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portfólio educação e trabalho

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
SANTOS SANTANA Francirlene dos, RU: 1202359
TRINDADE HERMÍNIO Géssica, RU: 1205041
CORREA FRANCISCO Gisely Maria, RU: 1202548
PEREIRA DE SOUZA PRATES Mayne, RU: 1205249
MÓDULO A – FASE II
EIXO - EDUCAÇÃO INCLUSIVA
COLATINA – ES
JUNHO 2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Resumo
	A Escola é um espaço de construção de conhecimento, deve ser um lugar onde atende a todos de forma geral, a inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas de ensino regular, rompe com os padrões de normalidade da instituição. Para melhor compreensão dessa temática, a problematização da questão de inclusão nas escolas, bem, como, sua base legal. A metodologia de trabalho adotada foi a pesquisa bibliográfica, entrevista com professora de Atendimento Especializado e visita á escola, para destacar algumas características de desenvolvimento de uma criança com deficiência visual no ensino público. Por fim, esboço uma proposta de escola inclusiva, que possibilite a esse aluno o desenvolvimento de suas habilidades.
Palavras-Chaves: Escola. Sociedade. Inclusão.
A INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA.
	Discutir a temática da inclusão nas escolas hoje em dia, de preferência em escolas públicas, nos remete a pensar a função social da escola, seus padrões e suas normas. Pois sabemos que uma criança com necessidades educativas especiais rompe com o que a sociedade chamam de padrão normal. A chegada de uma criança especial no ambiente escolar, mexe com a rotina e a metodologia tanto das crianças como dos professores, e nesse momento podemos nos perguntar: A escola está preparada para atender esses alunos? Ou, A escola é inclusiva? Ou se, O professor tem uma formação adequada para atender a estes alunos?
	Para Mantoan: 
A inclusão rompe com os paradigmas que sustentam o conservadorismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus fundamentos. Ela questiona a fixação de modelos ideias, a normalização e a seleção de perfis específicos de alunos eleitos para frequentar a escola, produzindo com isso, identidade e diferenças, inserção e/ou exclusão.
	A educação inclusiva trata-se de uma educação que garante o direito a diferença e não a diversidade, pois assegura a pessoa com deficiência o direito á diversidade é continuar na mesma, ou seja,é seguir reafirmando o idêntico, assim, conforme Gonzáles e Fensterseifer (2009, p.21 “ a escola é um lugar em que é possível defender e construir formas de olhar e de sentir o mundo diferente daquelas que permitem outras instituições sociais”. Ao pensar que a escola é um lugar de múltiplas singularidades, e que, pode possibilitar a cada individuo a construção de sua leitura de mundo, pois há de se introduzir os alunos no mundo sociocultural que a humanidade tem construído, com o objetivo de que eles possam incluir no processo de inclusão, sempre renovando e reconstruindo o mundo.
	Então os alunos com necessidades educativas especiais, necessitam mais que qualquer outro, de serem efetivamente incluídos neste processo de construção e reconstrução do mundo, sobretudo, do seu mundo. Nesta perspectiva, Mantoan diz que a educação inclusiva concebe a escola um espaço de todos e para todos, pois os alunos constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressando ideias de forma livre e participando ativamente das tarefas de ensino que vão se desenvolvendo como cidadãos independente de suas diferenças.
	O ambiente escolar inclusivo não pode haver a conformidade com os padrões que separam os alunos com necessidades especiais e normais , pois todos se igualam por suas diferenças. Esses alunos tem direito a escolarização no ensino regular na Lei que rege nº 13.146 de 06 de julho de 2015, artigo 27, que destaca:
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
	E dever do Estado, da família, comunidade e da sociedade assegurar educação com qualidade, para as pessoas com deficiência, livre de qualquer forma de violência e discriminação negligenciada.
A pesquisa
	O aluno pesquisado, de nome fictício Ricardo, apresenta um laudo médico de acordo com a Classificação Internacional de Doenças CID 10: H54.5 e H44.2 e H50, o que remete a cegueira e visão subnormal e transtornos visuais. Está matriculado e frequente ao 4º ano do Ensino Fundamental e, bem como, participa dos atendimentos na sala especializada, duas vezes na semana, durante uma hora cada encontro.
	Para melhor entendimento dos termos das necessidades do referido aluno, destaco que a portaria nº 3.128/2008, em que em seu artigo 1º define, quem pode ser classificado como deficiente visual:
1º Considera-se pessoa com deficiência visual aquela que apresenta baixa visão ou cegueira.
2º Considera-se baixa visão ou visão subnormal, quando o valor da acuidade visual corrigida no melhor do que 0,3 e maior ou igual a 0,5 ou seu campo visual é menor do que 20% no melhor olho, com a melhor correção óptica (categorias 1 e 2 de graus de comprometimento visual do CID 10) e considera-se cegueira quando estes valores encontram-se abaixo de 0,5 ou o campo visual menor do que 10%.
	
