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CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO AULA 07 Desemprego e salários eficiência Olá caros(as) amigos(as)!!! É uma satisfação revê-los mais uma vez! Hoje, nossa missão é o estudo do desemprego e da teoria dos salários de eficiência. Os assuntos de hoje, além de não serem difíceis, são bastante interessantes e totalmente aplicáveis na "vida real", o que, sem dúvida, torna a leitura mais interessante. Antes de começar a aula, apenas gostaria de ressaltar que os assuntos tratados, como não poderia ser de outra maneira, são rigorosamente aqueles exigidos no edital. Falo isso, porque já vi diversos materiais abordarem assuntos que não são exigidos expressamente no edital, o que pode dar a impressão que ficará faltando algo em nosso curso. Assim, já preventivamente, alerto para este fato. O edital é bem claro quanto ao que será cobrado sobre Desemprego: taxa natural de desemprego, tipos de desemprego e suas causas. Assim, não há porque ficarmos "procurando" o que estudar, até porque, se formos estudar todos os assuntos que têm relação com o desemprego, estudaremos praticamente toda a Macroeconomia (curva de Philips, modelo Keynesiano simples, Keynesiano Generalizado - IS-LM, IS-LM na economia aberta, modelos de crescimento, contas nacionais, teoria monetária, etc). Seriam necessárias umas 250 páginas, no mínimo. Como deve haver muitos alunos que complementam o estudo por outros materiais e apostilas, julgo que este aviso é importante no sentido de que fique claro que nosso curso está sendo completo no que tange à abordagem do edital, ok?! Pois bem, vamos à luta! Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 1 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Au la 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO INTRODUÇÃO: CLÁSSICOS x KEYNES Antes de iniciarmos a aula propriamente dita, é importante sabermos as diferenças entre essas duas correntes de pensamento econômico, pelo menos aquelas diferenças concernentes ao mercado de trabalho e, por conseguinte, ao desemprego. A abordagem será mais simplificada que aquela normalmente feita nos livros de Macroeconomia, tendo em vista o foco ser a economia do trabalho. A ciência econômica surgiu como uma disciplina separada a partir dos estudos de Adam Smith e a publicação de seu livro "A Riqueza das Nações", em 1776. A teoria propugnada em seu livro ficou conhecida por Teoria Clássica, sendo seguida e aprimorada por uma série de economistas ao longo do tempo até os dias de hoje (os aprimoramentos mais atuais levaram ao que é chamado de teoria neoclássica). O cerne desta teoria estava na "mão invisível" do mercado. Para os clássicos, o mercado era auto-ajustável, e esse auto-ajuste se dava pela hipótese da flexibilidade de preços e salários. Assim, qualquer desequilíbrio que surgisse seria automaticamente combatido pelas próprias forças do mercado, sem necessidade de intervenções por parte do governo ou outras instituições quaisquer. O raciocínio era este: imagine um tipo qualquer de desequilibro, por exemplo, o aumento repentino do preço de um determinado produto no mercado de bens. Para os clássicos, o mercado automaticamente traria o preço deste produto para o patamar de equilíbrio, através do ajuste entre a demanda e a oferta. O ajuste seria este: o aumento de preços provocaria redução na demanda. A partir desta redução, haveria mais oferta que demanda, ocasionando excesso de oferta. Para vender os estoques em excesso, os empresários seriam obrigados a reduzir os preços. Esta redução de preços faria a demanda aumentar novamente, até o ponto em que ela se igualasse com a oferta. Desta forma, quando o preço retornasse ao patamar de equilíbrio, a oferta igualaria a demanda e o mercado estaria equilibrado novamente, sem intervenções. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 2 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Imaginemos agora um desequilíbrio no mercado de trabalho. Peguemos como exemplo o desequilíbrio mais relevante: o desemprego. Segundo os clássicos, havendo desemprego na economia (excesso de oferta de trabalhadores sobre a demanda), naturalmente os empresários reduziriam os salários nominais. O raciocínio é de que quem estava empregado aceitaria a redução de salários em virtude de o desemprego estar alto (afinal, é melhor estar empregado recebendo menos a estar desempregado recebendo nada!). Ao mesmo tempo, a redução de salários provocaria redução na oferta de trabalhadores, até o ponto em que um salário de equilíbrio mais baixo novamente faria com que a demanda e a oferta de trabalhadores se igualassem, eliminando, assim, o desemprego sem intervenções externas ao mercado. Observe que, para os clássicos, o equilíbrio no mercado de trabalho (salário em que a demanda é igual à oferta) seria alcançado através da livre interação entre oferta e demanda, e o mais importante: tal interação só ocorre devido à hipótese da flexibilidade de preços e salários (lembre que salário é um tipo de preço). Veja a figura abaixo: Figura 1 - Equilíbrio no Mercado de Trabalho para os CLÁSSICOS Salários Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 3 de 41 Para os clássicos, no entanto, a permanência desse desemprego seria inviável, pois naturalmente o excesso de oferta sobre a demanda obrigaria os trabalhadores a aceitar reduções de salários até o nível salarial em que demanda igualasse novamente a oferta. No nosso gráfico, a redução de salários de W0 para W1 iguala novamente a demanda e a oferta, eliminando, assim, o desemprego. Veja que o resultado final será um nível menor de emprego e de salário. Alguns já devem estar se perguntando: Como assim? Como é possível dizermos que houve eliminação do desemprego, se o nível de emprego foi reduzido de E0 para E1? A resposta está no próprio conceito econômico de desemprego: é a situação em que o trabalhador oferta trabalho e não consegue encontrar emprego. No ponto 1, apesar do nível de emprego ser menor, não há desemprego pois o número daqueles que ofertam trabalho é igual ao número daqueles que demandam trabalho, não havendo, portanto, desemprego (no ponto 1, a oferta de trabalho é menor devido ao fato dos salários estarem menores). Então veja que, para os clássicos, a livre interação entre oferta e demanda, além da hipótese da flexibilidade de salários Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 4 de 41 trabalho em equilíbrio. Outro importante ponto levantado pelos clássicos era o fato de que a oferta agregada da economia (tudo o que é produzido) determina a demanda agregada (tudo o que é consumido). Ou seja, o lema dos clássicos era: apenas produza, não importa o quê, pois alguém vai e o mercado de CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Aula 07 Inicialmente, o mercado de trabalho está em equilíbrio no ponto 0, onde o salário é W0, e o nível de emprego é E0. Como neste ponto, a demanda iguala a oferta, não há desemprego, pois não há excesso de oferta sobre a demanda. Imagine agora que houve um desequilíbrio no mercado de trabalho: uma repentina redução na demanda de mão-de- obra (deslocamento de D0 para D1). Se o nível salarial continuar em W0, haverá excesso de oferta, portanto, desemprego (os empregos demandados serão E2, ao passo que a oferta de empregos será E0, logo, o desemprego será: E 2 - E 0 ) . CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DOTRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO comprar o que você produzir! Esta condição é chamada de Lei de Say - a oferta cria a sua própria procura. Veja que quase todo o nosso estudo até o momento, principalmente a demanda e oferta de mão-de-obra, foi pautado no modelo clássico ou neoclássico. Tente relembrar aquilo que aprendemos nas aulas de demanda e oferta de mão-de-obra e verá que as suposições e conclusões são baseadas na flexibilidade de salários e na livre interação entre oferta e demanda, ou seja, estão baseados no modelo clássico. Por isso, em várias questões sobre demanda e oferta, é colocado no enunciado da questão que está sendo considerado o modelo clássico/neoclássico. Até 1930, as ideias clássicas reinaram sozinhas, de forma que as economias de mercado independentes (com exceção dos países socialistas e das colônias) seguiam os ditames clássicos. No entanto, veio a crise de 1929 e o crack da bolsa de Nova York. A causa da crise foi a superprodução americana, resultante da aplicação da Lei de Say, de cunho clássico. Após a primeira guerra mundial, os EUA se tornaram os grandes produtores mundiais e adotaram a tática do "produz que alguém vai comprar". Este "alguém" era a Europa, que estava com a capacidade produtiva devastada pela primeira guerra. Entretanto, ao longo da década de 1920, o parque industrial europeu foi sendo recuperado, de tal maneira que a Europa foi cada vez menos comprando os produtos americanos. Como se acreditava, à