maior parte dos estudos da ênfase à percepção visual, em detrimento dos outros sentidos. 			 Página 02
 A função do cérebro é mais do que registrar informações sobre o mundo. A percepção não é apenas a impressão de uma imagem do cérebro. Nós estamos constantemente, filtrando informações sensoriais e inferindo percepções que façam sentido para nós. A mente exerce papel fundamental neste contexto. Temos partido do princípio de que o termo sensação refere-se à experiência sensorial iniciada por um estímulo externo cuja origem está nos mecanismos biológicos dos sentidos, tais como audição ou a visão. Diferentemente, a percepção relaciona-se à interpretação que o sistema cognitivo, principalmente o cérebro, tem da sensação recebida ou que ele mesmo é capaz de produzir (GAZZANIGA; IVRY, MANGUN, 2006).
SENSAÇÃO: processo de captação dos estímulos externos, isto é, experiências associadas com estímulos simples. (ex. luz vermelha piscando).
PERCEPÇÃO: interpretação significativa das sensações. (é um carro de bombeiros).
Tanto a sensação quanto a percepção unem-se em um processo contínuo. A sensação não é apenas um processamento inferior, e a percepção não é um processamento superior. Os psicólogos que estudam a audição têm relacionado à exposição excessiva ao barulho às deficiências auditivas específicas. Saber como ocorrem os processos de sensação e percepção facilita a leitura dos psicólogos em relação aos indivíduos, ajudando na resolução de problemas.
2.2 - PSICOLOGIA DA GESTALT
Surgiu em parte com uma reação ao estruturalismo. Teve início por volta de 1910, na Alemanha. Opunha-se a ideia estruturalista de que a percepção é uma combinação de sensações individuais que se podem reduzir a elementos simples e individuais. De acordo com os psicólogos da Gestalt, o estruturalismo ignorou um fator significativo da percepção, a relação entre os estímulos.
 A teoria da Gestalt em suas análises estruturais encontrou determinadas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e ideias. Essas leis teriam conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, relacionado aos processos de percepção visual. As leis da Gestalt nos dizem sobre como vemos, organizamos como percebemos. A percepção da Gestalt teve seus critérios apresentados pela primeira vez em 1890 na Áustria.								 Página 03
2.3 - PRINCÍPIOS DA GESTALT
Pregnância da forma: tendemos a ver uma figura tão boa, quanto possível sob condições de estímulos, denominada “boa forma”. Ambiguidades nas relações figura-fundo – o mesmo estímulo pode disparar mais de uma percepção.
Agrupamento: ao identificar a figura realçada do fundo, fazemos a organização em uma forma significativa, baseados em aspectos tais como: cor, movimento e contrastes entre claro e escuro. Um dos aspectos da percepção de objetos envolve separar agrupamentos de elementos e trata-los com uma unidade.
Similaridade: agrupamos em conjuntos elementos semelhantes. Elementos visuais como cores, formas ou texturas similares são vistos como agrupados.
Proximidade: a percepção pode agrupar também em função da distância, percebendo elementos próximos como uma unidade. Nossa mente funciona reunindo em grupos as figuras que são próximas.
Fechamento: obtém-se uma sensação de fechamento visual da forma pela continuidade, numa ordem estrutural definida. Por meio de agrupamento de maneira a constituir a figura total mais fechada ou mais completa.
Figura/fundo: o conceito básico dessa teoria é ilusão de óptica. Tendemos a organizar as percepções do objeto observado, no fundo quanto o qual ele se destaca. A figura parece ser mais substancial e destaca-se do fundo. Sendo que estamos constantemente alternando figura e fundo. Essa alternância é tão rápida que parece que conseguimos ver ambas ao mesmo tempo. Os objetos que estão próximos refletem mais luz para os olhos. Dois objetos idênticos, o objeto mais escuro parece estar mais distante.
Continuidade: elementos visuais que permitem que linhas, curvas ou movimentos continuem em uma direção já estabelecida tendem a ser agrupados. 
Embora o meio ambiente contribua significativamente para a percepção, aquilo que é percebido depende também de experiências, fisiologia e capacidades construtivas do sujeito que percebe. 
