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Aula 2 Formação Continuada PDF

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Prévia do material em texto

Organização Pedagógica da Escola 
 
 
 
Formação Continuada 
 
 
Aula 2 
 
 
Profa. Dra. Kátia Cristina Dambiski Soares 
 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 2 
 
Olá, seja bem-vindo! 
Assista ao vídeo para conhecer os assuntos que serão discutidos neste 
encontro. 
 
 
 
Introdução 
 Nesta aula, vamos entender o que é e como ocorre o 
desenvolvimento profissional docente. Ou seja, vamos apresentar aspectos 
importantes no processo de “tornar-se” professor. 
 Falaremos também sobre a articulação entre três elementos 
bastante importantes no desenvolvimento profissional docente: a formação 
inicial, a formação continuada e a própria experiência profissional. Nosso 
objetivo será demonstrar que esses elementos estão intimamente relacionados 
e são essenciais para a constituição da identidade docente, não sendo, de 
forma alguma, um mais importante do que o outro. 
 Aproveite esse momento de atualização e tenha uma boa aula! 
 
Como alguém se torna professor? 
Todo o processo formativo para alguém vir a ser um professor, e ser um 
bom professor, chama-se desenvolvimento profissional docente. Assim, não 
há apenas um momento estanque e isolado que garante a formação do 
profissional da docência, mas vários que integrados e articulados podem 
contribuir para a realização do exercício profissional com qualidade. 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 
Quando falamos em desenvolvimento profissional docente, estamos nos 
referindo basicamente a três momentos (ou elementos) necessários e 
importantes para a formação do professor: a formação inicial, a formação 
continuada e a experiência profissional. Cabe destacar que eles estão 
inter-relacionados, completando-se mutuamente e não sendo um mais 
importante do que o outro. Isso porque uma formação inicial de qualidade é 
fundamental para assentar as bases teórico-metodológicas da futura atuação 
profissional. No entanto, ela não é suficiente se pensarmos que a atividade 
docente está relacionada com a questão da socialização de conhecimento e 
que, na nossa sociedade, esses conhecimentos estão em constante 
transformação. Por isso, o professor necessita da formação inicial e também da 
formação continuada, que lhe permitirá continuar estudando e se atualizando 
em relação às metodologias, aos conhecimentos que são objeto da prática 
pedagógica e às teorias educacionais necessárias ao bom desenvolvimento de 
suas aulas. 
 
 
 
 
 
Além da necessidade das formações inicial e continuada, que devem ter 
qualidade teórica e metodológica, faz-se necessário considerar que o professor 
aprende com a prática pedagógica. É preciso valorizar o tempo de serviço do 
profissional, as experiências por ele vivenciadas no cotidiano da escola na qual 
leciona. São muitos os estudos acadêmicos, na área educacional, que apontam 
a tendência de a prática profissional ser considerada um elemento muito 
importante de aprendizado e desenvolvimento docente. Nessa direção há 
várias pesquisas que defendem a ideia do professor reflexivo e pesquisador. 
Segundo Pimenta (2002, p. 22): 
Leia o poema “Ser professor”, que nos convida à reflexão sobre a 
importância deste profissional na nossa sociedade e nos ajuda a entender que 
ele precisa “se alimentar do conhecimento”. 
Acesse: <http://www.prg.ueg.br/noticia/11918> 
 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 4 
 
