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Diagnóstico das Infecções do Trato Genital uretra Microbiota URETRA ANTERIOR Pequeno número de MO provenientes da pele: - Staphylococcus aureus; - Streptococcus spp.; - Corynebacterium. Microbiota Cervical: - Não há microbiota; - Muco com lisozima com atividade antibacteriana; - Contaminação com a coleta!!! Vaginal: - Após nascimento: lactobacilos aeróbios que permanecem enquanto pH está ácido (várias semanas); - pH torna-se neutro (até a puberdade): microbiota mista de cocos e bacilos; - Puberdade: lactobacilos reaparecem e contribuem para manter o pH ácido; - Menopausa: lactobacilos diminuem e reaparece microbiota mista. E o que acontece com os lactobacilos com o uso de antibióticos de amplo espectro? Por que é recomendado o uso de sabonetes íntimos? Microbiota Normal na Idade Reprodutiva: Aeróbios facultativos: - Staphylococcus epidermidis; - Staphylococcus spp.; - Corynebacterium. - Anaeróbios: - Lactobacilos; - Bacteróides. Diminuem no período pré-menstrual. Sempre constantes Classificação da Microbiota Vaginal Tipo 0: - 95 - 100% de lactobacilos (bacilos de Döderlein); Tipo 1: - 95 - 100% de bacilos de Döderlein; - Presença de leveduras. Tipo 2: - 50% de bacilos de Döderlein; - 50% CGP, BGN. Tipo 3: - Ausência de bacilos de Döderlein; - Suspeita de Trichomonas vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, Gardnerella vaginalis; Normais!! Remissão espontânea – não chega no laboratório Infecções do TG Infecções do TG Infecções/manifestações clínicas Agente etiológico Material coletado Vaginite (inflamação da mucosa vaginal) Secreção espessa com aparência de leite coagulado e prurido Candida spp. Swab vaginal Secreção abundante amarelo-esverdeada Trichomonas vaginalis Swab vaginal Infecções do TG Infecções/manifestações clínicas Agente etiológico Material coletado Vaginose bacteriana (inflamação e irritação perivaginal) Corrimento odor de peixe Gardnerella vaginalis entre outros Swab vaginal Vaginose citolítica (inflamação sem infiltração leucocitária) Lactobacillus spp. (crescimento exacerbado) Swab vaginal Cervicite Corrimento Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis Swab endocervical Infecções do TG Infecções/manifestações clínicas Agente etiológico Material coletado Doença Inflamatória Pélvica (DIP) Sintomatologia variada – depende do estágio e do MO Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, BGN, estreptococos, etc Material de drenagem cirúrgica, DIU ou secreção Uretrite Corrimento uretral, disúria Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Trichomonas vaginalis Swab uretral Urina 1º jato Infecções do TG Infecções do TG Infecções/manifestações clínicas Agente etiológico Material coletado Epididimite Dor Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, enterobactérias, enterococos, Pseudomonas spp., estafilococos Swab uretral Urina 1º jato Orquite (inflamação testículo) Dor, edema e inflamação dos testículos Chlamydia trachomatis, enterobactérias, Mycobacterium tuberculosis Swab uretral Urina 1º jato Balanopostite Dor, edema e secreção no prepúcio e glande Enterobactérias, Staphylococcus aureus, Candida spp. e Streptococcus pyogenes Swab da região entre o prepúcio e a glande Prostatite – infecciosa ou não infecciosa Aguda: disúria Crônica: bacteriúria persistente Enterobactérias, enterococos, estafilococos, estreptococos, Pseudomonas spp., Neisseria gonorrhoeae. Urina 1º jato, jato médio e urina pós massagem prostática Swab uretral Secreção prostática Transporte Frascos estéreis T.A. – 2h Swabs – T. A. / até 12H Microscopia (bacterioscopia) Exame direto Gram Diagnóstico laboratorial Cultura Tipos de Culturas Técnica de semeadura Quantitativa Semi-quantitativa Qualitativa Urina 1o Jato, Esperma, L. Prostático Vaginal, Endocervical