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3.0 - APRENDIZAGEM
Processo de aquisição de novos conhecimentos através de experiências vivenciadas, pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos ou valores são adquiridos e determinados por fatores internos e externos que resultam na modificação do comportamento humano, e que dependem de condições essenciais, tais como: mentais, físicas, sensoriais e sociais para se desenvolverem. A aprendizagem é um dos temas mais estudados pela Psicologia da aprendizagem, pois praticamente todo comportamento e todo conhecimento humano é aprendido.
A aprendizagem é crucial no desenvolvimento do homem (VYGOTSKY, 1989), como espécie e como ser que, ao longo de milhares de anos, avançou de uma realidade primitiva para construir civilizações, descobrir importantes conhecimentos científicos, viver novas formas de interações sociais, tornando mais complexos a si mesmo e ao mundo ao seu redor. É um processo tão importante para o sucesso da sobrevivência do homem que foram organizados meios educacionais e escolas para tornarem a aprendizagem mais eficiente. As tarefas a serem aprendidas são tão complexas e importantes que não podem ser deixadas para obra do acaso. As tarefas que os seres humanos são solicitados a aprender, como, por exemplo, somar, multiplicar, ler, usar uma escova de dente, datilografar, demonstrar atitudes sociais etc., não podem ser aprendidas naturalmente.
Aprender traz consigo a possibilidade de algo novo, incorporado ao conjunto de elementos que formam a vida do indivíduo, relacionando-se com a mudança dos conhecimentos que ele já possui. Traz também a perspectiva de algo específico para cada pessoa, ou seja, ninguém aprende pelo outro, assim como ninguém aprende da mesma forma. Cada ser humano é singular em sua formação individual, mas, ao mesmo tempo, necessita dos outros para aprender e, portanto, para constituir a si. Eis um dos grandes desafios para quem pesquisa ou atua com a temática da aprendizagem.
Aprendizagem e memória estão conectadas intimamente, podemos dizer que a maior parte do que sabemos sobre nossa realidade, não nasceu conosco, mas foi aprendido por meio da experiência, da atividade e mantido pela nossa memória. Somos o quem somos, em grande parte, pela capacidade de aprender e lembrar.
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3.1 - TEÓRICOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA O ENTENDIMENTO DA APRENDIZAGEM
John Watson - Considerava que os comportamentos eram aprendidos, mesmo em se tratando de reações emocionais ou instintivas. Para ele, as reações instintivas eram representadas basicamente pelo medo, ódio e amor, os quais estariam, como outras formas de expressão, associados à ação de estímulos.
B. F. Skinner – Acreditava que eventos/comportamentos de caráter mental como o pensar, sentir, ouvir, ver, dentre outros, não são úteis para explicar a conduta humana. Embora não negue a existência desses eventos mentais, sua teoria defendeque o ser humano é controlado por influências externas (meio) e não por processos internos. A determinação da ação humana a partir do ambiente é explicada pela ideia de seleção por consequência, ou seja, o ambiente seleciona entre os tipos de relação do indivíduo, qual delas é mais vantajosa para ele, mais adaptativa. Essa visão diferencia substancialmente as ideias de Skinner da visão watsoniana.
Jean Piaget - A aprendizagem se define como um processo de equilibração constante. Para efetivar a aprendizagem seriam necessárias, então atividades que desafiassem a criança e provocassem desequilíbrio em seus esquemas internos para que só então esta fosse capaz de reequilibrar-se através de seus processos mentais, provocando descobertas. A sucessão de tais processos seria responsável por construir novos conhecimentos. Essa proposta de aprendizagem pressupõe uma importante noção: de que a criança é um sujeito ativo no processo de aquisição cognitivo. Ela é quem compreende os desafios do mundo ao redor e quem os desvenda. Ademais, o objetivo estabelecido pela educação de fundo piagetiano busca, sobretudo, criar um ser humano criativo e inventivo, independente no seu modo de agir e de pensar.
Vygotsky - O desenvolvimento cognitivo do indivíduo se dá por meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros indivíduos e com o meio. Para substancialidade, no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas ativamente trocando experiência e ideias. A interação entre os indivíduos possibilita a geração de novas experiências e conhecimento. A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de instrumentos e signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo próprio autor. Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma coisa para o indivíduo, como a linguagem falada e a escrita, é mediada pela interação entre a linguagem e a ação. 
