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CULTURA DO FEIJÃO Zoneamento agroclimático Período crítico da cultura: 03 dias anteriores e 12 dias posteriores ao florescimento. - GI (n<80dias); GII (80 n 95dias); GIII (n>95dias) - Risco de geada inferior a 20%. - Risco 30°C no florescimento. - Risco 30mm, em um período de 5 dias. COLHEITA!! PRIMEIRA SAFRA: Problemas = falta de umidade na semeadura ocorrência de veranicos excesso de umidade na colheita nas semeaduras tardias. SEGUNDA SAFRA: Problemas = excesso de chuvas na semeadura ocorrência de veranicos excesso de umidade na colheita nas semeaduras antecipadas ocorrência de geadas nas semeaduras tardia. TERCEIRA SAFRA: CICLO PRECOCE Problemas = ocorrência de geadas excesso de umidade na colheita em semeaduras tardias. Vantagens altos rendimentos colheita em período seco produto de melhor qualidade ótimas condições de produção de sementes entressafra – melhores preços Menor incidência de pragas e doenças. Ciclo baseado nos catálogos de cultivares: < 75 dias: precoce > 75 < 85 dias: semi-precoce > 85 < 95 dias: ciclo normal > 95 dias: tardio Feijão comum (Phaseolus vulgaris): 95% da produção mundial. • Adaptado aos trópicos úmidos • Sensível à geada quanto às altas temperaturas • Sensível ao estresse hídrico no florescimento e enchimento das vagens • Excesso de chuva causa queda de flores e aumenta a ocorrência de enfermidades. Raízes – maior parte das raízes nos primeiros 20 cm de solo – A amplitude do sistema radicular depende das condições físicas do solo • 62 - 87% nos 10 cm superficiais Hábito de crescimento: – Determinado: inflorescência no ápice da haste principal e das laterais; florescimento do ápice para a base. – Indeterminado: os meristemas apicais continuam vegetativos durante o florescimento; florescimento da base para o ápice. Quatro ecotipos Tipo I - Crescimento determinado: porte reduzido, eretos e precoces. Tipo II- tipos indeterminados : porte ereto. Figura 2. Ecotipos de Feijão Tipo III- tipos indeterminados: porte prostrado. Tipo IV- tipos indeterminados: volúveis, trepadores. Flor – Autofecundação – N° de flores variando de 46,6 – 48 – Alta taxa de aborto. Fruto: Legume ou vagem; Alongado e comprido; Coloração varia de acordo com cultivar; Textura das camadas de fibras – vagem seca - comércio de grãos – vagem coriácea - consumido como vagem quando imaturo – vagem carnosa ou não fibrosa - consumido como vagem imatura Semente – Forma variável, desde esférica a quase cilíndrica – Coloração variável: branco ao negro, passando por todas as cores. Pode ser uniforme, pintada, listrada ou manchada Estádios de desenvolvimento Fases – Vegetativa = V0 a V4 (*V4 e R8 são os estádios que tem maior influência na diferenciação de ciclo entre cultivares) – Reprodutiva = R5 a R9 Relações hídricas Déficit hídrico – Entre semeadura e 4ª folha trifoliada: prejuízos na germinação, emergência e sobrevivência de plântulas – Menor estande de plantas Perdas Estádio vegetativo – 16 a 42% Florescimento – 16% Formação de vagens – 42% Excesso hídrico Durante o estabelecimento - Raízes - Doenças radiculares - Alongamento excessivo da haste principal - Acamamento Florescimento e frutificação: Fases mais sensíveis à má aeração - 2, 4 ou 6 dias de inundação podem levar a perdas de 48, 57 ou 68% da produtividade, respectivamente. Maturação = Atrasa colheita (Mancha o grão; Necessidade hídrica 300 a 400 mm durante o ciclo; Crescimento das vagens – 58%). Espaçamento e densidade de semeadura Deve considerar = fertilidade do solo; cultivar; disponibilidade de nutrientes; época de semeadura. Alta densidade – Mofo branco – Gastos com sementes Desequilibro nutricional, falta de N e o déficit hídrico diminuem a plasticidade Plasticidade do feijoeiro – Plasticidade: hábito de crescimento tipo III > tipo II > tipo I Densidade adequada = 200 a 300.000 plantas ha-1 10 a 15 pl m-1 (Solos muito férteis 10 pl m-1) Espaçamento ótimo: aquele em que o fechamento das entrelinhas ocorre em R5. Profundidade de semeadura - Solos argilosos = 3 a 4 cm; Solos arenosos = 5 a 6 cm; Calagem pH ideal 6,0 (no mínimo 30 dias antes da semeadura). Adubação Nitrogênio = alta produtividade (necessidade > 100 Kg/ha de N) - O N está associado à: Fotossíntese; Crescimento vegetativo vigoroso. - Adubação com N = 10 a 30 Kg/ha na base (feijão das águas e da seca / feijão irrigado) = 40 a 100 Kg/ha em cobertura (30 trifólio – V4) Parcelamento: < 30% de argila e > 80 kg/ha – até R5. Recomendação de N = leva em conta a MO do solo, FBN, eficiência e a expectativa de produtividade. Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN): alternativa à adubação nitrogenada / DESAFIO: manejo adequado para aumentar a eficiência da FBN. Fatores limitantes à FBN: - Rizóbios nativos do solo Fatores ambientais Phaseoli - Rhizobium etli - Rhizobium tropici Temperatura Ótima para as estirpes = 28 a 31ºC (Tropici até 37ºC; aclimatação até 45ºC). Principal efeito da temperatura: instabilidade genômica; perda de capacidade de nodulação. Deficiências nutricionais - Nitrogênio = alto nível compromete a nodulação e FBN; alto teor de matéria orgânica; adubar com N; a eficiência da FBN ocorre até a floração - Mo = via foliar 14 a 28 DAE Fisiologia da planta: contribuição da FBN no feijão 30 a 50% - Hábito indeterminado = período de crescimento vegetativo é maior; maior eficiência na FBN. - Hábito determinado = declínio nas taxas de fixação na fase de enchimento de grãos. Inoculação Aplicado na semente ou no sulco de semeadura = mistura de água e inoculante (200g de inoculante em 50Kg de sementes) - Solução açucarada a 10% - 250 a 300ml para 50Kg de sementes - Deve ser realizado à sombra e semear no mesmo dia ou no máximo em 48 horas Vantagens e limitações = é preciso romper a barreira da competitividade com as estirpes nativas; em determinadas situações a vantagem pode ser nula. Manejo da simbiose através de baixa aplicação de N e aplicação de Mo. Avaliação da eficiência da nodulação: verificação das plantas em V3 e V4; n° e tamanho dos nódulos: 4 a 6 na coroa com 2 e 4 mm ou 20 nódulos por planta; distribuição dos nódulos; coloração interna (rosada/avermelhada = está sendo eficiente); aspecto das plantas (FBN depende da planta, da estirpe, do solo e do clima e sua interação). Fósforo - Deficiência = pouco desenvolvimento; teor de P na planta é baixo - Porque adubar? Solos tem pouco P ou não disponível (recomendação de P leva em conta a argila e expectativa de rendimento). Potássio - Deficiência = é rara (plantas pouco desenvolvidas; caules pequenos; poucas flores; vagens com poucas sementes). - Deve-se, pelo menos, repor o exportado pelo grão: +- 14 kg/ha - Não aplicar mais que 50 kg/ha de K2O na base - Aplicar até terceiro trifólio. (recomendação de K leva em conta a CTC e expectativa de rendimento). Micronutrientes: + exigidos: Mn, Zn, B. - Mn: apenas foliar (100 a 200 g/ha), na emissão da quarta-quinta folha e início florescimento (R6) - Zn: semente, semeadura (1 a 3 kg/ha), foliar (3º a 5º trifólio – 100 a 500 g/ha). - B: via solo (área total)- 200 a 500 g/ha e 20 a 80 g/ha via folha, no pleno florescimento, junto com o Ca. - Cu: em áreas com muito Zn, alta incidência de doenças - 20 a 50 g/ha de cobre foliar (V4-R5). Co e Mo = Essenciais aos microrganismos fixadores de N. (Mo foliar aos 14 a 28 DAE; Rizóbios são beneficiados; N nas folhas é aumentado; aumenta teor de Proteínas nos grãos; a qualidade das sementes é melhorada.) Plantas daninhas T°C amenas a cultura se desenvolve