 
O ensino como prática reflexiva tem se estabelecido como uma tendência significativa 
nas pesquisas em educação, apontando para a valorização dos processos de 
produção do saber docente a partir da prática e situando a pesquisa como um 
instrumento de formação de professores, em que o ensino é tomado como ponto de 
partida e de chegada da pesquisa. 
Entretanto, não podemos considerar que a prática por ela mesma possa 
ser um elemento potencial em relação ao aprimoramento do trabalho docente. 
A prática precisa sempre ser embasada na teoria e nos conhecimentos mais 
avançados no campo educacional. É preciso buscar incessantemente a relação 
entre teoria e prática, o que se chama na perspectiva da Pedagogia 
Histórico-Crítica de práxis: indissociabilidade entre teoria e prática. 
Assista ao vídeo para entender melhor a perspectiva da práxis na 
formação docente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assista ao vídeo que apresenta um trecho da palestra do professor 
Dermeval Saviani sobre a relação teoria e prática na Pedagogia 
Histórico-Crítica. Cabe destacar que Dermeval Saviani é o principal 
representante dessa corrente pedagógica no nosso país. 
Acesse: <http://www.youtube.com/watch?v=hgMvVgjdZ3k> 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Importância da Formação Inicial 
A formação inicial refere-se ao curso que atribui ao professor a 
certificação necessária para poder atuar. Atualmente, em nosso país, de acordo 
com o artigo 62, da Lei n. 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional, a formação para os professores que irão lecionar na Educação 
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) pode se dar 
de duas maneiras: 
1. Preferencialmente no Ensino Superior, no curso de licenciatura em 
Pedagogia; 
2. No nível Médio, em um curso de formação de professores, também 
conhecido como curso de Magistério ou curso Normal. 
Em relação à formação de professores no curso de nível Médio, existem 
argumentos favoráveis e contrários. Vamos conhecê-los? 
 Positivos 
 Ainda não existem no Brasil vagas suficientes no Ensino Superior público 
para atender a toda a demanda de profissionais; 
Leia também o texto “Contextualização Histórica e Teórica da Pedagogia 
Histórico-Crítica”, desse mesmo autor, que consta no livro “Pedagogia 
Histórico-Crítica: primeiras aproximações” (Campinas: Autores Associados, 
2011, p. 111-25). 
Acesse: <http://pt.scribd.com/doc/92640252/Pedagogia-historico-critica-
primeiras-aproximacoes-Dermeval-Saviani> 
 
 
 
 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 6 
 
 Devido à ampliação do atendimento às crianças na Educação Infantil 
(relacionado ao ensino de nove anos, adotado desde 2010), a 
necessidade de professores aumentou. 
 Negativo 
 Os alunos desse curso, que têm idade entre 15 e 17 anos, ainda seriam 
muito novos ou até imaturos para se tornarem professores, já que 
atuariam no mesmo nível de ensino1 em que foram formados. 
 
 
 
 
A formação dos professores que irão lecionar nos anos finais do Ensino 
Fundamental (6º ao 9º ano) e no Ensino Médio, nas disciplinas referentes às 
diversas áreas do conhecimento (Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, 
História, entre outras) ocorre em cursos específicos de graduação, que lhes 
propiciem habilitação nas licenciaturas desejadas. 
Não podemos deixar de ressaltar que, atualmente, os egressos do curso 
de Pedagogia podem inclusive lecionar nos cursos de formação de professores 
em nível Médio, com as disciplinas que tenham caráter pedagógico, como 
Metodologias de Ensino, Didática, Psicologia da Educação, entre outras. Cabe 
também lembrar que após a promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais 
para o Curso de Pedagogia (2006), esse curso passou a formar ao mesmo 
tempo o professor e o pedagogo, o que tem gerado inúmeros debates e 
discussões na área educacional. A esse respeito destacam Almeida e Soares 
(2011, p. 108): 
 
1
 Lembramos que a Educação Básica em nossopaís é composta pela Educação 
Infantil, pelo Ensino Fundamental e pelo Ensino Médio. 
A formação por meio do Magistério é suficiente para atuação em sala de 
aula ou ela deve ser o ponto de partida para a busca da formação no Ensino 
Superior? E a questão da maturidade dos alunos desse nível influencia? 
 
 
 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 
Nos debates atuais, a respeito das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso 
de Pedagogia, duas questões aparecem como centrais: por um lado a crítica ao 
conteúdo e à forma de organização desse curso que prevê a formação do 
professor e do pedagogo ao mesmo tempo, ampliando o conceito de docência. 
Por outro lado, o ganho histórico em relação à possibilidade de estruturação de 
um curso voltado à formação de professores para a Educação Infantil e anos 
iniciais do Ensino Fundamental em nível Superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assista ao vídeo a seguir para saber um pouco mais sobre a formação 
inicial de professores, por meio da análise de aspectos importantes em relação 
ao curso. 
 
