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Aula 5 Testes psicológicos

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TESTES PSICOLÓGICOS
					
				
AULA 5
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TESTES PSICOLÓGICOS
A palavra teste tem uma conotação um tanto assustadora para muitos, pois indica ser avaliado, provado, colocado em comparação a outros
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“Os testes psicológicos são utilizados, muitas vezes para avaliar indivíduos em algum ponto crítico ou circunstância significativa da vida” (URBINA, 2007, p 11).
TESTE PSICOLÓGICO, ou testagem psicológica 
– indica um procedimento sistemático cujo objetivo é a obtenção de amostras de comportamentos relevantes para o funcionamento cognitivo ou afetivo e para a avaliação dessas amostras a partir de certos padrões.
 
O QUE É UM TESTE PSICOLÓGICO?
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Necessidade de objetividade no processo
Uniformidade de procedimentos (administração, avaliação e interpretação dos testes)
Controle das diversas variáveis como hora, local, tempo, circunstâncias, condição do examinador, entre outras que possam afetar ou interferir no resultado
Uso de padrões para avaliar resultados.
LEMBRETE...
Por que padronizados?
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Testes: avaliam certa capacidade ou habilidade, aspectos cognitivos, conhecimento, possuem escores de aprovação, reprovação
Outros instrumentos: inventários, questionários, levantamentos, esquemas e técnicas projetivas – são denominados testes de personalidade – o objetivo de tais instrumentos é coletar informações sobre motivação, atitudes, preferências, interesses, constituição emocional, reações de uma pessoa diante de outras. – tais instrumentos compõem-se de perguntas com múltipla escolha, verdadeiro – falso, perguntas abertas em alguns casos.
 
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  DIFERENÇA ENTRE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 
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O objetivo da avaliação psicológica pode cobrir diferentes aspectos do comportamento tais como interesses, atitudes, aptidões, desenvolvimento e maturidade, condições emocionais e de conduta e personalidade em geral, bem como reações face a determinados estímulos ou situações, espontâneas ou previamente planejadas.
RECAPITULANDO...
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Existem vários critérios para classificação dos testes psicológicos. Um deles considera as características que o teste pretende avaliar. Dessa forma, os testes poderiam ser classificados em escalas ou testes de desenvolvimento, testes de inteligência, testes de aptidões, testes de aproveitamento ou rendimento escolar, de prontidão, testes educacionais, entrevistas, testes neuro-psicológicos, testes de personalidade (técnicas projetivas, expressivas e outras).
TIPOS DE TESTES
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Um teste psicológico é definido como uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento. Essa definição enfatiza alguns aspectos, ou seja:
- O fato de ser uma medida objetiva e padronizada implica na necessidade de que todos os sujeitos realizem uma mesma tarefa na qual deve haver uniformidade no processo de aplicação, ou seja, instruções e material e de avaliação, isto é, as respostas devem ser julgadas pelos mesmos critérios e o resultado é interpretado de acordo com determinadas normas.
PADRONIZAÇÃO E NORMATIZAÇÃO SÃO SEMPRE IMPRESCINDÍVEIS
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Os instrumentos de avaliação em Psicologia se dividem basicamente em dois grandes grupos os clínicos e os psicométricos.
Os instrumentos clínicos são aqueles em cuja avaliação o psicólogo se baseia no conhecimento da teoria na qual o teste se fundamenta e em sua experiência pessoal e profissional, o que lhe permite chegar a diagnósticos clínicos. Há sempre a expectativa de que dois psicólogos clínicos, com experiência e formação comparáveis, devam chegar a resultados similares, examinando os mesmos indivíduos, com técnicas similares.
GRUPOS DE TESTES
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Os instrumentos psicométricos estão basicamente fundamentados em valores estatísticos que indicam sua sensibilidade (ou adaptabilidade do teste ao grupo examinado), sua precisão (fidedignidade nos valores quanto à homogeneidade e estabilidade dos resultados) e validade (segurança de que o teste mede o que se deseja medir).
CRITÉRIOS EM BUSCA DO RIGOR CIENTÍFICO...
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As Variedades de Testes e
Interpretações de Testes
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O QUE É UM TESTE?
A palavra "teste" normalmente se refere a uma série de perguntas-padrão para as quais o examinando dá respostas escritas ou orais. 
Mas o teste prático para tirar carteira de motorista não tem perguntas nem respostas, e o procedimento varia de um examinador para outro. A tarefa é dificilmente padronizada, assim como o tráfego que os candidatos enfrentam.
 Um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas. Por "sistemático" se entende que o examinador coleta informações questionando ou observando da mesma maneira uma pessoa depois da outra, na mesma situação ou em situações comparáveis. 
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Esta definição inclui questionários para obter relatos sobre a personalidade, procedimentos para observar o comportamento social, testes com aparelhos para medir a coordenação e, inclusive, registros de produção numa linha de montagem.