mais; T°C elevadas e UR favorece daninhas Alelopatia, competição, hospedeiro de doenças e dificuldades na colheita. PCC – entre 15 e 30 DAE métodos: preventivo, cultural, mecânico, químico.Dessecação pré-colheita condição MATURIDADE FISIOLÓGICA Situações: Antecipação da colheita (preço, safrinha); desuniformidade entre plantas; presença de plantas daninhas Pragas Danos desde a semeadura até o armazenamento Perdas no rendimento de 33 a 86% Principais pragas: mosca-branca, vaquinhas, cigarrinha-verde, percevejos e os carunchos Pragas que atacam as folhas Vaquinha (Diabrotica speciosa) Larvas danificam raízes, caules subt. e nódulos (fungos - Fusarium); Adultos danificam folhas principalmente na seca (<IAF). Maiores danos em fase de plântula – broto apical (2 adultos/plt nas 3 primeiras semanas após Emergência) Controlar até o florescimento (ND 25% até 20DAE) No entanto, a partir de R5 o feijão suporta o ataque. Cigarrinha verde (Empoasca kraemeri) Grande importância – sucção da seiva e toxinas; Maior ocorrência em condições de seca (< no SPD); Região mediana da planta – parte inferior das folhas; Suscetibilidade – até floração ou início enchimento vagens (2-3ninfas/folha – 50 folhas/ha) Inseticida sistêmico (Encarquilhamento da folhas, clorose, nanismo). Percevejo (Nezara viridula) Ataque das vagens e danificação dos grãos; mesmo em baixa população causam grandes danos (Abortamento de grãos, qualidade do grão, afeta poder germinativo). Reduções de até 40% no rendimento. Mosca branca (Bemisia tabaci) Inseto polífago - Soja grande hospedeiro; Maior incidência em > T° (S. da seca); Danos diretos insignificantes = sucção seiva; Dano indireto = mosaico dourado. Controle: - Químico: reguladores de crescimento e neonicotinoides (30 dias ciclo curto; 50 dias ciclo longo) - Cultivares resistentes ao mosaico e SPD. - Aplicações semanais (seca) - Tratamento de sementes Doenças Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) Importante sob condições de alta umidade e temperatura moderada (15 a 22ºC) - Deprecia o grão e vagens - Sintomas = Cotilédones: lesões marrom-escuras ou negras; Caule e pecíolo: formato elíptico, deprimidas e escuras; Folhas: face abaxial com escurecimento das nervuras; Vagens: lesões circulares, deprimidas e escuras. Transmissão: por sementes; restos de cultura são fonte de inóculo; - Utilizar semente sadia e tratada; Rotação de culturas; Controle Químico: Oranis (Du Pont) – estrobilurina; Amistar; Comet; Stratego. Mofo Branco Área irrigada; alta umidade e temperatura moderada; alta densidade de semeadura - Sintomas = Manchas encharcadas e crescimento micelial cotonoso; Sementes ficam sem brilho, enrugadas e leves; - Controle: Rotação de culturas; sementes sadias; tratamento químico de sementes e da parte aérea Trichoderma; SpotTMSC (Boscalida e Dimoxistrobina); Ronilan; Cercobin700PM; cultivares resistentes ou tolerantes Mosaico Dourado (Vetor da doença x soja – Mosca branca) - Sintomas = Manchas amareladas e brilhantes próximas às nervuras da plantas; Mosaico amarelo brilhante; Deformação foliar; Vagens mal formadas e com grãos pequenos. - Controle: Época de semeadura; Controle do vetor; Tratamento de sementes com inseticidas; Cultivar transgênica. CULTIVARES Cultivar ideal – Produtor: Arquitetura da planta (Porte ereto e 1ª vagem alta); Resistência a doenças; Tolerância a seca e ao calor; Elevado rendimento de grãos. – Consumidor: Rápido cozimento (vinte e poucos min); Lenta perda de coloração pós-colheita; Alta vida de prateleira. COLHEITA - Importância da escolha da cultivar - Aumento em tamanho das áreas de cultivo Escassez de mão de obra Colheita mecanizada. Sistemas de colheita – Manual – Semi mecanizado – Mecanizado
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