Buscar

Anotações Contratos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONTRATOS
- Contractus = unir, contrair
- Conventio = convenção. Cum venire = vir junto. Termo genérico (toda espécie de negócio jurídico)
- Pacis si = pacto = Estar de acordo. Cláusulas acessórias que aderem a uma convenção ou contrato. Ex: pacto antenupcial.
CC/2002 não conceitua Contrato
CONTRATO:
- Negócio jurídico que depende de pelo menos duas partes (duas vontades). Bilateral ou plurilateral.
- Código Napoleônico – 1804 - (foi a 1ª grande codificação moderna) – 
- Economia de massa exige contratos impessoais e padronizados. Cada vez menos se contrata com pessoa física.
- Economia de massa exige produtos para serem prontamente utilizados e consumidos.
- Intervenção do Estado – Dirigismo Contratual.
- Busca-se o bem comum (Art. 421 e 422).
- Autonomia da vontade não se harmoniza com o novo direito dos contratos.
- Estado proíbe ou impõe cláusulas.
- Binômio Liberdade e Igualdade tende a desaparecer.
- Contrato não se baseia só no dever moral de manter a palavra empenhada, mas sob o aspecto de realização do bem comum e de sua finalidade social.
- Art. 5º, XXXII CRFB/88 = defesa do consumidor. Lei nº 8.078/ de 11/09/ 1990
Conceito de Negócio Jurídico:
“Todo o ato lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.” Art. 81 CC/1916
Art. 104 e seguintes do CC/2002, que não define Negócio Jurídico.
Conceitos de Contrato:
Clóvis Beviláqua:
“Acordo de vontades para o fim de adquirir, resguardar ou modificar ou extinguir direitos”.
Caio Mário Pereira:
“É um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos”.
PRINCÍPIOS CONTRATUAIS
Princípio da Autonomia da Vontade 
Princípio do Consensualismo
Princípio da Força obrigatória dos Contratos
Princípio da Relatividade subjetiva dos efeitos do contrato
Princípio da Supremacia da ordem pública
Princípio da Boa-fé objetiva e da probidade
Princípio da Revisão dos Contratos ou da onerosidade excessiva
Princípio da Função Social dos Contratos
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE
Respeito à existência humana, segundo as suas possibilidades e expectativas, patrimoniais e afetivas, indispensáveis à sua realização pessoal e à busca da felicidade.
Art. 1º, III
Sobrevivência +viver plenamente, sem quaisquer intervenções espúrias – estatais ou particulares na realização desta finalidade.
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE
Laissez-faire
Contrato é voluntarista – livre iniciativa.
 Liberdade de contratar – realizar ou não o contrato.
 Liberdade contratual – conteúdo do contrato.
 Já previsto no Direito Romano.
 Predomínio desse contrato no início do séc. XIX e primeiro quarto do séc. XX.
Liberdade de contratar ou não; do que contratar; com quem e forma (Contratos nominados ou inominados)
Art. 421 e 435 CC/2002
3 Modalidades de Liberdades:
A1) Própria liberdade de contratar: Não se aceita vício de consentimento. 
A2) Com quem contratar: 
A3) Liberdade no conteúdo e forma do Contrato:
b) PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO
Basta o acordo de vontades. Depende do acordo de vontades, independentemente da entrega da coisa).
Compra e venda torna-se perfeita e obrigatória desde que as partes acordem no objeto e no preço (Art. 482).
Consensualismo é a regra, formalismo a exceção.
CONSENSUALISMO – encontro das vontades livres e contrapostas faz surgir o consentimento, pedra fundamental do negócio jurídico contratual.
c) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS
 PACTA SUNT SERVANDA
- Traduz cogência natural do contrato;
- Se feito com todos os requisitos, deve ser executado pelas partes como se suas cláusulas fossem preceitos legais imperativos. Como foram as partes que escolheram as condições, devem cumpri-lo.
- Intangibilidade dos termos do contrato – Força vinculante das convenções - irreversibilidade da palavra empenhada - hoje Teoria da Imprevisão evita um pouco isso.
- Qualquer modificação deve ser feita de forma bilateral.
Objetivos:
C1) segurança nos negócios
C2) intangibilidade ou imutabilidade do contrato (os contratos fazem lei entre as partes).
d) PRINCIPIO DA RELATIVIDADE DOS CONTRATOS
Em regra, os contratos só geram efeitos às próprias partes contratantes – oponibilidade relativa e não “erga omnes”.
Efeitos dos contratos só se produzem em relação às partes, àqueles que manifestaram a sua vontade, vinculando-se ao seu conteúdo, não afetando terceiros nem seu patrimônio.
Contratante (e seus sucessores). Ex: personalíssimos.
e) PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA
Interesse da sociedade deve prevalecer quando colide com o individual.
Ex: Lei do Inquilinato, Lei da Usura, Lei da Economia Popular, CDC, etc.
Art. 2035, § único
Ordem Pública = Cláusula Geral – Art. 17 LINDB – Bons costumes servem para definir o comportamento das pessoas – varia com o tempo e o país.
Ordem considerada indispensável à organização estatal, constituindo-se no estado de coisas sem o qual não existiria a sociedade.
Ex: Igualdade entre as partes
Equivalência entre as prestações
Isenção de responsabilidade
Cânones basilares da estrutura do Estado brasileiro:
Normas que instituem organização da Família (casamento, filiação, adoção, alimentos);
Ordem de vocação hereditária e a sucessão testamentária;
As que pautam a organização política e administrativa do Estado;
Preceitos fundamentais do Direito do Trabalho.
f) PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA E DA PROBIDADE
Conformidade dos atos e palavras com a verdade interior. Fato e virtude.
Probidade = honestidade de agir; retidão de caráter, senso de justiça. Contratante probo = respeita os direitos da outra parte.
“Bona fides” –Direito Romano – FIDELIDADE AO PACTUADO
Partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas, como também durante a formação e o cumprimento do contrato.
Art. 113 CC/2002
Art. 187 CC/2002
Art. 422 CC/2002
Alteração do Art. 422. Projeto 6.960/2002, alterado pelo Projeto 276/2007:
“Os contratantes são obrigados a guardar, assim nas negociações preliminares e conclusão do contrato, como em sua execução e fase pós-contratual, os princípios de probidade e boa-fé e tudo mais que resulte da natureza do contrato, da lei, dos usos e das exigências da razão e da equidade”.
- Manter boa-fé mesmo na redação da minuta e pós contrato. Ex: empregado que detém segredo. Sócio, venda de mercadoria que era exclusiva para outra pessoa.
- Judicialização com o incremento do comércio e o desenvolvimento do ‘jus gentium”, complexo jurídico aplicado aos romanos e estrangeiros.
- Direito Alemão – lealdade e confiança – regra objetiva que deveria ser observada nas relações jurídicas em geral.
- Direito Canônico – ausência de pecado ≠ má-fé.
