Buscar

Penal 3

Prévia do material em texto

Direito Penal
Profª Maria Isabel (Bel)
Juíza Criminal Federal
Sugestão de Leitura – Roberto Delmanto
Classificação dos crimes
Conflito aparente de normas
Lei Penal no tempo
Lei Penal no espaço
Concurso de pessoas
	CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
A razão é a facilitação na identificação do iter criminis, 
Existem duas classificações
Leal – é a classificação que o legislador deu, atribuído ao delito pela lei penal. Ex. Matar alguém – designação da lei - HOMICÍDIO
Doutrinária – construída pelos estudiosos do direito – nomen juris. Está será o objeto do estudo.
Crimes Comuns ou Gerais
São aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa – homicídio, furto extorsão mediante sequestro,...
Crimes próprios ou especiais
São aqueles em que o tipo penal exige uma situação fática ou jurídica diferenciada por parte do sujeito ativo – Peculato (praticado somente pelo funcionário público)
Puros: quando não forem cometidos pelo sujeito indicado no tipo penal, deixam de ser crimes.
Ex.: Advocacia administrativa, se não for funcionário público a executar a ação não existe crime. Pode haver um crime residual dependendo da situação fática se encaixando em outro delito.
Flexionar – preencher os elementos de um tipo penal.
Impuros: quando não for cometido pelo sujeito indicado no tipo penal transformam-se em tipos penais diversos.
Ex. Se a mãe mata o filho recém-nascido, após o parte, em estado puerperal, é infanticídio; caso um estranho mate o recém-nascido, sem qualquer participação da mãe, cuida-se de homicídio.
Crimes de mão-própria
Exigem sujeito ativo qualificado, devendo este cometer pessoalmente a conduta típica. Ex. apenas duas hipóteses: Falso testemunho – somente ele na frente do juiz que pode faltar com a verdade; reingresso de estrangeiro expulso (art. 338). De acordo com o STF crime de mão própria não admite coautoria, mas aceita participação.
O que diferencia os crimes próprios e os de mão própria é que nos próprios, o sujeito ativo pode determinar que alguém execute o crime no seu lugar, nos de mão própria, ninguém, os comete por intermédio de terceiro.
Crime simples
É aquele que se amolda em um único tipo penal
Ex. Furto
Crime complexo
É aquele que resulta da união de dois ou mais tipos penais e se subdividem em
Sentido estrito – resulta da união de dois ou mais tipos penais
Roubo oriundo da fusão entre furto e ameaça, ou furto e lesão corporal
Sentido amplo – resulta da fusão de um crime com um comportamento por si só penalmente irrelevante.
Denunciação Caluniosa – originária da união da calúnia com a conduta lícita de noticia à autoridade pública a prática de uma infração penal e sua respectiva autoria.
Crimes materiais ou causais
São aqueles em que o tipo penal aloja em seu interior uma conduta e um resultado naturalístico, sendo a ocorrência deste último necessária para a consumação.
Ex. Homicídio
Crimes formais
São aqueles nos quais o tipo penal contém em seu bojo uma conduta e um resultado naturalístico, mas esse último é desnecessário para a consumação.
Art. 159 Extorsão mediante sequestro – basta a privação da liberdade da vítima
Art. 147 Ameaça – basta a ameaça
Art. 140 Injúria – basta injuriar
Crimes de mera conduta
São aqueles que o tipo penal se limita a descrever uma conduta, ou seja, não contém resultado naturalístico, razão pela qual ele jamais poderá ser verificado.
Ex.: Ato obsceno Art. 233 CP
Crimes instantâneos
Aqueles cuja consumação se verifica em um momento determinado, sem continuidade no tempo.
Ex. Furto Art. 155, Roubo, Homicídio,...
