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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - NITERÓI asders FERRAZ asds VENÂNCIO AMARANTE ASDASDS ALEXSANDRA ASDSASD ALVAREZ ASDS TORRES ASDASD AZEVEDO ASDASDA RAYMUNDO. CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS POR FUNGOS NITERÓI-RJ 2018 ASDSASFERRAZ ASDASVENÂNCIO AMARANTE ASDASD ALEXSANDRA ASDASD ALVAREZ ASDASD TORRES ASDAS AZEVEDO ASDASD RAYMUNDO. Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá como exigência da matéria de Microbiologia dos Alimentos. Orientador: Prof. ASDASD VicenteASD Andrade Gonçalves. NITERÓI-RJ 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………….………… .4 2. FUNGOS EM ALIMENTOS……………………….………………...………………...6 3. MICOTOXINAS...……………….………………………...………………….....……...8 4. ASPERGILLUS…………………………………………………………………………9 5. FUSARIUM……………………………………………………………………………...10 6. PENICILLIUM...…………………..…………………………………………………...11 7. LEVEDURAS………...…………………………………………………...…………….12 8. PREVENÇÃO…………………………………………………………………………..13 9. CONCLUSÃO…………………………………………………………………………..14 10. REFERÊNCIAS……………………………………………………………………….15 1. INTRODUÇÃO A ocorrência de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) vem aumentando a nível mundial, de modo significativo. Pode-se destacar como os elementos mais relevantes para a contribuição desse agravo: o processo de urbanização desordenado, existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos, precariedade das informações disponíveis e a necessidade de produção de alimentos em larga escala. Colabora, ainda, o deficiente controle dos órgãos públicos e privados responsáveis pela vigilância sanitária e qualidade dos alimentos ofertados à população. Este trabalho busca apresentar as peculiaridades dos fungos, assim como as doenças que são propagadas pelos mesmos no âmbito alimentício. Além de esclarecer os principais substratos, fungos produtores, toxinas liberadas, efeitos no organismo humano e formas de prevenção para tais doenças. 1.1 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ATRAVÉS DOS FUNGOS. Os fungos são organismos eucariontes, aclorofilados, heterotróficos e absorve componentes orgânicos como fonte de energia. São aeróbicos em sua grande maioria, mas alguns são anaeróbios facultativos. Podem ser uni ou multicelulares e reproduzem-se sexuada ou assexuadamente. Possuem parede celular rígida que pode ser composta de celulose, glicanas, mananas ou quitina e membrana celular com esteróis presentes. Seu principal material de reserva é o glicogênio. Eles crescem bem à temperatura ambiente e em meios ácidos. Os seres do Reino Fungi se alimentam incorporando os nutrientes necessários ao seu metabolismo através da absorção de substâncias após digestão extracorpórea (saprófitos), realizada por enzimas sintetizadas e secretadas sobre a matéria orgânica contida no ambiente. Assim, a nutrição é absortiva. Se dispersam por disseminação dos propágulos pela água, animais, homem, sementes, insetos e pelo ar. Os fungos estudados na microbiologia compreendem as leveduras e os bolores. As leveduras são fungos da classe dos ascomicetos, os quais pertencem ao filo Ascomycota. Este filo caracteriza-se por possuir fungos nos quais a produção de esporos ocorre em esporângios específicos, denominados de ascos. Nas indústrias, as leveduras apresentam os seguintes pontos de interesse: são utilizadas na produção do álcool industrial e de todas as bebidas alcoólicas destiladas ou não; são utilizadas na panificação; são prejudiciais à conservação de frutos e de sucos vegetais, pois são agentes de fermentação; algumas espécies são patogênicas às plantas, animais e ao homem. A levedura como entidade independente realiza a fermentação do açúcar com o objetivo de conseguir a energia química necessária