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PLANOS DE AULA DESTACADOS PARA PROVA 
Plano de Aula 1: REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 
Tema 
Distinção entre o texto narrativo e o texto argumentativo. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Texto Narrativo: características. 
2. Texto Argumentativo: características. 
Aplicação Prática Teórica 
 No Direito, é de grande relevância o que se denomina tipologia textual: narração, descrição, dissertação e injunção. 
O que torna essa questão de natureza textual importante para o direito é sua utilização na produção de peças processuais 
como a petição inicial, que apresenta diferentes tipos de texto, a um só tempo. Para melhor compreender essa afirmação, 
observe o esquema da petição inicial e perceba como essa peça pertence a um tipo textual híbrido do discurso jurídico, o 
que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo. 
 
Observe, agora, o quadro abaixo para compreender melhor as diferenças estruturais entre a construção de um texto 
narrativo e de um texto argumentativo: 
 
 NARRAÇÃO ARGUMENTAÇÃO 
Objetivo 
Expor os fatos relevantes do caso concreto a ser solucionado no 
Judiciário. 
Defender uma tese compatível com o interesse da parte que o 
advogado representa para sustentação do pedido que se pretende 
ter acolhido pelo judiciário. 
Importância do 
fato 
Cada fato representa uma informação que compõe a situação 
fática a ser conhecida pelo judiciário. 
O fato narrado é interpretado à luz do ordenamento jurídico e 
transformado em elemento de persuasão que é o raciocínio, para 
sustentação da defesa da tese pretendida (Descritivo-Valorativo-
Normativo). 
Tempo verbal 
utilizado 
O pretérito é o tempo fundamental. O presente é usado para os 
fatos que se iniciaram no passado e que perduram até o 
momento da narração. O futuro não é utilizado porque fatos 
futuros são incertos, hipotéticos. 
Presente atemporal. Pretérito Perfeito: só deve ser usado para 
retomar os fatos (provas / indícios) relevantes da narrativa jurídica, 
com os quais se defenderá a tese. 
Pessoa do 
discurso 
Utiliza-se da 3ª pessoa do singular, por marcar a imparcialidade 
do advogado, passando, assim, maior veracidade aos fatos 
narrados. 
Utiliza-se da 3ª pessoa do singular em busca de maior persuasão e 
veracidade para os argumentos formulados. 
Organização 
Os fatos são narrados e descritos em ordem. Pretéritos (perfeito, 
imperfeito, mais-que-perfeito), porque todos os fatos narrados já 
ocorreram. O presente usado somente cronologicamente, isto é, 
na mesma ordem em que aconteceram no mundo natural 
Os argumentos são organizados em uma linha de raciocínio lógica, 
coerente e coesa em busca da persuasão do auditório. É de grande 
relevância a consistência do raciocínio e a evidência das provas. 
Elementos 
Constitutivos 
da narrativa 
O quê? (fato gerador do conflito/pedido); quem? (partes processuais); onde? (local do fato); quando? (momento do fato: dia, mês, ano); 
como? (modo como os fatos ocorreram); por quê? (nexo de causalidade/razão/motivo/consequência) 
Estrutura da 
argumentação 
O fato gerador do conflito (nexo causal), apresentação explícita da tese a ser defendida, construção de argumentos fortes ou 
consistentes, a partir dos fatos relevantes selecionados, para sustentação da tese a ser apresentada, seleção dos tipos de argumentos 
para defesa da tese de forma persuasiva. 
Natureza do 
texto 
A narrativa possui função informativa, mas é também entendida 
como um excelente recurso persuasivo a serviço da 
argumentação. 
A argumentação tem função persuasiva por excelência. 
 
Considerações Adicionais 
 
Características dos textos Narrativos e Argumentativos 
1. NARRAÇÃO 
Na narrativa, os fatos são vividos por personagens em determinado lugar e tempo. Existindo um narrador que 
assume duas perspectivas básicas diante do texto agindo como uma personagem ou como um mero observador. 
 
1.1. Algumas características das narrativas jurídicas 
a.- Impessoalidade d.- Elementos constitutivos da demanda (Quem quer? O quê? De quem? Por quê? ) 
b.- Verbos no passado e.- Correta identificação do fato gerador 
c.- Paragrafação 
 
1.2. A narrativa pode ser: 
NARRATIVA SIMPLES DOS FATOS JURÍDICO 
É uma narrativa sem compromisso de representar qualquer das partes. Deve apresentar todo e qualquer fato importante 
para a compreensão da lide, de forma imparcial. Sugerimos iniciar por “trata-se de questão sobre...” 
 