Principal: 
	Boa-fé é diretriz principiológica de fundo ético e espectro eficacial jurídico. Princípio de substrato moral, que ganhou contornos e matiz de natureza jurídica cogente.
Boa-fé = crença fiel, fidelidade no que crê – sinceridade, veracidade, franqueza. É o contrário da mentira, duplicidade, hipocrisia.
	Boa-fé Objetiva
	Boa-fé Subjetiva
	 consiste em uma verdadeira regra de comportamento (conduta), de fundo ético e exigibilidade jurídica.
 consideração para com os interesses do outro contratante (não lhe sonegar informações importantes.
 honestidade, retidão, lealdade.
 presente no CC/2002 (Arts. 422, 113 e 187) e CDC (Arts. 4º,III e Art. 51,IV)
 Juiz estabelece a conduta que deveria ter sido adotada pelo contratante, naquelas circunstâncias, levando em conta ainda os usos e costumes.
 Jornada de Direito Civil – cabe ao juiz aplicar a boa-fé objetiva, entendida como a exigÊnciade comportamento leal dos contratantes.
	 situação psicológica, estado de ânimo ou de espírito do agente que realiza determinado ato ou vivência dada situação, sem ter ciência do vício que a inquina.
 conhecimento ou ignorância da pessoa a certos fatos.
 estado de consciência ou conhecimento individual.
 intenção do sujeito.
 é aplicado geralmente em Direitos Reais. Ex: compro terreno usucapido, casamento putativo.
 presente no CC/1916
- Agir com probidade, honestidade e lealdade nos moldes do homem comum, atendidas as peculiaridades dos usos e costumes do lugar.
Funções da Boa-fé Objetiva:
1) Retirar o sentido moralmente mais recomendável e socialmente mais útil.
Art. 5º LiCC- o juiz ao aplicar a lei, deve atender aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Art. 113 CC/2002 – “Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
2) Função delimitadora do exercício de direitos subjetivos. Evitar cláusulas leoninas ou abusivas. Ex: impedir aplicação da Teoria da Imprevisão;
Art. 51 do CDC
Art. 187 CC/2002
3) Criar deveres anexos ou de proteção:
Pois contrato não se resume à realização das prestações de DAR, FAZER ou NÂO FAZER. Existem deveres jurídicos anexos, decorrentes da Boa-fé objetiva:
Deveres de cuidado, previdência, segurança = contratos de Depósito.
Deveres de aviso e esclarecimento = advogado ao seu cliente, médico ao paciente sobre outros procedimentos. Art. 3º III;
Deveres de informação = CDC, Art. 12, in fine; 14; 18; 20; 30; 31.
Dever de prestar contas = gestores e mandatários;
Deveres de colaboração e cooperação = não dificultar o pagamento por parte do devedor;
Deveres de proteção e cuidado com a pessoa e o patrimônio da contraparte. Diminuir riscos de acidentes;
Deveres de omissão e segredo = guardar sigilo sobre fatos ou atos dos quais se teve conhecimento em razão do contrato ou negociações preliminares. Mesmo pagamento por parte do devedor.
PRINCÍPIO DA REVISÃO DOS CONTRATOS OU DA ONEROSIDADE EXCESSIVA
- Opõe-se ao da obrigatoriedade, pois permite recorrer-se ao judiciário para alteração da convenção.
- Originou-se na Idade Média – Rebus Sic Stantibus
- Retorna na 1ª Guerra Mundial (1914-1918)
- No Brasil, Teoria da Imprevisão = Arnoldo Medeiros da Fonseca
- PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO – “ O contrato não deve servir de instrumento para que, sob a capa de um equilíbrio meramente formal, as prestações em favor de um contratante lhe acarretem lucro exagerado em detrimento do outro contratante”.
Art. 317
Art. 478, 479, 480
Art 620, 625, II – Empreitada
CDC – Art. 6º, V
Art. 1699 - alimentos
Conceito:
Consiste na possibilidade de desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e extraordinários, a prestação de uma das partes tornar-se exageradamente onerosa.
- Art. 478 – somente a resolução e não sua revisão. Ela pode ser pedida através do Art. 317.
Requisitos:
- Art. 478 CC/2002
Relação obrigacional duradoura (de execução diferida ou continuada ou trato sucessivo), na vigência de contrato comutativo – Não se aplica aos contratos aleatórios;
Alteração das condições econômicas objetivas no momento da execução, em confronto com o ambiente objetivo no da celebração. – Não particular;
Imprevisibilidade daquela modificação. Ocorrência de fato imprevisível e extraordinário. Projeto Lei 6.960/2002, alterado pelo 276/2007, “...imprevisível, anormal e estranho aos contratantes na hora de contratar”.
Onerosidade excessiva para um dos contratantes em benefício exagerado para o outro. 
Inexistência de Mora ou ausência de culpa do obrigado.
ONEROSIDADE EXCESSIVA:
- Contratos Comutativos – prestações de ambas as partes são de antemão conhecidas, e guardam entre si uma relativa equivalência de valores.
- Contratos Unilaterais – geram obrigações para somente um dos contratantes. Art. 480 CC/2002.
- Contratos Aleatórios – prestação de uma das partes não é precisamente conhecida e suscetível de estimativa prévia, inexistindo equivalência com o da outra parte.
Teoria da Imprevisão no CDC, Lei nº 8.078/90
Art. 6, V – “... modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais.”
Art. 39, V – prática abusiva – “...exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva.”
Art. 51, IV - Nulidade absoluta e de pleno direito da cláusula contratual considerada abusiva.
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS
- Código Civil seguiu noção socializante.
- Prevalência dos valores coletivos sobre os individuais.
- Art. 421 – um dos pilares do direito contratual.
- Contrato deve representar uma fonte de equilíbrio social.
- Dano ambiental.
- Publicidade enganosa – publicidade abusiva.
- Imóveis tombados.
 Princípio do reequilíbrio contratual.
 Princípio da onerosidade excessiva.
 Princípio da Teoria da Imprevisão.
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
CONTRATOS UNILATERAIS E BILATERAIS OU PLURILATERAIS
BILATERAIS – mais de um contratante com obrigações. Direitos e Obrigações para ambos os contratantes. Ex: compra e venda. Doação com encargo. Cessão onerosa de direitos. Troca ou Permuta. Locação de coisas. Empreitada. Sociedade. Mandato oneroso. Fiança onerosa. Jogo e Aposta. Transporte.
	SINALAGMA – uma sendo a causa da outra; dependência recíproca de obrigações.
Grego: reciprocidade de prestações. 
Não todas. Só as principais. As acessórias não necessariamente. Ex: devolver as coisas ao término do contrato; ou deveres de conduta (dar informações).
Obs: contrato unilateral imperfeito – quando unilaterais, nos quais surgem obrigações para a parte não onerada, em razão de acontecimentos acidentais.