à sua sobrevivência, sendo o etanol apenas e tão somente um subproduto desse processo. Se o homem pretende beneficiar-se dessa habilidade metabólica, ele deve buscar os conhecimentos que lhe permitam propiciar às leveduras, condições ideais para que as mesmas trabalhem a seu favor, isto é, com maior eficiência na produção do etanol. A célula de levedura possui estruturas para a adequação de sua atividade metabólica; a fermentação alcoólica (glicólise anaeróbia) ocorre no citoplasma, enquanto que a oxidação total do açúcar (respiração) dá-se na mitocôndria. Os bolores são organismos pluricelulares, que se apresentam filamentosos ao microscópio óptico a fresco com baixa ampliação. Ao exame macroscópico apresentam crescimento característico com aspecto aveludado ou cotonoso (algodão) ou como borra de café (Aspergillus niger). 2. FUNGOS EM ALIMENTOS Os fungos em alimentos causam doenças devido as toxinas que são deixadas no mesmo. Essas são as micotoxinas, que são substâncias químicas tóxicas. Bem estáveis ao calor (~270 Cº), mas sensíveis a radiação U.V. A exposição a micotoxinas é dividida entre direta e indireta sendo: ● Direta - Ingestão de alimentos com micotoxinas; ● Indireta - Consumo de alimentos originados de animais que ingeriram essas micotoxinas. Principais problemas causados por micotoxinas em seres humanos: ↦ Gastroenterites, problemas no fígado, nos rins, hemorragias, vômitos e dermatites. Também existem efeitos carcinogênicos, gangrena de extremidades ou convulsões e o câncer de esôfago. Chama-se micotoxicose a infecção causada pela ingestão de alimentos contaminados com micotoxinas produzidas por fungos filamentosos. milho contaminado com micotoxinas (4) Abaixo a tabela com os principais alimentos que sofrem contaminação, os principais fungos, as toxinas e complicações causadas por elas: PRINCIPAIS SUBSTRATOS PRINCIPAIS FUNGOS PRODUTORES PRINCIPAIS TOXINAS EFEITOS Amendoim, milho. Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus Aflatoxina B1 Hepatotóxica, nefrotóxica, carcinogênica. Trigo, aveia, cevada, milho e arroz. Penicillium citrinum Citrinina Nefrotóxica para suínos Centeio e grãos em geral. Claviceps purpurea Ergotamina Gangrena de extremidades ou convulsões Milho Fusarium verticillioides Fumonisinas Câncer de esôfago Cevada, café, vinho. Aspergillus ochraceus e Aspergillus carbonarius Ocratoxina Hepatotóxica, nefrotóxica, carcinogênica. Frutas e sucos de frutas Penicillium expansum e Penicillium griseofulvum Patulina Toxicidade vagamente estabelecida Milho, cevada, aveia, trigo, centeio. Fusarium sp Myrothecium sp Stachybotrys sp Trichothecium sp Tricotecenos: T2, neosolaniol, fusanona x, nivalenol, deoxivalenol Hemorragias, vômitos, dermatites. Cereais Fusarium graminearumZearalenona Baixa toxicidade; síndrome de masculinização e feminização em suínos (3) 3. MICOTOXINAS Chamamos de micotoxinas as toxinas produzidas por fungos filamentosos. Usamos esse termo geralmente para toxinas produzidas em alimentos e rações, excluindo aquelas toxinas produzidas por cogumelos. O ácido agárico (ácido tribásico hidroxilatado, produzido por Fomes officinalis, um macrofungo) foi incluído dentre as micotoxinas sob regulação em alguns países da Ásia e da Oceania . Micotoxinas são metabólitos secundários, aparentemente sem qualquer função no metabolismo normal dos fungos. Estudos têm revelado a existência de, pelo menos, cerca de 400 diferentes micotoxinas. As intoxicações pelas toxinas produzidas pelos fungos são chamadas de micotoxicoses. As principais micotoxinas são: ● Aflatoxinas (produzida pelos Aspergillus); ● Fumonisinas e Tricotecenos (produzida pelos Fusariuns); ● Citrinina (produzida pelos Penicilliuns). 