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Sumário
1.Introdução
2.Referencial teórico
2.1.Deficiência Visual
2.1.1 Avaliação Funcional da Visão
2.1.2 Cegueira
2.1.3 Baixa Visão 
2.1.4 Recursos Didáticos 
2.2 Deficiência auditiva 
2.2.1 Perda Auditiva e Hipoacústico 
2.2.2 Patologias do ouvido
2.2.3 Perda Auditiva Condutiva e Perda Auditiva Neurossensorial
2.2.4 Classificação como forma de comunicação
2.2.5 Etiologia da surdez
2.3 Deficiência física
2.3.1 Conceitos
2.3.2 Adaptações físicas na escola
2.3.3 Deficiência Física e o Processo de Inclusão Escolar
2.4 Deficiência Intelectual 
2.4.1Conceitos
2.4.2 Os principais critérios diagnósticos da Deficiência Intelectual 
2.2.3 Como se diagnostica a Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo
3. Conclusão 
4. Referencial
5.Anexo 
Introdução
 A Educação especial tem sido uma das áreas que tem desenvolvido estudos científicos para melhor atender pessoas com qualquer deficiência, além das necessidades comportamentais, emocionais ou sociais. A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades.
O conceito de educação inclusiva surgiu a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. A idéia é que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular. A educação inclusiva é uma ação educacional humanística, democrática, amorosa, que percebe o sujeito em sua singularidade e que tem como objetivos: o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
O objetivo da inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma espécie de deficiência. 
Do ponto de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto. No entanto, por vezes, surge uma imensa dificuldade por parte das escolas em conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais devido à necessidade de criar as condições adequadas.
A educação inclusiva apóia os deficientes numa educação especial. 
2.1 .Deficiência visual
A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. O nível de acuidade visual pode variar, o que determina dois grupos de deficiência:
Cegueira - há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita.
Baixa visão ou visão subnormal - caracteriza-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos especiais.
Avaliação Funcional da Visão
Na avaliação funcional da visão considera-se a acuidade visual, o campo visual e o uso eficiente do potencial da visão.A acuidade visual é a distância de um ponto ao outro em uma linha reta por meio da qual um objeto é visto. Pode ser obtida através da utilização de escalas a partir de um padrão de normalidade da visão.
 O campo visual é a amplitude e a abrangência do ângulo da visão em que os objetos são focalizados. A funcionalidade ou eficiência da visão é definida em termos da qualidade e do aproveitamento do potencial visual de acordo com as condições de estimulação e de ativação das funções visuais.
A funcionalidade ou eficiência da visão é definida em termos da qualidade e do aproveitamento do potencial visual de acordo com as condições de estimulação e de ativação das funções visuais.
2.1.2 Cegueira
A cegueira é uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente. Pode ocorrer desde o nascimento (cegueira congênita), ou posteriormente (cegueira adventícia, usualmente conhecida como adquirida) em decorrência de causas orgânicas ou acidentais. Em alguns casos, a cegueira pode associar-se à perda da audição (surdocegueira) ou a outras deficiências. Muitas vezes, a perda da visão ocasiona a extirpação do globo ocular e a conseqüente necessidade de uso de próteses oculares em um dos olhos ou em ambos. 
Sem a visão, o desenvolvimento aguçado da audição, do tato, do olfato e do paladar é resultante da ativação contínua desses sentidos por força da necessidade. Portanto, não é um fenômeno extraordinário ou um efeito compensatório. Os sentidos remanescentes funcionam de forma complementar e não isolada. A experiência tátil não se limita ao uso das mãos. O olfato e o paladar funcionam conjuntamente e são coadjuvantes indispensáveis.
2.2.3 Baixa Visão 
A definição de baixa visão (ambliopia, visão subnormal ou visão residual) é complexa devido à variedade e à intensidade de comprometimentos das funções visuais. Essas funções englobam desde a simples percepção de luz até a redução da acuidade e do campo visual que interferem ou limitam a execução de tarefas e o desempenho geral. Em muitos casos, observa-se o nistagmo, movimento rápido e involuntário dos olhos, que causa uma redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura. É o que se verifica, por exemplo, no albinismo, falta de pigmentação congênita que afeta os olhos e limita a capacidade visual. Uma pessoa com baixa visão apresenta grande oscilação de sua condição visual de acordo com o seu estado emocional, as circunstâncias e a posição em que se encontra, dependendo das condições de iluminação natural ou artificial. A baixa visão traduz-se numa redução do rol de informações que o indivíduo recebe do ambiente, restringindo a grande quantidade de dados que este oferece e que são importantes para a construção do conhecimento sobre o mundo exterior. Em outras palavras, o indivíduo pode ter um conhecimento restrito do que o rodeia.