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Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que seria a distância existente entre aquilo que o sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o sujeito possui potencialidade para aprender, seu conhecimento potencial. Dessa forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da ZDP, onde o conhecimento real é aquele que o sujeito é capaz de aplicar sozinho, e o potencial é aquele que ele necessita do auxílio de outros para aplicar.
4.0 - MEMÓRIA
A memória (do latim memorĭa) é a faculdade psíquica através da qual se consegue reter e (re) lembrar o passado. A palavra também permite referir-se à lembrança/recordação que se tem de algo que já tenha ocorrido, e à exposição de fatos, dados ou motivos que dizem respeito a um determinado assunto.
Ou é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar (evocar) informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memoria biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memoria artificial). Também é o armazenamento de informações e fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas. Focaliza coisas especificas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. 
É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas ideias, ajudando a tomar decisões diárias. 
Os neurocientistas (psiquiatras, psicólogos e neurologistas) distinguem memória Declarativa e Não-declarativa. A memória declarativa, grosso modo, armazena o saber que algo se deu, e a memória não-declarativa o como se deu. 
A memória declarativa ou de curto prazo, é aquela que pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos, etc.) e é mais facilmente adquirida, mas também mais rapidamente esquecida. Para abranger animais (que não falam e logo não declaram, mas obviamente lembram), essa memória é chamada é chamada explicita. Memorias explicitas chegam ao nível consciente. Esse sistema de memória está associado com estruturas do lobo temporal medial. Exemplos: hipocampo, amigdala.
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Distinguem dois tipos de memória declarativas; a memória episódica e a memória semântica. São instâncias de memória episódica as lembranças de acontecimentos específicos. São instancias da memória semântica as lembranças de aspectos gerais. 
A memória não-declarativa ou implícita ou procedural, incluir procedimentos motores (como andar de bicicleta, desenhar com precisão ou quando nos distraímos e vamos no “piloto automático” quando dirigimos). Essa memória depende dos gânglios basais (incluindo o corpo estriado) e não atinge o nível de consciência. Ela em geral requer mais tempo para ser adquirida, mas é bastante duradoura.
Memoria, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida.
4.1 - MEMÓRIAS BIOLÓGICAS
Memória de curto prazo: é a memória com duração de alguns segundos ou minutos. Neste caso existe a formação de traços de memória. O período para a formação destes traços chama - se “Período de consolidação”. Um exemplo desta memória é a capacidade de lembrar eventos recentes que aconteceram nos últimos minutos.
Memória de longo prazo: é a memória com duração de dias, meses e anos. Um exemplo são as memórias do nome e idade de alguém quando se reencontra essa pessoa alguns dias depois. Como engloba um tempo muito grande pode ser diferenciada em alguns textos como memória de longuíssimo prazo quando envolve memória de muitos anos atrás.
Memória de procedimentos: é a capacidade de reter e processar informações que não podem ser verbalizadas, como tocar um instrumento ou andar de bicicleta. Ela é mais estável, mais difícil de ser perdida.
4.2 - BASES ANATOMIA DA MEMÓRIA
Hoje é possível afirmar que a memória não possui um único locus. Diferentes estruturas cerebrais estão envolvidas na aquisição, armazenamento e evocação das diversas informações adquiridas por aprendizagem. 
Memória de curto prazo: depende do sistema límbico envolvido nos processos de retenção e consolidação de informações novas. 
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Hoje em dia também se supõe que a consolidação temporária da informação envolve estruturas como o hipocampo, a amigdala, o córtex entorrinal e o  giro para-hipocampal sendo depois transferida para as áreas de associação do  neocortex parietal e temporal. As vias que chegam e que saem do hipocampo também são importantes para o estudo da anatomia da memória. Inputs (que chegam) são constituídos pela via fímbria-fórnix ou pela via perfurante. Importantes projeções de CA1 para os córtices subiculares adjacentes fazem parte dos outputs (que saem) do hipocampo. Existem também duas vias hipocampais responsáveis por interconexões do próprio sistema límbico, como o Circuito de Papez (hipocampo, fórnix, corpos mamilares, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e amígdala), e a segunda via projeta-se de áreas corticais de associação, por meio do giro do cíngulo e do córtex entorrinal, para o hipocampo que, por sua vez, projeta-se através do núcleo septal e do núcleo talâmico medial para o córtex pré-frontal, havendo então o armazenamento de informações que reverberam no circuito ainda por algum tempo.
