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Ana Isabel Braga, nº. 3896; Ana Rita Coelho, nº. 3492; Ana Isabel Braga, nº. 3896; Ana Rita Coelho, nº. 3492; Andreia Nunes, nº. 3928; Sandra Paulo, nº.10791Andreia Nunes, nº. 3928; Sandra Paulo, nº.10791 FACULDADE DE MEDICINA DE LISBOAFACULDADE DE MEDICINA DE LISBOA PSIQUIATRIA FORENSEPSIQUIATRIA FORENSE Psiquiatria Forense “Forensic psychiatry is a subspecialty of psychiatry in which scientific and clinical expertise is applied to legal issues in legal context embracing civil, criminal, correctional or legislative matters.” American Academy of Psychiatry and the Law (AAPL) Psiquiatria Forense Início do Século XIX Escola de Criminologia Neoclássica Busca da Motivação do delinquente, para determinação da pena Alienistas Precursores da Psiquiatria Científica Examinação do Réu Explicação do seu comportamento como forma de loucura Análise singular, avulsa e ocasional Contexto Histórico Final do Século XIX Psiquiatra potencial terapeuta da delinquência e da sua perigosidade Fundamentação orgânica das patologias psiquiátricas Reconhecimento da especialidade Juristas reserva quanto à intervenção pericial psiquiátrica Diminuição da transparência da avaliação do delinquente Prejuízo da decisão judicial Contexto Histórico Discurso Jurídico Discurso PsiquiátricoVS Pós II Guerra Mundial Cidadão Médio Primado Sujeito Contexto Histórico Análise casuística e integrada Criminalidade = Fenómeno Bio-Psico-Social Acto Pericial Pluridimensional e Interdisciplinar Actualmente Optimização da Tríade Contexto Histórico Actividade Profissional e Pericial Formação Investigação Científica Objectivo: Humanização e individualização do Sistema Judicial Psiquiatria Forense Civil Determinação: Guarda e custódia de menores Competência parental Limitação de direitos parentais Abuso infantil Negligência infantil Incapacidade psiquiátrica Capacidade testamentária Negligência e má-prática psiquiátrica Psiquiatria Forense Criminal Avaliação da: Competência para ser julgado Competência para ser jurado Valor psicológico do testemunho Voluntariedade da confissão Insanidade Capacidade diminuída Considerações de sentença Regulação Legal da Psiquiatria Hospitalização voluntária e involuntária Confidencialidade Direito ao tratamento Direito à recusa ao tratamento Consentimento informado Guidelines éticas Perícias Psiquiátricas Informar acerca: do motivo e objectivo da entrevista das limitações da confidencialidade Avaliar: provas de defesa e acusação registos policiais registos médicos, sociais e psiquiátricos prévios Entrevistar os intervenientes com contribuição relevante para a questão psiquiátrico-legal colocada 1. IDENTIFICAÇÃO 2. HISTÓRIA CRIMINAL 3. ANAMNESE : - Antecedentes Pessoais - Antecedentes Familiares - Antecedentes Psicossociais 4. EXAME OBJECTIVO 5. EXAMES COMPLEMENTARES: - Electroencefalograma - Tomografia computadorizada - Análises laboratoriais - Radiologia - Outros 6. AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA Testes mentais Testes de inteligência Testes de Personalidade Escalas de avaliação de conduta Sinceridade das confissões e declarações Técnicas Psicológicas ( Hipnotismo, Psicanálise) Técnicas psico-fisiológicas ( Polígrafo, Método da expressão motriz) Técnicas de narcose química 7. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES: - Considerações psiquiátrico-forenses - Diagnósticos - Enquadramento jurídico Problemas: Período temporal da realização. Impossibilidade de uma avaliação psiquiátrica prolongada. Geralmente há que formular um diagnóstico e o seu enquadramento jurídico, após poucas entrevistas de curta duração. Dificuldades logísticas: dificuldades de escolta policial dificuldade de agendamentos e reconvocação. Imputabilidade “Aristóteles exige para que um acto possa ser atribuído ao seu autor ser necessário que este possua uma noção exacta da natureza e do alcance do acto (…) Aristóteles pressupõe para aceitar a imputabilidade, a razão e o discernimento, e o poder de agir segundo as noções morais” in Polónio, Pedro; 1974:15 Imputabilidade Conceito de Delito Aspecto objectivo Aspecto subjectivo Conceito de Imputabilidade (Libertas consilii - inteligência; Libertas agendi - vontade) Imputabilidade no conceito jurídico Imputabilidade no conceito médico-legal . Condições (enquadradas em critérios qualitativos, quantitativos e cronológicos), segundo Calabuig: estado de maturidade mínimo, fisiológico ou psíquico; plena consciência dos actos que realiza; capacidade de voluntariedade; capacidade de liberdade. Imputabilidade Conceito de inimputabilidade: “É inimputável quem, por força de uma anomalia psíquica, for incapaz, no momento da prática do facto, de avaliar a ilicitude deste ou de se determinar de acordo com essa avaliação”. “Pode ser declarado inimputável quem, por força de uma anomalia psíquica grave, não acidental e cujos efeitos não domina, sem que por isso possa ser censurado, tiver, no momento da prática do facto, a capacidade para avaliar a ilicitude deste ou para se determinar de acordo com essa avaliação sensivelmente diminuída”. in Artigo 20º, número 1 e 2, do CPP Imputabilidade Juízo da inimputabilidade está subordinado à verificação de três pressupostos (Barahona Fernandes (1954)): Biológico Psicológico Normativo Tipos de inimputabilidade: Menoridade Indivíduos até aos 16 anos de idade são inimputáveis (C. Penal Português Artº 19) Apesar de ter cometido o crime é inimputável; não lhe pode ser assacada responsabilidade penal de cumprir uma pena estabelecida ou relacionada com o crime que cometeu. Anomalia psíquica (Artº1601) Demência notória Interdição ou inabilitação por anomalia psíquica Perigosidade Por Michel Landry, “a perigosidade tal como a não perigosidade, não é um estado permanente e imutável, inscrito de uma vez por todas na personalidade do indivíduo. Ela varia em função de múltiplos factores, internos e externos, que podem aliás, imbricar-se uns nos outros e agir sozinhos ou em conjunto. E, a afirmação de que um indivíduo não é perigoso, jamais poderá significar que ele um dia, em certas circunstâncias não o possa vir a ser.” in Costa, Santos; 1995:14 Perigosidade “A avaliação da perigosidade em direito penal, toma como indícios a prática de um crime, sendo função do perito dar o seu parecer relativamente à probabilidade de o indivíduo vir a cometer novamente o mesmo tipo de delito ou outro…” in Carolo, R.; “Psiquiatria e Psicologia Forense: suas implicações na lei” Perigosidade Avaliação da capacidade criminal ou temibilidade Traços psicológicos constitutivos da capacidade criminal Nocividade Agressividade Indiferença afectiva Intimidade Egocentrismo (a precocidade do delito apoia este aspecto) Labilidade Número de antecedentes penais Momento do delito Avaliação da inadaptação social (Hiperactividade/Hiperpassividade) Traços de temperamento Atitudes Necessidades instintivas “Quem tiver praticado um facto ilícito típico e for considerado inimputável, nos termos do artigo 20º, é mandado internar pelo tribunal em estabelecimento de cura, tratamento ou segurança, sempre que, por virtude da anomalia psíquica e da gravidade do facto praticado, houver fundado receio de que venha a cometer outros factos da mesma espécie.” in Artigo 91º, CPP Perigosidade Grupo Nº. de pontos desfavoráveis (soma) Reincidências (%) I 0 3 II 01 a 03 15 III 04 a 06 41 IV 07 a 09 69V 10 a 11 94 VI 12 a 15 100 1 Carga Hereditária 2 Criminalidade na adolescência 3 Deficientes