“Avaliação" é uma palavra mais ampla do que "testagem" quando envolve a integração de informações. A avaliação de um indivíduo normalmente irá considerar testes juntamente com uma história de caso e entrevistas. Mas o termo também tem sido aplicado a levantamentos estatísticos 
baseados unicamente em testes e a medidas experimentais limitadas ("avaliação do medo de cobras").
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Os significados de teste de lápis-e-papel, teste com aparelhos, teste oral e assim por diante devem estar óbvios. Embora todos os dados comportamentais reflitam algum tipo de desempenho, um teste de desempenho normalmente se refere a uma tarefa que requer uma resposta física. 
Um teste pode gerar um resultado único e as partes são ignoradas quando o total é obtido. Em outros testes, os resultados parciais são transportados para interpretação. 
Quando vários resultados parciais são computados lado a lado em escalas comparáveis, este gráfico é chamado de "perfil". (As partes são às vezes referidas como "subtestes". As vezes, as partes são chamadas de "testes" e o todo é chamado de "bateria“). 
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Entre os testes de desempenho que têm sido utilizados estão consertar uma peça de um aparelho eletrônico, desenhar a figura de um homem, encadear contas e "inventar" um objeto a partir de materiais. Embora seja uma tarefa verbal, responder a uma entrevista em francês também é um teste de desempenho.
 Os testes de grupo permitem testar muitas pessoas ao mesmo tempo. 
 Os testes individuais permitem a observação de reações e o seguimento de uma resposta indefinida. 
 Muitos testes possuem versões individuais e grupais. 
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Um teste é considerado padronizado quando as palavras e os atos do examinador, o aparelho e as regras de avaliação foram fixados, de modo que os resultados coletados em momentos e lugares diferentes são inteiramente comparáveis. 
Se um procedimento é objetivo, todos os observadores de um desempenho chegam à mesma conclusão. Para atingir a objetividade, todos devem prestar atenção aos mesmos aspectos do desempenho, registrar as observações para eliminar erros de memória e avaliar os resultados através das mesmas regras. A objetividade pode ser julgada comparando-se os resultados assinalados por observadores independentes. Quanto mais subjetivas a observação e a avaliação, menos os juízes concordam. 
Os testes em que o examinando escolhe a melhor resposta (verdadeiro-ou-falso ou de múltipla escolha) possuem uma avaliação objetiva.
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Em contraste, um teste de redação gera desacordo entre os avaliadores. Mas, com o uso de cuidadosas instruções ao observador ou examinador, as notas atribuídas às respostas escritas e às observações podem se tornar bastante objetivos. 
A objetividade e a padronização geralmente andam juntas, mas um teste com procedimento livre pode ser pontuado por uma regra definida, e um procedimento padronizado pode ser pontuado por julgamento.
Uma tabela de normas
informa como os escores se distribuem em uma população relevante. Os testes que possuem normas às vezes são chamados de "testes padronizados". 
Um teste cujos procedimentos não são padronizados pode ter uma tabela de normas, mas as normas não significam muito.
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Estilos de Testagem Psicométrico e Impressionista
Os métodos de coleta de informações variam de um extremo psicométrico a um extremo impressionista. O maior contraste está na ênfase colocada na padronização e objetividade dos testes psicométricos. Existe uma diferença também na interpretação; alguns examinadores querem medir o indivíduo, alguns querem caracterizá-lo.
A testagem psicométrica traz o desempenho em números. Seu ideal é expresso em dois famosos pronunciamentos antigos: Se uma coisa existe, ela existe em certa quantidade. E, Se existe em certa quantidade, ela pode ser medida.
A maioria das aplicações de testes é psicométrica em certos aspectos e impressionista em outros.
Quanto mais excepcional a pessoa sendo estudada, ou quanto mais sem precedentes a decisão a ser tomada, maior a necessidade de estruturar perguntas e procedimentos que se ajustem ao caso. 
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Há psicólogos que estudam elementos ou traços (inteligência, atenção, assertividade) tomando como exemplo as ciências físicas, e considerando que todas as pessoas os possuem, mas em quantidades diferentes. 
A abordagem psicométrica é mais adequada quando uma pergunta bem definida deve ser respondida, e quando o intérprete tem experiência suficiente para traduzir a mensuração numa estimativa do provável resultado de cada curso de ação disponível.
 Um estilo impressionista busca a descrição individualizada. 0 psicólogo tenta ser um observador sensível e cria uma interpretação integrada. O impressionista não se satisfaz com uma estimativa numérica do nível de capacidade. Ele quer saber como a pessoa expressa sua capacidade, que tipos de erros comete e por quê.
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Para avaliar o background de uma pessoa, o examinador psicométrico apresentaria uma lista de verificação abrangendo experiências comuns a muitas pessoas. Ele contaria os itens assinalados e teria escores para, digamos, "interesse por esportes" e "experiência de liderança".
 O impressionista talvez não estabelecesse uma tarefa mais definida do que "Por favor, escreva a história da sua vida em 2.500 palavras".