Cultura Quantitativa Cultura Semi-Quantitativa 25% 100% 75% 50% Assintomáticos 5% 50% - DIP Secreção Abundante Leve, subclínica Diagnóstico Gram > 95% dos casos 60% DIP Neisseria gonorrhoeae Diagnóstico laboratorial DIP: Doença Inflamatória Pélvica Morfologia: diplococos Gram negativos intra e extra celulares; Relacionada a conjuntivite em RN ou garganta em adultos. Chlamydia trachomatis Diagnóstico laboratorial Feridas nos órgãos genitais que, muitas vezes, não é percebida e desaparece sem tratamento. Depois surgem nódulos na virilha, que se rompem e liberam secreção purulenta; Bubão inguinal Lesão ulcerada do pênis Elefantíase da bolsa escrotal Chlamydia trachomatis Diagnóstico laboratorial Bactérias intracelulares obrigatórias; MATERIAL: raspado de células; DIAGNÓSTICO: Imunofluorescência indireta e direta; Cultura celular; ELISA; PCR; Antibiograma??? Tratamento: tetraciclina e eritromicina. C. trachomatis - Imunofluorescência Ureaplasma urealyticum Diagnóstico laboratorial 70% dos casais sexualmente ativos; Maioria: assintomáticos; 20 a 30% dos casos de uretrite não-gonocócica, associado com infertilidade, parto prematuro, septicemia, meningite e pneumonia no recém-nascido SINTOMAS: dor abdominal baixa; disúria; secreção vaginal/peniana; sangramento na uretra. Mycoplasma hominis Diagnóstico laboratorial Associado a superficies mucosas, residindo nos tratos respiratório e urogenital; Raramente penetra na submucosa, exceto em casos de imunossupressão ou instrumentação, quando pode invadir a corrente sanguínea e disseminar para órgãos e tecidos; Uretrite, cistite, cervicites e abscessos tubo-ovarianos; Ausência de parede celular; Pleomórficos. Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum Diagnóstico laboratorial CULTURA: meio Shepard – A7, A10; TITULAÇÃO: infecção títulos ≥ 103; Normal em pequenas quantidades. Titulação de U. urealyticum e M. hominis 106 105 104 103 102 101 106 105 104 103 102 101 Meios: U9 (amarelo-claro para rosa) – Ureaplasma sp.; M42 (amarelo-claro para âmbar) – Mycoplasma hominis; Trichomonas vaginalis Diagnóstico laboratorial Corrimento “espumoso”, prurido, mucosa eritematosa; Provoca alteração do pH vaginal; Protozoário anaeróbio; DIAGNÓSTICO: exame direto à fresco – 30 min após coleta; Gram Leveduras Diagnóstico laboratorial Corrimento branco, viscoso, mucosa eritematosa; Pseudohifas e blastoconídeos; DIAGNÓSTICO: exame direto à fresco; Gram. TRATAMENTO: Gardnerella vaginalis Diagnóstico laboratorial Corrimento acinzentado, baixa viscosidade; Odor peixe; Bactéria pleomórfica – adesão superfície; Não piogênica; DIAGNÓSTICO: Teste de Wiff: KOH 10%; Teste do pH: pH > 4,5; Gram: “clue cells”´- adesão; Geralmente ausência de bacilos de Döderlein. TRATAMENTO: ampicilina, metronidazol, recomposição da microbiota com lactobacilos. Bacilo de Döderlein Diagnóstico laboratorial Sempre relatar: presença ou ausência!! Haemophilus ducreyi Lesões Genitais Extremamente piogênico! Lesões localizadas no pênis Cancróide ou cancro mole http://www.ccerri.com/dst Haemophilus ducreyi DIAGNÓSTICO: coletar com alça a secreção das lesões e corar – Gram; Bacterioscopia: BGN, delgado, com tendência a formação de filas indianas; Cultura: difícil. Lesões Genitais Bacterioscopia X Cultura Triagem das placas AS: crescimento colônias suspeitas de: Gardnerella vaginalis -hemolíticas S. aureus, S. agalactiae Enterobactérias ACh – Haemophilus ducreyi e Neisseria gonorrhoeae Diagnóstico laboratorial Interpretação dos resultados Microbiota mista – semi-quantificar Candida albicans – 30% Lactobacillus spp. – 40% Staphylococcus coagulase negativo – 30% Quantificar: esperma, líquido prostático e urina 1° jato – UFC/mL Pesquisas específicas Clamídia Mycoplasma e Ureaplasma Diagnóstico laboratorial
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