condições educativas 4 Deficiente escolaridade 5 Educação iniciada mas não concluída 6 Trabalho irregular 7 Início da criminalidade antes dos 18 anos de idade 8 Antecedentes judiciais desde há mais de 4 anos 9 Reincidência imediata 10 Criminalidade fora da sua localidade habitual 11 Psicopatias 12 Alcoolismo 13 Má conduta no estabelecimento penitênciário 14 Saída do estabelecimento antes dos 36 anos 15 Más relações sociais e familiares após libertação A avaliação do estado de perigosidade obtém-se através de: Exame médico-psicológico: Exploração psiquiátrica Psicobiografia Exame Psicopatológico Estudo das atitudes sociais Exploração psicométrica Inteligência Personalidade Impulsividade Agressividade Ansiedade Prognóstico da perigosidade (exemplo da Escola Alemã - por Schied, Gerecke e Frey) Internamento Compulsivo Lei da Saúde Mental Decreto-Lei 36/98 de 24/07, Artº 12º: 1 - O portador de anomalia psíquica grave que crie, por força dela, uma situação de perigo para bens jurídicos, de relevante valor, próprios ou alheios, de natureza pessoal ou patrimonial, e recuse submeter-se ao necessário tratamento médico pode ser internado em estabelecimento adequado. 2 - Pode ainda ser internado o portador de anomalia psíquica grave que não possua o discernimento necessário para avaliar o sentido e alcance do consentimento, quando a ausência de tratamento deteriore de forma acentuada o seu estado. Internamento Compulsivo Lei da Saúde Mental Decreto-Lei 36/98 de 24/07, Artº 12º: 1 - (...) situação de perigo para bens jurídicos (...) 2 - (...) não possua o discernimento necessário para avaliar o sentido e alcance do consentimento, (...) Internamento Compulsivo Pressuposto - Fundamento da Lei: Tratamento de anomalia psíquica grave ≠ doença mental “Insight” Fundamental na avaliação clínico-psiquiátrica Componente neurobiológico cognitivo VS psicológico Internamento Compulsivo “Duplo Papel” do Psiquiatra Perito – juízo técnico-científico Médico Assistente – objectivo terapêutico Psiquiatria Forense Carácter complexo. Pluridimensionalidade e interdisciplinaridade. Neutralidade rigorosa. Questões éticas. Área de grande responsabilidade e com necessidade de qualificação. Bibliografia Calabulg, J. Medicina Legal y Toxicología, 5º. Edición, Masson, Spanha, 2001 Rosner, R. Principles and Practice of Forensic Psychiatry, 2nd Edition, Arnold, London, 2003 Santos, J. “Intervenção Pericial Pluridisciplinar e Interdisciplinar na Área da Justiça – Do acto Psiquiátrico Singular ao Modelo de Genebra” (1992), in Actas de Colóquio Internacional Organizado pela Associação Mundial de Psiquiatria e Psicologia Forenses e pelo Centro de Estudos Judiciários, Criminalidade e Cultura II, pp. 27-50 “Internamento Compulsivo – Perspectivas de cariz Bioético da Lei de Saúde Mental” (Novembro de 2007), in Revista de Psiquiatria, Psicologia & Justiça (SPPPJ), nº.1, pp.73-81 Almeida, F et al “Internamentos Compulsivos no Hospital de Magalhães Lemos” (Setembro de 2008), in Revista de Psiquiatria, Psicologia & Justiça (SPPPJ), nº.2, pp.87- 101 Carolo, R. “Psiquiatria e Psicologia Forense: suas implicações na lei” (2005), in Psicologia.com.pt - O Portal dos Psicólogos, pp.1-17 Código Penal Português Diapositivo 1 Diapositivo 2 Diapositivo 3 Diapositivo 4 Diapositivo 5 Diapositivo 6 Diapositivo 7 Diapositivo 8 Diapositivo 9 Diapositivo 10 Diapositivo 11 Diapositivo 12 Diapositivo 13 Diapositivo 14 Diapositivo 15 Diapositivo 16 Diapositivo 17 Diapositivo 18 Diapositivo 19 Diapositivo 20 Diapositivo 21 Diapositivo 22 Diapositivo 23 Diapositivo 24 Diapositivo 25 Diapositivo 26 Diapositivo 27 Diapositivo 28 Diapositivo 29 Diapositivo 30 Diapositivo 31 Diapositivo 32
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