Originalmente unilaterais, nos quais, posteriormente à celebração, durante sua vigência, surgem obrigações para a parte não onerada em razão de acontecimentos acidentais.
Ex: Depositante para despesas do Depósito. Art. 643.
PLURILATERAIS ou MULTILATERAIS: são os que contém mais de duas partes. Compra e Venda – mesmo que haja vários compradores e vendedores, agrupam-se eles em apenas 2 pólos: ativo e passivo. Constituição de sociedades. Condomínios.
UNILATERAIS – direitos e obrigações para somente uma das partes. Ex: Depósito. Doação. Mútuo. Comodato. Mandato gratuito. Fiança. 
Obs: Quanto à formação, todo contrato é bilateral, mediante concurso de vontades. Os efeitos que acarretam são unilaterais.
IMPORTÂNCIA DA DISTINÇÃO:
Somente nos contratos bilaterais é aplicável a “exceptio non adimpleti contractus” Art. 476.
Somente nos contratos bilaterais é aplicável a teoria da condição resolutiva tácita. O descumprimento culposo por uma das partes constitui justa causa para a resolução do contrato, uma vez que, se um é causa do outro, deixando-se de cumprir o primeiro, perderia o sentido o cumprimento do segundo.
Somente nos contratos bilaterais e comutativos é aplicável a disciplina dos vícios redibitórios, entendidos como os vícios ou defeitos ocultos da coisa, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada ou que lhe diminuam o valor, na forma do Art. 441.
Exceptio non adimpleti contractus
 “Exceptio non adimpleti contractus” – contratante opõe essa defesa (exceção), como forma de se defender contra o outro contratante inadimplente. Porém, somente podemos opor essa defesa quando a lei ou contrato não disser a quem cabe cumprir primeiramente a obrigação. – É mais uma aplicação do princípio da boa-fé . A parte que não deu causa ao descumprimento pode pedir o desfazimento judicial do contrato.
Todo contrato bilateral traz essa cláusula resolutória implícita, que permite a rescisão.
Condição Resolutiva
Cada contratante tem a faculdade de pedir a resolução, se o outro não cumpre as obrigações avençadas.
 Por estipulação = CLÁUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA (Pacto Comissório Expresso)Presunção legal = CLÁUSULA TÁCITA ou IMPLÍCITA
 Resolução será sempre judicial. Precisa ser pronunciada.
- Na EXPRESSA – sentença com efeito declarativo e ex tunc.
- Na TÁCITA – efeito desconstitutivo, dependendo de interpelaçãp judicial.
	Exceção de contrato não cumprido – não depende de culpa do outro contratante. Não pode juiz conhecer ex officio.
	Cláusula Resolutiva – culpa é elementar.
BENÉFICOS OU GRATUITOS E ONEROSOS
Quanto às vantagens patrimoniais que podem produzir.
BENÉFICOS – doação pura (sem encargo) e comodato. Toda carga contratual fica por conta de um contratante. Há uma liberalidade que está ínsita ao contrato, com a redução do patrimônio de uma das partes, em benefício da outra, cujo patrimônio se enriquece.
Ex: mútuo gratuito, mandato, depósito, reconhecimento de filho.
Em geral, todo contrato oneroso é também bilateral. E todo unilateral é, ao mesmo tempo, gratuito. Não porém ,necessariamente. Ex: mútuo feneratício, oneroso e unilateral.
Mandato – bilateral e gratuito. – bilateral imperfeito. Pois para o mandante surge a obrigação de pagar posteriormente.
ONEROSOS – compra e venda, permuta, locação, empreitada. Ambos os contratantes têm direitos e deveres, vantagens e obrigações; a carga contratual está repartida entre eles,embora nem sempre em igual nível.
Ex: compra e venda, locação, empreitada.
IMPORTÂNCIA DA CLASIFICAÇÃO:
A interpretação dos contratos gratuitos deve ser sempre a mais restrita que os negócios jurídicos onerosos, por envolverem uma liberalidade. – Art. 114. Ex: fraude contra credores, os contratos gratuitos são tratados mais rigorosamente do que os onerosos (Art. 158, 159)
Art. 392 – questão da responsabilidade. Lei trata com maior rigor aquele que não possui a carga, o peso contratual no contrato unilateral. Ex: o doador só pode ser responsabilizado pelo perecimento da coisa doada se agir com dolo, não por simples culpa. O donatário responderá por simples culpa: culpa (sentido estrito) e dolo.
Riscos da Evicção somente são suportados pelo adquirente de bens de contratos onerosos. Art. 447. Doador não está sujeito à Evicção (Art. 552).
Vícios Redibitórios. Art. 441. Doador não está sujeito (Art. 552)
Subdivisão dos Contratos Onerosos:
COMUTATIVOS E ALEATÓRIOS
COMUTATIVO – É o contrato bilateral e oneroso no qual a estimativa da prestação a ser recebida por qualquer das partes pode ser efetuada no mesmo ato em que se aperfeiçoa. Ex: compra e venda. Contrato individual de emprego.
São de prestações certas e determinadas. As partes podem antever as vantagens e os sacrifícios que geralmente se equivalem, sem envolverem riscos.
- Não equivalência das prestações,mas o fato de a respectiva vantagem ou sacrifício de qualquer das partes pode ser avaliado no próprio ato em que o contrato se aperfeiçoa.
ALEATÓRIO – É aquele contrato bilateral e oneroso em que pelo menos uma das partes não pode antecipar o montante da prestação que receberá,em troca da que fornece.
O conhecimento do que deve conter a prestação ocorrerá no curso do contrato, ou quando do cumprimento da prestação.
Ex: seguro. Segurado, em troca do prêmio pode vir a receber a indenização se advier o sinistro, ou nada receber se este não ocorrer.
Ex: jogo, aposta 
Incerteza é seu elemento estrutural, ainda que colocado pelas partes; já nos condicionais, é acidental, fato incerto pode ou não ocorrer.
	Álea = sorte, risco, acaso
O risco de perder ou de ganhar pode ser de um dou de ambos, mas a incerteza do evento tem de ser dos contratantes.
Obs: contrato comutativo pode se transformar em aleatório, ex: compra de colheita futura.
No Código Civil, trata do contrato de compra e venda. Porém cabe a todos.
Dois tipos de álea:
Álea emptio rei – Art. 458 - diz respeito à própria existência da coisa objeto do contrato – Ex: rede do pescador
Álea emptio rei speratae – Art. 459 –aquisição da coisa esperada. Diz respeito à quantidade da coisa objeto do negócio. Ex: colheita futura. As partes podem estipular uma quantia mínima, bem como pagamento mínimo. Se nada existir, alienante é obrigado a restituir o preço.
	No contrato aleatório, que pode ser pela própria natureza (seguro), ou pela vontade das partes (compra e venda), a álea deve afetar ambas as partes,de maneira geral. Surge uma situação de expectativa para os contratantes,que dependem do curso dos acontecimentos para conhecer o objeto da prestação.