Memória de trabalho: compreende um sistema de controle de atenção (executiva central), auxiliado por dois sistemas de suporte (Alça Fonológica e Bloco de Notas Visuoespacial) que ajudam no armazenamento temporário e na manipulação das informações. O executivo central tem capacidade limitada e função de selecionar estratégias e planos, tendo sua atividade relacionada ao funcionamento do lobo frontal, que supervisiona as informações. Também o cerebelo está envolvido no processamento da memória operacional, atuando na catalogação e manutenção das sequências de eventos, o que é necessário em situações que requerem o ordenamento temporal de informações. O sistema de suporte vísuo-espacial tem um componente visual, relacionado à região occipital e um componente espacial, relacionado a regiões do lobo parietal. Já no sistema fonológico, a articulação subvocal auxilia na manutençãoda informação; lesões nos giros supramarginal e angular do hemisfério esquerdo geram dificuldades na memória verbal auditiva de curta duração. Esse sistema está relacionado à aquisição de linguagem.
4.3 - MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
Memória explicita: depende de estruturas do lobo temporal medial (incluindo o hipocampo, o córtex entorrinal e o córtex para-hipocampal) e do diencéfalo. Além disso, o septo e os feixes de fibras que chegam do prosencéfalo basal ao hipocampo também parecem ter importantes funções. Embora tanto a memória episódica como a semântica dependam de estruturas do lobo temporal medial, é importante destacar a relação dessas estruturas com outras. 											 Página 09
Por exemplo, pacientes idosos com disfunção dos lobos frontais têm mais dificuldades para a memória episódica do que para a memória semântica. Já lesões no lobo parietal esquerdo apresentam prejuízos na memória semântica.
4.4 - FATORES RELACIONADOS COM A PERDA DA MEMÓRIA
Amnesia: é a perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações. Qualquer processo que prejudique a formação de uma memória em curto prazo ou a sua fixação em memória em longo prazo pode resultar em amnésia. As amnésias podem ser classificadas em amnésia orgânica causada por distúrbios no funcionamento das células nervosas, através de alterações químicas, traumatismos ou transformações degenerativas que interferem nos processos associativos acarretando uma diminuição na capacidade de registrar e reter informações, ou amnésia psicogênica resultante de fatores psicológicos que inibem a recordação de certos fatos ou experiências vividas. 
Em linhas gerais, a amnésia psicogênica atua para reprimir da consciência experiências que causam sofrimento, deixando a memória para informações neutras intacta. Neste caso, pode-se afirmar que a pessoa decide inconscientemente esquecer o que a fazer sofrer ou reviver um sofrimento. Em casos severos, quando as lembranças são intoleráveis, o indivíduo pode vivenciar a perda da memória tanto de fatos passados quanto da sua própria identidade. As amnésias podem ainda ser divididas em termos cronológicos, em amnesia retrógada e amnesia anterógrada. A amnésia retrógrada é a incapacidade de recordar os acontecimentos ocorridos antes do surgimento do problema, enquanto a amnésia anterógrada é à incapacidade de armazenar novas informações em longo prazo. 
A depressão é a causa mais comum, porém a menos grave. Denomina-se depressão uma doença psiquiátrica que inclui perda do ânimo e tristeza profunda superior ao mal causado pelas circunstâncias da vida.
Doença de Alzheimer: uma porção significativa da população acima dos 50 anos sofre de alguma forma de demência. A mais comum é a doença de Alzheimer, na qual predomina a perda gradativa da memória, pois ocorrem lesões inicialmente nas áreas cerebrais responsáveis pela memória declarativa, seguidas de outras partes do cérebro.
4.5 - OUTROS FATORES
A doença de Parkinson, nos estágios mais severos, o alcoolismo grave, uso abusivo da cocaína ou de outras drogas, lesões vasculares do cérebro (derrames), o traumatismo craniano repetido e outras doenças mais raras também causam quadros de perda de memória.
Página 10
4.6 - A MEMÓRIA E O OLFATO 
As memórias que incluem lembrança de odores têm tendência para serem mais intensas e emocionalmente mais fortes. Um odor que tenha sido encontrado só uma vez na vida pode ficar associado a uma única experiência e então a sua memória pode ser evocada automaticamente quando voltamos a reencontrar esse odor. E a primeira associação feita com um odor parece interferir com a formação de associações subsequentes. É o caso da aversão a um tipo de comida.