 Objetiva (Simples) - narrativa imparcial: apenas informa os fatos, sem se deixar envolver emocionalmente com o 
que está noticiado. É de cunho impessoal e direto. 
 
NARRATIVA VALORADA DOS FATOS JURÍDICO 
É marcada pelo compromisso de expor os fatos de acordo com a versão da parte que se representa em juízo. Por essa 
razão, apresenta o pedido (pretensão da parte autora) e recorre a modalizadores. Sugerimos iniciar por “Fulano ajuizou 
ação de ... contra Beltrano, na qual pleiteia ...” 
 
 Subjetiva (Valorada) - narrativa parcial: busca a defesa de uma das partes; leva-se em conta as emoções, os 
sentimentos envolvidos na história. São ressaltados os efeitos psicológicos que os acontecimentos desencadeiam nos 
personagens. 
 
 Elementos básicos da narrativa: 
 Fato - o que se vai narrar (O quê ?) ● Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com quem ?) 
 Tempo - quando o fato ocorreu (Quando ?) ● Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê ?) 
 Lugar - onde o fato se deu (Onde ?) ● Consequências (Geralmente provoca determinado desfecho) 
 Modo - como se deu o fato (Como ?) 
 
Distinção das narrativas simples e valoradas 
 
 Narrativas simples: o Parecer Técnico Jurídico e a Sentença são exemplos de narrativa simples em seu 
relatório 
 
Na Narrativa simples há imparcialidade (sem defesa de qualquer uma das partes) 
 
A narrativa Linear enumera fatos, apesar de haver entre eles um lapso temporal, imprescindível para a narrativa, a 
qual, por sua própria natureza, deve respeitar a cronologia do assunto em pauta, ou seja, a estrita ordem dos fatos 
Portanto, não se deve apresentar fatos em sequência alterada, não-linear em uma narrativa jurídica. 
 
 Narrativa valorada ― Elementos da narrativa 
São diferentes os objetivos de cada operador do direito; sendo assim, o representante de uma parte envolvida não 
poderá narrar os fatos de um caso concreto com a mesma versão da parte contrária. Por conta disso, não se poderia 
dizer que todas as narrativas presentes no discurso jurídico são idênticas no formato e no objetivo, visto que 
dependem da intencionalidade de cada um. 
 
NARRATIVA SIMPLES DOS FATOS NARRATIVA VALORADA DOS FATOS 
É uma narrativa sem compromisso de representar qualquer das 
partes. Deve apresentar todo e qualquer fato importante para a 
compreensão da lide, de forma imparcial. 
É uma narrativa marcada pelo compromisso de expor os fatos de acordo com 
a versão da parte que se representa em juízo. Por essa razão, apresenta o 
pedido (pretensão da parte autora) e recorre a modalizadores. 
 
Conforme ressalta Fetzner, a narração ganha status de maior relevância, porque serve de requisito essencial à 
produção de uma argumentação eficiente. É por essa razão que se costuma dizer que a narração está a serviço da 
argumentação. 
 
Correta identificação do fato gerador 
É crucial para se estabelecer os nexos de causalidade e alcançar também maior clareza textual. 
 
 NARRATIVA FORENSE 
Imparcial Valorada 
 
 
 Parecer Petição Inicial 
 (Por exemplo) 
 
Apresentação impessoal Pretensão do autor 
dos fatos 
 
ATENÇÃO: Todas as narrativas jurídicas devem obedecer a essas orientações, sejam elas valoradas ou não. 
 
ATENÇÃO ÀS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS NARRATIVAS: 
1. Ordem cronológica dos fatos; 4. Verbos na 3ª pessoa; 
2. Verbos no pretérito; 5. Ausência de opinião, de juízo
de valor. (na Narrativa Simples 
3. Uso de polifonia (paráfrase); 6. Modalização (na Narrativa Valorada) 
 
 
2. ARGUMENTAÇÃO 
O texto é argumentativo quando se propõe a defender uma tese, uma opinião, com bases sólidas para tal. 
 
A argumentação jurídica caracteriza-se, especialmente, por servir de instrumento para expressar a interpretação sobre 
uma questão do Direito, que se desenvolve em um determinado contexto espacial e temporal. Ao operar a interpretação, 
impõe-se considerar esses contextos, ater-se aos fatos, às provas e aos indícios extraídos do caso concreto e sustentá-la 
nos limites impostos pelas fontes do Direito. Cada um dos envolvidos na demanda enxerga os fatos de uma maneira, ou 
seja, cada qual atribui aos fatos do caso concreto uma interpretação distinta (a que mais lhe interessa), conforme se verifica 
no gráfico adiante: 
 
 
 
 
 
 
2.1. Estrutura básica da argumentação: 
Na construção de fatos e versões devemos considerar a estrutura dos elementos constitutivos da argumentação 
jurídica: 
 
– Situação de conflito (o fato jurídico) – Tese (defender um ponto de vista): 
 
– Justificativas (apresentar evidências: razões, provas, ideias): Elemento relacional + pró ou contra + Justificativa 
 
– Conclusão (validar a tese pelo convencimento e persuasão): Conclusão propriamente dita. 
 