FORMAIS E NÃO FORMAIS
SOLENES E NÃO SOLENES
- A forma é livre – PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE FORMA..
Princípio da liberdade da forma.
Art. 107
- Imprescindibilidade de uma forma específica para a validade da estipulação contratual.
- Forma livre é a regra em nosso país, embora haja contratos solenes como o de compra e venda de imóvel acima do valor legal. Art. 108.
Formais – escritos
Exemplos:
- Penhor – Art. 1432
- Seguros – Art. 757
- Fiança – Art. 819
SOLENES – são os contratos que dependem de forma prescrita em lei. Ex: pacto antenupcial, constitutivos ou translativos de direitos reais sobre imóveis de valor superior a três vezes o maior salário mínimo vigente no país (Art. 108). Escritura pública. Devem ser lavrados por tabelião. 
- Negócio Ad Solemnitatem (forma especial, solenidade) – Como condição de validade (substância do ato). Se não cumprir é nulo.
Ex: testamento (unilateral)
Forma = pública, cerrada ou particular.
Ou Art. 108 – contratos constitutivos ou translativos de direitos reais sobre imóveis acima do valor consignado em lei.
- Negócio Ad Probationem – forma não prepondera, mas deve ser observada para efeito de prova do ato jurídico.
NÃO SOLENES – São os de forma livre. Basta o consentimento para a sua formação. Art. 107. Podem virar solenes. Art. 109.
CONTRATOS TÍPICOS E ATÍPICOS
Art. 425 CC
TÍPICOS – descritos na lei (nominados). Ex: troca, compra e venda, doação, locação, empréstimo, gestão de negócios.
Não basta ser nominado, tem que ser regulado por lei.
ATÍPICOS – sui generis. Menos conhecidos (inominados). Basta seguir leis e orientações da parte Geral dos Contratos e Teoria Geral das Obrigações.
Devem ser mais detalhados, pois uma omissão pode ser um problema. Regulado por leis gerais.
Ex: claque teatral, bufê
CONTRATOS NOMINADOS E INOMINADOS
NOMINADOS – a lei dá denominação própria e submete a regras pormenorizadas.
INOMINADOS – são os contratos que a lei não disciplina expressamente, mas que são permitidos, se lícitos, em virtude do princípio da autonomia privada.
CONTRATOS CONSENSUAIS E REAIS
CONSENSUAIS – se aperfeiçoam pelo mero consentimento (declaração de vontade), seja este formal ou não. Ex: Todos os não solenes, compra e venda de móvel, locação, parceria rural, mandato, transporte, emprego.
REAIS – exijam a entrega da coisa, para que se reputem existente. O contrato não existe se não há a entrega da coisa. Ex: Comodato, Mútuo, Depósito e Penhor, Arras. Em geral unilaterais, porém podem ser bilaterais, ex: Depósito remunerado.
CONTRATOS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
PRINCIPAIS – Não dependem juridicamente de outro. Art. 92. Art. 184 CC.
ACESSÓRIOS – Dependem da existência de outro. Ex: Fiança (desaparece se não tiver o que garantir), Penhor, Hipoteca, Caução.
CONTRATOS IMEDIATOS (INSTANTÂNEOS) E DE EXECUÇÃO CONTINUADA (DIFERIDA)
INSTANTÂNEOS – são os que se cumprem pela execução efetuada por ambas as partes nem só momento. Ex: compra e venda à vista. Pagamento e tradição da coisa.
EXECUÇÃO DIFERIDA – uma da partes (ou ambas) deve cumprir sua obrigação em tempo futuro. Sujeito à Teoria da Imprevisão.
- Importante para saber prazo de prescrição.
CONTRATO DE PRAZO DETERMINADO E INDETERMINADO
PRAZO DETERMINADO – Data põe fim ao contrato.
PRAZO INDETERMINADO – Não se fixa data para o seu término.
CONTRATOS PESSOAIS E IMPESSOAIS
Obrigaçõesde Fazer.
PESSOAIS – Pessoa que irá cumprir é relevante. Ex: personalíssimos (intuito personae).
IMPESSOAIS – Pessoa é irrelevante.
CONTRATOS PARITÁRIOS E DE ADESÃO
PARITÁRIOS – São aqueles do tipo tradicional, em que as partes discutem livremente as condições, porque se encontram em situação de igualdade.
- Fase preliminar em que as partes discutem cláusulas em pé de igualdade.
ADESÃO – Preponderância da vontade de um dos contratantes, que elabora todas as cláusulas. Um dos pactuantes predetermina (impõe) as cláusulas do negócio jurídico.
- Contratação em massa. Art. 54 CDC
Ex: seguro, consórcio, transporte.
Características: (Art. 54 CDC)
Uniformidade = mesmo conteúdo contratual;
Predeterminação unilateral = cláusulas são feitas antes a qualquer discussão sobre a avença. É feito por somente uma parte;
Rigidez = Não se rediscute as cláusulas do contrato de adesão, sob pena de descaracteriza-lo;
Posição de vantagem (superioridade material) de uma das partes.
Art. 423 CC – clareza e precisão. Quando houver cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever- se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424 
	Contrato de adesão no CDC, Lei nº 8.078/1990:
Art. 54, § 1º, 3º, 4º
Art. 47 – interpretação mais favorável ao consumidor.
CONTRATO – TIPO
Cláusulas predisposta, mas decorrem da vontade paritária de ambas as partes. Ex: Empresas de determinado setor da indústria ou comércio com um grupo de fornecedores.
Ex: contratos bancários, com taxas de juros em branco, parazo e condições do financiamento.
- Próximo ao contrato de adesão
- em série
- por formulários
- admite discussão de seu conteúdo
- cláusulas não são impostas por uma parte à outra, apenas pré-redigidas.
CONTRATO COLETIVO
Patrões e empregados.
CONTRATO COATIVO
Dirigismo contratual. Ex: concessionárias de serviço público de fornecimento de água, luz, esgoto, gás, telefone e o usuário.
CONTRATO DIRIGIDO OU REGULAMENTADO
Tabela de preços. Ex: legislação bancária.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
- manifestação da vontade = momento subjetivo
- declaração da vontade = momento objetivo
Manifestação de vontade
- Tácita – Art. 111
- Expressa – exteriorizada verbalmente, por escrito, gesto ou mímica, de forma inequívoca
Silêncio – Art. 539 – doação pura
2 manifestações de vontade:
- proposta (oferta, policitação, oblação)
- aceitação
Geralmente a oferta é antecedida de uma fase, às vezes prolongada, de negociações preliminares (sondagens, conversações, estudos e debates) = fase de puntuação.
A PROPOSTA (Policitação)
A oferta traduz vontade definitiva de contratar.
“É uma declaração receptícia de vontade, dirigida por uma pessoa a outra, com quem pretende celebrar um contrato, por força do qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar.”
