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powerpoint - semana 3

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Direito Civil V
Direito das Coisas
Profa. Andreia Ribeiro
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Semana 3
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TEMA : Aquisição e Perda da Posse
Fundamento: Código Civil Brasileiro: art. 1.204 a 1.209
 1.223 e 1.224
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Objetivos - Possibilitar :
- O conhecimento dos modos de aquisição e de perda da posse. 
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Modos de Aquisição
Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade (art. 1.1196). 
 - através de qualquer ato ou negócio jurídico, a título gratuito ou oneroso, inter vivos ou causa mortis.
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2) Aquisição Originária
Configura-se nos casos em que não há relação de causalidade entre a posse atual e a anterior. É o que acontece quando há esbulho, e o vício, posteriormente, cessa.
 - Não há consentimento do possuidor precedente.
 - No modo de aquisição originário, a posse apresenta-se livre dos vícios que anteriormente a contaminava. 
Ex.: antigo possuidor é titular de posse de má-fé (posse clandestina), os vícios desaparecem quando ele é esbulhado. O esbulhador se transforma em titular de uma nova situação de fato. 
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-Originariamente, a posse pode ser adquirida:
I) Pela Apreensão: apropriação unilateral de coisa “sem dono” (abandonada – res derelicta; que não é de ninguém - res nullius).
 - a Apreensão configura-se, ainda, na RETIRADA da coisa, de outrem, sem sua PERMISSÃO (violenta/clandestina). Se o primitivo possuidor omitir-se, os vícios que comprometiam o ato do turbador ou esbulhador desaparecem (surge a posse, ainda que injusta – merece proteção em face de terceiros que não têm melhor posse).
 a) Apreensão de bens móveis – se dá não apenas pelo contato físico, mas pelo fato de o possuidor os deslocar para sua esfera de influência (sua vontade de se apropriar da coisa se exterioriza de modo claro).
 b) Apreensão de bens imóveis - se dá pela ocupação, pelo uso da coisa.
Posse das COISAS propriamente ditas.
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-Originariamente, a posse pode ser adquirida:
II) Pelo Exercício do Direito: pelo exercício do direito adquire-se a posse dos DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS. Ex.: servidão – passagem constante de água por um terreno alheio, capaz de gerar a servidão de águas.
III) Pelo fato de dispor da Coisa ou do Direito: que caracteriza conduta normal do titular da posse ou domínio.; possibilita a evidenciação inequívoca da apreensão da coisa ou do direito. Ex.: venda ou cessão da posse ou de possíveis direitos de servidão de águas, capaz de induzir condição de possuidor; Ou quando dá em comodato coisa de outrem (jus abutendi).
Se alguém dispõe da coisa ou do direito de modo claro e significativo, demonstra a exterioridade da propriedade, ou seja, a posse. 
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3) Aquisição Derivada
Diz-se que a posse é derivada quando há anuência do anterior possuidor. Há transmissão da coisa.
É BILATERAL – decorre de um negócio jurídico.
O adquirente recebe a posse com TODOS OS VÍCIOS que a inquinavam nas mãos do alienante. Se a posse era violenta, clandestina ou precária aquele a adquire com os mesmos defeitos (art. 1.203). Ex.: herdeiros/legatários. 
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A Posse (derivada) pode ser transmitida através da:
Tradição: que pressupõe um acorde de vontades, um negócio jurídico de alienação, quer a título gratuito (doação) quer a título oneroso (compra e venda). Manifesta-se por um ato material de entrega da coisa ou transferência de mão a mão. Todavia, a tradição pode ser:
 a) Tradição Real - entrega efetiva e material da coisa; pressupões uma causa negocial.
 b) Tradição Simbólica – representada por ato que traduz a alienação (entrega das chaves do apartamento); o adquirente passa a ter a disponibilidade física da coisa.
 
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c) Tradição Ficta – ocorre no caso do constituto possessório e da traditio brevi manu:
 I) Constituto Possessório: (cláusula constituti) – A cláusula constituti não se presume, deve constar expressamente do ato ou resultar de estipulação que a pressuponha. Por ela, a posse desdobra-se em DIRETA e INDIRETA. Ex.: Quando o Vendedor transferindo a outrem o domínio da coisa, conserva-a, todavia, em seu poder, mas agora na qualidade de locatário. O Vendedor, que tinha a posse plena, converte-se em possuidor direto, enquanto o Comprador (novo proprietário) se investe na posse indireta, que lhe é transferida sem entrega material da coisa.
A cláusula constituti tem a finalidade de evitar complicações decorrentes de duas convenções, com duas entregas sucessivas.
 