Fato 
Jurídico 
Interpretação A 
Interpretação B 
Tese A (autor) 
Tese B (réu) 
Elementos da narrativa forense: 
- Centralidade; 
- características dos personagens: 
social, moral, física, psicológica, profissional, religiosa, familiar, etc.; 
- educação quantitativa e qualitativa; 
- representatividade social; 
- espaço físico e social; 
- tempo cronológico e psicológico. 
Exemplo: PUBLICIDADE ENGANOSA (Publicado por André Mansur Advogados Associados) 
É enganosa toda a publicidade que não reflete a verdade, ou que omite informações. Em 2012, o Procon Carioca multou a 
Claro em mais de R$ 2 milhões por entender que a operadora utilizava tal prática. Segundo o órgão, a Claro divulgou, por 
meio de anúncio publicitário, que o serviço de internet pré-pago custava R$ 1,99 por dia. Entretanto, este valor era 
cobrado cada vez que o usuário conectava-se à rede via modem. 
 
 
 
 
Plano de Aula 4: REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 
Tema 
 
Polifonia e intertextualidade na construção do discurso jurídico. 
 
Estrutura do Conteúdo 
 
1. Polifonia e intertextualidade 
1.1. Citação direta 1.2. Citação indireta (paráfrase) 
1.1.1. Citação de até 3 linhas e orientações da ABNT 1.2.1. Reprodução ideológica de conteúdos 
1.1.2. Citação de mais de 3 linhas e orientações da ABNT 
 
Aplicação Prática Teórica 
No ato de interpretar um texto, não é apenas necessário o conhecimento da língua, mas também se faz 
imprescindível que o receptor tenha em seu arquivo mental as informações do mundo e da cultura em que vive. Ao 
ler/ouvir um discurso, o receptor acessa diferentes memórias 
 
Portanto, interpretar depende da capacidade do receptor de selecionar mentalmente outros textos. Quem não tem 
conhecimento armazenado, cultura, leitura de mundo, terá dificuldade, quer na construção de novos discursos, quer 
na captação das intenções do emissor do discurso. 
 
ELEMENTOS LINGUÍSTICOS QUE TÊM O PAPEL DE MARCAR A POLIFONIA: 
Conjunções conformativas segundo, conforme, como, etc. 
Verbos introdutores de vozes 
(dicendi -verbos de dizer) 
dizer, falar, (verbos ais neutros); enfatizar, 
afirmar, advertir, ponderar, alegar. 
 
 
 
Considerações Adicionais 
 
1. CONCEITO DE POLIFONIA E O DE INTERTEXTUALIDADE 
O conceito de polifonia é mais amplo que o de intertextualidade, uma vez que a polifonia caracteriza-se por um 
certo tipo de texto, no qual não se faz necessária a ocorrência explicita das diversas vozes, bastando apenas uma 
referência implícita que estabeleça a remissão ás vozes formadoras desse discurso.. 
 
Ex.: de polifonia 
No discurso jurídico, é necessário ater-se aos fatos do mundo biossocial que levaram ao litígio (FETZNER, 2007). 
De acordo com FETZNER, (2007), ao procurar um advogado, o cliente iniciará seu relato dos acontecimentos que, 
em sua perspectiva, causaram-lhe prejuízo do ponto de vista moral ou material. 
 
2. Formas de citação no texto 
As citações de textos extraídas de outros trabalhos podem ser feitas de forma direta (transcrição literal) e indireta 
(paráfrase), devidamente documentadas com a indicação do nome do autor da fonte original, grafado em letras 
maiúsculas para melhor visualização no texto. 
 
Citação Direta 
Citação direta é a transcrição literal de partes extraídas de texto de outro autor, devendo ser apresentada entre 
aspas. Trechos que ultrapassem a 3 linhas são apresentados recuados da margem esquerda, com o texto transcrito 
com entre linhas e corpo de letra menor que o utilizado no corpo do trabalho, dispensando as aspas. 
 