Orlando Gomes
- vincula o policitante, que responde por todas essas conseqüências, se injustificadamente retirar-se do negócio;
- proposta deve conter todos os elementos essenciais do negócio proposto: preço, quantidade, tempo de entrega, forma de pagamento, etc.
- Art. 427 – deve ser clara, completa e inequívoca – linguagem simples, compreensiva ao oblato, mencionando todos os elementos e dados do negócio necessário ao esclarecimento do destinatário.
- oferta é negócio jurídico receptício, pois a sua eficácia depende da declaração do oblato.
Obs: não perde caráter de negócio jurídico receptício se for endereçado não a uma pessoa determinada, mas assumir oferta aberta ao público, como nos casos de mercadorias expostas em vitrinas, feiras ou leilões com preço à mostra, bem como em licitações e tomadas de preços para contratação de serviços e obras. Art. 429.
OFERTA NO CDC
- Art. 30 a 35
- Oferta é mais ampla, pois dirige-se a pessoas indeterminadas – contratação em massa.
- A não execução da proposta dá ensejo à execução específica (Art. 35, I e 84) ou perdas e danos se consumidor preferir.
- Art. 34 – solidariedade entre o fornecedor e seus prepostos ou representantes autônomos.
A ACEITAÇÃO ou OBLAÇÃO
- É a concordância com os termos da proposta.
“A aceitação é a formulação da vontade concordante do oblato feita dentro do prazo e envolvendo adesão integral à proposta recebida.”
- A aceitação deve ser pura ou simples.
Se feita fora de prazo, com adição, restrições ou modificações, importará nova proposta (Art. 431), comumente chamada contraproposta). Art. 431
- A aceitação pode ser expressa ou tácita (da sua conduta reveladora do consentimento)
-Art. 432
Momento da conclusão do contrato
Contratos entre presentes
- A proposta poderá estipular ou não prazo para aceitação.
- Se o policitante não estabelecer nenhum prazo, esta deverá ser manifestada imediatamente, sob pena de a oferta perder a força vinculativa.
- Se policitação estipulou prazo, a aceitação deverá operar-se dentro nele, sob pena de desvincular-se o proponente.
= A partir do momento da aceitação por parte do oblato, o contrato começará a produzir efeitos jurídicos.
Contratos entre ausentes (mais difícil identificar)
- Correspondência epistolar (carta ou telegrama) ou telegráfica.
- Teorias:
Teoria da informação ou da cognição
É o da chegada da resposta ao conhecimento do policitante, que se inteira de seu teor.
Teoria da declaração ou da agnição
Sub-divide-se em 3:
B1) Declaração propriamente dita – instante da conclusão do contrato coincide com o da redação da correspondência epistolar.
B2) Teoria da Expedição – aceitação tenha saído do alcance e controle do oblato.
B3) Teoria da Recepção – além de escrita e expedida, a resposta tenha sido entregue ao destinatário. Aqui não precisa que ele tenha aberto e lido. Somente a recepção por parte do proponente.
- Art. 434 acolheu Teoria da Expedição
Exceções à Teoria da Expedição no CC:
Se tiver havido retratação oportuna;
Se a resposta não chegar ao conhecimento do proponente no prazo;
LUGAR DA CELEBRAÇÃO
Art. 435 – No local em que foi proposta
- Foro tem relevância no Direito Internacional Privado – Art. 9º § 2º da LINDB – no lugar em que residir o proponente.
Obs: Porém, dentro da autonomia da vontade, podem as partes eleger o foro competente (foro de eleição) e a lei aplicável à espécie.
Elementos constitutivos do Contrato:
Manifestação de vontade
Tem que haver declaração = É daí que surgem seus efeitos. E o que se declara? O objeto do contrato: A Prestação.
Agente
Objeto
Forma – forma de exteriorização da vontade: oral, escrita, mímica, etc.
Pressupostos de validade do contrato:
Elementos adjetivados
Manifestação de vontade – de maneira livre e boa-fé.
Agente capaz
- capacidade genérica e legitimidade (para praticar determinados contratos)
- ou o contrato será nulo (por violação a expressa disposição de lei)
3) Objeto
- idôneo, não proibido pelo Direito e pela Moral
- lícito
- possível (juridicamente e fisicamente)
- determinado ou determinável (elementos mínimos de individualização que lhe permitam caracterizá-lo)
4) forma – adequada (prescrita ou não defesa em lei)
Ex: compra e venda só por recibo. Art. 108 c/c 166 CC
Elementos acidentais dos Negócios jurídicos:
Termo – evento futuro e certo. Início e fim do contrato.
Condição – evento futuro e incerto
- Condição suspensiva – poderá dar início à produção de efeitos
- Condição resolutiva – fazer cessa-los
c) Encargo (modo) – determinação acessória acidental de negócios jurídicos gratuitos, que impõe ao beneficiário da liberalidade um ônus a ser cumprido, em prol de uma liberdade maior.
FORMA E PROVA DO CONTRATO
- A forma é livre.
Princípio da liberdade da forma.
Art. 107
- Negócio Ad Solemnitatem (forma especial, solenidade)
Ex: testamento (unilateral)
Forma= pública, cerrada ou particular.
Ou Art. 108 – contratos constitutivos ou translativos de direitos reais sobre imóveis acima do valor consignado em lei.
- Negócio Ad Probationem – forma não prepondera, mas deve ser observada para efeito de prova do ato jurídico.
INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS
- Lei e Contrato
- 2 vontades
- É limitado 
- Elemento interno e externo do contrato
Art. 112 – mais a intenção do que no sentido literal.
- Nível intelectual e social dos contratantes.
- Estado de espírito no momento da realização do contrato.
- Sentido gramatical das palavras e frases.
Art. 113 – Boa-fé e usos e costumes
Art. 114 – contratos benéficos e a renúncia.
CDC = Art. 46 e Art. 47
- juiz interpreta.
- Contrato de Adesão = Art. 423
Interpretação integrativa
Pontos omissos do contrato
Ex: índice de CM. Aplica-se outro.
Reconstrução de uma declaração incompleta.
Integração do Contrato
Hermeneuta
Preenche lacuna mediante o recurso a normas supletivas ou dispositivas.
Usos e costumes
POTHIER = 12 REGRAS DE INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS:
Art. 112. Não exclui-se o sentido das palavras, mas busca-se preponderantemente a intenção das partes;
Quando uma cláusula é suscetível de 2 sentidos, deve entender-se naquele em que ela pode ter efeito; e não naquele em que não teria efeito algum;
Quando em um contrato os termos são suscetíveis de 2 sentidos, deve entender-se no sentido que não convém à natureza do contrato.Ex: contrato elaborado no meio rural.
Aquilo que em contrato é ambíguo interpreta-se conforme o uso do país. Costumes regionais e locais.
Na dúvida, o intérprete deve admitir o uso como integrante do contrato. Art. 113 CC.
O contrato deve ser visto em sua totalidade. O contrato é um todo orgânico.