Diz-se que uma tarefa é estruturada quando todas as pessoas a interpretam da mesma maneira. A estruturação obtém uma resposta definida para uma pergunta formulada antecipadamente.
O criador do teste pode pedir aos examinandos para construírem suas próprias respostas ("resposta-livre"), ou pode oferecer uma escolha entre alternativas de respostas fixas (resposta-de-escolha).
Os examinadores psicométricos geralmente optam pela resposta de escolha, de modo a tornar o teste mais estruturado.
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A testagem psicométrica preocupa-se mais com o produto do que com o processo. O produto é claramente observável — a resposta dada, a torre de cubos construída, ou a redação escrita. Quando um examinador psicométrico presta atenção ao processo, ele se arma com uma folha de registro para tabular o que vê e seleciona antecipadamente os aspectos específicos de estilo de resposta que irá registrar.
Listar as variáveis antecipadamente é inaceitável para o impressionista. Ele prefere procurar o que é significativo no comportamento de cada examinando, conforme o observa trabalhando. Conseqüentemente, prefere as tarefas que as pessoas abordam de modos diferentes.
 O formato de escolha facilita a avaliação, mas o comportamento apresentado é menos rico. Os psicólogos que preferem respostas com final aberto valorizam as observações suplementares.
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Os examinadores psicométricos confiam nas interpretações feitas através de regras derivadas estatisticamente de grupos anteriores; eles desconfiam de interpretações mais subjetivas, individualizadas. Consideram a possibilidade de erro e índice de incerteza das predições (Validade).
O impressionista preocupa-se menos com a validação formal. Se não existem dois casos iguais, as interpretações não se repetem, e as tabelas de experiência não podem ser acumuladas. 
O intérprete impressionista quer ser sensível ao observar e hábil ao transmitir impressões. Alguns psicólogos possivelmente são melhores juízes da personalidade do que outros. 
Um entrevistador poderia perguntar: "Você fica à vontade em reuniões sociais?". 
Um examinador psicométrico oferece alternativas como SEMPRE, MUITAS VEZES, ÀS VEZES, RARAMENTE e NUNCA. 
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As abordagens psicométrica e impressionista diferem mais nitidamente na questão da confiança no psicólogo.
 Os defensores do rigor consideram o examinador como um instrumento errático cujas interpretações não-reguladas misturam a verdade com especulações. Os impressionistas consideram o observador como um instrumento sensível e inclusive indispensável. 
O impressionista não nega o perigo de tendenciosidades e erros. Mas ele não está disposto a ignorar a história da pessoa e sua presente situação — e os significados que lhe atribui.
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CLASSIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS
O procedimento de testagem pode ser dividido em duas amplas classes: os que buscam medir o desempenho máximo e os que buscam medir respostas típicas.
O desempenho apresentado por uma pessoa cooperativa solicitada a fazer o melhor possível indica "capacidade". O desempenho máximo é uma ficção conveniente. 
Segundo, existem procedimentos para descobrir o que a pessoa faz ou sente mais freqüentemente, numa situação ou tipo de situação recorrente. 
As medidas das respostas típicas abrangem aspectos de personalidade, hábitos, interesses e caráter.' Aqui, a "resposta" pode referir-se a ações manifestas como assumir a liderança (ou permanecer quieto) num grupo social, ou a declarações que a pessoa faz, ou ao encobrimento de pensamentos e sentimentos.
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 Os psicólogos empenhados na modificação do comportamento fazem uma distinção similar. Com relação a algum comportamento desejado, eles primeiro perguntam se a resposta (p.ex., uma habilidade social) "faz parte do repertório da pessoa". Quando confirmam que a capacidade está presente, eles passam a investigar com que freqüência a pessoa responde daquela maneira em várias situações recorrentes.
A resposta típica e a capacidade não são verdadeiramente separáveis. O recorde de uma pessoa em testes de digitação estabelece que sua capacidade atingiu determinado nível, mas o escore também reflete sua disposição de se esforçar naquele tipo de situação.
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Testes de Desempenho Máximo
O aspecto característico de um teste de capacidade é que o testando é encorajado a conseguir o melhor escore que puder. Para que ele dê o melhor de si, as instruções precisam ser claras e explícitas, incluindo a explicação de como os vários tipos de erros serão penalizados.
Alguns testes de capacidade propõem tarefas conhecidas; outros requerem que a pessoa faça alguma coisa desconhecida. No Teste de Coordenação Complexa, uma pessoa que nunca pilotou um avião opera uma "alavanca de comando" e um "leme de direção". Luzes piscando assinalam que devem ser feitos determinados movimentos; respostas rápidas e coordenadas recebem um escore elevado.
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Um grande grupo de testes (EFT, labirintos, testes de raciocínio verbal) são considerados medidas de "capacidade intelectual geral". Este termo se refere a uma série de capacidades importantes em quase qualquer tipo de pensamento. Testes desse tipo freqüentemente são chamados de "testes de inteligência", mas a interpretação do teste é mais correta se evitamos os mitos associados à palavra "inteligência". Juntamente com as capacidades gerais estão aquelas pertinentes a uma variedade limitada de tarefas: compreensão mecânica, sensibilidade à tonalidade dos sons, destreza manual e assim por diante.