Algumas crianças cegas congênitas podem manifestar maneirismos, ecolalia e comportamentos estereotipados. Isso porque a falta da visão compromete a imitação e deixa um vazio a ser preenchido com outras modalidades de percepção. A falta de conhecimento, de estímulos, de condições e de recursos adequados pode reforçar o comportamento passivo, inibir o interesse e a motivação. A escassez de informação restringe o conhecimento em relação ao ambiente. Por isso, é necessário incentivar o comportamento exploratório, a observação e a experimentação para que estes alunos possam ter uma percepção global necessária ao processo de análise e síntese.
2.1.4 Recursos Didáticos 
 A predominância de recursos didáticos eminentemente visuais ocasiona uma visão fragmentada da realidade e desvia o foco de interesse e de motivação dos alunos cegos e com baixa visão. Os recursos destinados ao Atendimento Educacional Especializado desses alunos devem ser inseridos em situações e vivências cotidianas que estimulem a exploração e o desenvolvimento pleno dos outros sentidos. A variedade, a adequação e a qualidade dos recursos disponíveis possibilitam o acesso ao conhecimento, à comunicação e à aprendizagem significativa. A utilização de recursos ópticos e não- ópticos envolve o trabalho de pedagogia, de psicologia, de orientação e mobilidade e outros que se fizerem necessários. As escolhas e os níveis de adaptação desses recursos em cada caso devem ser definidos a partir da conciliação de inúmeros fatores. Entre eles, destacamos: necessidades específicas, diferenças individuais, faixa etária, preferências, interesses e habilidades que vão determinar as modalidades de adaptações e as atividades mais adequadas.Alguns dos recursos: Modelos e Maquetes, Sorobã, Livro Didático Adaptado, Livro Acessível,
Conhecer o desenvolvimento global do aluno, o diagnóstico, a avaliação funcional da visão, o contexto familiar e social, bem como as alternativas e os recursos disponíveis, facilitam o planejamento de atividades e a organização do trabalho pedagógico.Deficiência auditiva
Deficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia ou surdez) é a perda parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças.No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência.
2.2.1 Perda Auditiva e Hipoacusia
Os conceitos gerais sobre surdez, classificações, técnicas e métodos de avaliação da perda auditiva, características dos diversos tipos de surdez, etc., são fundamentais para compreender as implicações da deficiência auditiva.
O deficiente auditivo é classificado como surdo, quando sua audição não é funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva pode ser de origem congênita, causada por viroses materna doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, viroses, predisposição genética, meningite, etc.
As hipoacústicas classificam-se em função do grau da perda auditiva, sua ordem e localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo ou no médio é denominada como deficiência de transmissão ou deficiência mista dependendo da intensidade da lesão. Quando se origina no ouvido e no nervo auditivo é dita deficiência interna ou sensorioneural (estágio mais agudo da deficiência).
Mas o conceito de perda auditiva nem sempre é suficientemente claro para a pessoa que se depara pela primeira vez com o problema da surdez.O grau de perda auditiva é calculado em função da intensidade necessária para amplificar um som de modo a que seja percebido pela pessoa surda. Esta amplificação mede-se habitualmente em decibéis, como já descrito anteriormente.
Contudo a medida da perda auditiva não é suficiente para medir o real problema de audição que uma pessoa apresenta. Faz-se necessário mensurar também qual o espectro de frequência que está afetado pela surdez. Considera-se que as perdas auditivas nas freqüências baixas são mais prejudiciais do que as perdas nas freqüências altas. "Para compreendermos a causa disto teremos de analisar a relação entre a frequência de um som e o tom com que este som se percebe". (CRYSTAL, 1983).
A frequência de um som é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). O ouvido humano percebe sons nas freqüências entre 20 Hz e 20 000 Hz.Entretanto a resposta perceptiva ao estímulo sonoro é denominada tom. Porém não há uma relação entre a escala de tons e a escala de freqüências. Mas, podemos tomar como parâmetros a escala de tons. Onde se compara o tom de uma nota musical a exemplo a nota "lá" que poderá apresentar um grau de entonação inferior ou superior dentro da mesma nota "lá".