Na dúvida o contrato deve ser interpretado contra quem redigiu o contrato. Art. 47 CDC.
Não pode se ampliar o âmbito do alcance material dos contratos. Não cabe ao intérprete criar cláusulas contratuais.
Quando é contratada uma universalidade de direito ou de fato, qualquer exclusão deve ser expressa pelos contraentes.
Ex: rebanho com frutos pendentes.
Se os contraentes desejarem contemplar um “numerus clausus” de hipóteses fáticas, devem menciona-las expressamente.
Cabe ao intérprete averiguar se, quando os contratantes redigiam uma cláusula no plural, procuraram abranger várias hipóteses no mesmo contrato ou não.
Os pensamentos contratuais devem ser expressos da forma mais objetiva possível, evitando-se justaposição de orações que causem prolixidade.
- O que está no fim de uma frase ordinariamente se refere a toda frase e não só o que a precede imediatamente.
CONTRATO PRELIMINAR – Pactum de Contrahendo (Direito romano)
Contrato Preliminar (pré-contrato, compromisso, promessa de contrato)
Arts. 462 a 466 CC.
Conceito: É um negócio jurídico que tem por objeto a obrigação de fazer um contrato definitivo.
- Mesmos requisitos do contrato. Art. 104 CC
- Requisito formal = Art. 462 CC. Não precisa ser da mesma forma do contrato.
 OBRIGAÇÃO DE FAZER
MEIOS GARANTIDORES DO ADQUIRENTE
Institutos jurídicos que têm por finalidade resguardar ou garantir o adquirente de determinada coisa em contratos translativos da posse ou da propriedade.
VÍCIOS REDIBITÓRIOS e EVICÇÃO
VÍCIOS REDIBITÓRIOS
São defeitos ocultos que diminuem o valor ou prejudicam a utilização da coisa recebida por força de um contrato comutativo (contratantes conhecem desde o início as suas respectivas prestações. Ex: compra e venda). Não no aleatórios. Art. 441 CC.
Requisitos (elementos caracterizadores):
Existência de um contrato comutativo (translativo da posse e da propriedade da coisa) ou doação onerosa;
Um defeito oculto existente no momento da tradição. Que os defeitos existam no momento da celebração do contrato e que perdurem até o momento da reclamação).
A diminuição do valor econômico ou o prejuízo à adequada utilização da coisa. Defeitos devem ser graves.
Defeitos sejam desconhecidos do adquirente ≠ “vende-se no estado em que se encontra”
 Conseqüências jurídicas:
Art. 442 CC
Ações edilícias – edis curules:
Rejeitar a coisa, redibindo o contrato (via ação redibitória+Art. 389)
Reclamar o abatimento no preço (via ação estimatória ou quanti minoris)
- São alternativas – concentração em uma ou outra.
Prazo para propositura das Ações Edilícias:
- Direitos Potestativos = prazos decadenciais.
Art. 445 CC - § 1º = Art. 26, § 3º da Lei nº 8.078/ 90 – máquinas só depois de experimentar.
- 30 dias = móveis (CC/16 – Era 15 dias)
- 1 ano = imóveis (CC/16 – Era de 6 meses)
Da entrega efetiva. Se estava na posse, o prazo conta-se da alienação reduzido à metade.
- Para bens móveis, de 30 para 15 dias.
Vícios ocultos ou aparentes no CDC – Lei nº 8.078/90
	CDC – Lei nº 8.078/90não faz diferenciação dos vícios ocultos dos aparentes. Ex: Arts. 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25.
Responsabiliza civilmente o fabricante pelos defeitos de fabricação.
Impõe a substituição por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso.
Possibilidades jurídicas: Art. 18, § 1º
Restituição imediata da quantia paga, devidamente corrigida.
Perdas e Danos
Abatimento do preço
Prazos:
Art. 26 caput e incisos
 Vícios aparentes:
- 30 dias produtos não duráveis (Ex: alimentos)
- 90 dias produtos duráveis (Ex: fogão)
Da entrega do produto ou fornecimento do serviço.
Vícios ocultos:
- 30 dias, contagem se inicia no momento em que ficarem evidenciados. Art. 26, § 3º.
- Prazos pode ser reduzido, de comum acordo, para o mínimo de 7 dias ou ampliar até 180 dias ( Art. 18, § 2º).
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA no processo civil = Art. 6º, VIII CDC.
EVICÇÃO
Verbo Evencer
Quando o adquirente de uma coisa se vê total ou parcialmente privado da mesma, em virtude de sentença judicial ou ato administrativo que a atribui a terceiro, seu verdadeiro dono.
	Conceito: É a perda, pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade da coisa transferida, por força de uma sentença judicial ou ato administrativo que reconheceu o direito anterior de terceiro, chamado evictor.
ALIENANTE
EVICTO = Adquirente vencido na demanda – adquirente ou alienatário
EVICTOR = Reivindicante bem-sucedido - Terceiro
 Condições para que a responsabilidade pela EVICÇÃO se configure:
Onerosidade da aquisição – Art. 447; doação, Art. 552; legados, Art. 1.939, III (caducidade). Compra e venda ou hasta pública 
Perda da posse ou propriedade
Sentença judicial ou Ato Administrativo;
Denunciação da Lide. Art. 456. Art. 125, I NCPC ou Ação autônoma.
	Denunciação da Lide (chamamento à autoria). 
	
	Art. 125, I NCPC.
	
	Doutrina não considera obrigatória, pois é apenas para garantir nos próprios autos da ação reivindicatória, o direito de regresso do evicto em face do alienante.
Art. 125 ao 130 NCPC
	
	 denunciação deve prosseguir na defesa até o final, mesmo se denunciado for revel.
	
	= Art. 456, § único CC – Art. 344 e ss. NCPC, revel o denunciado, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o denunciante (adquirente) deixar de oferecer contestação ou oferecer recursos.
	
	
	CLÁUSULA DE NÃO EVICÇÃO
Art. 448 = Exclusão, diminuição ou aumento da garantia.
- Aumentar garantia – multa caso se consume o evento.
- Diminuição da garantia – abater a garantia de indenização pelos eventuais frutos restituídos.
- Excluir totalmente a responsabilidade pela evicção. Art. 457.
Art. 457 = Se sabia da evicção não podia demanda-la.
Art. 449 = Mesmo havido exclusão convencional, o evicto terá direito de receber pelo menos o preço que pagou pela coisa evicta, se não tiver sabido do risco da evicção, ou tendo sido dele informado, não o assumiu.
- Não terá direito aos frutos restituídos, benfeitorias ou outras despesas, apenasterá de volta o valor da coisa que evencer.
- Alienante só se livrará do risco da evicção, caso faça constar no contrato a cláusula excludente da garantia e, além disso, dê ao adquirente a efetiva ciência do risco da perda da coisa e de que assuma esse risco naquele ato.