A aversão pode ter sido causada por um mal-estar que ocorreu num determinado momento apenas por coincidência, nada tendo a ver com o odor em si; e, no entanto, será muito difícil que ela não volte sempre a aparecer no futuro associada a esse odor. No caso das associações visuais ou verbais, há uma interferência retroativa. Estas podem ser facilmente perdidas quando uma nova associação surge (por exemplo, depois de memorizarmos o novo número do nosso celular, torna-se mais difícil lembrarmo-nos do antigo).
5.0 - PENSAMENTO
É a capacidade de compreender, formar conceitos e organizá-lo.  Estabelece relações entre os conceitos por meio de elementos de outras funções mentais (como as vistas anteriormente), além de criar novas representações, ou seja, novos pensamentos. O pensamento possibilita a associação de dados e sua transformação em informação estando consequentemente associado com a resolução de problemas, tomadas de decisões e julgamentos.
É fato que o pensamento é invisível. Não podemos vê-lo ou tocá-lo. Por esta dificuldade, a psicologia teve que criar e elaborar formas de estudo: a introspecção de Wundt, a associação livre de Freud, o teste de associação de palavras de Jung, o modelo cognitivo na terapia cognitiva.
Em uma fase de nossa vida, podemos ter e manter pensamentos equilibrados, positivos, belos, amorosos. Em outra fase, podemos pensar o contrário disso. E, portanto, é simples de notar como os nossos pensamentos influenciam no modo como vivemos.
Outro ponto fundamental é que o pensamento parece ter a qualidade de ser como uma entidade viva, com uma força para realizar ou tentar realizar a ideia de origem. Em outras palavras, se eu começo a pensar que tenho capacidade e começo a pensar nisso frequentemente e com vontade, parece que eu crio a capacidade. Agora, se eu penso que não sou capaz, este pensamento igualmente parece ter a força de me fazer incapaz. Página 11
É como diz Henry Ford: “Se você pensa que pode ou se você pensa que não pode, de qualquer forma você está certo”. 
Por isso, de uma maneira ou de outra, a psicologia clínica tem como finalidade a alteração no modo de pensar. Desde o Wo es was soll Ich werden do Freud até a mudança no modelo cognitivo da psicologia cognitiva.
6.0 - LINGUAGEM
A Linguagem é a capacidade de receber, interpretar e emitir informações ao ambiente. Por meio da linguagem podem-se trocar informações e desenvolver formas de compreensão e de expressão. A linguagem reflete a capacidade de pensamento, então se uma pessoa tiver um transtorno de pensamento sua linguagem poderá ser prejudicada. Junto aos processos cognitivos é que a linguagem se desenvolve e se as habilidades das funções mentais são crescentes assim os recursos lingüísticos também serão.
A linguagem é um conceito que muito interessa a Psicologia, andando lado a lado com ela e vista em várias vertentes desta ciência. Uma dessas vertentes que se preocupa em compreender e se utiliza do conceito de linguagem em seu estudo e prática é a Psicologia Social.
Percebe-se que vários de seus conceitos derivam ou se produzem através da linguagem. Alguns exemplos são: percepção social, formação de identidade, subjetividade, cognição social, representações sociais, estereótipos, atitudes, processo grupal, etc. Todos estes conceitos, quando analisados a fundo, têm em suas bases a linguagem, pois, é a partir dela e de seus vários símbolos que os indivíduos passam a compreender o mundo e a si mesmos.
A linguagem é para o Psicólogo, o instrumento principal do seu exercício profissional. Conhecer sobre a maneira como o ser humano adquire a linguagem, sobre seu desenvolvimento, as condições biológicas, seu uso e suas funções, além da influencia sobre a ação e a construção do sujeito, é fundamental para poder desenvolver uma boa avaliação psicológica bem como das diferentes aplicações que poderá ter no espaço terapêutico como a narrativa, os contos, as metáforas, etc. 
Página 12
A linguagem é o que permite ao homem a comunicação com outros e também é a forma de elaborar seus pensamentos, ideias, fazer planejamentos, entre tantas outras funções. A linguagem é um instrumento de comunicação e deconhecimento, é social e individual e nasce da necessidade que temos de nos comunicar. Na psicologia se torna fundamental observar a comunicação verbal e a não verbal que nos dá outras informações a respeito do que esta acontecendo com o paciente.