O desempenho numa tarefa importante em si mesma proporciona evidências de proficiência ou competência.
Podemos medir a proficiência em falar o francês, num aconselhamento via telefone, no conserto de uma torneira. 0 termo mais limitado teste de realização se refere ao teste que abrange alguma coisa que a escola presumivelmente ensinou diretamente — a leitura, por exemplo, ou o conhecimento do sistema solar. Uni "teste de maestria" é um teste de realização relativo a algum tópico ou habilidade limitados, destinado a estabelecer se um estudante domina aquele assunto. 
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O termo "competência mínima" passou a ser empregado na década de setenta. Os críticos das escolas haviam se queixado de que muitos alunos com o segundo grau completo não eram adequadamente instruídos e empregáveis. Um teste utilizado para identificar esses alunos (quer como um alerta precoce ou um último obstáculo) passou a ser conhecido como um teste de competência mínima.
Um teste de aptidão é um teste destinado a predizer o sucesso — existem testes de aptidão para a engenharia, aptidão musical, aptidão para a álgebra e assim por diante. Esses testes não têm formas distintas. Um teste de aptidão para a engenharia pode incluir seções medindo a capacidade intelectual geral, o raciocínio mecânico e espacial e a proficiência em matemática.
O contraste realização/ aptidão é de ponto de vista, mais do que de conteúdo de teste. Qualquer teste é um teste de realização na medida em que é um relato sobre o desenvolvimento e a aprendizagem até aquele momento; é um teste de aptidão na medida em que diz alguma coisa sobre o futuro.
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Medidas de Resposta Típica
Aqueles que estão empregando um executivo cujo sucesso anterior garante sua capacidade também querem saber como ele funciona habitualmente. Ele supervisiona cuidadosamente, prestando atenção aos mínimos detalhes? Ou delineia uma tarefa geral e dá liberdade aos seus subordinados? Ele se preocupa igualmente com produção, problemas humanos e finanças? Ele prefere um planejamento de longo alcance ou uma rápida adaptação? Conhecer o seu padrão ajuda a colocá-lo adequadamente na organização.
Para a maioria das perguntas sobre sentimentos e hábitos, nenhuma resposta específica pode ser destacada como "boa". Não existe nada de bom ou de mau no interesse pela engenharia. Igualmente, não podemos dizer que um certo grau de dominação é melhor; o mundo oferece papéis adequados para as pessoas ao longo de toda a escala. 
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 As informações sobre os hábitos têm um valor preditivo; o que a pessoa faz uma vez provavelmente fará novamente. Mas a maioria dos psicólogos negaria que os hábitos observados de uma pessoa são a sua personalidade. Uma pessoa nem sempre age como agiu em ocasiões anteriores. Nós não desejamos considerar as reações excepcionais como caprichosas e inexplicáveis. 
Conseqüentemente, supomos que as respostas são geradas por uma estrutura de personalidade ou sistema de crenças consistente, que é sensível às diferenças situacionais. A estrutura tem de ser inferida a partir das observações do comportamento e relatos sobre atos, opiniões e fantasias.
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 Nas semanas que antecederam o casamento do príncipe Charles, a imprensa britânica buscou os mínimos fragmentos de informação sobre a futura princesa. Ela ensinara num jardim de infância, e um repórter entrevistou um de seus alunos e perguntou: "Como ela era?". 0 garotinho respondeu: "Não sei. Ela nunca me disse." 
A maioria dos psicólogos está na posição dessa criança — 90 por cento das informações coletadas sobre a personalidade, interesses e atitudes originam-se dos relatos do sujeito. Quase todos os outros psicólogos estão na posição do repórter, dependendo de impressões de segunda-mão. A observação direta e sistemática por parte do psicólogo e seus auxiliares é comparativamente incomum — mas uma fonte de dados potencialmente superior.
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Observação. 
A observação padronizada permite-nos comparar pessoas que normalmente não são vistas em circunstâncias semelhantes. Além disso, ela gera respostas que só seriam vistas ocasionalmente no cotidiano. Por exemplo, para examinar reações à frustração, a pessoa é iniciada em alguma atividade e então impedida de atingir seu objetivo. 
A observação padronizada requer que cada pessoa seja colocada essencialmente na mesma situação. A personalidade pode ser observada durante um teste intelectual, durante uma discussão de grupo ou quando a pessoa é desafiada a caminhar sobre uma trave com os olhos vendados. Foram planejadas tarefas especiais — testes de desempenho de personalidade — para proporcionar uma boa oportunidade de observação.