Crimes permanentes
São aqueles cuja consumação se prolonga no tempo, por vontade do agente. Neste caso, a prisão em flagrante é cabível a qualquer momento, enquanto perdurar a situação de ilicitude. Se dividem em 
Necessariamente permanente – são aqueles que para a consumação é imprescindível a manutenção da situação contrária ao direito por tempo juridicamente relevante. Ex. Sequestro Art. 148. O iter criminis se prolonga no tempo
Eventualmente permanente – em regra são crimes instantâneos, mas, no caso concreto, a situação de ilicitude pode ser prorrogada no tempo pela vontade do agente. Ex. Furto de Energia Elétrica (art. 155, §3º)
Instantâneos de efeitos permanentes – são aqueles cujos efeitos subsistem após a consumação independente da vontade do agente, tal como ocorre na Bigamia.
Crimes a prazo – são aqueles cuja consumação exige a fluência de determinado período. Ex. Lesão Corporal de natureza grave em decorrência da incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias (CP 129, §1º, i) e do sequestro em que a privação da liberdade dura mais de 15 dias (CP art. 148, § 1º, III)
Crimes unisubjetivos
Praticados por um único agente. Admitem, entretanto, o concurso de pessoas. Ex.: Homicídio.
Crimes plurissubjetivos
O tipo penal reclama a pluralidade de agentes, que podem ser coautores ou partícipes, imputáveis ou não, conhecidos ou não, e inclusive pessoas em relação Às quais já foi extinta a punibilidade.
20/08/13
Bilaterias ou de encontro: o tipo penal exige dois agente, cujas condutas tendem a se encontrar é o caso da Bigamia.
Coletivos ou de convergênica – o tipo penal reclama a existência de três ou mais agentes. Podem ser:
Crimes de condutas contrapostas: os agentes devem atuar uns contra os outros é o caso da rixa
Crimes de condutas paralelas; os agentes se auxiliam mutuamente, com o objetivo de produzirem o mesmo resultado é o caso de quadrilha ou bando
CRIMES EVENTUALEMTNE COLETIVOS
São aqueles em que, não obstante o seu caráter unilateral, a diversidade de agentes atua como causa de majoração da pena, tal como se dá no furto qualificado e no roubo circunstanciado.
CRIMES DE SUBJETIVIDADE PASSIVA ÚNICA
São aqueles em que consta no tipo penal uma única vítima. É o caso da Lesão Corporal.
CRIMES DE DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA
São aqueles em que o tipo penal prevê a existência de duas ou mais vítimas. Caso do Aborto sem o consentimento da gestante (gestante e feto); violação de correspondência (remetente e destinatário)
CRIMES DE DANO OU DE LESÃO
São aqueles cuja consumação somente se produz com a efetiva lesa do bem jurídico. Ex. Homicídio, lesões corporais, dano,...
CRIMES DE PERIGO
São aqueles que se consumam com a mera exposição do bem jurídico penalmente tutelado a uma situação de perigo.
CRIMES DE PERIGO ABSTRATO – consumam-se com a prática da conduta, automaticamente, não se exige a comprovação da produção da situação de perigo, ao contrário, há uma presunção absoluta de que determinadas condutas acarretam perigo a bem jurídico. Ex. Tráfico de drogas.
CRIMES DE PERIGO CONCRETO - consumam-se com a efetiva comprovação, no caso concreto, da ocorrência da situação de perigo. É o caso do crime de perigo para a vida ou saúde de outro (art. 132).
CRIMES DE PERIGO INDIVIDUAL – atingem uma pessoa ou um número determinado de pessoas. Ex. perigo de contágio venéreo (art. 130)
CRIMES DE PERIGO COMUM OU COLETIVO – atingem um número indeterminado de pessoas. Ex. explosão criminosa (art. 251)
CRIMES DE PERIGO ATUAL – o perigo está ocorrendo. Ex. Abandono de incapaz (art. 133)
PERIGO IMINENTE – o perigo está prestes a ocorrer. Ex. algo que está para desabar
CRIMES DE PERIGO FUTURO OU MEDIATO – a situação de perigo decorrente da conduta se projeta para o futuro, como no porte ilegal de arma de fogo permitido ou restrito (lei 10.826/2003 art. 14 e 16)
CRIMES UNISSUBISISTENTES
São aqueles cuja a conduta se revela mediante um único ato de execução, capaz de por si só produzir a consumação. Ex. Crimes contra a honra praticados com o emprego da palavra.