Direitos do Evicto:
Art. 450 CC
- Restituição integral do preço ou das quantias que pagou
a) A indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir
b) A indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção
c) As custas judiciais e os honorários do advogado por ele constituído.
	STJ proclamou: “Perdida a propriedade do bem, o evicto há de ser indenizado com importância que lhe propicie adquirir outro equivalente. Não constitui reparação completa a simples devolução do que foi pago, ainda que com Correção Monetária”.
Art. 453 CC = Benfeitorias, não abonadas ao evicto. Abonadas: pagas pelo reivindicante.
Evicto, possuidor de boa-fé, tem direito a ser pago do valor das benfeitorias pelo próprio reivindicante.
- Indenização das Benfeitorias:
Valor abonado ao evicto, por benfeitorias feitas pelo alienante. Art. 454;
Valor das vantagens, por ventura defluentes da deterioração da coisa, quando o evicto não tiver sido condenado a indeniza-las. Art. 452.
EVICÇÃO PARCIAL:
Alternativas ao adquirente:
Rescindir o contrato
Restituição do valor da coisa, correspondente ao prejuízo sofrido.
PROCESSUALMENTE
Contesta a ação e não denuncia.
Seu direito de regresso deve ser exercido em ação própria, não se podendo condenar o alienante, por não participar da lide.
Contesta e denuncia
B1) Denunciado apresenta defesa
O processo prossegue, com a prolação de sentença para as duas relações jurídicas (autor/evictor X réu/evicto; réu/evicto/denunciante X alienante/denunciado).
B2) Denunciado não apresenta defesa
O processo prossegue, com a revelia do denunciado e, caso seja reconhecida ao final da evicção, pode o denunciado ser condenado, não na relação processual principal (autor/evictor X réu/evicto), mas sim na relação jurídica acessória de regresso (réu/evicto/denunciante X alienante/denunciado)
Réu não contesta, mas denuncia
Declarada a revelia do réu/evicto, isso obviamente não acarreta a procedência da pretensão. Dependerá, por certo, da postura do denunciado, que poderá contestar:
C1) Denunciado apresenta defesa
Os fatos poderão ser negados pelo denunciado, gerando, por conseqüência, efeitos possíveis na relação processual principal, se os fatos ensejadores da evicção forem reconhecidos como inverídicos.
C2) Denunciado não apresenta defesa
Operar-se-ão os efeitos da revelia, nas duas relações processuais, na forma como entender o magistrado.
Réu não contesta, nem denuncia
Operar-se-ão os efeitos da revelia, limitados, obviamente, ao autor/evictor e ao réu/evicto, na forma como entender o magistrado (é sempre bom lembrar que a revelia não importa necessariamente na procedência da lide).
ESTIPULAÇÕES EM FAVOR DE TERCEIRO
- Relatividade dos efeitos dos Contratos.
Quando, num contrato entre duas pessoas, pactua-se que a vontade resultante do ajuste reverterá em benefício de terceiro, estranho à convenção e nela não representado.
ESTIPULANTE – o que obtém do promitente ou devedor a promessa em favor do beneficiário.
PROMITENTE
BENEFICIÁRIO
Natureza jurídica – contrato consensual –forma livre
- Tanto o estipulante como o terceiro beneficiário podem exigir seu cumprimento;
- Antes da aceitação por parte do favorecido, ou reservado tal direito, o estipulante pode inovar a estipulação, quer modificando a pessoa do beneficiário, quer exonerando da obrigação o devedor;
- Natureza jurídica = vontade unilateral do promitente ser bastante para vincula-lo.
Art. 436 – Estipulante pode exigir o cumprimento da obrigação.
Tal direito é deferido ao beneficiário
Estipulante pode inovar. Se reservar o direito e independente de concordância do beneficiário, pode exonerar o devedor.
Art. 437 – Se expressamente não figurar a cláusula em questão, o estipulante pode, a qualquer tempo, exonerar o devedor.
Exonerar = REVOGAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
Art. 438 – Substituição do beneficiário, dependendo de prévia reserva de tal direito pelo estipulante. 
- Estipulante pode frustrar o direito de terceiro, pela revogação do negócio.
Duas cláusulas devem estar no contrato:
que o estipulante não poderá inovar
que ao 3º se concede, desde logo, o direito de reclamar a execução da promessa
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
Art. 467
Um dos contraentes pode reservar-se o direito de indicar outra pessoa para, em seu lugar, adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
- Efeito “Ex tunc” – retroage
- PROMITENTE - se compromete
- ESTIPULANTE – estipula em favor
- ELECTUS (NOMEADO) – aceita sua indicação
- exige capacidade e legitimação de todos os personagens, no momento da estipulação do contrato.
Art. 468. = Prazo livre para aceitação. Caso contrário 5 dias.
Art. 469 =Efeito “Ex tunc”
Arts. 470 e 471 = Contrato eficaz.
“Se a nomeação não for idônea, no prazo e na forma corretos, o contratante originário permanece na relação contratual, assim como se o indicado era insolvente, com desconhecimento da outra parte. Da mesma forma ocorrerá se o nomeado era incapaz no momento da nomeação. Também permanecerão os partícipes originários, se o nomeado não aceitar a posição contratual”
Silvio Venosa
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO
É o negócio jurídico pelo qual alguém estabelece uma declaração de vontade na afirmação da realização de um ato por terceiro.
Art. 439
Art. 439, § único – Visa proteção dos cônjuges.
Quando 3º for consorte do promitente, o ato a ser por ele praticado depender de sua anuência e, em virtude do regime de casamento, os bens do esposo venham a responder pelo descumprimento da promessa.
Art. 440. Promessa de fato de terceiro que, uma vez ultimada, foi por este ratificado, com sua concordância.
Assumindo a obrigação, o terceiro passou a ser o principal devedor.
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
- Extinção normal:
Pela execução e o credor atestará o pagamento por meio da Quitação. Art. 320.
- Causas de dissolução do contrato antes ou contemporânea à sua formação:
1) Por declaração de sua nulidade, devido a defeito na sua formação.
Priva de efeitos jurídicos o contrato celebrado.
Nulidade absoluta – Art. 166,I a VII e 167
- Transgride preceito de ordem pública
- Produz efeito “ex tunc”
- Declarado pelo MP ou ex officio pelo juiz. Art. 168
 b) Nulidade relativa – Art. 171
- Só poderá ser pleiteada pela pessoa a quem a lei protege. Art. 177
- Relativamente incapazes ou por pessoas cujo consentimento se deu por erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude contra credores.
- Produzirão efeitos até a sua anulação – “ex nunc”.
- Pode ser confirmado e purificado com o decurso do tempo. Art. 172 a 174.
	Não pode ser considerado modo de dissolução do contrato, visto que permanecerá eficaz enquanto não se mover ação que declare tal nulidade.