7.0 – MOTIVAÇÃO
Motivação (do Latim movere, mover) refere-se em psicologia, em etologia e em outras ciências humanas à condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Por outras palavras, é o impulso interno que leva à ação.	Uma motivação é uma necessidade ou desejo que energiza o comportamento e o orienta para um objetivo. Motivos, necessidades, impulsos e instintos são todos constructos , ideias concebidas para explicar comportamentos que de ou transforma seriam enigmáticos. 
Entre os processos psicológicos básicos, a motivação é a responsável por fornecer ao corpo recursos para realizar o comportamento. É o processo responsável por ativar o corpo e coloca-lo no estado ideal. Outro aspecto importante da motivação é a sua direcionalidade; não apenas prepara o corpo, mas também se encarrega de dirigir a conduta entre as opções possíveis.
 A função da motivação é fazer com que o indivíduo direcione a conduta em direção a suas metas e objetivos, e para evitar que permaneça parado sem ter qualquer comportamento. É um processo muito relacionado com a emoção e a aprendizagem.
7.1 - ALGUMAS DEFINIÇÕES DE MOTIVAÇÕES
Consideradas as fontes de diversidade no trato do conceito de motivação, vejamos uma amostra, encontrada na literatura sobre o assunto, de como os mais diversos autores fazem referência à motivação. Não houve intenção de usar algum princípio organizador na sequência desses exemplos (exceto a cronologia); as definições apenas indicam as variedades de abordagens na psicologia da motivação humana.
Um motivo é uma necessidade ou desejo acoplado com a intenção de atingir um objetivo apropriado” (Krench & Crutchfield, 1959, p. 272).
A propriedade básica dos motivos é a energização do comportamento”. (Kimble & Garmezy, 1963, p. 405);
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O energizador do comportamento” (Lewis, 1963, p. 560);
Um exame cuidadoso da palavra (motivo) e de seu uso revela que, em sua definição, deverá haver referência a três componentes: o comportamento de um sujeito; a condição biológica interna relacionada; e a circunstância externa relacionada”. (Ray, 1964, p. 101).
Pode-se falar em uma teoria da motivação e significar uma concepção coerente dos determinantes contemporâneos da direção, do vigor e da persistência da ação”. (Atkinson, 1964, p. 274);
Motivação: o termo geral que descreve o comportamento regulado por necessidade e instinto com respeito a objetivos”. (Deese, 1964, p. 404).
Motivação é um termo como aprendizagem no sentido de que tem sido usado de numerosas maneiras, com vários graus de precisão. Não nos preocuparemos com seu sentido exato, principalmente porque não tem sido usado de maneira precisa neste contexto”. (Logan & Wagner, 1965, p. 91)
Entendemos por motivo algo que incita o organismo à ação ou que sustenta ou dá direção à ação quando o organismo foi ativado”. (Hilgard & Atkinson, 1967, p. 118);
A psicologia tende a limitar a palavra motivação... Aos fatores envolvidos em processos de energia, e a incluir outros fatores na determinação do comportamento. (Cofer, 1972, p. 2);
O estudo da motivação é a investigação das influências sobre a ativação, força e direção do comportamento”. (Arkes & Garske, 1977, p. 3);
Mudanças na significância de estímulos é a preocupação básica do estudo da motivação”. (Catania, 1979, p. 61);
Para cada ação que uma pessoa ou animal executa, nós perguntamos: 'Por que ele ou ela fez aquilo'. Quando fazemos esta pergunta, estamos perguntando sobre a motivação daquela pessoa ou animal... Questões sobre motivação, então, são questões sobre as causas de uma ação específica”. (Mook, 1987, p. 3);
Sempre que sentimos um desejo ou necessidade de algo, estamos em um estado de motivação. Motivação é um sentimento interno é um impulso que alguém tem de fazer alguma coisa”. (Rogers, Ludington & Graham, 1997, p. 2);
Os motivos são concebidos... Como forças que são moldadas pela experiência”. (Dweck, 1999, p. 134);
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... A motivação é o conjunto de mecanismos biológicos e psicológicos que possibilitam o desencadear da ação, da orientação (para uma meta ou, ao contrário, para se afastar dela) e, enfim, da intensidade e da persistência: quanto mais motivada a pessoa está, mais persistente e maior é a atividade”. (Lieury & Fenouillet, 2000, p. 9).