CRIMES PLURISSUBSISTENTES
São aqueles cuja, conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos os quais devem somar-se para produzir a consumação. Ex. Homicídio consumado com vários golpes de facada.
CRIMES COMISSIVOS OU DE AÇÃO
São os praticados mediante uma conduta positiva, um fazer, tal como se dá no roubo (art. 157). Nessa categoria se enquadraa ampla maioria dos crimes
CRIMES OMISSIVOS OU DE OMISSÃO
São cometidos por meio de uma conduta negativa, de um não fazer. Omissão de socorro (art. 135)
Crimes omissivos próprios ou puros – a omissão está no próprio tipo penal (art. 135)
Crimes omissivos impróprios ou impuros ou COMISSIVO POR OMISSÃO – o tipo penal aloja em sua descrição uma ação uma conduta positiva, mas a omissão do agente, que descumpre seu dever jurídico de agir, acarreta a produção do resultado naturalístico e sua consequente responsabilidade penal.
As hipóteses estão previstas no art. 13, §2º CP.
Relevânica da omissão – a ação é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado
Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância (pais/filhos, tutor/tutelado
De outra forma assumiu a responsabilidade de impedir o resultado (vigia de rua, exímio nadador, guia turístico)
Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado (convidar para uma travessia,...)
CRIMES OMISSIVOS POR COMISSÃO – há uma ação provocadora da omissão. ERx. Funcionário público responsável por uma repartição impede que uma funcionária subalterna, com problemas de saúde seja socorrida e venha a falecer.
CRIMES DE CONDUTA MISTA
São aqueles em que o tipo penal é composto por cduas fases distintas, um inicial e positiva,m outra final e omissiva. Ex. Apropriação indébita de coisa achada (art. 169, §único, II)
Inicialmente o agente encontra uma cosia e dela se apropria (conduta positiva) depois deixa de restituí-la a quem pertence ou de entregá-la a autoridade competente (conduta negativa).
CRIMES DE FORMA LIVRE
São aqueles que admitem qualquer meio de execução. Ex. Ameaça (147) que pode ser cometida por meio de gestos palavras, símbolos, escritos,...
CRIMES DE FORMA VINCULADA
São aqueles que apenas podem ser executados pelos meios indicados no tipo penal. Ex. Crime de perigo venéreo (art. 130)
CRIMES MONO-OFENSIVO
São aqueles que ofendem um único bem jurídico. Ex. furto (art. 155)
CRIMES PLURIOFENSIVOS
São aqueles que atingem dois ou mais bens jurídicos. Ex. Latrocínio – afronta a vida e o patrimônio.
CRIMES PRINCIPAIS
São os que possuem existência autônoma, isto é, independem da prática de um crime anterior.
CRIMES ACESSÓRIOS
São aqueles que dependem da prática de um crime anterior. Ex. receptação
CRIMES TRANSEUNTES
São aqueles que não deixam vestígios materiais, como o caso dos crimes praticados verbalmente (ameaça, desacato, injúria, calúnia, difamação,...)
CRIMES NÃO TRANSEUNTES
São aqueles que deixam vestígios materiais (homicídio, lesões,...)
A falta de exame de corpo de delito leva à nulidade da ação penal, enquanto que nos delitos transeuntes não se realiza perícia (CPP 158 e 564, III,b)
CRIMES À DISTANCIA
São aqueles cuja conduta e resultado ocorrem em países diversos
CRIMES PLURILOCAIS
São aqueles cuja conduta e resultado se desenvolvem em comarcas diversas, sediadas no mesmo país.
Qual o juízo competente – local onde se operou a consumação
CRIMES EM TRÂNSITO
São aqueles em que somente uma parte da conduta ocorre em um país sem lesionar ou expor a situação de perigo vens jurídico de pessoas que nele vivem. Ex. A, da argentina, envia para os Estados unidos missiva com ofensa a B, e essa carta passa pelo território brasileiro.
CRIMES INDEPENDENTES E CONEXOS
Independentes são aqueles que não apresentam nenhuma conexão com outros delitos.
Conexos são interligados entre si.
