Extinção da punibilidade

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Prof. Felipe Abelleira 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
Conceito: São quelas que extinguem o direito de punir do Estado. Estão 
elencadas no art. 107 do CP alem de outras ex. ressarcimento do dano antes do 
transito em julgado (art. 312 §3º CP) pagamento antes da denuncia de tributos 
e constribuições. 
 
I - MORTE DO AGENTE 
Art. 5º XLV. 
Trata-se de causa personalíssima não se comunica aos participes e coautores. Se 
ocorrer após a sentença somente extingue os efeitos penais não civis. 
A morte so pode ser provada por documento próprio art. 155 p.u do CPP. 
Declaração de ausência não se confunde com a morte do agente. 
Art. 88 da lei de registros públicos apresenta hipóteses de presunção de morte. 
Certidão falsa – revisão pro societate 
 
II - ANISTIA (lei) 
Lei penal de efeito retroativo que retira as conseqüências dos crimes por ela 
tratados. Renuncia do jus puniendi do estado. 
Competência da União 
Não pode ser revogada – lei não pode retroagir para prejudicar o acusado (art. 
5º XL 
Crimes insuscetíveis de anistia – hediondos, tortura, trafico ilícito de 
entorpecentes e terrorismo 
 
III - INDULTO e GRAÇA (decreto) 
Graça é um beneficio individual concedido mediante provocação da part6e 
interessada. 
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Indulto é de caráter coletivo e concedido espontaneamente. 
Competencia da União 
Crimes insuscetíveis de graça e indulto: hediondos, tortura, trafico ilícito de 
entorpecentes e terrorismo. 
 
IV - ABOLITIO CRIMINIS 
Art. 5º XL 
 
V - RENUNCIA AO DIREITO DE QUEIXA 
Só é possível antes de iniciada a ação penal privada 
Pode ser: Expressa ou tácita 
 
VI - PERDÃO DO OFENDIDO 
Manifestação da vontade, expressa ou tácita do ofendido ou de seu 
representante legal no sentido de desistir de ação epnal privada já iniciada. 
Pode também ser: processual e extra-processual – expresso ou tácito 
É ato bilateral, depende de aceitação do acusado. 
 
VII - PEREMPÇÃO 
Consiste em uma sanção processual ao querelante desidioso. 
Hipóteses: 
A – deixa de dar andamento ao feito por mais de 30 dias 
B – deixa de comparecer a ato processual sem motivo justificado. 
C_ deixa de formular pedido de condenação nas alegações finais 
D – morte ou incapacidade do querelante 
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VIII - RETRATAÇÃO DO AGENTE 
Desdizer-se, retirar o que disse. 
Possível no art. 143 – Calunia e difamação; art. 342 §3º sendo ainda 
comunicavel aos participes. 
 
IX - CASAMENTO DA VITIMA COM O AGENTE 
Revogados pela lei 11.106/05 
 
X - PERDÃO JUDICIAL 
Trata-se de faculdade do juiz em casos excepcionais e devidamente previstos 
em lei. 
Ex. art. 121 §5º, art. 129§8º, art. 140 §1º, I e II….lei 9807/99. 
 
XI – DECADENCIA 
Def. é a perda do direito de promover a ação penal privada, em face da inércia 
do querelante (vitima – ofendido ou representante legal), durante determinado 
estabelecido em lei. 
O direito decairá se o ofendido ou seu representante legal não exercer seu 
direito de queixa dentro dom prazo de 06 meses contado do dia em que vier a 
saber quem é o autor do crime. (art. 38 CPP e 103 do CP) 
Obs. Lei 9099/95 art. 91 
Obs. Em caso de crime habitual e continuado o prazo se inicia a partir do ultimo 
ato. 
 
XII – PRESCRIÇÃO 
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Def. a perda do direito de punir o criminoso, em face da inércia do Estado 
durante determinado período de tempo, que pode ser da pretensão concreta 
de punir (interesse em aplicar a pena) ou de executar a punição (interesse de 
executa-la). A perda deste direito impõe como conseqüência impossibilidade de 
aplicar a sanção penal. 
São crimes imprescritíveis: o crime de racismo (lei 7716/89) e crimes de 
segurança nacional (lei 7170/83) 
Especies: 
a) PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA 
b) PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTORIA 
 