Em abordagem operacional, (motivação) é o conjunto de relações entre as operações de estimulação ou privação e as modificações observadas no comportamento que se processa após as citadas operações”. (Penna, 2001, p. 19).
A motivação tem sido entendida ora como um fator psicológico, ou conjunto de fatores, ora como um processo. Existe um consenso generalizado entre os autores quanto à dinâmica desses fatores psicológicos ou do processo, em qualquer atividade humana. Eles levam a uma escolha, instigam, fazem iniciar um comportamento direcionado a um objetivo... (Bzuneck, 2004, p. 9).
Nestas condições, se a motivação do comportamento humano for interpretada, como frequentemente o é, (Millenson, 1975) como o conjunto de determinantes ou causas do comportamento, a psicologia da motivação é toda a psicologia. E a tarefa do pesquisador poderia ser a de preparar um elenco de todos os motivos, sua classificação e hierarquização. Assim é como muitos têm tentando proceder. Os resultados têm sido díspares e confusos, deixando transparecer posições ideológicas que dirigem aprioristicamente as conclusões (vejamos o trabalho de Maslow, 1954, por exemplo). Por outro lado, reconhecendo que tudo o que tem sido estudado como motivação compõe o campo da psicologia como um todo, a alternativa é evitar-se a caracterização de um campo especial para a motivação. 
Quem estiver interessado em motivação humana deve estudar psicologia!
8.0 – EMOÇÃO
Emoção é uma reação a um estímulo ambiental que produz tanto experiências subjetivas, quanto alterações neurobiológicas significativas, e são associadas ao temperamento, personalidade e motivação.
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As emoções são reações aos estímulos externos que nos permitem guiar nosso comportamento e agir rapidamente em resposta às demandas do nosso ambiente. As emoções têm um componente triplo: (a) somático, seriam as mudanças fisiológicas que provocam a emoção, (b) comportamentais emoção e (c) sentimento, seria a experiência da emoção subjetiva do indivíduo. 
A função da emoção é conseguir dirigir o nosso corpo de forma rápida e eficiente. A maioria das decisões carecem da importância necessária para dedicar um tempo e recursos elevados e é nesse momento que a emoção atua. É eminente entender que qualquer decisão é mediada por nossas emoções em maior ou menor grau.
“A emoção é uma experiência subjetiva que envolve a pessoa toda, a mente e o corpo. É uma reação complexa desencadeada por um estímulo ou pensamento e envolve reações orgânicas e sensações pessoais. É uma resposta que envolve diferentes componentes, nomeadamente uma reação observável, uma excitação fisiológica, uma interpretação cognitiva e uma experiência subjetiva” - Pinto (2001).
 												 “Quanto a mim, interpreto emoção como referindo-se a um sentimento e aos raciocínios aí derivados, estados psicológicos e biológicos, e o leque de propensões para a ação. Há centenas de emoções, incluindo respectivas combinações, variações, mutações e tonalidades” - Goleman (1997).
 A área do cérebro que é responsável pelo sentimento e controle das emoções é o sistema límbico.
9.0 - PERSONALIDADE
É a configuração de características e comportamento que inclui ajustamento único do indivíduo à vida, incluindo traços, interesses, impulsos, valores, autoconceito, capacidades e padrões emocionais importantes.
A personalidade é uma característica do ser humano que organiza os sistemas físicos, fisiológicos,psíquicos e morais de forma que, interligados, determinam a individualidade de cada ser. Tal característica é formada ao longo do período de crescimento, ou seja, inicia-se na infância de acordo com o tratamento que recebe e com o modo de vida que tem dentro de seus ambientes, sejam eles o lar, a escola e os demais. 