Conexão material ou penal
Teleológica – o crime é praticado para assegurar a execução de outro delito. Ex. matar o segurança para sequestrar o empresário. 
Consequencial ou causal – o crime é cometido para assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem de outro delito. Ex. matar uma testemunha para manter impune o delito, e assassinar o comparsa para ficar com todo o produto do crime.
As duas espécies de conexão tem previsão legal e funcionam como qualificadoras nos crimes de homicídio e agravantes genérica para os outros delitos.
Conexão consequencial:
Garantir a ocultação – Um funcionário público pratica peculato, desviando dinheiro dos cofres públicos em proveito próprio e, em seguida, ameaça. Uma pessoa par que não revele a ocorrência do fato, a gim de que este permaneça oculto.
Garantir a impunidade – o empregado de uma empresa subtrai diversos objetos e, durante o processo criminal contra ele instaurado, coage uma das testemunhas para que não incrimine.
Garantir a vantagem – um dos autores do roubo diverge de seus comparsas quanto a repartição do produto do crime, pretendendo obter maior quinhão, o agride fisicamente.
Conexão Ocasional – o crime é praticado como consequência da ocasião, proporcionada pelo delito. Ex. ladrão após praticar o roubo decide estuprar a vítima. O agente responde por ambos os crimes em concurso material.
CRIMES CONDICIONADOS
São aqueles em que a inauguração da persecução penal depende de uma condição objetiva de procedibilidade. Ex. crime de ameaça – ação penal pública condicionada à representação do ofendido ou de seu representante.
Crimes incondicionados
São aqueles em que a instauração da persecução penal é livre. Constituem a ampla maioria dos delitos no Brasil. Ex. homicídio.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES.
Crime de ímpeto
É cometido sem premeditação, como decorrência de reação emocial repentina. Ex. homicídio privilegiado cometido pelo agente sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima.
Crime de atentado ou empreendimento.
É aquele que a lei pune de forma idêntica o crime consumado e a forma tentada, isto é, não há diminuição de pena em face de tentativa. É o caso do crime de evasão mediante violência contra a pessoa.
Crime de opinião ou de palavra
É aquele cometido pelo excesso abusivo na manifestação do pensamento seja pela forma escrita, seja pela forma verbal, tal como no crime de desacato.
Crime multitudinário
Crime praticado pela multidão em tumulto. Ex. agressões praticadas em um estádio por torcedores de um time de futebol.
Crime vago ?????????????????????????????
É aquele em que figura como sujeito passivo uma entidade destituída de personalidade jurídica, como a família ou sociedade. Ex.: tráfico de drogas
Crime internacional
É aquele que por tratado ou convenção devidamente incorporado ao ordenamento jurídico pátrio, o Brasil se comprometeu a evitar e punir, tal como o tráfico de pessoas.
Crime Habitual ????????????????????????**********
É o que somente se consuma com a prática reiterada e uniforme de vários atos que revelam um criminoso estilo de vida do agente. Cada ato, isoladamente considerado, é atípico. Ex. ilegal de medicina e curandeirismo.
Crime habitual próprio – a habitualidade é requisito típico do crime, de modo que sem ele não há crime. Ex. Exercício ilegal da medicina e curandeirismo.
Crime habitual impróprio – a existência do crime não depende da reiteração da conduta, se esta ocorrer haverá um só delito. Ex. incitar à Luca com violência entre as classes sociais.
Crime profissional
É o crime habitual, quando cometido com finalidade lucrativa. Ex. rufianismo.
Quase crime
Nome doutrinário atribuído ao crime impossível (art. 17) e à participação impunível (art. 31).
Crime subsidiário
É o que somente se verifica se o fato não constitui crime mais grave. É o caso do dano, subsidiário em relação ao incêndio.
Crime hediondo
Aquele que se enquadra no rol do art. 1º da lei 8.079/1990, na forma consumada ou tentada. Adotou-se o critério legal: crime hediondo é aquele que a lei define.