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II) Traditio breve manu: é exatamente o inverso do constituto possessório. Nesse caso, o possuidor de uma coisa alheia (o locatário, por exemplo) passa a possuí-la como própria. Ex. Quando o arrendatário (exerce posse com aninums nomine alieno) adquire o imóvel arrendado, dele tornando-se proprietário (passa a possuir com animus domini). 
Assim, o que tem posse direta do bem em razão do contrato celebrado (locatário ou arrendatário) com o possuidor indireto, e adquire seu domínio, não precisa devolvê-lo ao dono para que este novamente lhe faça a entrega real da coisa. 
OBS.: Tanto no constituto possessório, quanto na traditio breve manu , o possuidor mantém a apreensão da coisa (corpus) e altera o animus.
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A Posse (derivada) pode ser transmitida através da:
Sucessão: 
 a) Sucessão mortis causa: decorre da morte do possuidor e pode ser:
 - Sucessão Universal – herdeiro é chamado a suceder na totalidade da herança, fração ou parte-alíquota (legítima ou testamentária).
 - Sucessão a título singular – o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado (Legado).
A transmissão da posse por ato causa mortis se opera automaticamente, sem solução de continuidade e de forma cogente, independente da manifestação de vontade do interessado. 
Se a posse do “de cujus” era viciada ou de má-fé, a posse do sucessor é viciada e de má-fé. 
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A Posse (derivada) pode ser transmitida através da:
Sucessão: 
 b) Sucessão inter vivos: geralmente se opera a título singular. Ex: compra e venda. 
Art. 1.207 – Ex.: o comprador pode unir sua posse à do antecessor (acessio possessionis). Nesse caso, havendo vícios, a sua posse permanecerá eivada dos mesmos vícios da anterior. Se preferir desligar sua posse da do antecessor, estará purgando-a dos vícios que a maculavam.
Ex.: art. 1.238 – Usucapião extraordinária – dispensa boa-fé (prazo mais longo): o comprador pode utilizar o período da posse de má-fé do seu antecessor. Se não houver junção das posses, a posse atual ficará expurgada do vício originário, mas o prazo para usucapião terá de ser maior, devido a inutilização do tempo vencido pelo antecessor (art. 1.242).
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4) Quem pode adquirir a posse
A própria pessoa que a pretende, desde que capaz.
 - situação de fato (ocupação) X relação jurídica (const.poss.)
 - nascituro não pode ser possuidor (expectativas de direito)
 - pessoas físicas ou jurídicas – OK / Coletividade (falta pers.jur.)
O seu representante, legal ou convencional (procurador). 
 - representada ou assistida (se incapaz)
Terceiro sem mandato (gestor de negócio), dependendo de ratificação (art. 1.205) 
 - Ex.: terceiro cultiva determinada área em nome de mandante e, posteriormente, passa a cultivar área circunvizinha, sem mandato, mas, em nome daquele (a aquisição da posse desta, pelo titular daquela, pode efetivar-se pela ratificação, expressa ou tácita). 
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5) Perda da posse
Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196 (art. 1.223). 
Exemplos: perde-se a posse: 
pelo abandono – (renúncia; intenção de largar o que lhe pertence), a perda definitiva dependerá da posse de outrem - perecimento dos elementos CORPUS e ANIMUS.
pela tradição - intenção definitiva de transferi-la a outrem (ex.:
venda).
pela perda propriamente dita da coisa – O possuir é privado em querer, mas, se a coisa desaparece, torna-se impossível exercer o poder físico em que a posse se concretiza (ex. pássaro). Perde-se a posse somente quando se desiste da busca (verificada a impossibilidade de encontrar a coisa perdida). 
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5) Perda da posse
pela destruição da coisa - perecendo o objeto, extingue-se o direito. Pode decorrer de acontecimento natural ou de fato do próprio possuidor, ou, ainda, de fato de terceiro. Além disso, ocorre, também, quando a coisa deixa de ter as qualidades essenciais à sua utilização ou valor econômico. Ex.: campo invadido pelo mar, submerso permanentemente; quando impossível distinguir uma coisa de outra:
 - confusão (líquido); - comistão (sólidos); - adjunção (justaposição)
e) por sua colocação fora do comércio - por razão de ordem pública (moralidade, higiene e segurança coletiva) a coisa se torna inaproveitável ou inalienável. 
f) pela posse de outrem – ainda eu a nova posse se tenha firmado contra a vontade do primitivo possuidor, se este não foi mantido ou reintegrado em tempo oportuno. 
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6) Perda da posse para o ausente
Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, abstém-se de retomar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido (art. 1.224). 
Essa perda é provisória, pois nada o impede de recorrer às ações possessórias. 
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