época, que a oferta criava a demanda, os americanos continuaram a sua superprodução, até o momento em que a Europa deixou de comprar definitivamente os produtos americanos (no final da década de 1920, o parque industrial europeu já estava recuperado, de tal forma que não era mais necessário importar produtos dos americanos). O desequilíbrio entre o excesso de mercadorias produzido pelos EUA forçou as empresas a reduzirem a produção. Isso fez com que a economia norte-americana entrasse em recessão, provocando a demissão de milhões de trabalhadores. Como os EUA também eram importantes compradores do resto do mundo (principalmente matéria-prima), a Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 5 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO redução do poder aquisitivo americano afetou seriamente a economia mundial, provocando uma crise sem precedentes, que ficou conhecida como a "Grande Depressão". Neste ponto da história, os economistas não conseguiam explicar como a economia tinha chegado àquele nível de desemprego, ou melhor, a teoria clássica não explicava tamanho desemprego. Daí, surgiu a teoria keynesiana, da obra de John Maynard Keynes. Os principais choques de ideia entre a teoria clássica e keynesiana, levando-se em conta o mercado de trabalho, eram relacionados à Lei de Say, à flexibilidade de salários e ao nível de equilíbrio da economia. Para Keynes, valia o seguinte: s Os salários nominais eram rígidos no curto prazo. Keynes afirmava que havia imperfeições no mercado que não permitiam livre flexibilização de preços e salários, ao mesmo tempo em que aqueles que permaneciam empregados também não aceitavam reduções salariais. Algumas destas imperfeições nós já estudamos: salário mínimo e sindicatos. Outra imperfeição que ocasiona rigidez salarial é a teoria dos salários de eficiência, que será vista daqui a pouco. s A demanda determina a oferta: Lei da Demanda Efetiva. Ou seja, para Keynes, valia exatamente o contrário propugnado pelos clássicos. A oferta (produção) é que deveria se adaptar à demanda (consumo) e não o contrário. s Para Keynes, a economia não tendia automaticamente ao pleno emprego, como afirmavam os clássicos. O equilíbrio acontecia quando a oferta agregada da economia (produção) se igualava à demanda agregada (consumo), e isso, para a teoria keynesiana, poderia acontecer mesmo que houvesse desemprego. Ou seja, para Keynes, era possível haver equilíbrio e desemprego ao mesmo tempo. No entanto, veja bem, também haveria a possibilidade de equilíbrio e pleno emprego, porém, tal condição era menos provável. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 6 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Aula 07 Analisando novamente o gráfico da figura 01, nós temos que, para Keynes, a retração da demanda de D0 para D1 causaria o desemprego ( E O - E 2 ) , já que os salários nominais seriam fixos (o salário nominal permaneceria fixo em WO), evitando o ajuste1 entre a oferta e a demanda e a consequente eliminação do desemprego. Ao mesmo tempo em que, na teoria keynesiana, os salários nominais (W) são fixos, não podemos dizer o mesmo em relação aos salários reais (W/P). Se houver inflação, apesar dos salários nominais serem fixos, os salários reais (W/P) serão alterados para menor (serão reduzidos). Se houver deflação, os salários reais serão aumentados. Ou seja, no modelo keynesiano os salários nominais são fixos e os salários reais são flexíveis, enquanto no modelo clássico os salários nominais e reais são flexíveis. A teoria keynesiana, à época, triunfou sobre a teoria clássica, de forma que as ideias keynesianas2 sobre como fazer a economia crescer novamente foram importantíssimas para a superação da Grande Depressão. Hoje, é pacífico que a teoria keynesiana é mais aplicável no curto prazo, quando os preços e salários tendem a ser rígidos. No longo prazo, há tempo suficiente para os preços e salários se acomodarem, isto é, há flexibilidade de preços e salários, indicando que a teoria clássica é mais aplicável para o longo prazo. Veja que em Macroeconomia, a diferença entre o curto e o longo prazo está no comportamento dos preços, e não no tempo cronológico. Consideramos o curto prazo um período de tempo no qual alguns preços (principalmente salários) são rígidos. No longo prazo, os preços e salários são flexíveis. Nesse sentido, os conceitos de curto e longo prazos na Macroeconomia diferem da Microeconomia, em que se definem o curto prazo como o período de tempo em que pelo menos um fator de produção 1 Tal ajuste só acontece se os salários forem flexíveis. 2 Não é nosso objetivo discutir quais eram essas ideias, mas entre elas podemos destacar: a intervenção do governo na economia através do gasto público (política fiscal) como forma de aquecê-la e reduzir o desemprego. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 7 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO permanece fixo, e o longo prazo, como o período de tempo em que todos os fatores de produção variam. Segue um quadro com as diferenças3 entre as abordagens clássica e keynesiana: Variá vel/Teoria Clássicos Keynes Salário nominal Flexível Fixo Salário real Flexível Flexível Equilíbrio Pleno emprego Pode ocorrer no pleno emprego, mas a maior probabilidade é de que ocorra havendo desemprego. Determinante da renda Lei de Say: oferta cria a demanda Lei da demanda efetiva: demanda cria a oferta. Aplicação Longo prazo Curto prazo TIPOS DE DESEMPREGO E SUAS CAUSAS 1. Desemprego friccionai (Conjuntural) Imagine um mercado de trabalho em que a oferta iguala a demanda por trabalho. Até agora, nossa aula tem tratado tal situação como pleno emprego e tem implicado que não há desemprego neste caso. No entanto, essa afirmação não é inteiramente verdadeira. Mesmo quando omercado está em equilíbrio ou em situação de pleno emprego, ainda haverá algum desemprego friccional, já que algumas pessoas estarão "entre empregos", ou seja, estarão em trânsito de um emprego para outro. Neste caso, a busca por emprego e o tempo gasto nesta atividade serão a causa do desemprego friccional. Este tipo de desemprego é 3 Só estão presentes as diferenças importantes para o nosso estudo. Em um curso de Macroeconomia, seriam abordadas outras diferenças como taxa de juros, papel da moeda, determinação da renda, etc. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 8 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO inevitável em uma economia que esteja sempre em transformação. Por exemplo: por muitas razões, os tipos de bens exigidos pelas empresas e pelas famílias variam ao longo do tempo. À medida que a demanda por bens se modifica, o mesmo acontece com a demanda pela mão-de-obra que produz esses bens. A invenção do computador, por exemplo, reduziu a demanda por máquinas de escrever e, como resultado, a demanda por mão-de-obra que produz essas máquinas. Ao mesmo tempo, isso aumentou a demanda por mão-de-obra na indústria de microcomputadores. Pode levar um tempo para que os trabalhadores e as empresas se adaptem a essas mudanças na composição da demanda de bens. Note que a oferta de trabalho continua igual à demanda. No entanto, haverá um grupo de trabalhadores desempregados "entre empregos" e algumas firmas precisando destes trabalhadores. Enquanto eles não "se acham", haverá desemprego friccional. Os trabalhadores podem, também, deixar o emprego para mudar de carreira, mudar para outra cidade ou ainda se verem repentinamente sem emprego devido a falências. Independentemente da causa, serão necessários tempo e esforço para que o trabalhador encontre um novo emprego. Enquanto a oferta e demanda de trabalho estiverem mudando, haverá desemprego friccional. O nível ou quantidade deste desemprego friccional dependerá dos fluxos de indivíduos que entram e saem do mercado de trabalho e da velocidade com que as pessoas desempregadas encontram emprego. Essa velocidade com que as pessoas e as firmas "se acham" pode ser influenciada pelas políticas públicas. Neste ponto, destacam-se dois tipos de políticas públicas e suas influências sobre o desemprego friccional: Seguro-desemprego: pesquisas demonstram que o seguro- desemprego4 aumenta o desemprego friccional, ou seja, aumenta o tempo que o desempregado leva para encontrar outro emprego. O desempregado que recebe os benefícios do seguro-desemprego é 4 Seguro-desemprego é um programa governamental adotado pela grande maioria dos países, no qual o trabalhador desempregado continua recebendo uma fração de seu salário por um determinado período de tempo depois de ter perdido seu emprego. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 9 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO menos pressionado a procurar um novo emprego, e tem mais probabilidade de rejeitar ofertas de emprego que não sejam muito atraentes. Assim, de certa forma, é verdadeira a afirmação de que o seguro-desemprego diminui o ímpeto de encontrar um novo emprego, aumentando, assim, o desemprego friccional. Serviço de informações: caso o governo desenvolva agências de emprego que tenham o objetivo de divulgar informações sobre vagas para empregos, com o fito de combinar trabalhadores e empregos com mais eficiência e rapidez, o desemprego friccional diminuirá. Às vezes, não há nem a necessidade de agências de emprego, a simples implantação de um banco de dados ou sistema informatizado que congregue informações sobre trabalhadores que estejam desempregados e empresas que necessitem de trabalhadores já é suficiente para reduzir o desemprego friccional. Assim, em relação às políticas públicas e ao desemprego friccional, podemos concluir que o seguro-desemprego aumenta o desemprego friccional, ao passo que o aprimoramento do serviço de informações reduz o desemprego friccional. 2. Desemprego estruturai O desemprego estrutural, como o próprio nome diz, é decorrente de mudanças na estrutura do emprego. Ele surge quando mudanças no padrão da demanda de trabalho fazem com que surja diferença entre as qualificações requeridas e as fornecidas em uma determinada região. Neste caso, teremos um desequilíbrio ocupacional. O desemprego estrutural ainda pode surgir quando há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda por mão-de-obra em algumas áreas. Neste caso, teremos um desequilíbrio geográfico. Vejamos exemplos de cada um dos desequilíbrios para que os conceitos fiquem mais claros: 2.1. Desequilíbrio ocupacional: imagine o mercado de engenheiros de automóveis e de engenheiros aeronáuticos. Suponha que os salários no mercado de engenheiros de automóveis Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 10 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO são inflexíveis e que os mesmos são flexíveis no mercado de engenheiros aeronáuticos. Agora suponha que, devido à maior competição com os veículos importados, a produção nacional de automóveis caia e conseqüentemente a demanda por engenheiros de automóveis também caia. Neste caso, se os salários desses empregados são inflexíveis no sentido de que eles não podem diminuir (devido a cláusulas contratuais, sindicatos, normas sociais, pressão dos trabalhadores, etc), haverá desemprego no mercado de engenheiros de automóveis. Se eles pudessem se tornar engenheiros aeronáuticos sem custo, esses funcionários desempregados iriam mudar rapidamente para o mercado aeronáutico, onde foi presumido que os salários são flexíveis e que, por fim, todo o desemprego seria eliminado. No entanto, em razão dos custos de ajustamento5 serem bastante elevados e dos salários serem inflexíveis no mercado de engenheiros de automóveis, haverá desemprego estrutural neste último mercado de trabalho. Este desemprego estrutural será decorrência direta do desequilíbrio ocupacional; e decorrência indireta da rigidez6 de salários e dos custos inerentes à mobilidade ocupacional. 2.2. Desequilíbrio geográfico: imagine o mercado de trabalho de operários da construção civil de duas regiões distintas, a região A e a região B, onde os salários são inflexíveis para baixo (rígidos) na região A e flexíveis na região B. Quando há um desaquecimento da construção civil na região A, haverá redução na demanda por mão- de-obra nesta região. Como resultado, em virtude da rigidez salarial, haverá desemprego na região A. O racional do ponto de vista econômico seria os desempregados da região A procurarem empregos na região B, onde os salários são flexíveis e conseqüentemente o desemprego seria eliminado. No entanto, o que acontece, muitas vezes, é a situação em que os trabalhadores 5 Estes custos incluiriam todo o gasto que seria necessário para adquirir a formação e o treinamento necessários para ser engenheiro aeronáutico. 6 É a rigidez de salários que, em primeiro plano, causa o desemprego no mercado de engenheiros de automóveis. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 11 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO desempregados aguardam por empregos em sua região de origem, em sua cidade natal. Isso acontece por três motivos: i. Os fluxos de informações são imperfeitos, de formaque os trabalhadores podem não estar cientes de que existem empregos disponíveis em outras regiões distantes; ii. Os custos diretos (custos financeiros) de tal mobilidade geográfica são elevados a ponto de desestimular a migração; iii. Os custos psicológicos da mobilidade geográfica também podem ser fatores impeditivos da migração, já que família, amigos e toda uma rede social e afetiva devem ser deixados para trás. Os três fatores inibem a mobilidade geográfica e, de fato, podem fazer com que muitos trabalhadores que se tornam desempregados após o fechamento ou falência de empresas não demonstrem qualquer interesse em buscar empregos em outras regiões. Estaremos, aqui, diante do desemprego estrutural que, desta vez, é decorrência direta do desequilíbrio geográfico; e decorrência indireta da rigidez salarial7, dos fluxos imperfeitos de informações e dos custos da mobilidade geográfica. As políticas públicas, da mesma maneira que interferem no desemprego friccional, também têm o poder de influenciar o nível do desemprego estrutural. Exemplos de tais políticas incluem: Treinamento subsidiado: a fim de reduzir os custos da mobilidade ocupacional. 7 Mais uma vez, é a rigidez salarial que, inicialmente, provoca o desemprego, já que ao haver a redução da demanda por mão-de-obra, não é possível aos empresários reduzir os salários. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 12 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Informações a respeito das condições do mercado de trabalho de outras áreas: a fim de melhorar o fluxo de informações. Subsídios para o deslocamento: a fim de reduzir os custos diretos da mobilidade geográfica e acelerar o processo de ajustamento. Aviso prévio para demissões e fechamentos de empresas: é a exigência de que os empregadores que planejem fechar seus negócios avisem antecipadamente a seus funcionários: a fim de acelerar o processo de ajustamento. Nota — vale ressaltar que as políticas públicas acima citadas acabam reduzindo também o desemprego friccional. Assim, pelo visto até agora, observamos que o desemprego estrutural ocorre em virtude de desequilíbrios ocupacionais e geográficos. Mas, observe bem os exemplos trabalhados e verá que a causa inicial de tais desequilíbrios é o fato de os salários serem rígidos (inflexíveis) nos mercados de trabalho em que houve desemprego. Nesse sentido, decorre o fato de que alguns livros conceituam o desemprego estrutural como sendo o desemprego decorrente da rigidez salarial. Mankiw, por exemplo, conceitua assim o desemprego estrutural: "O desemprego resultante da rigidez salarial e do racionamento de empregos é chamado de desemprego estrutural." Em outra passagem, afirma: "Quando o salário real excede o nível de equilíbrio e a oferta de trabalhadores excede a demanda, seria de se esperar que as empresas reduzissem os salários que pagam. O desemprego estrutural ocorre porque as empresas deixam de reduzir os salários, apesar de um excesso na oferta de mão- de-obra." Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 13 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Aula 07 Desta forma, podemos concluir que os desempregos surgidos da rigidez salarial devem ser considerados um tipo de desemprego estruturai. Logo, o desemprego causado peia iegisiação do salário mínimo, peio poder de monopólio dos sindicatos e peios salários de eficiência são tipos de desemprego estruturai, já que esses três fatores são causadores de rigidez salarial. Na aula passada, já estudamos o salário mínimo e os sindicatos. Chegou a hora de estudarmos os salários de eficiência. 