Crime falho*******************
Denominação doutrinária atribuída á tentativa perfeita ou acabada, ou seja, aquela em que o agente esgota os meios executórios que tinha à sua disposição e mesmo assim, o crime não se consuma por circunstâncias alheias á sua vontade. 6 tiros e o cara não morre.
Crime putativo, imaginário ou erroneamente suposto.
É aquele em que o agente acredita ter praticado um crime quando na verdade praticou umindiferente penal
Crime progressivo ***********
é aquele que para ser cometido deve o agente obrigatoriamente violar outra lei penal, a qual tipifica crime menos grave, chamado de crime de ação de passagem. Ex. relação entre homicídio e lesão corporal (aplica-se, in casu, o princípio da consunção para solução do conflito aparente de normas).
Progressão criminosa
Verifica-se quando ocorre mutação de dolo do agente, que inicialmente realiza um crime menos grave e, após, quando já alcançada a consumação, decide praticar outro delito, de maior gravidade.
Há dois crimes, mas o agente responde por apenas um deles, o mais grave em face do princípio da consunção.
Ex. “A” decide lesionar “B”, com chutes e pontapés. Em seguida, com “B” já bastante ferido, vem a matá-lo. Responde apenas por homicídio, pois, uma vez punido pelo todo (morte), será também punido pela parte (lesões corporais)
Crimes dolosos
O agente quer ou assume o risco de produzir o resultado (art. 18, I, CP)
Crimes culposos
Qunado o sujeito dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia
Crimes preterdolosos ou preterintencionais
É aquele em que o sujeito realiza um conduta dolosa, sofrendo uma agravação da pena por decorrência de um resultado que não desejou, mas o produziu por imprudência, negligência ou imperícia.
Ex. lesão corporal seguida de morte (também chamado de homicídio preterintencional art. 129, §3º CP
Crimes de ação simples
Quando possuírem apenas um verbo nuclear
Crimes de ação múltipla
Quando possuírem dois ou mais verbos nucleares. São também chamados de conteúdo variado. Ex. art. 122
Crime consumado
Quando nele se reúne todos os elementos de sua definição legal. Também chamado de crime perfeito.
Crime tentado
Diz-se tentado quando, iniciada a execução, não se consuma, por circunstâncias alheisas à vontade do agente. Art. 14, II.
Crimes de tipo aberto
São aqueles cuja definição empregam termos amplos, de modo a abarcar diversos comportamentos diferentes. É a técnica utilizada na maioria dos crimes culposos.
Crimes de tipo fechado
São aqueles que utilizam expressões de alcance restrito, englobam poucos comportamentos na definição legal art. 149
	CONFLITO APARENTE DE NORMAS
O conflito aparece sempre que, em um único fato, aparentemente aplicar-se-á a mais de uma norma incriminadora.
Princípio ne bis in idem – É vedada a dupla condenação por fato único. 
O fundamento para o estudo do conflito aparente de norma é o respeito ao devido processo legal e direito de liberdade. Para manter a coerência do ordenamento jurídico.
Princípio da especialidade, ou seja, o crime de latrocínio é especial, em relação ao crime de homicídio. Tício responderá por latrocínio.
Pressupostos para ocorrência do conflito aparente de normas:
Unidade de fato. (A exceção antefato e pós-fato impunível)
Premissa – um só fato não pode configurar mais de um crime sob pena de violar o princípio do ne bis in idem. Não pode uma conduta ser duplamente penalizadas.
Aparente incidência de mais de uma norma incriminadora
Vigência simultânea de todas as normas.
PRINCÍPIO PARA SOLUCIONAR O CONFLITO APARENTE DE NORMAS
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
Será empregado sempre que, entre os tipos aparentemente em conflito, ocorrer uma relação de especialidade (gênero-espécie)
Será especial a norma que contiver todos os elementos da outra (geral), além de mais alguns, de natureza subjetiva ou objetiva, considerados especializantes.
Toda ação que realiza o tipo do delito especial, realiza também, necessariamente, ao mesmo tempo o geral, enquanto que o inverso não é verdadeiro.
A relação de especialidade pode ocorrer entre tipos fundamentais e secundários. (caput e seus parágrafos)
Importar produto, art. 334, se o produto for droga, art. 33 lei de tráfico.