Para um diagnóstico correto de uma surdez é preciso fazer uma exploração audiométrica do grau de perda por relação com um espectro de frequência que vá pelo menos de 125 Hz a 4 000 Hz, já que são estas as freqüências mais utilizadas na fala humana.(CASANOVA, 1988).
Outro problema que deve ser levado em consideração e a relação entre o limiar auditivo e o limiar doloroso, de forma, a saber, qual o tipo de resíduo auditivo que poderá ser aproveitado para a reabilitação indivíduo surdo. O limiar auditivo corresponde ao nível de intensidade necessário para que a pessoa surda perceba o som e este limiar pode ser diferente em cada frequência. O limiar doloroso é o ponto em que a intensidade sonora produz dor à pessoa. A distância que vai do limiar auditivo ao limiar de dor é o que se chama de resíduo auditivo utilizável.
O professor pode suspeitar de casos de deficiência auditiva entre seus alunos quando observar os seguintes sintomas: Excessiva distração; frequentes dores de ouvido ou ouvido purgante; dificuldade de compreensão; intensidade da voz, inadequada para a situação, muito alta ou baixa ou quando a pronúncia dos sons é incorreta.
2.2.2 Patologias do ouvido
A deficiência auditiva pode ser classificada como: deficiência de transmissão – quando o problema se localiza no ouvido externo ou no ouvido médio; deficiência mista – quando o problema se localiza no ouvido médio. E deficiência interna ou sensorioneural – quando se origina no ouvido interno e no nervo auditivo.
As principais patologias do ouvido humano são: as ligadas à membrana timpânica, a deficiência de transmissão sonora no sistema tímpano-ossicular, a rigidez nos ligamentos de suporte ossicular, a timpanoesclerose, a fixação do martelo, a ausência no reflexo estapediano, a paralisia do nervo do músculo estribo, a complacência da membrana timpânica ou a sua rigidez, a lesão retrocloclear e a surdez psicogênica que é um dos distúrbios psicogênicos.A impedância acústica do ouvido médio é um tipo comum de patologia. Pode ser definida como a resistência que a mesma oferece à energia sonora que penetra no conduto auditivo externo. E há ainda as patologias ligadas a Trompa de Eustáquio apresentando-se ou muito aberta ou obstruída e causando sintomas como autofonia e a percepção sonora da respiração pelo indivíduo.
2.2.3 Perda Auditiva Condutiva e Perda Auditiva Neurossensorial	
A causa pode se dar por diversas doenças ou hábitos. 
 A perda condutiva, que está relacionada a anomalias na transmissão do som nos ouvidos médio e externo. Caracteriza-se quando o som não consegue chegar até o sistema auditivo interno. Isso pode acontecer quando há excesso de cerume (cera no ouvido), ferimentos no tímpano, infecções no ouvido médio e Otosclerose. Esses casos agem como se fossem barreiras, impedindo que os impulsos nervosos elétricos sejam transmitidos para o cérebro.
Perda Auditiva Neurossensorial - Envolve o ouvido interno, existe uma falha do nervo auditivo. Portanto, mesmo que as ondas ou vibrações sonoras cheguem ao ouvido interno (não haja nenhum impedimento), elas não são transformadas em impulsos elétricos para o cérebro. Esse tipo de perda auditiva é resultado de danos no nervo auditivo. Esses danos podem ser causados por envelhecimento natural, ruídos muito altos, efeitos colaterais de medicamentos, infecções virais e etc.
2.2.4 Classificação por forma de comunicação 
Classificação por forma de comunicação 
Surdos oralizados: aqueles que se comunicam utilizando a língua oral e/ou escrita.
Surdos sinalizados: aqueles que se comunicam utilizando alguma forma de linguagem gestual.
Surdos bilíngues: aqueles que utilizam ambas as formas de comunicação.
2.2.5 Etiologia da surdez
As causas da surdez podem ser dividias em: pré-natais, perinatais e pós natais.
 As causas pré-natais são: Hereditárias (A deficiência auditiva pode ser transmitida geneticamente de geração em geração, particularmente quando existem casos de surdez na família).Doenças adquiridas pela mãe durante a gravidez, tais como:Rubéola;Sífilis;Toxoplasmose;Citomegalovírus;Herpes;Intoxicações intrauterinas;Agentes Físicos (como, por exemplo, os raio-X);Alterações Endócrinas (Diabetes ou Tiroide);Carências Alimentares.
