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UPFUNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL MASP MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Disciplina: Gestão da Qualidade Professora: Juliana Kurek Acadêmicos: Alan Júlio Grutka Hérgya Aparecida Keller Sabrina Bolner Vanessa De Carli Zanotto Passo Fundo, Maio de 2014 INTRODUÇÃO O Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) busca resolver satisfatoriamente um problema, quer seja em produtos, processos ou serviços. É um método caracterizado pela racionalidade e objetividade, ou seja, é uma forma de melhoria em oito etapas, onde, em cada uma delas o problema é identificado e são feitos planos de ação corretivos e preventivos para diminuí- los ou eliminá-los. Este método resulta do ciclo PDCA, das etapas apresentadas no trabalho de 1 à 4 representa o P (Plain, planejar), a 5 D (Do, fazer), a 6 C (Checkin, verificar) e da 7 à 8 A (Action, fazer). O MASP ampara os gestores na solução de problemas, oferecendo planos e ações para analisá-los e priorizá-los. Apresenta propostas que ajudam na priorização de problemas que exijam atenção, dividindo-o em partes para ser avaliado. DESCRIÇÃO DAS FALHAS 1) Atividade de alvenaria externa e interna – 28% não está adequada. 2) Atividade de revestimento argamassado em alvenaria externa – 18% não está adequada. 3) Atividade de revestimento argamassado em alvenaria interna – 14% não está adequada. 4) Atividade de colocação de piso cerâmico – 6% não está adequada. 5) Atividade de colocação de revestimento cerâmico – 15% não está adequada. 6) Outras atividades – 19% não está adequada. Tabela 01: Descrição das falhas. Falhas % % Acum. 1 28 28 2 18 46 3 14 60 4 6 66 5 15 81 6 19 100 ETAPA 1 e 2 – INDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA E OBSERVAÇÕES Problema: Desnivelamento de parede em alvenaria. Histórico do problema: Pelo estudo e análise em obra, feitas durante a vida acadêmica, podemos perceber que esse problema é notado na maioria das construções. Perdas atuais e ganhos viáveis: material, físico (fazer, desfazer, refazer), produtividade, gastos extras. Ganhos viáveis: maior credibilidade perante os clientes. Gráfico de Pareto: Gráfico 01: Pareto. Nomear responsáveis: Falta de treinamento, muitos funcionários sem a devida qualificação; Material entregue em obra de baixa qualidade; Falta de acompanhamento (gerência de obra); Falta de fiscalização. 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00% Causa 1 Causa 2 Causa 3 Causa 4 Causa 5 Causa 6 %Rel %Acum Imagem 01: Baixa qualidade dos materiais entregues em obra. Imagem 02: Mau armazenamento dos materiais em obra. Imagem 03: Falta de treinamento e segurança dos funcionários. Imagem 04: Irregularidade no assentamento dos blocos durante a elevação da alvenaria. 3 - ANÁLISE É percebido o quanto a falta de mão de obra qualificada e a qualidade dos materiais influenciam na qualidade de uma alvenaria executada. Também nota-se que a falta de nivelamento de lajes e vigas danifica a execução das paredes localizadas sobre tais elementos, impedindo que possuam um correto nivelamento e prumo. Além disso, a fiscalização dos serviços precária faz com que erros sejam repetidos frequentemente. Imagem 05: Análise da alvenaria após elevação. 4 - PLANO DE AÇÃO: TREINAMENTO DE PESSOAL 1º Plano: Compra de Material O que – Determinar junto às equipes de execução quais são os níveis de exigência da empresa em relação às alvenarias interna e externa. Quem – Funcionários encarregados por orçamento e compras. Onde – No escritório da obra. Quando – A cada três meses efetuar um novo treinamento. Por que – Para que as especificações cheguem corretas aos fornecedores, não entreguem produtos de má qualidade. Como – Criar um cadastro de fornecedores com critério de preço, qualidade, prazo de entrega, confiabilidade, condições de pagamento, formas de entrega, horários de entrega. Meta- 100% das compras referentes ao processo de execução de alvenarias devem atender ao processo padrão. 2º Plano: Treinamento de pessoal O que – Determinar junto às equipes de execução quais são os níveis de exigência da empresa em relação à elevação das alvenarias interna e externa. Quem – Funcionários encarregados por treinar o resto do pessoal. Onde – Local disponibilizado pela empresa. Quando – Um treinamento com todo o pessoal responsável por essa função, e a cada novo funcionário treinar separadamente. Se por acaso for verificado má qualidade na execução, realizar novos treinamentos. Por que – Para que ocorra uma melhor qualidade no produto entregue, não precisando arrumar erros de execução da alvenaria, na execução de revestimento. Como – Com pessoal qualificado. Meta – 100% das paredes executadas, com a qualidade esperada. 