4. ASPERGILLUS Os Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus são fungos produtores de aflatoxinas. A contaminação por Aspergillus em sementes ocasiona perda do poder germinativo. No arroz e na manteiga de cacau afetam a qualidade, promovem descoloração, e no café produzem aromas desagradáveis. Pode ainda alterar as condições físicas dos produtos, reduzir o valor nutricional, alterar o aspecto externo e principalmente produzir as aflatoxinas. A pesquisa de aflatoxina teve início em 1960, na Inglaterra, quando ocorreu intoxicação de aves tratadas com rações à base de amendoim provenientes do Brasil e da África. Tal fato ficou conhecido como “Doença X” e, na época, causou a morte de milhares de animais (20). A aflatoxina tem sido muito estudada por conta dos seus efeitos carcinogênicos que podem provocar em animais e o efeito agudo tóxico em seres humano. Atividade de água: A atividade de água requerida para o crescimento do A. flavus é de 0,80 a >0,99 (ótimo 0,98). Para a produção da aflatoxina os valores são de 0,82 a >0,99 e a atividade de água considerada mais favorável é de 0,95 a 0,99 (6 ) Temperatura: A temperatura ótima para a produção de aflatoxina depende do tipo de substrato, mas no geral a temperatura ótima para a produção de aflatoxina por aspergillus flavus é de 25 ºC. Elevados índices de aflatoxina foram produzidos em amendoim a 25 e 30 ºC, durante 7 e 15 dias de incubação, ocorrendo o mesmo no meio líquido. pH: O pH ótimo para o desenvolvimento de A. flavus e A. parasiticus situa-se entre 5 e 8, mas os mesmos podem crescer em ampla faixa de pH (2 a >11). O pH para produção de aflatoxina por A. parasiticus varia de 2 a >8, sendo 6 o pH mais favorável (6) 5. FUSARIUM É um gênero grande de fungos amplamente distribuído no solo e em associação com as plantas. A maioria da espécie é inofensiva apenas absorvendo substâncias orgânicas provenientes de matéria orgânica em decomposição, mas há aqueles que causam malefícios a saúde humana através da produção de micotoxinas. Essas micotoxinas nada mais são do que metabólitos secundários secretados por fungos no meio ambiente que afetam negativamente a saúde humana e animal quando contaminam produtos de cereais como milho, aveia e trigo. Dentre os malefícios, se tem as infecções oportunistas. Em humanos com o sistema imunológico comprometido (como por exemplo, contagem baixa de glóbulos brancos chamados neutrófilos), podem penetrar no corpo inteiro e na corrente sanguínea. Esta infecção é causada por membros do complexo Fusarium solani, Fusarium oxysporum, Fusarium verticillioides, Fusarium proliferatum e raramente por outras espécies de Fusarium. Estes agentes patogênicos também afetam a economia de forma negativa. No Brasil, já foi relatado que dentre os principais patógenos relacionados a podridão do colmo de milho, 20,68% são do gênero Fusarium, o que resulta na morte de plantações. Segue abaixo algumas informações sobre este Fungo: ● Encontrado no solo e em associação com plantas; ● Precisa de muita umidade para crescer; ● Cresce bem em meios de cultura; 6. PENICILLIUM O Penicillium é um género de fungos, o comum bolor do pão, que cresce em matéria orgânica morta, como queijo, cereais ou fruta. Várias espécies produzem bactericidas (antibióticos) que permitem ao fungo lutar contra a competição feroz das bactérias saprófitas pelo alimento.(8) O Penicillium é um dos fungos mais importantes e um dos mais estudados, tanto pelos efeito benéficos em sua manipulação quando pelos efeitos maléficos. A espécie Penicillium marneffei é responsáveis por pneumonias, esse tipo de Penicillium age como um parasita no ser humano atacando o tracto respiratório. Também é comumente manipulado para a fermentação de queijos como o Gorgonzola. Uma das espécies mais importante é a penicillium notatum. O pesquisador Alexander Fleming ao estudar uma certa bactéria acabou descobrindo ao acaso o efeito dessa espécie sob as bactérias por elas não crescerem mais no preparo onde havia se desenvolvido ao acaso o penicillium notatum. Produtor da micotoxina conhecida hoje por penicilina. 