As causas perinatais podem ser: Traumatismos Obstétricos; Anóxia.
As causas pós-natais podem ser: Doenças infecciosas;Bacterianas (ex.: meningites, otites, inflamações agudas ou crónicas das fossas nasais e da nasofaringe);Virais;Intoxicações;Trauma Acústico.Envelhecimento Natural.
2.3 Deficiência Física 
2.3.1Conceitos
Podemos definir a deficiência física como "diferentes condições motoras que acometem as pessoas comprometendo a mobilidade, a coordenação motora geral e da fala, em consequência de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou más formações congênitas ou adquiridas"(MEC,2004).
De acordo com o Decreto n° 5.296 de 2 de dezembro de 2004, deficiência física é : "alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções".
A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grande limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida. (BRASIL, 2006, p. 28)
A deficiência física pode ser:
 • Temporária - quando tratada, permite que o indivíduo volte às suas condições anteriores. 
• Recuperável - quando permite melhora diante do tratamento, ou suplência por outras áreas não atingidas. 
• Definitiva - quando apesar do tratamento, o indivíduo não apresenta possibilidade de cura, substituição ou suplência. 
• Compensável - é a que permite melhora por substituição de órgãos. Por exemplo, a amputação compensável pelo uso da prótese.
 A deficiência física pode ter causa: 
• Hereditária - quando resulta de doenças transmitidas por genes, podendo manifestasse desde o nascimento, ou aparecer posteriormente.
 • Congênita - quando existe no indivíduo ao nascer e, mais comumente, antes de nascer, isto é, durante a fase intra-uterina. 
• Adquirida - quando ocorre depois do nascimento, em virtude de infecções, traumatismos, intoxicações,doenças; 
2.3.2 Adaptações físicas na escola
 As características da sala de aula e das carteiras constituem importantes condições para a permanência na escola comum dos alunos que apresentam dificuldades de locomoção e problemas posturais, decorrentes de lesões que provocam o comprometimento dos membros inferiores pendurados; 
As condições necessárias à acessibilidade desses alunos são, em sua maioria, necessárias a todos os demais alunos: a) cadeira com altura adequada, para que o aluno não fique com os pés; b) mesa com altura apropriada à necessidade do aluno; c) piso da sala de aula não escorregadio. d) espaço suficiente entre as carteiras para permitir melhor circulação de cadeira de rodas; 
Na ausência de membros inferiores, o uso imediato da prótese ajuda a manter a postura sentada e melhora a organização do esquema corporal. Acessibilidade Respeitar critérios estabelecidos pela legislação Rotas de circulação:dimensionamento correto, sem obstáculos ou nivelados com o piso Degraus ou escadas: associados a rampas ou equipamento de transporte vertical Pisos: superfície regular e antiderrapante, piso tátil de alerta e direcional Sanitários e vestiários: acessíveis e devidamente sinalizados Mobiliários: bebedouros, telefones, balcões e mesas em altura adequada Símbolo Internacional de Acesso – SIA (Lei nº 7.405/85) Representação gráfica que indica a acessibilidade dos serviços ou ambientes Principais aplicações Áreas de acesso/ entradas Vagas de estacionamento Sanitários Áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas Equipamentos para uso preferencial de pessoas com deficiência Meios de transporte público ou privado
 2.3.3 Deficiência Física e o Processo de Inclusão Escolar 
O aspecto denotativo da prática padronizada da instituição escolar é a utilização de referencial perceptivo-motor pré-estabelecido como eixo do trabalho pedagógico em sala de aula, por meio dos conteúdos, metodologias e, principalmente, materiais didáticos. Essa prática, obviamente, não tem sintonia com os referenciais motores do aluno com deficiência física, causando-lhe dificuldades significativas no processo de aprendizagem. Deve-se olhar o aluno com necessidades educacionais especiais - deficiência física como um sujeito que, apesar de possuir uma especificidade (deficiência física)que o diferencia dos demais,deve ser visto como um sujeito pleno e historicamente situado, capaz de responder com competência às exigências do meio, contanto que Ihes sejam oferecidas condições para tal. 