	No entendimento médico, “melhor olho” é entendido como aquele que tem melhor função, melhor visão considerando-se os dois olhos de cada pessoa, assim, pode-se dizer que uma pessoa tem visão subnormal ou baixa visão quando apresenta 30% ou menos de visão no melhor olho, após todos os procedimentos clínicos, cirúrgicos e correção com óculos comuns. Dessa maneira, essas pessoas apresentam dificuldades de ver detalhes no dia- a- dia, por exemplo: as crianças enxergam a lousa, porém, não identificam as palavras.
	Na entrevista realizada com a professora da sala de atendimento especializado, a mesma relata que Gabriel é um aluno frequente ás aulas, bem como, aos atendimentos. A família, na figura da mãe, da avó e do padrasto é quem reveza para leva-lo a escola. 	Além disso, ele tem acompanhamento com um oftalmologista e fonoaudiólogo fora da escola. Nos encontros, a professora destacou que trabalha com jogos variados, atividades de leitura, cálculos, escrita formal e digital, tudo em tamanho ampliado, para que o Gabriel possa desenvolver suas habilidades da melhor forma possível, além da deficiência visual, Gabriel apresenta algumas dificuldades de aprendizagem, segundo a professora.
A proposta
	Considerando o objetivo deste artigo, destaco que uma proposta de escola que atenda ás necessidades do Gabriel, deve contemplar, entre outras coisas, a integração dos conteúdos da sala de aula com o atendimento educacional especializado. Além de que, de acordo com os laudos médicos, a escola deve oferecer á ele, um plano de estudo especifico, de acordo com as suas necessidades de aprendizagem. Na sala de aula, pontuo que ele deva sentar-se na primeira classe: as professoras escrever em letras ampliadas e sugiro, que o material didático seja solicitado também em tamanho ampliado (livros, Xerox, jogos)
	Para que a aprendizagem aconteça efetivamente, a professora deve mediar a construção do conhecimento a partir de diferentes metodologias de trabalho, além de utilizar-se dos muitos recursos pedagógicos que a escola oferece: livros, jogos, dinâmicas,materiais audiovisuais, entre outros. Tudo isso, aliado ao projeto político pedagógico da escola, bem como, da interação do aluno consigo mesmo, com o outro e com o mundo, pois a aprendizagem acontece de fato, nas trocas, nas vivências, nas experiências.
Considerações
	Considero que a escola deva trabalhar a educação inclusiva de forma que os alunos com necessidades educativas especiais sintam-se bem acolhidos, e muito bem tratado, sintam-se parte daqueleambiente, sintam-se capazes de construir, reconstruir e ressignificar o conhecimento.
	Além disso, os professores também necessitam aprofundar-se acerca da temática da inclusão, bem como, conhecer seu aluno, suas necessidades e, encontrar formas de fazer com que esse aluno integre-se no projeto da escola e no projeto de renovação do mundo, dessa forma pode-se concluir que todos temos necessidades, mas nem todos possuem laudos médicos. Então, a escola não é um espaço de normalidades, mas sim, um espaço de diversidades, diferenças e aprendizagens.
Referências
BRASIL, Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015
www.planalto.gov.br
http:bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/pr3128
GONZALEZ, F.J,;FENSTERSEIFER,P.E
Cadernos de formação RBCE, p.9-24, set. 2009
MANTOAN, M.T; SANTOS, M. C. D. ;FIGUEIREDO
www.atendimentoeducacionalespecializado.com.br

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