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 Se queremos o comportamento típico, o sujeito não deve saber o que está sendo observado. O observador pode estar escondido, ou a pessoa pode ser levada a acreditar que está sendo testada em relação a uma determinada característica enquanto alguma outra coisa está sendo observada. Quando estamos estudando a reação à frustração, pode-se dizer ao testando que sua capacidade intelectual está sendo observada. Quando ele ficar frustrado por perguntas difíceis, suas respostas provavelmente não serão dissimuladas.
	O comportamento típico também pode ser observado em amostras tomadas "no campo". As crianças no playground revelam muito sobre seus hábitos e personalidade.
 Mas a padronização é relativa, pois cada criança reage aos atos não-padronizados dos companheiros de brincadeiras. 
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 Quando o examinador se propõe a disfarçar seu propósito ou a observar sem o conhecimento do seu alvo, surgem questões éticas. 
 Há laboratórios de psicologia com espelho de observação que permite ao observador enxergar a sala de entrevistas ou de brinquedos sem ser visto. Antes, o sujeito não saberia que estava sendo observado. Hoje, o posto do observador e a visão através do espelho são mostrados, e é explicado que esse arranjo pretende eliminar distrações. Uma vez absorvido numa tarefa e especialmente depois de várias sessões, não é provável que o sujeito continue preocupado com o espelho. 
A franqueza não pode avançar além dos limites do bom senso. O terapeuta da fala não diz: "Eu vou contar quantas vezes você gagueja"; a psicóloga infantil não diz à mãe: "Eu vou contar as vezes em que você parece insegura de si mesma".
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 Cada pessoa conhece bastante o seu próprio comportamento. Os questionários — freqüentemente chamados de "inventários" — são usados para obter auto-descrições. Existem inventários sobre os hábitos de estudo, inventários de interesses, inventários de atitudes sociais, etc.
 
Auto-Relato
O inventário biográfico pode tratar de qualquer coisa, da história conjugal aos sentimentos em relação ao pai da pessoa, ou dos passatempos passados e atuais. O título deve evitar a palavra "teste", para não sugerir que existe uma mensuração direta.
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Ao passo que o inventário tradicional faz perguntas generalizadas — "Você bebe muito?" — uma outra abordagem pede que a pessoa observe seu próprio comportamento em determinados momentos. A pessoa pode ser solicitada a registrar todas as noites a sua ingestão de álcool naquele dia, talvez juntamente com uma anotação sobre as circunstâncias em que bebeu cada drinque. A virtude da auto-observação é a exatidão da informação. 
O procedimento é intrusivo e tende a alterar o próprio comportamento — uma vantagem quando o ato de registrar reforça o processo terapêutico, mas uma desvantagem quando estamos tentando investigar o comportamento típico.
A auto-observação direta das ações deveria dizer-nos algo muito semelhante àquilo que um segundo observador relataria. A auto-observação direta de pensamentos e sentimentos, entretanto, captura informações de outra forma não-disponíveis. 
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Finalidades dos Testes
Classificação (psicotécnico);
Promoção do autodesenvolvimento;
Intervenção psicoterápica (psicodiagnóstico) e psicopedagógica;
Avaliação de programas;
Pesquisa científica.
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Administração dos Testes
- Os testes são instrumentos técnicos e seu manejo geralmente necessita de pessoal treinado
e conhecedor do instrumento;
- Os testes psicológicos são de uso exclusivo dos psicólogos;
- São instrumentos sofisticados;
- Exige regras para sua aplicação, chamada de “padronização” da aplicação que implica:
1 - Procedimentos de aplicação;
2 - Controle dos vieses do aplicador;
3 - Direito dos testandos;
4 - Normas de divulgação dos resultados
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Administração dos Testes
Procedimentos de Aplicação
Têm como objetivo garantir a validade da testagem porque podem produzir resultados inválidos se for mal aplicado.
Os resultados são válidos (se o teste for válido) se a sua aplicação seguiu à risca as instruções e recomendações do autor (manual) e vão exigir pelo menos 2 condições:
      
 A qualidade do ambiente físico da aplicação 
    A qualidade do ambiente psicológico 
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Administração dos Testes
Viezes do examinador
O modo de ser e de atuar do aplicador podem afetar os resultados do teste. Há muitos questionamentos, tais como: o examinador deve ser familiar ao testando? Encorajar ajuda ou atrapalha? A idade é relevante? O estado emocional é relevante?
 
O psicólogo deve estar consciente da possível influência de tais fatores e procurar minimizá-los.
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Administração dos testes
Direitos dos testandos
No Brasil, a atuação do psicólogo na testagem é considerada uma atividade pericial. Isto quer dizer que o psicólogo responde até criminalmente por sua conduta nesta área dos testes.
Os comitês de ética em Psicologia vêm elaborando normas que devem ser seguidas na aplicação de testes, que se resumem nos seguintes pontos:
	Deve ser obtido o consentimento dos testandos ou de seus representantes legais antes da realização da testagem. Com exceção da testagem por determinação legal; da testagem como parte de atividades escolares regulares e a testagem de seleção;
	Em aplicações escolares, clínicas e de aconselhamento, os testandos têm direito a explicações em linguagem que eles compreendam;
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Administração dos testes
Direitos dos testandos
 
 Em aplicações escolares, clínicas e de aconselhamento, quando os escores são utilizados para tomar decisões que afetam os testandos, estes ou seus representantes legais têm o direito de conhecer seu escore e a sua interpretação.