7. LEVEDURAS Define-se leveduras como fungos cuja forma predominante é unicelular. Podem ser esféricas, ovóides, cilíndricas ou triangulares. Reprodução: leveduras verdadeiras (há formação de ascósporos) e leveduras falsas que não produzem ascósporos . Todas podem se reproduzir assexuadamente. Requerem menos umidade que a maioria das bactérias. Multiplicam-se melhor quando estão em aerobiose. O crescimento é favorecido pelo pH ácido. Leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae. Foto. NASA (5) TIPOS DE LEVEDURAS: ● Candida: Pertencem ao grupo de leveduras que não produzem esporos assexuados. É comumente encontradas em carnes; Deterioram diversos alimentos. Algumas espécies são patogênicas para o homem; ● Saccharomyces: Grupo bastante heterogéneo. Leveduras que se multiplicam por brotamento. Tem intensa atividade fermentativa. As mais importantes são as S.cerevisiae, utilizadas para a produção de alimentos como pães, bebidas(vinhos,cervejas). 8. PREVENÇÃO. A prevenção baseia-se em: 1. Evitar o manejo inadequado das plantações e/ou estocar em condições inapropriadas os produtos, prestando atenção nos fatores de temperatura e umidade; 2. Realizar a secagem rápida através de secadores estáticos artificiais ou da exposição ao sol uma vez que os fungos são sensíveis aos raios U.V; 3. Combater as pragas que contaminam as sementes e promovem condições favoráveis ao crescimento dos fungos.9. CONCLUSÃO. Podemos entender que os fungos estão sempre presentes e podem ser benéficos ou maléficos, e alguns liberam toxinas que podem causar complicações à saúde. Devemos nos atentar aos fatores que facilitam a multiplicação desses microrganismos e evitá-los. Sabemos também que eles se reproduzem mais devagar que as bactérias porém são mais resistentes a diferentes pH e temperaturas, entretanto vulneráveis aos raios U.V. Por fim é importante procurar sempre pela origem do que consumimos pois nem sempre a contaminação está visível no alimento! 10. REFERÊNCIAS 1- Micotoxinas: Importância na Alimentação e na Saúde Humana e Animal. EMBRAPA, Outubro, 2007. ISSN 1677-1915; 2- Introdução: BRASIL, Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por alimentos / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010.p. 12 -13. VIEIRA, Darlene Ana de Paula; FERNANDES, Nayara Cláudia de Assunção Queiroz. Microbiologia Geral. Inhumas: IFG; Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2012. p. 61 - 71.; 3- Fungos em alimentos e tabela: Foi usado o material fornecido pela Prof. Marcela Vicente Vieira Andrade Gonçalves; 4- Imagem do milho contaminado: Disponível em: https://bugwoodcloud.org; 5- Imagem da levedura: Disponível em: https://www.nasa.gov/mission_pages/station/research/experiments/306.html; 6- Aspergillus: Revisão de literatura sobre as condições de crescimento dos fungos toxigênico, Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus em alimentos. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/alimentos/article/viewFile/1143/944; 7- Fusarium: Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/8468/1/2010_MariaLainePenhaTinoco.pdf https://fitopatologia1.blogspot.com/2010/10/aspectos-gerais-e-morfologicos-do-fungo.html; 8- Penicillium: Introdução do Penicillium e uso na fermentação do queijo, disponível em: https://www.quali.pt/microbiologia/581-fungo-bolores-penicillium; Efeito bactericida do Penicillium disponível em: https://guiamedicobrasileiro.com.br/penicillium/.
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