 
 
Conheça a Resolução CNE/CP n. 1, de 15 de maio de 2006, que institui 
as Diretrizes Curriculares do curso de Pedagogia. 
Acesse: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf> 
Leia o artigo de Dermeval Saviane intitulado “Formação de professores: 
aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro”, publicado na 
Revista Brasileira de Educação. 
Acesse: <http://dx.doi.org/10.1590/S1413-24782009000100012> 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 8 
 
A Relação da Formação Inicial com a Formação 
Continuada 
Como já dissemos anteriormente, a formação inicial, por melhor que seja 
a sua qualidade, não basta por si mesma. Para que o professor continue se 
atualizado e se aprimorando em relação aos conhecimentos da área em que 
leciona, bem como em relação aos aspectos sociais, culturais, econômicos e 
políticos da sociedade na qual exerce sua profissão, ele precisa continuar 
estudando. Ao processo formativo que se segue após o curso de formação 
inicial realizado pelo docente, dá-se o nome de formação continuada. 
A formação continuada não tem a finalidade de apenas suprir as lacunas 
da formação inicial, nem a substituir. Pelo contrário, cada qual tem sua 
especificidade e ambas são importantes, necessárias e estão articuladas. 
Afinal, se o professor considerar que seu processo formativo está concluído 
após ter finalizado seu curso de formação inicial e obtido o diploma necessário 
para lecionar, poderá correr sério risco de não desenvolver suas aulas com a 
qualidade necessária para a garantia da aprendizagem de um conteúdo crítico 
atualizado e que tenha significado, como podemos confirmar na citação abaixo: 
 
Quanto mais bem preparado o professor, quanto mais atualizado em 
relação aos conhecimentos que leciona, em relação ao mundo em que 
vive, mais relações poderá estabelecer entre os conhecimentos e a 
realidade, possibilitando aos seus alunos, aulas mais interessantes, 
criativas e motivadoras (ALMEIDA; SOARES, 2011, p. 127). 
 
Assim, podemos afirmar que a importância da formação continuada de 
professores, da mesma forma que a da formação inicial, está relacionada com 
a defesa de que existe um conhecimento científico que embasa a profissão 
docente. Dessa forma, exercer a docência não é algo que possa ser realizado 
por qualquer pessoa, pois exige estudo e conhecimento específico que só 
quem é formado tem. Nesse ponto, colocamo-nos contrários à ideia de 
incentivar o voluntariado na escola. Isso porque não basta a boa vontade para 
assumir tarefas que devem ser realizadas unicamente por profissionais 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 
habilitados, que são os professores. Essas ações podem inclusive colaborar 
para desonerar o governo em relação à contratação de professores por meio 
de concursos públicos. 
Entre os aspectos a serem ressaltados com relação à formação 
continuada dos professores, gostaríamos de destacar o conteúdo dessa 
formação. É importante, sobretudo, que esteja articulada com a prática 
pedagógica realizada na escola, pois caso isso não aconteça, corre-se o risco 
de não atender aos interesses dos profissionais que a buscam. 
 
 
 
Agora assista ao vídeo a seguir para conhecer um pouco mais da 
importância dos conteúdos trabalhados nos cursos de formação continuada de 
professores. 
 
 
 
A Dimensão Formativa da Experiência Profissional 
Podemos considerar que um professor também aprende por meio do 
seu trabalho, que articula o conhecimento e a intervenção. Assim, todas as 
experiências por ele vivenciadas durante sua prática profissional podem, de 
alguma forma, contribuir para o seu desenvolvimento como docente. No 
entanto, conforme já havíamos ressaltado, é preciso entender que a prática 
Acompanhe uma reportagem sobre a implementação da Rede Nacional 
de Formação Continuada de Professores. 
Acesse: <http://www.youtube.com/watch?v=ISNvkeRV4is> 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 10 
 