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Administração dos Testes
Normas de divulgação
Quem tem direito aos resultados dos testes? 
Também tem direito aos resultados o solicitante da testagem, como o dono da empresa (seleção) ou o juiz (perícia). Mas, o direito destes não é sobre todos os resultados, eles apenas tem direito as informações estritamente necessárias à resposta da solicitação. 
O sigilo e a segurança dos resultados dos testes devem, em geral, seguir as normas do sigilo entre profissional e paciente. Assim, os arquivos devem ser seguros, de modo que ninguém possa ter acesso; as identidades devem ser codificadas.
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Administração dos Testes
Aquisição dos Testes
Somente psicólogos ou alunos de psicologia com autorização de um psicólogo podem adquirir testes.
Nas mãos de pessoas sem treinamento, podem causar danos, por erro na administração.
Ser psicólogo ou especialista em seleção de pessoal não qualifica o profissional para manusear os testes.
Os testes devem ser escolhidos adequadamente para o seu fim.
Devemos reconhecer as limitações dos seus resultados.
Trabalhar sempre de acordo com o manual de instrução: para qual população, idade, individual ou coletivo, tempo, etc...
A avaliação dos escores deve ser feita através das tabelas estatísticas apresentadas
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Classificação dos Testes
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Selecionando Testes Adequados
Os usuários devem selecionar testes adequados ao propósito para o qual estão sendo empregados, e que sejam apropriados para todas as populações-alvo em que serão aplicados. 
 
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Os usuários dos testes devem:
 
1. Primeiro, definir o propósito da testagem e a população a ser testada. Depois, selecionar um teste para esse propósito e essa população, baseados num cuidadoso exame das informações disponíveis.
 2. Investigar fontes de informação potencialmente úteis, além dos resultados de teste, e corroborar as informações fornecidas pelos testes.
 3.  Ler os materiais fornecidos pelos criadores de testes e evitar usar testes sobre os quais existem apenas informações confusas ou incompletas.
4. Ficar a par de como e quando o teste foi desenvolvido e experimentado.
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Os usuários dos testes devem:
 5. Ler  avaliações independentes de um teste e de possíveis medidas alternativas. Procurar as evidências necessárias para confirmar as afirmações dos criadores do teste.  
6. Examinar um conjunto de amostra, testes divulgados ou amostras de questões, orientações, folhas de resposta, manuais e os relatórios de resultados antes de selecionar um teste.
7. Determinar se o conteúdo do teste e o(s) grupo(s) de controle e grupo(s) de comparação são adequados para os testandos.
 8. Selecionar e utilizar apenas aqueles testes para os quais estejam disponíveis as habilidades para aplicar e interpretar corretamente os resultados.
(fonte: Code of Fair Testing Practices in Education, 1988;in Cronbach, Fundamentos da Testagem Psicológica, 1996)
 
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A TESTAGEM NA ERA DO COMPUTADOR
A devolução pode ser notavelmente complexa, quase como uma conferência pessoal. No aconselhamento profissional, por exemplo, o computador pode fazer perguntas, que ajudam a pessoa a refletir sobre seus interesses e experiência de trabalho, e pode sugerir onde obter informações sobre ocupações adequadas.
O computador desempenha muitos papéis por trás do cenário da testagem. Ele está mudando as idéias sobre aquilo que os testes podem e devem ser (Roid, em Plake & Witt, 1986). Em virtude de sua consistência, ele leva a padronização a um extremo; e ao mesmo tempo apresentar perguntas diferentes (e uma devolução personalizada) a cada testando.
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Aplicação Automatizada
Os computadores são bons em apresentar testes diretamente aos indivíduos — um teste audiométrico, por exemplo. No diagnóstico de transtornos auditivos e na adaptação de apare¬lhos auditivos, a examinadora ajusta tons puros para volumes mais altos e mais baixos, a fim de determinar o volume mais baixo que a pessoa consegue ouvir. Um examinador humano diria ao testando para pressionar um botão quando ele ouvisse o tom em seus fones de ouvido. Ele ajustaria o botão de freqüência em (por exemplo) 800 hertz (ciclos por segundo), ajustaria o botão de volume num nível mediano (por exemplo, 5) e pressionaria por 0,5 segundos o interruptor que produz o som. Depois da resposta, o examinador assinalaria a resposta numa folha de registro. Mais tentativas na mesma freqüência — sem outras orientações audíveis, mas com uma luz indicando "já" — poderiam utilizar níveis 4 (eliciando uma resposta positiva codifica¬da como +), 3 (+), 0 (–); uma tentativa de testar respostas falsas), 2 (–), 3 (–), 2 (–), 3 (+) e assim por diante. Em certo momento, o examinador determinaria uma estimativa (algo perto de 3 neste caso) do limiar auditivo da pessoa em 800 hertz e, então, passaria para outra freqüência.