Algumas deficiências físicas podem afetar, de forma mais acentuada, a aparência física das pessoas, ocasionando um problema secundário, a baixa auto estima, que poderá requerer intervenção psicológica ou terapêutica. Salienta-se,entretanto, que a baixa auto estima não é uma conseqüência direta da aparência física, mas se define pela natureza da relação que se estabelece entre a pessoa e seu entorno social. Neste contexto, atitudes de não aceitação dos grupos sociais e das famílias, muitas vezes levam a pessoa com deficiência a assumir posturas indesejáveis e excludentes como o isolamento, colaborando, assim, para dificultar a sua inclusão no ambiente escolar.
O educador deve orientar seus alunos, no sentido de acolher e compreender as limitações físicas dos colegas e os diferentes meios de comunicação utilizados por eles, para que haja uma melhor interação social entre todos. Deve buscar meios de informar- se sobre as características de cada um dos seus alunos com ou sem deficiência, objetivando a compreensão de suas potencialidades e necessidades, para que possa ajudá-Io de forma significativa. O aluno com deficiência física deve participar das atividades oferecidas pela escola, junto com os outros alunos, desempenhando tarefas ou papéis de acordo com suas possibilidades. Sua participação efetiva irá proporcionar-lhe sentimento de pertencimento ao grupo, garantindo, assim, melhor interação social.
 As atividades competitivas devem ser evitadas. O professor deve sempre estimular atividades nas quais predomine o espírito de equipe, onde cada um possa colaborar no que lhe for possível para que os objetivos comuns sejam atingidos. Escola inclusiva Recursos que podem ser utilizados para facilitar o processo de aprendizagem dos alunos. A comunicação alternativa tem sido um dos recursos que vêm beneficiando, com sucesso, os alunos que não conseguem articular ou produzir a fala, como por exemplo: pasta frasal, prancha temática, símbolos gráficos e etc.
 Os recursos pedagógicos adaptados têm facilitado o aprendizado dos alunos com limitações motoras, como por exemplo: quebra-cabeça imantado, jogos de numerais em madeira, separador para material dourado, caderno de madeira,caderno com elástico e etc. Outros recursos de acordo com as necessidades educacionais dos alunos, podem ser utilizados pelo professor, recursos que são de fácil execução e podem favorecer o desempenho das atividades propostas, como por exemplo: utilização de presilhas para prender o papel na mesa, engrossamento do lápis, para melhor preensão e outros recursos que o professor pode criar, a partir da observação do aluno nas atividades em sala de aula. 
2.4 Deficiência Intelectual 
2.4.1Conceitos
A Deficiência Intelectual caracteriza-se por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo, expresso nas habilidades conceituais, sociais e práticas e tem início antes dos 18 anos de idade.
Deficiência intelectual ou atraso mental é um termo que se usa quando uma pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social.Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no desenvolvimento dessas pessoas.
As crianças com atraso cognitivo podem precisar de mais tempo para aprender a falar, a caminhar e a aprender as competências necessárias para cuidar de si, tal como vestir-se ou comer com autonomia. É natural que enfrentem dificuldades na escola. No entanto aprenderão, mas necessitarão de mais tempo. É possível que algumas crianças não consigam aprender algumascoisas como qualquer pessoa que também não consegue aprender tudo.
2.4.2 Os principais critérios diagnósticos da Deficiência Intelectual 
Funcionamento intelectual significativamente inferior à média;
Limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidado, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer e segurança.No dia a dia, isso significa que a pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como se tivesse menos idade do que realmente tem.
Um dos desafios no diagnóstico da Deficiência Intelectual é estabelecer claramente a origem ou identificar a causa da Deficiência. Em cerca de 40% dos casos, não é possível determinar exatamente qual a causa. 
No entanto, sabe-se que existem fatores de risco que podem levar à Deficiência e estes fatores são multifatoriais, compostos de quatro categorias: biomédicos, sociais, comportamentais e educacionais.
Os fatores podem ser descritos de acordo com o momento de ocorrência, como: pré-natais (durante a gestação), perinatal (no momento do parto) e pós-natais (após o nascimento).
Fatores Biomédicos: se relacionam aos processos biológicos. Os principais são:
Distúrbios cromossômicos e genéticos; Síndromes genéticas;Distúrbios metabólicos; Doenças maternas; Prematuridade;Distúrbios Neonatais; Lesão ao nascimento;Lesão cerebral traumática; Distúrbios convulsivos, etc.