Os delitos, genéricos e devem ser praticados no mesmo momento fático. (infanticídio tentado e depois homicídio consumado)
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
Lei primária derroga lei secundária
Caberá quando, confrontando-se os tipos penais virtualmente aplicáveis, identificar-se entre eles uma relação de subsidiariedade, ou seja, de continente e de conteúdo.
Ocorre quando os tipos descreverem diferentes graus de violação ao mesmo bem jurídico. Haverá uma norma mais ampla e será a norma primária o principal, e haverá uma norma menos ampla que descreverá um grau inferior de violação a esse mesmo bem.
Diferença entre especialidade e subsidiariedade:
Os fatos previstos em uma e outra norma não estão em relação de espécie e gênero e, se a pena do tipo principal é excluída por qualquer causa, a pena do tipo subsidiário pode apresentar-se como soldado de reserva e aplicar-se-a pelo 
Especialidade – há uma relação de especialidade gênero-espécie na qual
29/08/13
Norma primária e subsidiária
O constrangimento ilegal é subsidiário ao estupro, ou seja, percorreu o constrangimento ilegal para chegar ao estupro.
Critérios da subsidiariedade.
Norma continente é uma norma maior, dentro temos uma norma conteúdo continente, e dentro desta a norma meramente conteúdo.
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO OU ABSORÇÃO
Relação consuntiva – relação de meio e fim.
A lei consuntiva prefere a lei consumida.
Especialidade – comparação entre leis; Consunção – comparação entre fatos.
Subsidiariedade – comparação qual é aplicável; Consunção comparação entre fatos o mais grave consome os demais.
Crime progressivo – inicialmente já pretende o resultado mais grave, não existe alteração do dolo.
Progressão criminosa – inicialmente pretende um resultado menos grave e continua praticando um crime mais grave. Existe alteração do dolo. Em sede de defesa dá para alegar a progressão, porque inicialmente o dolo era menos grave e na emoção comete crime mais grave (exemplo: o dolo é de agredir alguém e na emoção acaba cometendo homicídio)
Crime complexo (fusão de dois ou mais crimes) – exemplo roubo (fusão de furto e ameaça ou ainda lesões corporais).
Culpa elemento normativo
Dolo elemento subjetivo
05/09/13
Hipóteses de fatos Impuníveis
São divididos em três grupos
Anteriores - ante factum - ocorre quando o agente realiza uma conduta criminosa visando praticar outra em que a primeira esgotará toda a sua potencialidade lesiva, em outras palavras, a ação ou omissão anterior não tem razão de ser, senão para viabilizar prática da seguinte em que produzirá todo o malefício do crime.
Para roubar a bolsa da vítima, que se encontra no interior de um automóvel, eventual destruição do vidro não acarretará na imputação ao agente do crime de dano. Cheque falso e estelionato
Hipóteses de atos concomitantes ou simultâneos não puníveis, são aqueles praticados no instante em que se executa o fato principal
Posteriores - post factum impunível - ocorre quando, após a consução reazliza-se nova conduta contra o mesmo bem jurídico, incapaz de agravar a lesividade do comportamento anterios. Em outra palavras, todo o malefício que poderia ocorrer conta o bem já ocorrreu e não sofre qualquer acréscimo na ação.
Roubo de relógio em que o ladrão posteriormente destrói o relógio.
PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE
Nas infrações de ação múltipla ou de conteúdo variado, que são aqueles tipos penais que possuem diversos núcleos separados pela conjunção alternativa “ou”. Quando alguém pratica mais de um verbo do mesmo tipo penal, apresentando-se uma conduta como consequência.
Trafico de drogas, induz, instiga
Diferença com concurso de crimes
Concurso aparente não possui regramento legislativo, tratando-se de construção doutrinária e jurisprudencial. O concurso de crimes for regulamentado à risca pelo CP.
No concurso de crimes todas as leis violadas será aplicadas no caso concreto, implicando a soma ou majoração das penas previstas para cada uma delas.
No conflito aparente de normas, a incidência e uma delas impede a aplicabilidade da outra.