2.3. SALÁRIOS DE EFICIÊNCIA De modo direto, podemos conceituar os salários de eficiência como salários acima do equilíbrio e que tenham como objetivo o aumento da produtividade por parte do trabalhador. Ou seja, vê-se claramente que há uma relação direta entre a remuneração recebida pelo trabalhador e sua produtividade. Isso quer dizer que quanto mais ele ganha, mais ele se empenha, mais ele produz. Em razão disso, alguns empregadores pagam salários de eficiência a seus empregados, no intuito de aumentarem seus lucros. Estes empregadores sabem que os ganhos adicionais provenientes do pagamento destes altos salários serão maiores que os custos adicionais, de forma que seus lucros serão aumentados, apesar do aumento de custos. A consequência direta dessa política de salários de eficiência é a rigidez salarial causada neste mercado de trabalho e, conforme já vimos, tal rigidez é causadora de desemprego estrutural. Ao mesmo tempo, o pagamento de salários de eficiência pode ocasionar outro tipo de desemprego: o desemprego de espera. Os empregados que trabalham em empresas de salários mais baixos naturalmente desejam trabalhar nas empresas de salários mais altos. Este desejo pode fazer com que alguns funcionários de empresas de baixos salários saiam de seus empregos mal remunerados, e se "vinculem" ao setor de altos salários, "aguardando" que ocorram vagas Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 14 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO de emprego. Assim, ele ficará na espera de uma vaga no setor de altos salários, já que sempre haverá uma rotatividade mínima neste setor (mortes, aposentadorias, mudanças de cidade, etc). Esse desemprego em que um trabalhador fica na espera de uma vaga no setor de altos salários é chamado de desemprego de espera. Veja que a rigidez salarial causada pelo pagamento de salários de eficiência, além de causar desemprego estrutural, pode também causar desemprego de espera, caso haja trabalhadores que decidam se vincular ao setor de altos salários e ali esperar vagas de emprego. Os economistas propõem várias teorias para explicar o modo como os salários de eficiência afetam a produtividade do trabalhador, conforme segue abaixo: 1. Saúde do trabalhador. Trabalhadores mais bem remunerados podem arcar com os custos de uma dieta mais nutritiva, e trabalhadores mais bem alimentados e saudáveis são mais produtivos. Assim, seria vantajoso para a empresa pagar salários acima do nível de equilíbrio para manter a mão-de-obra em boas condições de saúde. Vale destacar que essa consideração é quase que irrelevante para mercados de trabalho onde o salário de equilíbrio já é suficiente para se manter uma boa saúde. 2. Rotatividade do trabalhador. Salários altos, coeteris paribus, reduzem a rotatividade da mão-de-obra. Os trabalhadores deixam o emprego por muitas razões: mudança de carreira, cuidar da família, mudança de cidade, posições melhores em outras empresas, etc. Quanto melhor uma empresa remunera seus trabalhadores, maior o incentivo para que eles permaneçam na empresa. Por pagar um salário alto, uma empresa reduz a frequência com que seus empregados pedem demissão, reduzindo assim o tempo gasto com contratação e treinamento de novos trabalhadores. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 15 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO 3. Qualidade média da força de trabalho. Se a empresa reduz seus salários, os melhores empregados podem aceitar empregos em outros lugares, deixando a empresa com empregados não tão bons, que tenham menos oportunidades alternativas. Essa opção desfavorável seria umexemplo de seleção adversa (a tendência de que os trabalhadores mais bem informados - nesse caso aqueles que têm consciência de suas próprias oportunidades fora da empresa - se auto-selecionem, de tal maneira que deixem em desvantagem aqueles com menor nível de informação (a empresa). Exemplificando melhor: imagine dois engenheiros, um formado no ITA, com Ph.D. no MIT, outro formado na UniBeer8. Aquele formado no ITA e pós graduado no MIT sabe das suas possibilidades e só aceita entrar no mercado de trabalho se receber no mínimo R$ 15.000,00. Aquele formado na UniBeer, sabedor de suas limitações, tem o salário de reserva de R$ 3.000,00. Caso a empresa ofereça a remuneração de R$ 4.000,00 aos seus engenheiros, a maior possibilidade é de que ela contrate o engenheiro de baixa qualificação. Caso ela ofereça R$ 20.000,00 aos seus engenheiros, haverá maior possibilidade de contratar melhores profissionais, pois esses geralmente possuem salário de reserva maior. 4. Esforço do trabalhador. Essa teoria assevera que é muito custoso para as empresas manterem o constante monitoramento de seus empregados. Ademais, às vezes, tal monitoramento nem mesmo é possível, de forma que os próprios empregados é que decidem o empenho que irão dedicar ao trabalho. Eles podem trabalhar com afinco, ou podem se esquivar do esforço, correndo o risco de serem descobertos e demitidos. Essa possibilidade de os trabalhadores "enrolarem" no trabalho é chamada de risco morai (a tendência de os trabalhadores se comportarem de maneira inapropriada quando seus comportamentos não estão sendo monitorados de modo eficaz). A empresa pode reduzir o problema do risco moral pagando altos salários. Quanto mais 8 Unibeer (Universidade da cerveja) © Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 16 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO alto for o salário, maior será o custo da enrolação para o trabalhador no caso de ele ser demitido. Essas quatro teorias, apesar das pequenas diferenças, nos dizem que, uma vez que a firma opera com maior eficiência no caso do pagamento de altos salários, a empresa pode julgar lucrativo manter os salários acima do nível que equilibra a oferta e a demanda. O resultado desse salário mais alto é mais desemprego (desemprego estrutural e/ou de espera). 3. Desemprego cíciico Nós vimos que mesmo quando a demanda iguala a oferta de mão- de-obra, ainda assim, há desemprego friccional e pode haver desemprego estrutural. Aquele surge devido ao dinamismo do mercado e ao período "entre empregos", enquanto o último surge devido a desequilíbrios geográficos ou ocupacionais na oferta e na demanda, além da política de salário mínimo, salários de eficiência e poder de monopólio dos sindicatos. Quanto acontece alguma flutuação na atividade econômica (um "ciclo econômico") que provoca redução, deficiência ou insuficiência na demanda agregada da economia, e essa redução na demanda agregada da economia provoca redução na demanda agregada pela mão-de-obra, nós temos o desemprego cíclico, também chamado de desemprego por deficiência de demanda, por insuficiência de demanda, ou, ainda, desemprego keynesiano. Veja que este é um tipo de desemprego mais grave, merecendo, pois, mais atenção por parte das autoridades. Enquanto os desempregos friccional e estrutural são causados por fluxos imperfeitos de informações ou desequilíbrios pontuais, o desemprego cíclico é provocado por queda no ritmo da atividade econômica. Parte dos trabalhadores e da capacidade produtiva das empresas fica ociosa, ocasionando perdas aos trabalhadores (através do desemprego) e aos empresários (através da redução na produção). Vale ressaltar, mais uma vez, que o desemprego Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 17 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO ocorrerá em face da rigidez salarial. Se não fosse ela, o mercado se ajustaria automaticamente e não haveria desemprego. Nota: apesar de ter sido falado que a rigidez dos salários reais também é causadora do desemprego estrutural, as duas situações (desemprego estrutural x desemprego cíclico) não se confundem. No desemprego estrutural, a demanda agregada por trabalho é igual à oferta agregada de trabalho, mas, mesmo assim, haverá desemprego estrutural devido a alguns desequilíbrios pontuais que, por sua vez, têm suas raízes calcadas na rigidez salarial. No desemprego cíclico, a demanda agregada por trabalho é inferior à oferta agregada de trabalho e a rigidez salarial é o mecanismo que impede o ajuste automático entre a demanda e oferta, causando, assim, desemprego cíclico/keynesiano. Então, observe que a rigidez salarial está presente nos vários tipos de desemprego (desemprego estrutural, cíclico - e também no desemprego friccional), mas as situações são diferentes: em um caso (cíclico), a demanda por mão-de-obra é menor que a oferta de mão-de-obra, nos outros casos, a demanda é igual à oferta, mas o desemprego é causado por desequilíbrios pontuais (geográfico, ocupacional, fluxo imperfeito de informações, etc). Quando estudamos o desemprego estrutural, nós aprendemos os motivos pelos quais há rigidez salarial: salário mínimo, sindicatos e salários eficiência. No entanto, esses motivos da rigidez salarial estão associados à situação em que a demanda agregada por trabalho é igual à oferta agregada de trabalho (caso dos desempregos estrutural e friccional). Agora, iremos nos concentrar nas razões por que há rigidez salarial mesmo durante períodos de demanda agregada menor que a oferta agregada (demanda agregada declinante). Basicamente, quando há insuficiência de demanda, existem cinco motivos para a rigidez salarial: Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 18 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Na presença de investimentos em capital humano específico da empresa, o que frequentemente leva a mercados internos9 estruturados, os empregadores têm incentivos para minimizar a rotatividade voluntária e maximizar o esforço do trabalho dos empregados e a produtividade. Reduções salariais aumentariam a propensão dos funcionários a sair e poderiam levar a uma redução de esforço em seu trabalho. Em contraste, as demissões afetam os trabalhadores menos experientes, aqueles em quem a empresa investiu a menor quantia de recursos. Assim, é provável que a empresa veja a estratégia de demissões como uma alternativa mais lucrativa. ii. Os empregadores com mercados de trabalho internos geralmente prometem, ao menos implicitamente, um certo rumo de ganhos aos funcionários no decorrer de suas carreiras. iii. As empresas com mercados de trabalho interno e, portanto, longas vinculações entre empregador e empregado, podem ser encorajadas a realizar dispensas baseadas na antiguidade (os últimos a chegar são os primeiros a serem dispensados) em vez de realizarem cortes salariais para todos os trabalhadores. iv. As pessoas podem preferir ficar desempregadas a aceitarem um emprego em posição inferior ao que elas tinham antes de estar desempregadas. Isso se deve ao senso de status. É esse senso de status que impede a expansão de empregos e uma maior redução dos salários nos setores de baixos salários durante períodos recessivos. v. Os desempregados, ao procurarem emprego, são inibidos a tentarem reduzir os salários prevalecentes dos trabalhadoresempregados. Isso acontece porque esses salários já praticados são aceitos como normas sociais, e são elas que inibem o 9 É o mercado em que a relação de emprego obedece a uma série de regras e procedimentos formais. Geralmente os mercados internos estão relacionados às carreiras empregatícias dentro de grandes empresas, onde há estruturação da carreira e maiores vinculações entre empregador e empregado. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 19 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO desempregado de tentar reduzir os salários dos trabalhadores empregados e, assim, conseguir uma vaga de emprego. Da mesma forma, que as políticas públicas podem reduzir o desemprego friccional e o desemprego estrutural, o governo também pode atuar com o objetivo de reduzir o desemprego cíclico, que é o desemprego mais grave. Uma resposta governamental apropriada para a eliminação do desemprego cíclico seria o uso de políticas fiscais e monetárias expansionistas. Segue abaixo de forma bem resumida um esquema. Vejamos o que isto significa: Política fiscal: resumidamente é a política voltada para a administração das receitas e das despesas do governo. Política fiscal expansionista, expansiva, inflacionária, anticrise ou anticíclica acontece quando o governo aumenta as despesas e/ou reduz as receitas. Quando ele aumenta as receitas e/ou reduz as despesas, está praticando política fiscal restritiva, antiinflacionária, pró-crise ou pró-cíclica. São instrumentos da política fiscal expansiva: > redução da carga tributária; > aumento dos gastos do governo; > aumento das transferências governamentais10. São instrumentos de política fiscal restritiva: > aumento da carga tributária; > redução dos gastos do governo; > redução das transferências governamentais. Poiítica monetária: resumidamente é a política que diz respeito à quantidade de moeda em circulação e, conseqüentemente, das taxas de juros e condições do crédito. Política monetária expansiva acontece quando há aumento da circulação de moeda na economia e política monetária restritiva acontece quando há redução da circulação de moeda 10 O Programa bolsa-família é um exemplo de transferência governamental. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 20 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO na economia. Vale ressaltar que a política monetária no responsabilidade do BACEN. São instrumentos de política monetária expansiva: > redução das taxas de juros; > redução dos recolhimentos compulsórios11; > redução das taxas de redesconto12; > compra de títulos públicos13. São instrumentos de política monetária recessiva: > aumento das taxas de juros; > aumento dos recolhimentos compulsórios; > aumento das taxas de redesconto; > venda de títulos públicos. De forma simples e resumida, podemos concluir que políticas expansionistas, expansivas, inflacionárias, anticíclicas ou 11 Recolhimento compulsório é o recolhimento em dinheiro que os bancos comerciais são obrigados a realizar junto ao BACEN. Assim, quando o BACEN quer tirar o dinheiro de circulação, ele pode aumentar a exigência de recolhimentos compulsórios. Assim, havendo menos dinheiro no caixa dos bancos comerciais, haverá também menos dinheiro disponível para as pessoas. Se o BACEN quiser colocar moeda em circulação, ele pode reduzir a exigência de recolhimentos compulsórios, o que fará com que os bancos comerciais tenham mais dinheiro em caixa, havendo, por conseguinte, mais dinheiro circulando na economia. 12 Redesconto é a operação em que os bancos comerciais tomam dinheiro emprestado junto ao BACEN, já que esse é considerado o "banco dos bancos". Caso o BACEN aumente a taxa de redesconto, estará efetuando política monetária restritiva, pois ficará mais caro para os bancos comerciais tomarem empréstimos junto ao BACEN, por consequência, também ficará mais caro para as pessoas tomarem empréstimos junto aos bancos comerciais, reduzindo, assim, a circulação de dinheiro na economia. Caso o BACEN reduza a taxa de redesconto, acontecerá o inverso e teremos política monetária expansiva. 13 A compra e a venda de títulos públicos (operações de open market) interferem na quantidade de moeda circulante na economia. Quando o governo compra títulos do mercado, ele recebe os títulos (haver não monetário) e entrega dinheiro (haver monetário), aumentando, assim, a quantidade de moeda em circulação na economia (política monetária expansiva). Por outro lado, quando o governo vende títulos ao mercado, ele entrega os títulos (haver não monetário) e recebe dinheiro (haver monetário). O fato de ele receber dinheiro reduz a quantidade de moeda em circulação na economia (política monetária restritiva). Aula 07 Brasil é Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 21 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO anticrises, reduzem o desemprego keynesiano/cíclico. Já as políticas restritivas, antiinflacionárias, pró-cíclicas ou pró-crises aumentam o desemprego cíclico. Embora não esteja relacionado à matéria, é bom esclarecer um fato. Por que o governo não adota sempre políticas expansionistas, já que elas reduzem o desemprego? A resposta está na inflação. Quando o governo adota políticas expansionistas, ele aumenta a demanda agregada da economia. Este aumento da demanda, por sua vez, pressiona os preços para cima, causando inflação (por isso, as políticas expansionistas também são chamadas de "inflacionárias"). Assim, deve haver um equilíbrio e o governo, ao mesmo tempo em que se preocupa com o desemprego, também não pode descuidar do controle da inflação. 4. Desemprego sazonal O desemprego sazonal é decorrente de deficiência na demanda por mão-de-obra. Note que neste ponto ele se assemelha ao desemprego cíclico, no entanto, há uma grande diferença entre este e aquele. No desemprego sazonal, as flutuações são previsíveis e podem ser antecipadas regularmente. O caso mais emblemático certamente é o do trabalho agrícola, onde há a época do plantio, da colheita e da entressafra. Devido à sazonalidade, ocorre desemprego em certas épocas do ano, tal desemprego é denominado desemprego sazonal, sendo causado pela insuficiência de demanda. Uma pergunta que pode surgir é por que os trabalhadores aceitam empregos em setores em que eles já sabem antecipadamente que ficarão desempregados por uma parte do ano? Para alguns trabalhadores, a existência de benefícios de seguro-desemprego, juntamente com a certeza de que serão recontratados ao fim da temporada de demanda fraca, pode lhes permitir que tratem esses períodos como sendo de férias pagas. No entanto, a maioria dos trabalhadores poderá considerar tal situação indesejável, já que os valores do seguro-desemprego não são na mesma quantia de suas remunerações quando estão efetivamente trabalhando. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 22 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Aula 07 Assim, para atrair trabalhadores para esses setores sazonais, as empresas terão que lhes pagar salários mais elevados que o de outras profissões "regulares". Esses salários mais altos servirão para compensá - los pelo fato de ficarem periodicamente desempregados. Assim, podemos concluir que em setores onde ocorre o desemprego sazonal, há um diferencial de salários compensatórios com o objetivo de compensar os trabalhadoresque aceitam trabalhar em setores de elevado risco de desemprego. Da mesma maneira, a existência destes diferenciais de salários que compensam os trabalhadores que aceitam trabalhar em setores sazonais torna difícil avaliar se esse tipo de desemprego sazonal (que ocorre nas épocas de baixa demanda) é voluntário, pelo fato do trabalhador ter aceitado a situação e o risco de ficar desempregado, ou involuntário, pelo fato de, uma vez estando empregado, ele preferir permanecer empregado em vez de se tornar desempregado. A conclusão é que esse desemprego (sazonal) pode ser considerado voluntário ou involuntário, dependendo da perspectiva que se esteja assumindo. A TAXA NATURAL DE DESEMPREGO 1. Conceito Nesta seção, veremos que este conceito apresenta várias definições, tiradas de vários livros diferentes, e todas igualmente relevantes e com a mesma possibilidade de serem cobradas em prova. Vou começar pela mais simples, extraída do livro do Mankiw14: taxa natural de desemprego corresponde à taxa de desemprego em direção à qual a economia gravita no longo prazo (figura 2), consideradas todas as imperfeições do mercado de mão-de-obra que impedem os trabalhadores de encontrar emprego instantaneamente. 