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0 computador pode fazer as mesmas coisas, economizando o tempo remunerado do profissional. 0 computador dá instruções visualmente ou através de fones de ouvido, modifica os sinais sem erro e os sinais de tempo com precisão. Diferentemente de um botão de controle giratório, ele pode fixar valores de 3,1 ou 3,05. 0 computador pode determinar o limiar com maior rapidez e, segundos depois da última res¬posta, pode imprimir imediatamente um perfil de resultados em função dos tons. A transmissão através de satélites torna possível enviar instantaneamente a informação para o outro lado do mundo.
Entre os talentos do computador observados neste exemplo estão os seguintes:
Adesão precisa a esquemas e planos. Controle delicado dos estímulos.
Escolha de itens de teste sucessivos à luz do desempenho até o momento ("testagem adaptativa").
Imunidade ao cansaço, aborrecimento, lapso de atenção e erros inadvertidos
de pontuação.
Pontuação instantânea e exata.
Registros legíveis, com cópias múltiplas e transmissão a distância.
Naturalmente, computadorizar um teste traz algumas perdas, especialmente ao eliminar as observações não-padronizadas que um clínico experiente faz durante um teste individual tradicional. 
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Interagir com um computador fascina os testandos (pelo menos atualmente, enquanto a experiência ainda é nova). Quando problemas de raciocínio foram apresentados a estudantes universitários por um computador e por um examinador humano, o relato foi o seguinte:
Os sujeitos testados pelo computador são mais capazes de fazer pausas por períodos mais longos de tempo sem digitar nada no computador. Os sujeitos testados por uma pessoa podem sentir-se pressionados a responder logo, mesmo com o risco de fazer alguma coisa errada. Os sujeitos testados por computador gritaram de alegria, praguejaram, bateram nas paredes e cantaram (podiam ser escutados através das paredes à semiprova de som de seus cubículos), certamente
formas de expressão que um sujeito típico evita na presença de um experimentador. (Johnson & Baker, 1972, p. 31; para um relato formal, veja Johnson & Baker, 1973.)
Vocês poderiam pensar que o computador adaptar-se-ia somente aos sujeitos instruídos e emocionalmente estáveis. Mas crianças pré-escolares e pacientes com doença mental respondem bem às apresentações automatizadas. A paciência do computador é interminável. Se o esquizofrênico deteriorado não faz nenhum movimento por 4 horas, o monitor simplesmente espera. Se a criança desatenta só pode ser levada a fazer o teste depois de quatro sessões preliminares de desenhos animados, o computador os providencia sem impaciência.
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Muitos testes e inventários têm versões para testagem computadorizada através de um microcomputador na escola ou no consultório da psicóloga. 0 software pode não apenas administrar o teste sem nenhum examinador humano na sala, como também preparar um relatório de resultados para impressão imediata. A versão computadorizada de um teste originalmente desenvolvido em forma impressa ou oral normalmente é muito semelhante à versão original.
Parece que as versões convencional ou computadorizada de um teste realmente costumam medir as mesmas variáveis, mas a dificuldade ou confiabilidade pode mudar facilmente. Se a versão computadorizada é "o mesmo teste" é algo que deve ser questionado com cada instrumento em termos psicológicos. Talvez seja mais difícil ler diagramas no monitor do que na pági¬na impressa. Os testandos não-familiarizados com o teclado podem ter dificuldade se as ações requeridas (por exemplo, revisar um item e mudar a resposta) forem complicadas. Mesmo quando o teste em si não é modificado, interagir com unia máquina pode ser psicologicamente diferente de responder a um examinador humano. Quando a tecnologia do computador permite uma mudança na tarefa — introduzindo exposições de tempo controlado, por exemplo — aquilo que o teste mede irá mudar. 0 teste computadorizado de habilidades de manejo dos pacientes classifica os candidatos à certificação de forma bem diferente da dos testes de lápis-e -papel planejados para o mesmo propósito (Melnick, 1988).
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Testagem Adaptativa. 
Uma característica muito importante é a capacidade do computador de escolher itens de teste à luz dos prévios sucessos e fracassos do testando. Isso se chama testagem seqüencial ou adaptativa ou sob medida. 
Técnicas "derivativas" são especialmente úteis para testar habilidades intelectuais complexas. Depois que o testando responde a uma exposição inicial de informações sobre o paciente, são fornecidas novas informações. Passo a passo, o testando propõe uma ação OU solicita novas informações específicas, e é informado sobre os achados do laboratório ou as observações da enfermeira, ou algo parecido.