Conflito aparente de normas com conflito de leis no tempo.
No conflito de leis penais no tempo, duas ou mais leis disputam a aplicaçãoa um fato típico e ilícito praticado por agente culpável. Somente uma delas ainda não revogada, poderá ser empregada;
No conflito de leis no tempo somente uma delas existe e está em vitos, no conflito aparente ambas vigoram mas apenas a adequadas surtirá efeitos no caso real, sob pena de conficuração de bis in idem.
CONCURSO DE PESSOAS ou CONCURSOS DE AGENTES, CODELIQUENCIA, CONCURSO DE DELINQUENTES 29/31
Regras comuns às penas privativas de liberdade 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Meta optata
CONCEITO - Colaboração empreendida por duas ou mais pessoas para a realização de um crime ou de uma contravenção penal.
Espécies de crimes quanto ao concurso de pessoas
Crimes quanto ao concurso de pessoas
	Crimes Plurissubjetivos - (concurso necessário) são aqueles que só podem ser praticados por duas ou mais pessoas, em concurso, por haver expressa exigência do tipo penal nesse sentido. Ex. Crime de associação para o tráfico, pressupõe a união de pelo menos duas pessoas.
		De condutas paralelas - as condutas auxiliam-se mutuamente visando à produção de um resultado comum. Ex. quadrilha ou bando
		Condutas convergentes - as condutas tendem a encontrar-se e, desse encontro, surge a ilicitude. Ex. o exemplo revogado é o adultério (a traição configura a violação dos deveres do casamento cabendo indenização por danos morais cumulada com separação), o exemplo de válido é a bigamia
		Condutas contrapostas - as condutas são praticadas uma contra as outras. Ex. Rixa (co-autoria por três ou mais agentes).
	Crimes unissubjetivos - também chamados de concurso eventual - são aqueles que podem ser praticados por um ou mias agentes
Espécies de concursos de agentes
1. Concurso necessário - refere-se aos crimes plurssubjetivos os quais exigem o concurso de duas ou mais pessoas.
2. Concurso eventual - refere-se aos crimes monossubjeitos que podem ser praticados por um ou mais agentes. Logo haverá co-autoria ou participação.
MODALIDADES DE CONCURSOS DE PESSOAS
Co-autoria - coautores são que matam no crime de homicídio, são aqueles que atuam na ação nuclear preenchendo os elementos do tipo penal.
Coautoria parcial ocorre quando o tipo penal é composto______________ não é necessário que o agente realize todas as ações para ser considerado coauro, bastando a prática d euma dela (ex. estupro). O memso ocorre nos tipos mistos alternativos, a realização de uma só das condutas...
Teorias da autoria
Unitária - não diferencia autor doe aquele que de qualquer modo contriu para a procução de um resultado penalmene partícipe. O autor é aquele que de qualquer modo contribuir para a produção de um resultado penalmente relevante. (doutrina italiana e alemã). Essa teoria foi adotada pelo CP na redação primitiva em 1940, o fundamento era a teoria da equivalência dos antecedentes.
Teoria da Imputação Objetiva - É um requisito normativo inserido no fato típico, fundamentao para que se possa atribuir ao agente o resultado previsto no tipo penal
Extensiva - Também não diferencia autor de partícipe, au
Restritiva
Do domínio do fato
26/09/13
LEI PENAL NO TEMPO
Lei Penal – Vigora até ser revogada por outro ato normativo de igual natureza, verifica-se o princípio da continuidade das leis. Exceções leis temporárias e excepcionais (NASCEM MARCADAS PARA MORRER), tais leis são autorrevogáveis (não precisam de outra lei para a sua revogação).
A revogação da lei pode ser por ab-rogação ou por derrogação, dependendo do modo pelo qual se verifica ela pode ser expressa (uma lei indicada em seu corpo os dispositivos revogados) Lei de drogas revogou expressamente a lei 6368 e 11.409, em seu art. 75; ou de forma tácita ela se revela incompatível com a antiga lei.
CONFLITOS DE LEI NO TEMPO
Art. 4º - teoria da atividade.

Continue navegando