Buscar

RELAÇÃO PARASITO HOSPEDEIRO RESENHA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RELAÇÃO PARASITO HOSPEDEIRO
Ao observamos os seres vivos - animais e vegetais - vem os que o seu inter-relacionamento é enorme e fundamental para a manutenção da "vida". Podemos, mesmo, afirmar que nenhum ser vivo é capaz de sobreviver e reproduzir-se independentemente de outro. Entretanto, esse relacionamento varia muito entre os diversos reinos, filos, ordens, gêneros e espécies. Convém salientar que as relações entre os seres vivos não são estáticas, ou seja, na natureza a característica maior é a interdependência dinâmica de seus componentes. Há uma adaptação de cada um, tendendo ao equilíbrio, cuja estabilidade jamais é alcançada, salvo com as etapas sucessivas em demandas de novos e contínuos equilíbrios: é a "evolução". Dessa forma, meio ambiente e seres vivos estão em permanente e contínuo processo de adaptação mútua, isto é , estão "evoluindo" sempre. Entretanto, para que essa evolução ocorra, o agente ou força que provocou o desequilíbrio ambiental agiu de maneira constante, progressiva e lenta. Porém, se o desequilíbrio for brusco, rápido ou muito abrangente, não ha verá evolução, mas, sim, destruição das espécies envolvidas.
PRINCIPAIS FATORES ASSOCIADOS ÀS DOENÇAS PARASITARIAS
As consequências das infecções parasitárias sobre o organismo são diversas, dentre as quais podemos citar: retardo no crescimento, desnutrição, anemia, irritabilidade, diminuição da capacidade do sistema imunológico de combater processos infecciosos. Alguns fatores favorecem a ocorrência de parasitas intestinais como condições climáticas, tipo de solo da região, hábitos culturais, higiene da população e exposição aos parasitas. É na esteira da pobreza, da falta de educação e de saneamento básico que as doenças parasitárias encontram um campo fértil.
ADAPTAÇÃO DOS PARASITAS 
Ao decorrer de milhares de anos houve uma evolução para o melhor relacionamento com o hospedeiro. Essa evolução, feita a custa de adaptações, tomou o invasor (parasito) mais e mais dependente do outro ser vivo. Alguns parasitas desenvolveram estratégias que favorecem seu sucesso reprodutivo. Geralmente produzem milhares de ovos; outros apresentam hermafroditismo, ou seja, possuem os dois sexos, o que aumenta a chance de fecundação; há ainda os que produzem óvulo que se desenvolve em um organismo sem ocorrer fecundação.
Mecanismos de resistência. Por exemplo, uma cutícula externa que os protege da defesa do hospedeiro, ou cistos, formas de resistência que se originam em condições desfavoráveis e que se abrem em condições adequadas, liberando o parasita.
Os cistos têm uma carapaça protetora que permite aos protozoários viverem temporariamente em meio terrestre com baixa atividade metabólica e voltando a se desenvolver quando as condições ambientais forem favoráveis à vida.
Os diversos tipos de tropismos são capazes de facilitar a propagação, reprodução ou sobrevivência de determinada espécie de parasito. Os tropismos mais importantes são: geotropismo (abrigar-se na terra - diz-se neste caso que é positivo, e abrigar-se acima da superfície da terra - diz-se neste caso que é geotropismo negativo).
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
Atingindo o homem e agindo como corpo estranho que se instala e cresce nos tecidos humanos, o parasito a instalar-se à custa do hospedeiro, metabolizando as suas reservas nutritivas para cobrir as próprias necessidades metabólicas. O resultado será o prejuízo do hospedeiro, levando às consequências finais, ou seja, à doença ou à morte. O mecanismo desta ação parasitária pode ser único ou múltiplo.
Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro indica que está havendo ação patogênica do mesmo, muitas vezes, depende da fase evolutiva do parasito.
A doença parasitária é um acidente que ocorre em consequência de um desequilíbrio entre hospedeiro e o parasito. A morte do hospedeiro representa também a morte do parasito, o que, para este, não é bom. Dessa forma, vê-se que a ação patogênica dos parasitos é muito variável, podendo ser assim apresentada:
Ação Espoliativa: Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. 
Ação Tóxica: Algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro. 
Ação Mecânica: Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. 
Ação Traumática: É provocada, principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de fazê- lo.
Ação Irradiativa: Deve-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado.
Ação Enzimática: É o que ocorre na penetração da pele por cercarias de S. mansoni; a ação da E. histolytica ou dos Ancylostomatidae para lesar o epitélio intestinal e, assim, obter alimentos assimiláveis etc.
Anóxia: Qualquer parasito que consuma oxigênio da hemoglobina, ou produza anemia, é capaz de provocar uma anóxia generalizada.

Continue navegando