não basta por si só, pois necessita ter relação com as teorias educacionais e 
com os conhecimentos que permitam ao professor analisar, questionar e 
potencializar o trabalho docente. 
Nessa direção destacamos a compreensão de Ghedin (2002, p. 135), 
segundo a qual a sala de aula é onde o conhecimento é gerado e produzido. 
Porém, para que isso aconteça, é necessário que o educador faça uma análise 
crítica constante de sua atuação, refletindo sobre o conteúdo que leciona e 
sobre a postura que tem frente aos educandos e à sociedade de uma forma 
geral. Dessa forma, ele passa a ser não apenas um “transmissor” de 
conteúdos, mas um especialista do fazer. 
A formação inicial e a continuada podem oferecer uma base sólida para 
a realização do trabalho docente, mas a prática profissional é de fato o espaço 
em que a práxis se realiza, ou seja, é o locus do trabalho docente. É no 
trabalho e por meio dele que o profissional de fato se desenvolve. 
Precisamos considerar que existem vários fatores que interferem na 
realização do trabalho docente e que podem influenciar as possibilidades 
formativas da prática profissional. Alguns deles são: condições de trabalho, 
salário, plano de carreira e organização da categoria. Quando bem 
trabalhados, esses quesitos contribuem para a valorização e o reconhecimento 
do professor na sociedade. 
Vamos conhecer melhor cada um deles? 
Condições de trabalho 
Ao tratar das condições de trabalho do docente, precisamos analisar o 
número de alunos em sala de aula, a estrutura física da escola, os recursos 
didáticos e tecnológicos disponíveis para o enriquecimento do processo de 
ensino-aprendizagem. Enfim, todos os recursos, físicos ou não, necessários 
para o bom desenvolvimento do trabalho. 
 Parece-nos óbvio que em turmas superlotadas o trabalho pedagógico 
desenvolvido possa ser prejudicado em relação a sua qualidade, dado que o 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 
espaço físico insuficiente gera a impossibilidade do professor atender 
individualmente todos os estudantes. Além do acúmulo em relação à correção 
de provas e tarefas, o que sobrecarrega o professor, e dos problemas 
disciplinares, que costumam ser mais presentes em turmas com muitos alunos. 
As condições físico-estruturais da escola também contribuem para o 
bom desempenho do processo educativo. Porém, não podemos considerar que 
apenas recursos didáticos e tecnológicos numa escola bem-equipada e 
estruturalmente adequada (com biblioteca,sala de informática, espaço 
adequado para realização de atividades físicas etc.) seja suficiente. É preciso 
somar a isso o trabalho de um professor bem-formado e comprometido com a 
aprendizagem de seus alunos. Essas condições são muito importantes, se não 
fundamentais, para a boa realização do trabalho educativo. 
 
 
 
 
 
 
 
Salário 
Uma remuneração condizente com a formação do docente e com a 
importância da sua função na nossa sociedade também é um aspecto 
essencial para a valorização e o reconhecimento do profissional. Nessa 
direção, mas ainda de forma insatisfatória, devemos lembrar que existe a 
definição de um piso salarial mínimo (por meio da Lei do Piso, n. 11.738/2008), 
que define em seu artigo 2° que “o piso salarial nacional para os profissionais 
do magistério público da Educação Básica será de R$ 1.187,00 (um mil, cento 
Busque conhecer uma escola próxima da sua residência e 
conversar com os professores, a fim de pesquisar questões como: 
Quais são as dificuldades encontradas pelos docentes no dia a dia 
na escola? Quais foram os avanços que conseguiram perceber em 
relação ao seu desenvolvimento profissional ao longo dos anos de 
trabalho? De que forma as condições físicas e estruturais da escola 
influenciam na prática pedagógica? 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 12 
 
e oitenta e sete reais) mensais, para a formação em nível Médio, na 
modalidade normal”. Esse valor, no início do ano de 2012, foi reajustado para 
R$ 1.451,00, mas continua se referindo a uma jornada de 40 horas semanais. 
É preciso considerar que mesmo tendo muito a avançar na questão 
salarial, a definição da Lei do Piso é importante, já que muitos Estados e 
municípios, por motivos diversos, não chegavam a atingir nem mesmo esse 
valor. Consideramos que, no nosso próximo Plano Nacional de Educação, 
deveria ser seguido o princípio da isonomia salarial, a fim de que os 
professores tenham sua remuneração equiparada com outras categorias 
profissionais que necessitam do mesmo tempo de estudo para formação. 
Plano de carreira 
Relacionada com a questão da remuneração salarial dos professores, 
temos a questão da ascenção profissional, ou seja, a definição de planos de 
carreira e vencimentos nos diferentes municípios e estados brasileiros. O 
professor, como todos os demais profissionais, merece reconhecimento por 
seu tempo de serviço em determinada rede de ensino ou escola, bem como 
que sua remuneração seja adequada ao seu nível de formação. Um bom plano 
de carreira prevê o crescimento salarial levando em conta esses fatores e 
também a avaliação de desempenho profissional. A respeito da avaliação de 
desempenho também cabe lembrar que precisa ser muito bem organizada, 
estabelecendo critérios claros, objetivos e pertinentes ao desempenho 
profissional esperado. 
Organização da categoria 
Outro fator que não pode ser deixado de lado quando tratamos da 
valorização e do reconhecimento profissional do docente é a questão da 
organização dos professores enquanto categoria profissional. Já que, assim 
como outros profissionais da nossa sociedade, precisam se organizar 
coletivamente para lutar por seus direitos. Essa organização se dá muitas 
vezes por meio dos sindicatos ou associações de classe e são muito 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 
importantes para que os profissionais criem e reconheçam sua identidade 
docente. De acordo com Romanowski (2007, p. 16): 
Essa identidade não é dada, ao contrário, é construída tanto pelo indivíduo 
ao longo de sua vida, como pelo coletivo de profissionais de uma 
determinada categoria de trabalhadores. Na configuração profissional 
dessa categoria incluem-se as experiências realizadas no cotidiano, 
referenciadas cultural e historicamente – no espaço social que unifica e 
corporifica –, conferindo um status social de cada profissão. Igualmente, 
são incorporados lutas, conflitos, problemas, avanços de cada categoria. 
Todos os fatores citados até aqui têm relação com a experiência 
profissional docente e podem, em alguma medida, contribuir para que a prática 
pedagógica realizada nas escolas seja uma prática mais rica do ponto de vista 
das condições humanas e materiais que os professores possam contar para 
realizá-la. 
Acompanhe o vídeo a seguir que dá mais informações sobre a 
importância da experiência profissional docente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conheça o site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em 
Educação (CNTE). 
Acesse: <http://www.cnte.org.br/> 
 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 14 
 