3º Plano: Controle de Qualidade O que – Conferencia dos materiais no recebimento, não recebendo os mesmos se não estiverem em conformidade com a especificação, e conferencia dos serviços executados sendo que os mesmos devem estar em total conformidade com o projeto de execução. Quem – Engenheiro de obra ou técnico em edificações. Onde – No canteiro de obras. Quando – Durante o recebimento dos materiais e no final de cada etapa do processo executivo. Por que - Para obter uma boa qualidade nos produtos e nos serviços executados. Como – Fazendo a conferencia no recebimento dos materiais e na execução dos serviços. 5 - AÇÃO Os treinamentos serão dados conforme a necessidade de setor e profissional, cada função receberá treinamentos em datas planejadas, em locais pré-estabelecidos bem como com assuntos pré-planejados. O treinamento inicial admissional que tratará das normas de convivência da empresa e regras gerais que o funcionário deverá cumprir será dado em escritório na data de admissão de cada funcionário. Cada treinamento dado deverá ter sua eficácia verificada um mês após ter sido executado, se pega o registro do mesmo e verifica-se a execução do serviço envolvido pelo funcionário junto aos mestres e encarregados, constatando-se a melhoria da execução e também a eficácia do treinamento. Abaixo segue planilha de planejamento anual de treinamento: PROCEDIMENTO DE RECURSOS HUMANOS Plano Anual de Treinamentos - 2014 DATA DA PROGRAMAÇÃO: 19/05/2014 Título do treinamento Cargos Instrutor Duração JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 Segurança no trabalho individual e coletivo, uso obrigatório e cuidados com EPI's e uniformes Todos Engenheiro de segurança 40 min R R P P P P P P 46 22 46 22 46 22 46 22 Instruções de serviços (ITS's) Mestres da obra Representante da empresa 20 min R R R R R R R R P P P P P P P P P P P P P P P P3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 Instruções de materiais (ITM's) - pedidos e recebimentos de materiais em obra Funcionário resp. pelo recebimento Representante da empresa 20 min R R P P 6 3 6 3 Normas da empresa - convivência e organização no canteiro de obras Todos Representante da empresa 20 min R R P P 46 22 46 22 Treinamento prático de elevação de alvenaria Equipes de profissionais Profissional habilitado 40 hs R R R R P P P P 19 11 19 11 19 11 19 11 Uso e técnicas de materiais usados em obra Específico para cada material Externo 45 min R R P P 30 18 30 18 P= PROGRAMADO NR= NÃO REALIZADO 1= Obra 1 R= REALIZADO RE= PROGRAMADO 2= Obra 2 Planilha de planejamento anual de treinamentos. 6 - VERIFICAÇÃO Gráfico 02: Verificação do retorno após as ações. Constatamos que nos primeiros dois meses deste ano tivemos um retorno pequeno na questão de material, produto final e de mão de obra. Contudo, tivemos um melhoramento crescente na qualidade nos meses que se seguiram, sendo que a mão de obra foi a que mais apresentou retorno satisfatório. No último mês teve um pequeno aumento de não conformidades no material, o que afetou diretamente o produto final. As melhorias e os treinamentos dos funcionários acarretaram em elevação dos custos (gastos com cursos/treinamentos, troca de fornecedores), porém todos esses valores poderão ser recuperados com o constante progresso e melhor andamento da obra, já que investir em treinamento e melhores materiais acarretam em menos falhas no processo. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 2 3 4 5 N Ã O C O N FO R M ID A D ES INTERVALO MESES mão de obra material Produto final 7 - PADRONIZAÇÃO As medidas que foram tomadas trouxeram resultados muito satisfatórios, porém o processo de melhorias deve ser contínuo. O quadro de funcionários pode vir a variar, portanto esses treinamentos serão mantidos constantes, conforme já programado. Além disso, a inspeção deve se manter contínua a fim de verificar, a necessidade de mudanças. Os novos materiais adquiridos vinham se mostrando satisfatórios, mas como no último mês mostrou-se uma queda nesse rendimento, irá se buscar uma possibilidade de novos fornecedores com produtos de superior qualidade. Os novos funcionários contratados apresentaram bons resultados até o momento, portanto, os treinamentos continuarão e haverá um constante monitoramento, afim de que o bom desempenho continue. Houve uma mudança significativa com a implantação de ações (treinamentos, fiscalizações), o que gerou uma melhoria continua no produto final, e espera-se que continue gerando. 8 - CONCLUSÃO O problema remanescente identificado foi que ainda temos problemas na compra de materiais, estes ainda estavam com um nível de qualidade baixa e com um custo relativamente elevado. O plano de ação está sendo executado constantemente (seguindo o planejamento), sendo que está sendo testado um novo produto de outro fornecedor que vem dando um resultado satisfatório. Nota-se que a constante busca por melhorias e qualidade traz benefícios no ambiente de trabalho, pois a cada meta cumprida e comprovação de um retorno satisfatório, empresa e colaboradores apresentam uma melhora expressiva no desempenho e comprometimento.
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