XII.1. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA 
Deve ser declarada a qualquer momento da ação penal, de oficio ou a 
requerimento de qualquer das partes. (art. 61 do CPP) 
Extingue todos os efeitos da pena, os principais e secundários. 
Subespecies: 
a) Prescrição da pretensão punitiva propriamente dita: a ser analisada de 
acordo com a maior pena prevista no tipo penal. 
b) Prescrição da pretensão punitiva intercorrente: a ser analisada de acordo 
com pena aplicada na sentença penal condenatória e aplicável após a 
decisão de primeira instancia. Ocorre entre a data da publicação da 
sentença e seu transito em julgado (para acusação). (art. 110 §1º CP) 
c) Prescrição da pretensão punitiva retroativa: a ser analisada de acordo 
com pena aplicada na sentença penal condenatória, contando para trás. 
Independe para quem fora o transito em julgado conta-se de acordo com 
a pena fixada para trás até o dia que se iniciou o prazo prescricional. 
d) Prescrição da pretensão punitiva antecipada ou virtual: a ser analisada de 
acordo com a provável pena a ser aplicada na sentença penal 
condenatória. Pode ocorrer tanto no Inquerito policial como na instrução 
processual. 
O termo inicial da prescrição da pretensão punitiva é o constante no art. 111 
do CP. 
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O art. 109 estabelece os prazos de acordo com os critérios trazidos nos tipos 
de prescrição 
 
PENA PRAZO PRESCRICIONAL 
Menor que 1 ano 2 anos 
de 1 até 2 anos 4 anos 
Mais de 2 até 4 anos 8 anos 
Mais de 4 até 8 anos 12 anos 
Mais de 8 até 12 anos 16 anos 
Mais de 12 anos 20 anos 
 
Circunstancias que influem no prazo da prescrição: 
 Ser o agente menor de 21 anos na data do fato – reduz-se pela 
metade (art. 115 do CP) 
 Ser o agente maior de 70 anos na data da sentença – reduz pela 
metade (art. 115 do CP) 
 Reincidência – aumenta 1/3 do prazo da prescrição da pretensão 
executória não da punitiva (art. 110 CP). 
 
Causas interruptivas: obstam o curso da pretensão, fazendo com que se reinicie. 
 Recebimento da denuncia ou queixa 
 Publicação da sentença de pronuncia 
 Acórdão confirmatório da pronuncia 
 Publicação da sentença condenatória recorrível 
 Publicação do acórdão recorrível 
 
Causas suspensivas: sustam o curso do prazo, fazendo com que recomece 
apenas do tempo que restava. 
 Enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
conhecimento da existência do crime. 
 Enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro por qualquer motivo 
 Na hipótese de suspensão parlamentar do processo 
 Durante o prazo de suspensão condicional do processo 
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 Se o acusado, citado por edital, não comparecer e nem constituir 
advogado. 
 Estando o acusado no estrangeiro, em local sabido, até a devolução da 
carta rogatória. 
 Nos crimes contra a ordem econômica, o acordo de leniência. 
 
XII.2. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTORIA 
Extingue só a pena principal permanecendo os efeitos secundários da pena. 
É Regulada pela pena aplicada e tem inicio com o transito em julgado da decisão 
condenatória para a acusação. 
 
Causas interruptivas: obstam o curso da pretensão, fazendo com que se reinicie. 
 Inicio do cumprimento da pena 
 Continuação do cumprimento da pena 
 Reincidência (na data que o novo crime é praticado não da sentença) 
 
Causas suspensivas: sustam o curso do prazo, fazendo com que recomece 
apenas do tempo que restava. 
 A prisão do condenado por qualquer outro motivo que não a condenação 
que se pretende executar. 
 
Circunstancias que influem no prazo daprescrição: 
 Ser o agente menor de 21 anos na data do fato – reduz-se pela 
metade (art. 115 do CP) 
 Ser o agente maior de 70 anos na data da sentença – reduz pela 
metade (art. 115 do CP) 
 Reincidência – aumenta 1/3 do prazo da prescrição da pretensão 
executória não da punitiva (art. 110 CP). O prazo que aumenta será o 
prescricional do novo crime não do anterior. 
 
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PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA 
A multa prescreve: 
 Em dois anos quando for a única cominada ou aplicada 
 No mesmo prazo da prescrição da pena privativa de liberdade quando for 
alternativa ou cumulativamente aplicada com aquela. 
Estas hipóteses são da prescrição da pretensão punitiva. 
 
O prazo será de 5 anos, após a sentença transitada em julgada, hipótese de 
prescrição da pretensão executória, já que a multa é divida de valor, aplicando-
se assim as causas e condições da lei de execução fiscal.