Síntese 
Assista no vídeo a síntese dos temas mais importantes abordados nesta 
aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 
 
1. A formação inicial de qualidade, teórica e metodologicamente, é essencial 
como base para a prática pedagógica a ser realizada pelo futuro professor. 
Então, mesmo se considerando a importância e necessidade dos cursos de 
formação continuada, a formação inicial é fundamental. Neste sentido, 
assinale a alternativa correta em relação à habilitação dos egressos do 
curso de graduação em Pedagogia. 
a. Poderão atuar como docentes de qualquer disciplina curricular no 
Ensino Médio, em cursos de pós-graduação e como coordenadores 
pedagógicos em qualquer nível de ensino. 
b. Poderão atuar como docentes na Educação Infantil, nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental, no curso de formação de professores em nível 
Médio/Magistério (disciplinas pedagógicas) e na gestão das escolas da 
Educação Básica. 
c. Poderão atuar como docentes no Ensino Superior e na gestão das 
escolas da Educação Básica. 
d. Poderão atuar apenas como docentes na Educação Infantil e nos anos 
finais do Ensino Fundamental. 
2. O desenvolvimento profissional docente envolve a formação inicial, a 
formação continuada e a experiência profissional. Sobre a formação de 
professores é incorreto afirmar que: 
a. Reconhecer que a formação continuada pode contribuir para a melhoria 
da educação significa compreender a importância da profissionalização 
dos professores. 
b. Os programas de formação continuada que são organizados sem 
continuidade entre os cursos ou atividades desenvolvidas são ações 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 16 
 
isoladas e com contribuição restrita ao desenvolvimento dos 
professores. 
c. O processo permanente de constituição dos professores como sujeitos e 
como coletivo de profissionais no enfrentamento dos problemas da 
prática é um permanente desafio. Para o enfrentamento dos problemas 
da realidade educacional seria importante a participação dos docentes 
em associações de classe ou sindicatos. 
d. A formação continuada está diretamente relacionada ao curso de 
formação inicial realizado pelo professor. Assim, quanto melhor for a 
formação inicial, melhor será também a formação continuada, pois se 
trata de um processo linear. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização Pedagógica da Escola | Formação Continuada | Aula 2 
Referências 
ALMEIDA, Claudia Mara de; SOARES, Kátia Cristina Dambiski. Professor de 
Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental: aspectos 
históricos e legais da formação. Curitiba: Ibpex, 2011. 
GHEDIN, Evandro. Professor reflexivo: da alienação da técnica à autonomia da 
crítica. In: PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. Professor reflexivo no Brasil. SãoPaulo: Cortez, 2002. 
KUENZER, A. Z. A escola desnuda: reflexões sobre a possibilidade de 
construir o Ensino Médio para os que vivem do trabalho. In: ZIBAS, D. M. L.; 
AGUIAR, M. A. de S.; BUENO, M. S. S. (Orgs.). O Ensino Médio e a reforma 
da Educação Básica. Brasília: Plano, 2002. 
PIMENTA, Selma Garrido. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: 
PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. Professor reflexivo no Brasil. São Paulo: 
Cortez, 2002. 
ROMANOWSKI, Joana Paulin. Formação e profissionalização docente. 
Curitiba: Ibpex, 2007.

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