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A personalidade em formação na criança não deve ser exigida, pois esse fato implicaria no amadurecimento precoce dessa e consequentemente na perca de sua infantilidade. Ao contrário, a formação da personalidade pode ser estimulada através da personalidade de seus pais, educadores e outros que permanecem próximos a tais crianças por longos períodos. A partir das atitudes características da personalidade de cada indivíduo a criança passa a ser influenciada por tais e passa a manifestá-las demonstrando sua vontade. A essas pessoas ligadas à criança cabe a responsabilidade da formação inconsciente do caráter, dos sentimentos, do psicológico, do temperamento, da inteligência e de outros. De acordo com a formação que recebe na infância uma pessoa pode desenvolver sua personalidade de forma introvertida ou extrovertida. Uma pessoa introvertida concentra seus interesses em si próprio ao contrário da extrovertida que demonstra seus interesses nas situações que ocorrem no meio externo, na vida social e na relação com terceiros.
9.1 - ASPECTOS GERAIS DA PERSONALIDADE
É dinâmica e não estática, imutável; 
É uma organização e não um aglomerado de partes soltas;
Expressa-se de diferentes maneiras – comportamento, pensamento e emoções.
Mostra-se em padrões, isto é, através de características recorrentes e consistentes; 
É um conceito psicológico, porém intimamente relacionado com o corpo e seus processos; 
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10 – CONCLUSÃO
Preocupados sempre com o aperfeiçoamento pedagógico, este trabalho destina-se ao relevante aprendizado com esfera individual e grupal. Tentamos desenvolver uma análise compreensiva com o objetivo de obtenções de conhecimentos no que se refere aos Processos Básicos Psicológicos. 
Os Processos Psicológicos básicos são comuns a todos os indivíduos e estão implícitos à enorme variedade de modos de vida, crenças, teorias sobre o mundo, artefatos culturais e criações artísticas presentes nos diferentes grupos humanos. Essas funções derivam tanto das interações de processos inatos, quanto de processos adquiridos, junto às relações que o indivíduo atribui com experiências com o meio. 
Apesar das diferenças de tais processos, é por meio de sua relação e influência que se pode compreender a dinâmica da mente, pois eles interagem e até dependem de outros processos. Assim, as interações podem atribuir algumas funções que dependem de outros processos. As funções mais estudadas nos Processos Psicológicos Básicos são: Memória, Emoção, Pensamento, linguagem, motivação, sensação e percepção. 
O ser humano ao nascer traz consigo alguns processos básicos como o medo, a tristeza, a raiva e a alegria. Todas elas têm uma função importante na vida principalmente para a sobrevivência da espécie. É um processo adaptativo do indivíduo ao ambiente, bem como também um processo adaptativo do homem aos contextos sociais. 
Sendo assim, pretendemos distender a abordagem e a presença dos processos básicos de acordo com as abordagens psicológicas diante das observações descritas e sobre a fala do grupo. Torna-se relevante salientar e perceber o grande valor da observação no cotidiano do psicólogo.
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10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cognitiva;
Millenson, J. R. (1975). Princípios de análise do comportamento. Tradução de A. A. Souza e D. Rezende. Brasília: Coordenada. (Trabalho original publicado em 1967);
Mook, D. G. (1987). Motivation: the organization of action. New York: W. W. Norton & Company;
Penna, A. G. (2001). Introdução à motivação e emoção. Rio de Janeiro: Imago;
Peters, R. S. (1958). The Concept of Motivation. London: Routledge & Kegan Paul;
Prado Jr., C. (1980). Dialética do conhecimento. São Paulo: Brasiliense;
Rapaport, D. (1960). On the psychoanalytic theory of motivation. Em M. R. Jones (Org.), Nebraska symposium on motivation, Vol. 8, pp. 173-274 Lincoln: University of Nebraska Press;
http://pt.scribd.com/doc/61321386/Processos-Psicologicos;
Allport, G. W. (1953). The trend in motivational theory. American Journal of Orthopsychiatry, 25, 107-119;
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822009000100017;
Arkes, H. R. & Garske, J. P. (1977). Psychological theories of motivation. Monterey: Brooks/Cole;
http://processospsicologicos-basicos.blogspot.com.br/
Basicoshttp://www.cyberneuro.net/consciencia;
Atkinson, J. W. (1964). An introduction to motivation. New York: Van Nostrand;
http://albafreud.blogspot.com.br/2011/01/processos-psicologicos-basicos.html;
Bergamini, C. W. (1997). Motivação nas organizações. São Paulo: Atlas;
Bijou, S. W. & Baer, D. M. (1961). Child development. Vol. 1. A systematic and empirical theory.;New York: Van Nostrand;
Bolles, R. C. (1967). Theory of motivation. New York : Harper & Row.