14 N. Gregory MANKIW, MACROECONOMIA, 6a. edição, página 118. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 23 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Aula 07 Já para Ehrenberg, em "A Moderna Economia do Trabalho", a taxa natural de desemprego é sinônimo de taxa de desemprego de pleno emprego, no sentido de que é a taxa de desemprego em que as vagas de emprego igualam o número de trabalhadores desempregados (haverá basicamente desemprego friccional). Outra definição é a de que é a taxa de desemprego em que aumentos na demanda agregada não causarão novas reduções no desemprego15, ou, ainda, é a taxa de desemprego em que todo desemprego é voluntário (friccionai e talvez sazonal). Podemos definir também como a taxa em que o nível de desemprego não muda e em que tanto os fluxos rumo ao desemprego como sua duração são normais. Segue outra definição, essa um pouco mais complicada: a taxa em que a inflação de salários e preços é estável ou em níveis aceitáveis16. Podemos 15 Isto acontecerá porque, na taxa natural de desemprego, é considerado que a economia já está no pleno emprego, ou seja, emprego máximo. 16 Inflação de preços significa aumento de preços. Inflação de salários significa aumento de salários. Em teoria econômica, é aceito que pressões sobre a demanda agregada causam inflação de preços e salários (em outras palavras, aumentos na demanda agregada causam aumentos de preços e salários). Quando a economia está em pleno emprego (situação em que o número de vagas de emprego iguala o número de desempregados), não há motivos Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 24 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO resumir na tabela abaixo os vários conceitos que, caso apareçam em prova, devem ser considerados corretos: Taxa natural de desemprego é: taxa de desemprego em direção à qual a economia gravita no longo prazo taxa de desemprego de Dleno empreao taxa de desemprego em que as vagas de emprego igualam o número de trabalhadores desempregados (haverá desemprego friccional) taxa de desemprego em que aumentos na demanda agregada não causarão novas reduções no desemprego a taxa de desemprego em que todo desemprego é voluntário (friccional e talvez sazonal) taxa em que o nível de desemprego não muda e em que tanto os fluxos rumo ao desemprego como sua duração são normais taxa em que a inflação de salários e preços é estável ou em níveis aceitáveis Se você fizer um resumão dos vários conceitos acima, chegará à conclusão de que a taxa natural de desemprego é a taxa condizente com a situação de pleno emprego prevalecente em tempos "normais". Bem, agora que definimos taxa natural de desemprego, iremos aprender a determiná-la. Respire fundo e aumente a concentração! O próximo tópico é o menos fácil (ou mais difícil) da aula. 2. Determinação da taxa natural de desemprego Apresentaremos agora um modelo que nos permite calcular a taxa natural de desemprego. Uma vez que todo trabalhador pertencente à força de trabalho estará sempre empregado ou desempregado, a força de trabalho corresponde à soma entre os empregados e os desempregados. Nesse para haver pressões na demanda agregada, pois a economia não se expandirá mais, afinal, ela já está em pleno emprego, no máximo de emprego. Assim, a situação de pleno emprego (ou taxa natural de desemprego) é compatível com ausência de pressões sobre a demanda, que, por sua vez, é compatível com ausência ou estabilidade da inflação em baixos níveis. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 25 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO sentido, sejam L a força de trabalho (PEA), E o número de empregados e D o número de desempregados, teremos: L = E + D (No nosso modelo, a taxa de desemprego é D/L). Para verificar os fatores que determinam a taxa de desemprego, supomos que a força de trabalho, L, seja fixa, e centramos o foco na transição dos indivíduos na força de trabalho entre o emprego, E, e o desemprego, D. Consideremos p o índice de perdas de emprego, a fração (o percentual) de indivíduos empregados que perde seus empregos a cada mês. Seja o a taxa de obtenção de emprego, a fração (o percentual) de desempregados que consegue obter um emprego a cada mês. Juntas, a taxa de perda, p, e a taxa de obtenção de emprego, o, determinam a taxa de desemprego. Vejamos como: Se considerarmos que a taxa de desemprego está em equilíbrio, ou seja, não está aumentando nem diminuindo (aqui é mais uma suposição do modelo!), o número de pessoas que está obtendo emprego deve ser igual ao número de pessoas que está perdendo emprego. A esta situação de equilíbrio chamamos de estado estacionário (deriva de estacionado, parado, em equilíbrio). O número de pessoas que está obtendo emprego é igual a o.D (afinal, é o número de pessoas que ainda não tem emprego, D, multiplicado pelo percentual/fração de indivíduos desempregados que consegue obter um emprego, o). O número de pessoas que está perdendo emprego corresponde a p.E (número de pessoas que têm emprego, E, multiplicado pela fração de indivíduos empregados que perde seus empregos, p). A condição de equilíbrio (estado estacionário - número de pessoas que obtém emprego é igual ao número de pessoas que perde emprego) será representada por: o.D = p.E Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 26 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Aula 07 Podemos utilizar essa equação para encontrar a taxa de desemprego na condição de estado estacionário. Partindo de nossa definição anterior sobre força de trabalho, sabemos que E = L - D; ou seja, o número de empregados é igual ao total da força de trabalho menos os desempregados. Se substituirmos E por (L - D), na condição de estado estacionário, encontramos: Esta equação mostra que a taxa de desemprego natural no estado estacionário depende das taxas de perda de emprego, p, e de obtenção de emprego, o. A relação entre as variáveis é bastante lógica, intuitiva: quanto mais alta a taxa de perda de emprego, maior a taxa de Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br27 de 41 o.D = p.(L - D) Dividindo os dois lados dessa equação por L: Então, E, E, E, Finalmente, CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO desemprego. Quanto mais alta a taxa de obtenção de emprego, menor a taxa de desemprego. Assim, qualquer política direcionada para a redução da taxa natural de desemprego deve reduzir a taxa de perda de emprego ou aumentar a taxa de obtenção de emprego. De modo semelhante, qualquer política que venha a afetar a taxa de perda de emprego ou a taxa de obtenção de emprego irá alterar, também, a taxa natural de desemprego. Bem, pessoal, por hoje é só! Seguem agora alguns exercícios para fixação dos temas. Até a próxima aula, que é aquela que aborda a maioria dos temas cobrados na última prova de AFT. Vejo vocês semana que vem, grande abraço!!! Heber Carvalho hebercarvalho@pontodosconcursos.com.br heber.economia@gmail.com Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 28 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Au la 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO QUESTÕES COMENTADAS 01 - (AFT/ESAF - 1998) - Considerando a abordagem keynesiana em relação ao mercado de trabalho, podemos afirmar que: a) os trabalhadores não aceitam perdas nos salários reais, mas estão dispostos a experimentar variações nos salários nominais. b) não há como comprimir os salários reais já que os trabalhadores não têm ilusão monetária. c) por esta teoria temos que os salários nominais são rígidos, mas não os salários reais, devido à flexibilidade dos preços dos produtos finais na economia. d) os salários nominais são determinados pelo mercado de trabalho, não tendo sentido a existência de sindicatos. e) os salários nominais são flutuantes de acordo com os movimentos no mercado de trabalho, ao passo que os salários reais são relativamente estáveis em decorrência da estabilidade dos preços relativos na economia. COMENTÁRIOS: Segundo o quadro da página 08, correta a letra C. Vejamos os erros das outras alternativas: a) os trabalhadores NÃO estão dispostos a experimentar variações nos salários nominais. b) HÁ como comprimir os salários reais, basta, para isso, haver inflação. c) correta. d) segundo a abordagem keynesiana, os salários nominais não são totalmente determinados pelo mercado de trabalho. Há certa rigidez salarial decorrente, entre outras coisas, dos sindicatos. e) segundo a abordagem keynesiana, os salários nominais são fixos enquanto os salários reais (W/P) são flutuantes em virtude da variação nos preços. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 29 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Au la 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO GABARITO: C 02 - (AFT/ESAF - 1998) - Quanto aos conceitos de pleno emprego e de desemprego, é correto afirmar que: a) a taxa natural de desemprego reflete um desemprego cíclico devido a situações recessivas no mundo dos negócios. b) o pleno emprego é o nível de emprego consistente com a taxa natural de desemprego, que reflete fatores basicamente friccionais. c) o pleno emprego pode ser compatível com desemprego não friccional, desde que este seja cíclico. d) abaixo do pleno emprego, pode ser possível a existência apenas de desemprego friccional, desde que a taxa natural de desemprego seja zero. e) o desemprego friccional é aquele decorrente de um ciclo recessivo na economia de caráter conjuntural. COMENTÁRIOS: Vamos diretamente à análise das assertivas: a) a taxa natural de desemprego NÃO reflete desemprego cíclico. Ela reflete o desemprego friccional. Incorreta. b) Correta. Veja quadro página 25. c) o pleno emprego é compatível com o desemprego friccional, e não com o desemprego cíclico. Incorreta. d) abaixo NO pleno emprego, pode ser possível a existência apenas de desemprego friccional, desde que a taxa natural de desemprego seja zero. Na taxa natural de desemprego (pleno emprego), sempre haverá um desemprego mínimo, nem que seja apenas friccional. e) foi apresentado o conceito de desemprego cíclico. GABARITO: B Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 30 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO 03 - (AFT/ESAF - 1998) - Considere as frases a seguir: I - As teorias de salário-eficiência partilham da hipótese de que a empresa funciona de forma mais eficiente se paga salários elevados aos seus empregados; II - Pelas teorias de salário-eficiência, pode-se diminuir o chamado "risco moral" pagando um salário mais elevado do que o de equilíbrio; III - As teorias de salário-eficiência implicam rigidez salarial e o chamado desemprego de espera. Podemos então afirmar que: a) somente a I e a II são corretas. b) somente a I é correta. c) somente a II é correta. d) I, II e III são corretas. e) somente a I e a III são corretas. COMENTÁRIOS: Vamos à análise das alternativas: I - Correta. Página 14. II - Correta. Aumentar o esforço do trabalhador, através da redução do risco moral, é um dos objetivos dos salários de eficiência. Página 16. III - Correta. A teoria de salários de eficiência implica rigidez salarial do ponto de vista que o salário não é diminuído, caso contrário poderá até deixar de se enquadrar como salário eficiência e, assim, a empresa não atingirá seus objetivos listados acima. Os salários de eficiência podem criar desemprego de espera, fazendo com que determinados profissionais decidam ficar desempregados esperando uma possível contratação por uma empresa que pague estes salários de eficiência maiores que os de mercado. Página 14 GABARITO: D Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 31 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO 04 - (AFT/ESAF - 1998) - Se o desemprego é essencialmente friccional, podemos considerar como políticas mais adequadas de emprego: a) criação de agências de emprego que divulguem informações relativas a vagas. b) criação de seguro-desemprego. c) criação de um programa de renda mínima. d) aumento dos encargos trabalhistas. e) elevação das taxas de juros na economia. COMENTÁRIOS: O desemprego friccional ou desemprego natural deve-se ao dinamismo do mercado de trabalho e ocorre porque muitas pessoas estão "entre empregos", ou seja, acabaram de sair de um emprego e há um lapso de tempo até que elas achem outro emprego ou até mesmo que os empregadores do ramo saibam que sua mão-de-obra está disponível. Para evitar este tipo de desemprego ou diminuir este lapso de tempo, uma alternativa seria a criação de agências que divulgassem as vagas abertas de emprego, ou ainda a criação de um banco de dados que dispusesse estas informações ao mercado. Página 10. GABARITO: A 05 - (AFT/ESAF - 1998) - Se uma empresa paga um "salário de eficiência", então: a) a curva de demanda de mão-de-obra se deslocará para a direita. b) os trabalhadores não irão "enrolar", mesmo que não sejam monitorados. c) a curva de oferta de mão-de-obra se deslocará para a esquerda. d) a curva de oferta de mão-de-obra se deslocará para a direita. e) produzirá desemprego involuntário. COMENTÁRIOS: Um dos objetivos do pagamento de salários acima do equilíbrio (salários de eficiência) é a redução do risco moral (probabilidade dos trabalhadores enrolarem no trabalho). Mas note que os salários de eficiênciaapenas Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 32 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO reduzem a probabilidade do risco moral, não o elimina totalmente sentido, está incorreta a letra B. Ao mesmo tempo, os salários de eficiência são um dos motivos de haver rigidez salarial que, como vimos (página 13 e 14), causa desemprego involuntário (desemprego que ocorre contra a vontade dos empregados. É diferente, por exemplo, do desemprego de espera, desemprego voluntário). GABARITO: E 06 - Analista de Comércio Exterior - ESAF/1998 - Uma maneira possível de reduzir a "taxa natural" de desemprego de uma economia seria: a) aumentar o valor do salário mínimo real. b) praticar uma política monetária expansionista. c) praticar uma política fiscal expansionista. d) aumentar o volume de informações sobre oferta e demanda por trabalhadores. e) aumentar o valor dos benefícios do seguro-desemprego em termos reais. COMENTÁRIOS: Como o desemprego da taxa natural de desemprego é, regra geral, friccional, a melhoria de informações sobre a oferta e demanda por trabalhadores reduziria o tempo "entre empregos", diminuindo, assim, o desemprego friccional e conseqüentemente a taxa natural de desemprego. Correta, portanto, a letra D. Apenas gostaria de frisar que, na alternativa E, o aumento do valor dos benefícios do seguro-desemprego tendem a aumentar o tempo "entre empregos", aumentando, assim, o desemprego fricc io n a l e conseqüentemente a taxa natural de desemprego. GABARITO: D Aula 07 . Nesse Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 33 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO 07 - Sobre os diversos conceitos de desemprego e suas causas, assinale a alternativa incorreta: a) a política do seguro-desemprego aumenta o desemprego friccional, ou seja, aumenta o tempo que o desempregado leva para encontrar outro emprego. b) o desemprego estrutural decorre de desequilíbrios geográficos e ocupacionais. c) o desemprego estrutural decorre da rigidez salarial. d) o desemprego sazonal pode ser considerado voluntário ou involuntário, a depender da perspectiva. e) redução de gastos do governo tende a reduzir o desemprego cíclico, já que indica responsabilidade e seriedade em governar. COMENTÁRIOS: a) Correta. Página 09. b) Correta. Página 10. c) Correta. Página 13. d) Correta. Página 23. e) Incorreta. A redução de gastos do governo é considerada política fiscal restritiva, portanto, aumenta o desemprego cíclico. Páginas 20 e 21. GABARITO: E 08 - A principal diferença entre a teoria clássica, de longo prazo, e a teoria keynesiana, de curto prazo, é que: a) a primeira depende de um salário monetário fixo para assegurar que o nível de produto real, em qualquer período de tempo, seja aquele produzido pelo nível trabalhadores de pleno emprego. b) a segunda demonstra que a economia pode estar em equilíbrio com o emprego a níveis inferiores aos de pleno emprego. c) a primeira demonstra que a economia pode estar em equilíbrio a níveis de emprego inferiores aos de pleno emprego. d) a primeira é dinâmica, de curto prazo, e a segunda é estática, de longo prazo. e) a teoria clássica é a ideal para explicar as flutuações de curto prazo. Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 34 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Au la 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO COMENTÁRIOS: Conforme o quadro da página 08, concluímos que para Keynes poderia haver equilíbrio abaixo do pleno emprego. Correta, portanto, a letra B. Ademais, a teoria clássica é mais aplicável ao longo prazo, enquanto a teoria keynesiana é aplicável às flutuações de curto prazo. GABARITO: B 09 - Existindo desemprego involuntário decorrente de demanda insuficiente, uma medida que poderia ser adotada no intuito de reduzir o desemprego cíclico seria: a) aumentar os impostos b) aumentar as taxas de redesconto c) comprar títulos públicos no mercado d) reduzir o estoque de moeda e) reduzir os gastos públicos COMENTÁRIOS: O desemprego cíclico deve ser reduzido através de políticas fiscais ou monetárias expansionistas. A única alternativa que contém medidas expansionistas é a letra C, pois a compra de títulos públicos por parte do governo aumenta a circulação de moeda na economia (aumento de meio circulante). Maiores detalhes, veja nota de rodapé 13. GABARITO: C 10 - Suponha um mercado de mão-de-obra em estado estacionário, onde o número de pessoas que estão obtendo empregos é igual ao número de pessoas que estão perdendo empregos. Considerando que 1% dos empregados perca seus empregos a cada mês e que 20% dos desempregados obtenham emprego a cada mês, calcule a taxa natural de desemprego para este estado estacionário: a) 4,50% b) 4,90% c) 4,00% Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 35 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Au la 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO d) 5,00% e) 4,76% COMENTÁRIOS: Basta aplicarmos a fórmula do cálculo da taxa natural de desemprego. Foram dados: p=0,01 e o=0,2 Então: Ou seja, a taxa natural de desemprego (D/L) é igual 4,76%. GABARITO: E 11 - Se a taxa de perda de emprego é 2,5% e a taxa de obtenção de emprego é 10%, a taxa natural de desemprego será: a) 20% b) 5% c) 80% d) 100% e) 0% COMENTÁRIOS: Mais uma vez, basta aplicarmos a fórmula do cálculo da taxa natural de desemprego. Foram dados: p=0,025 e o=0,1 Então: Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 36 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Au la 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO Ou seja, a taxa natural de desemprego (D/L) é igual 20%. GABARITO: A 12 - Assinale o conceito incorreto sobre taxa natural de desemprego: a) é a taxa desemprego de pleno emprego. b) o desemprego tende a ser meramente friccional. c) taxa em que há grandes variações nos preços e salários devido ao excesso de demanda agregada. d) taxa em aumentos da demanda agregada não causam alterações no emprego. e) taxa de desemprego em direção a qual a economia caminha no longo prazo. COMENTÁRIOS: Conforme tabela da página 25, temos como incorreta a assertiva C. GABARITO: C Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 37 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Au la 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO LISTA DE QUESTÕES 01 - (AFT/ESAF - 1998) - Considerando a abordagem keynesiana em relação ao mercado de trabalho, podemos afirmar que: a) os trabalhadores não aceitam perdas nos salários reais, mas estão dispostos a experimentar variações nos salários nominais. b) não há como comprimir os salários reais já que os trabalhadores não têm ilusão monetária. c) por esta teoria temos que os salários nominais são rígidos, mas não os salários reais, devido à flexibilidade dos preços dos produtos finais na economia. d) os salários nominais são determinados pelo mercado de trabalho, não tendo sentido a existência de sindicatos. e) os salários nominais são flutuantes de acordo com os movimentos no mercado de trabalho, ao passo que os salários reais são relativamente estáveis em decorrência da estabilidade dos preços relativos na economia. 02 - (AFT/ESAF - 1998) - Quanto aos conceitos de plenoemprego e de desemprego, é correto afirmar que: a) a taxa natural de desemprego reflete um desemprego cíclico devido a situações recessivas no mundo dos negócios. b) o pleno emprego é o nível de emprego consistente com a taxa natural de desemprego, que reflete fatores basicamente friccionais. c) o pleno emprego pode ser compatível com desemprego não friccional, desde que este seja cíclico. d) abaixo do pleno emprego, pode ser possível a existência apenas de desemprego friccional, desde que a taxa natural de desemprego seja zero. e) o desemprego friccional é aquele decorrente de um ciclo recessivo na economia de caráter conjuntural. 03 - (AFT/ESAF - 1998) - Considere as frases a seguir: I - As teorias de salário-eficiência partilham da hipótese de que a empresa funciona de forma mais eficiente se paga salários elevados aos seus empregados; II - Pelas teorias de salário-eficiência, pode-se diminuir o chamado "risco moral" pagando um salário mais elevado do que o de equilíbrio; Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 38 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO III - As teorias de salário-eficiência implicam rigidez salarial e o chamado desemprego de espera. Podemos então afirmar que: a) somente a I e a II são corretas. b) somente a I é correta. c) somente a II é correta. d) I, II e III são corretas. e) somente a I e a III são corretas. 04 - (AFT/ESAF - 1998) - Se o desemprego é essencialmente friccional, podemos considerar como políticas mais adequadas de emprego: a) criação de agências de emprego que divulguem informações relativas a vagas. b) criação de seguro-desemprego. c) criação de um programa de renda mínima. d) aumento dos encargos trabalhistas. e) elevação das taxas de juros na economia. 05 - (AFT/ESAF - 1998) - Se uma empresa paga um "salário de eficiência", então: a) a curva de demanda de mão-de-obra se deslocará para a direita. b) os trabalhadores não irão "enrolar", mesmo que não sejam monitorados. c) a curva de oferta de mão-de-obra se deslocará para a esquerda. d) a curva de oferta de mão-de-obra se deslocará para a direita. e) produzirá desemprego involuntário. 06 - Analista de Comércio Exterior - ESAF/1998 - Uma maneira possível de reduzir a "taxa natural" de desemprego de uma economia seria: a) aumentar o valor do salário mínimo real. b) praticar uma política monetária expansionista. c) praticar uma política fiscal expansionista. d) aumentar o volume de informações sobre oferta e demanda por trabalhadores. e) aumentar o valor dos benefícios do seguro-desemprego em termos reais. 07 - Sobre os diversos conceitos de desemprego e suas causas, assinale a alternativa incorreta: Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 39 de 41 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Aula 07 ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO a) a política do seguro-desemprego aumenta o desemprego friccional, ou seja, aumenta o tempo que o desempregado leva para encontrar outro emprego. b) o desemprego estrutural decorre de desequilíbrios geográficos e ocupacionais. c) o desemprego estrutural decorre da rigidez salarial. d) o desemprego sazonal pode ser considerado voluntário ou involuntário, a depender da perspectiva. e) redução de gastos do governo tende a reduzir o desemprego cíclico, já que indica responsabilidade e seriedade em governar. 08 - A principal diferença entre a teoria clássica, de longo prazo, e a teoria keynesiana, de curto prazo, é que: a) a primeira depende de um salário monetário fixo para assegurar que o nível de produto real, em qualquer período de tempo, seja aquele produzido pelo nível trabalhadores de pleno emprego. b) a segunda demonstra que a economia pode estar em equilíbrio com o emprego a níveis inferiores aos de pleno emprego. c) a primeira demonstra que a economia pode estar em equilíbrio a níveis de emprego inferiores aos de pleno emprego. d) a primeira é dinâmica, de curto prazo, e a segunda é estática, de longo prazo. e) a teoria clássica é a ideal para explicar as flutuações de curto prazo. 09 - Existindo desemprego involuntário decorrente de demanda insuficiente, uma medida que poderia ser adotada no intuito de reduzir o desemprego cíclico seria: a) aumentar os impostos b) aumentar as taxas de redesconto c) comprar títulos públicos no mercado d) reduzir o estoque de moeda e) reduzir os gastos públicos 10 - Suponha um mercado de mão-de-obra em estado estacionário, onde o número de pessoas que estão obtendo empregos é igual ao número de pessoas que estão perdendo empregos. Considerando que 1% dos empregados perca seus empregos a cada mês e que 20% dos desempregados obtenham emprego a cada mês, calcule a taxa natural de desemprego para este estado estacionário: Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 40 de 41 Aula 07 CURSO ON-LINE P/ AUDITOR FISCAL DO TRABALHO ECONOMIA DO TRABALHO - TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR HEBER CARVALHO a) 4,50% b) 4,90% c) 4,00% d) 5,00% e) 4,76% 11 - Se a taxa de perda de emprego é 2,5% e a taxa de obtenção de emprego é 10%, a taxa natural de desemprego será: a) 20% b) 5% c) 80% d) 100% e) 0% 12 - Assinale o conceito incorreto sobre taxa natural de desemprego: a) é a taxa desemprego de pleno emprego. b) o desemprego tende a ser meramente friccional. c) taxa em que há grandes variações nos preços e salários devido ao excesso de demanda agregada. d) taxa em aumentos da demanda agregada não causam alterações no emprego. e) taxa de desemprego em direção a qual a economia caminha no longo prazo. GABARITO 1C 2B 3D 4A 5E 6D 7E 8B 9C 10E 11A 12C Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 41 de 41
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