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Ajustar a dificuldade de modo que o examinando trabalhe principalmente com itens que não são nem difíceis demais nem fáceis demais para ele deve melhorar a motivação. Também é fácil para o computador indicar imediatamente se uma resposta está certa ou errada, e isso pode aumentara motivação (embora esta não seja uma característica comum dos testes adaptativos utilizados na avaliação). Um achado ilustrativo: sem um feedback instantâneo, os jovens negros de uma escola de segundo grau de zona urbana pobre omitiram muitos itens e obtiveram escores mais baixos do que seus colegas de classe brancos. Quando o computador ofereceu um feedback depois de cada item, os negros omitiram poucos itens e alcançaram os estudantes brancos (Betz, 1975; para outros estudos, veja Betz & Weiss, 1976a, 1976b; Prestwood & Weiss, 1978). Entretanto, uma declaração geral seria arriscada; o que encoraja uma pessoa perturba outra.
A aprendizagem auxiliada pelo computador incorpora muitos aspectos da testagem adaptativa. Quando o aluno acessa o seu programa hoje, o computador lembra não apenas do nível de desempenho de ontem, mas também das tarefas em que o aluno não se saiu tão bem; os exercícios de hoje são escolhidos de acordo com isso. Os próprios exercícios servem como um teste. Assim, o registro do computador torna-se uma descrição multidimensional atualizada do indivíduo, mais diferenciada do que um teste comum e mais exata do que as percepções do professor. Existem possibilidades semelhantes na terapia da fala, exploração das carreiras e outras atividades desenvolvimentais.
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INFERÊNCIAS A CURTO E LONGO PRAZOS
Alguns intérpretes fazem inferências relativas a futuras circunstâncias. 
Os mais conservadores tendem a inferir que a pessoa será no futuro aquilo que foi no passado (ou, considerando-se o crescimento, irá manter sua posição relativa entre seus companheiros). Uma avaliação de competência numa tarefa ou papel prático tende a ser válida por bastante tempo (McClelland, 1973; Wernimont & Campbell, 1968). 
Na ausência de declínio físico, mesmo a competência que diminui com a falta de uso pode ser recuperada com a prática renovada. Os hábitos também tendem mais a persistir do que a mudar. A história de acidentes e multas de trânsito de um motorista é uma base sólida para as inferências de uma companhia de seguros.
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0 principal negócio das profissões de ajuda, entretanto, é promover a mudança. Para as partes interessadas, as predições conservadoras são inerentemente pessimistas ou limitadoras. O profissional deve fazer inferências mais a longo prazo para ajudar a pessoa a estabelecer objetivos de mudança e para avaliar o auxílio que mais irá beneficiá-la.
As inferências a longo prazo normalmente são uma interpretação impressionista; elas tentam sugerir como a pessoa irá responder às mudanças de condições. 
 Às vezes, o comportamento amostrado não é de interesse direto; em vez disso, ele é tomado como um sinal ou indicador de outros comportamentos ou estados internos. 0 teste do labirinto é de interesse como um sinal, não como uma amostra. Nenhum animal ou pessoa costuma ter de encontrar seu caminho através de um labirinto, exceto em um teste psicológico. 
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Traços, Estados e Atos 
 Os psicólogos investigam tanto os "traços" quanto os "estados". Em relação à ansiedade, por exemplo, a intensidade dos sentimentos ansiosos (o presente estado da pessoa) muda dia a dia. O nível de traço da pessoa normalmente é concebido como uma média ou estado típico; se é assim, ele reflete não apenas as suas características, mas também os estresses habitualmente presentes em seu ambiente. A "capacidade" é quase sempre considerada como um traço moderadamente estável, mas o nível de desempenho é transitório. Um corredor pode estar "pronto" para um páreo, ou "fora de forma". Estes são estados.
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 Os construtos que vão mais fundo na psique obviamente são hipóteses mais ousadas. As interpretações mais profundas baseiam-se numa teoria complexa sobre as origens do comportamento, e poucas dessas teorias foram bem-substanciadas. Apenas duas conclusões precisam ser tiradas nesse
ponto. Aqueles que se apegam a relatos literais de fatos deixam para os outros a carga da interpretação; esses outros poderiam (ou não) estar mais bem-servidos se o psicólogo tivesse oferecido uma interpretação. Aqueles que oferecem hipóteses imaginativas como se fossem relatórios científicos levam seus clientes para a areia movediça.
Conceitos como "ansiedade" e "capacidade" são construtos ("construtor"). Eles descrevem não uma ação, mas a organização ou eficiência características dos pensamentos e das ações.
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Situar uma pessoa numa escala ou rotular ações é algo que funde diversos atos e, assim, encobre a textura do comportamento. Uma pessoa pode ser tímida em festas e não num debate, com estranhos e não com conhecidos, com mulheres e não com homens. A timidez pode ser totalmente interna: a pessoa confidencia sentimentos de embaraço social para um conselheiro, sentimentos esses que as pessoas com quem convive em seu cotidiano desconhecem. A inibição e o retraimento de uma outra pessoa podem estar aparentes para todos.
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SEMINÁRIOS
Avaliação de Inteligência
Avaliação de Personalidade
Medidas de Aptidões
Medidas de Interesse e Atitudes

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