Fatores Sociais: se relacionam com a interação social e familiar, como estimulação e resposta do adulto. Os principais fatores sociais são:
Pobreza/Falta de estímulos;
Má-nutrição materna;
Violência doméstica;
Falta de acesso ao cuidado pré-natal;
Falta de acesso aos cuidados no nascimento;
Falta de estimulação adequada;
Institucionalização, etc.
Fatores Comportamentais: se relacionam a comportamentos potencialmente causais, os principais são:
Uso de álcool na gestação;
Uso de drogas pelos pais;
Imaturidade dos pais;
Rejeição dos pais ao cuidado da criança;
Abandono da criança pelos pais;
Abuso e negligência da criança;
Violência doméstica, etc.
Fatores educacionais: se relacionam à disponibilidade de apoios educacionais que promovem o desenvolvimento intelectual, tais como:
Deficiência intelectual dos pais;
Falta de preparação para ser pais;
Diagnóstico tardio;
Serviços educacionais inadequados;
Apoio familiar inadequado;
Falta de encaminhamento para estimulação precoce, etc.
2.2.3 Como se diagnostica a Deficiência Intelectual ou Atraso Cognitivo?
A deficiência intelectual ou atraso cognitivo diagnostica-se, observando duas coisas:
A capacidade do cérebro da pessoa para aprender, pensar, resolver problemas, encontrar um sentido do mundo, uma inteligência do mundo que as rodeia (a esta capacidade chama-se funcionamento cognitivo ou funcionamento intelectual. A competência necessária para viver com autonomia e independência na comunidade em que se insere (a esta competência também se chama comportamento adaptativo ou funcionamento adaptativo).
Enquanto o diagnóstico do funcionamento cognitivo é normalmente realizado por técnicos devidamente habilitados (psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, etc.), já o funcionamento adaptativo deve ser objeto de observação e análise por parte da família, dos pais e dos educadores que convivem com a criança.Para obter dados a respeito do comportamento adaptativo deve procurar saber-se o que a criança consegue fazer em comparação com crianças da mesma idade cronológica.
Certas competências são muito importantes para a organização desse comportamento adaptativo:As competências de vida diária, como vestir-se, tomar banho, comer.As competências de comunicação, como compreender o que se diz e saber responder.As competências sociais com os colegas, com os membros da família e com outros adultos e crianças.
Para diagnosticar a Deficiência Intelectual, os profissionais estudam as capacidades mentais da pessoa e as suas competências adaptativas. Estes dois aspectos fazem parte da definição de atraso cognitivo comum à maior parte dos cientistas que se dedicam ao estudo da deficiência intelectual.
O fato de se organizarem serviços de apoio a crianças e jovens com deficiência intelectual deve proporcionar uma melhor compreensão sobre a situação concreta da criança de quem se diz que tem um atraso cognitivo.
Após uma avaliação inicial, devem ser estudadas as potencialidades e as dificuldades que a criança apresenta. Deve também ser estudada a quantidade e natureza de apoio de que a criança possa necessitar para estar bem em casa, na escola e na comunidade.
Esta perspectiva global dá-nos uma visão realista de cada criança. Por outro lado, serve também para reconhecer que a “visão” inicial pode, e muitas vezes devem mudar ou evoluir. À medida que a criança vai crescendo e aprendendo, também a sua capacidade para encontrar o seu lugar, o seu melhor lugar, no mundo aumenta.
3. Conclusão
O ensino especial é mais freqüente em instituições destinadas a acolher deficientes, isto tem sido alvo de criticas, por não promoverem o convívio entre as crianças especiais e as restantes crianças. No entanto, é necessário admitir que a escola regular nem sempre consegue oferecer uma resposta capaz de atender as diversas necessidades destas crianças. A Educação Especial lida com fenômenos de ensino e aprendizagem diferentes da Educação regular são vários os profissionais que podem/devem trabalhar na educação especial, como por exemplo, o Educador físico, Professor, Psicólogo, Fisioterapeuta, Terapeuta ocupacional. Como podemos concluir, uma escola direcionada para a educação especial conta com materiais, equipamentos e professores especializados. O sistema regular de ensino precisa adaptar-se, caso deseje ser inclusivo. Hoje, já se conhecem mais escolas que estão se adaptando e a tornando-se inclusivas. Para que o ensino especial nas escolas regulares seja de qualidade e consiga atender às diferenças individuais de cada criança, é necessário um novo olhar não apenas para a educação, mas principalmente para seus alunos.

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