Cláusula Resolutiva (resolutória) – Pacto comissório expresso
Art. 474 e 476 – todo contrato bilateral ou sinalagmático. Para o caso de um dos contratantes não cumpra sua obrigação autorizando o lesado pela inexecução a pedir rescisão contratual, se não preferir exigir o cumprimento e indenização das perdas e danos. Art. 474, 1ª parte, 127 e 128.
C1) Cláusula resolutória expressa = manifestação judicial terá efeito meramente declaratório, operando-se “ex tunc”. Provocação do Estado-juiz somente para assegurar uma certeza jurídica.
C2) Cláusula resolutária tácita. Não há cláusula resolutória expressa – interpelação judicial para desconstituir o vínculo contratual. Tem efeito desconstitutivo.
Interpelação:papel de cientificar a parte contrária da intenção de considerar resolvido o contrato. Parcelas pagas. Art. 53 CDC.
Resolver o contrato ou exigir a execução específica. Art. 497 NCPC
- Em ambos os casos a resolução deve ser judicial, ou seja, precisa ser judicialmente pronunciada.
Direito de Arrependimento
Art. 49, Lei 8.078/90 – 7 dias; e Art. 420 CC.
Previsto no próprio contrato, expressamente que o ajuste será rescindido, mediante declaração unilateral de vontade, se qualquer deles se arrepender de o ter celebrado, sob pena de pagar multa penitencial.
 
Redibição
Exceção de contrato não cumprido
Art. 476 – Se uma das partes não cumpre, deixa de existir causa para o cumprimento da outra.
Exceptio non adimpleti contractus
- Além de recíprocas, prestações devem ser simultâneas;
- Sucessiva – não cabe opor a exceção, à parte que caiba primeiro passo;
- Se ambos mostram-se inadimplentes, impõe-se a resolução do contrato, com restituição das partes à situação anterior.
Resolução por onerosidade excessiva
- Causas extintivas do contrato supervenientes à sua formação:
RESOLUÇÃO – remédio concedido à parte para romper o vínculo contratual mediante ação contratual.
- Art. 475 c/ 389
- Por inexecução voluntária do contrato
- por culpa de um dos contratantes
- dano causado ao outro
- nexo de causalidade entre o comportamento ilícito do agente e o prejuízo
- Efeitos:
1º) Extingue o contrato retroativamente. “Ex tunc” com pagamento único.
“Ex nunc” se for de duração ou execução continuada, não se restituindo as prestações já efetivadas. Porém, lei 8.078/90, Art. 53 determina que são nulas as cláusulas que estabelecerem a perda total das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução contratual e a retomada da coisa alienada.
2º) Sujeita o inadimplente ao ressarcimento das perdas e danos.
- Por inexecução contratual involuntária
- Fatos alheios à vontade dos contratantes.
- CASO FORTUITO ou FORÇA MAIOR, a não ser se estiver em mora.
- Se for de execução continuada, não se terá resolução, mas apenas suspensão do contrato, exceto se essa impossibilidade não interessar mais ao credor.
- Por onerosidade excessiva
- “Rebus sic Stantibus”: a) Contratos comutativos; alteração radical da situação econômica; c) onerosidade excessiva para um dos contratantes; d) imprevisibilidade e extraordinariedade.
RESILIÇÃO – modo de extinção do ajuste por vontade de um dos contratantes, por razões que variam ao sabor de seus interesses, podendo ser bilateral ou unilateral.
Latim – Resilire – voltar atrás.
B1) Resilição bilateral ou distrato
Acordo de vontades que tem por fim extinguir um contrato anteriormente celebrado.
- a qualquer momento as partes podem desfazer o negócio
- formas dos contratos. Art. 472 – só aos casos em que o contrato segue previsão legal. Ex: locação.
- A forma – locação de forma livre, pode ser verbal. Mesmo tendo sido feito por contrato escrito.
- efeito “ex nunc” – não retroagem à data do contrato. Não se desfaz os anteriormente produzidos.
B2) Resilição unilateral – é a dissolução do contrato pela declaração de uma das partes. Ex: Comodato, Mandato, Depósito e em contratos de execução continuada. Opera-se mediante denúncia notificada à outra. Art. 473, § único.
Ocorre somente nas obrigações duradouras. Nas que não se esgotam em uma só prestação.
- REVOGAÇÃO = quando a lei concede tal direito, como no Mandato, doações
Resilição mediante simples declaração de vontade, independentemente de aviso prévio.
- Independe de pronunciamento judicial e produz efeitos “ex nunc”.
Para valer, deve ser notificada à outra parte, produzindo efeitos a partir do momento em que chega a seu conhecimento.
- Em princípio não precisa ser justificada, mas em certos contratos exige-se qeu obedeça à justa causa.
Art. 473, § único – Comodatário realizou obras no imóvel.
- Mandato: resilição a qualquer momento. Confiança entre as partes.
- Quando as partes colocam a resilição no contrato. Ex: contrato de trabalho por tempo determinado, mediante aviso prévio = Resilição convencional = distrato. 
- RENÚNCIA = ato pelo qual um contratante notifica o outro de que não mais pretende exercer o seu direito.
Ex: mandatário. Art. 682, I
Art. 688 – renúncia do mandato deve ser comunicada ao mandante.
- RESGATE = ato de libertar alguma coisa de uma obrigação, ônus ou encargo a que estava vinculada.
Ex: Retrovenda – retorno do bem ao vendedor.
- DENÚNCIA = pagamento de aluguéis, fornecimento de gás, de alimentos.
a) nos contratos por tempo indeterminado
b) contratos de execução continuada ou periódica
c) contratos em geral, cuja execução não tenha começado
d) contratos benéficos
e) contratos de atividades
MORTE DE UM DOS CONTRATANTES
- só se for “intuito personae”
- efeitos “ex nunc”
- nos demais, transmite-se aos herdeiros
RESCISÃO – anulação do contrato
Ato através do qual um contrato deixa de surtir efeitos devido a um vício nele contido.
- No geral, é tratado como a mesma coisa que resolução e resilição. Porém deve ser usado em contratos em que ocorreu lesão ou que foram celebrados em estado de perigo.
LESÃO – Art. 157 – pessoa, por inexperiência ou necessidade, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação assumida. Nem precisa provar dolo de outra parte. Vício do consentimento, que torna anulável o contrato. Art. 178,II.
ESTADO DE PERIGO – Art. 156 – quando avença é celebrada em condições desfavoráveis a um dos contratantes, que assume obrigação excessivamente onerosa, em situação de extrema necessidade, conhecida da outra parte. Ex: médico que cobra para fazer cirurgia em paciente doente, hospital que cobra do paciente em emergência. Deixa –se ao juiz analisar.
- Efeitos da sentença retroagem à data da celebração do contrato.
- rompimento, corte;
- supressão, destruição;
- extinção da relação contratual por culpa;
- muito usual no Direito Administrativo, Direito Previdenciário e Direito Trabalhista, em qualquer situação de desfazimento.

Continue navegando