Nas citações diretas o nome do autor deve sempre ser indicado, acompanhado ou não do ano e do número quando 
for o caso. A indicação da respectiva página do trecho transcrito é obrigatória. 
 
 
Citação Indireta 
A citação indireta, também denominada paráfrase, consiste na utilização de trechos de outros trabalhos, 
conservando-se as ideias do original, com palavras do autor da tese, sem distorções ou ênfases impróprias e em 
substituição às transcrições. 
 
Exemplos: 
Texto original: "... as drogas, sejam lícitas ou ilícitas, são frequentemente experimentadas na adolescência" (MUZA 
e col.
10
, 1997, p. 28). 
 
Paráfrase: No período da adolescência constata-se uso de drogas lícitas ou ilícitas. (MUZA e col.10 ,1997). 
 
 
 Passagem do Discurso Direto para Discurso Indireto nas tabelas abaixo 
 
Tabela 1. – Mudança das pessoas do discurso. 
 
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO 
1ª pessoa 3ª pessoa 
eu, me, mim, comigo ele (s), ela (s), se, si, consigo, o (s), a (s), lhe (s) 
nós, nos, conosco eles, elas, os, as, lhes 
meu, meus, minha, minhas, nosso, nossos, 
nossa, nossas 
seu, seus, sua, suas, dele (a) (s) 
 
Tabela .2 – Mudança de tempos verbais 
 
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO 
Presente do indicativo: Todos disseram: 
-- Não votamos nele. 
Pretérito imperfeito do indicativo 
Todos disseram que não votavam nele. 
Pretérito perfeito do indicativo: O moço perguntou: 
-- Ele assinou o requerimento? 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
O moço perguntou se ele não assinara o requerimento. 
Presente do subjuntivo: Duvido que a assembleia aprove a proposta 
– disse-lhe o sindicalista. 
P. Pretérito imperfeito do subjuntivo: O sindicalista disse-lhe que 
duvidava que a assembleia aprovasse a proposta do governo. 
Futuro do subjuntivo: A garota disse: 
 --Só sairei daqui quando ele chegar. 
Pretérito imperfeito do subjuntivo 
A garota disse que só sairia quando ele chegasse. 
Imperativo 
Passe-me o sal – pediu-me ela. 
Pretérito imperfeito do subjuntivo 
Ela pediu-me que passasse o sal. 
 
Tabela 1.3 – Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais. 
 
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO 
Ontem No dia anterior 
Hoje e agora Naquele dia e naquele momento 
Amanhã No dia seguinte 
Aqui, aí, cá Ali e lá 
Este, esta e isto Aquele, aquela, aquilo 
 
Tabela 1.4 – Mudança na pontuação das frases. 
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO 
Frases interrogativas, exclamativas e imperativas Frases declarativas 
 
Paráfrase: Discurso Indireto 
Há várias maneiras de enriquecer o vocabulário e uma das mais eficazes é a paráfrase. Parafrasear permite 
incorporar novas estruturas linguísticas (diversificar construções) e também dominar o sentido das palavras. 
Parafrasear é reescrever um texto sem alterar-lhe o sentido. Não é preciso reduzir o tamanho, apenas dar outra
forma, usar outras construções, a fim de preservar o significado original. 
 
A paráfrase é uma técnica amplamente utilizada, principalmente nos textos jurídicos, pois é uma reescritura de texto 
sem alterar o seu conteúdo. 
 
Exemplo: “A irrupção de Febo deixou a nossa morada iluminada” 
 
Essa expressão pode dar origem a paráfrase “A saída do Sol iluminou a nossa casa”. 
 
MODALIZAÇÃO 
O USO DA MODALIZAÇÃO NO TEXTO JURÍDICO 
A modalização consiste na atitude do falante com relação ao conteúdo objetivo de sua fala. Um dos elementos 
discursivos mais empregados na dissertação argumentativa consiste na conveniente seleção lexical. De fato, em muitos 
casos, uma mesma realidade pode ser apresentada por vocábulos positivos, neutros ou negativos, tal como ocorre em: 
sacrificar / matar / assassinar, ou em compor / escrever / rabiscar. 
 
Dessa forma, uma leitura eficiente deve captar tanto as informações explícitas quanto as implícitas. Portanto, um bom leitor 
deve ser capaz de “ler nas entrelinhas”, pois, se não o fizer, deixará escapar significados importantes, ou pior ainda, 
concordará com ideias ou pontos de vista que rejeitaria se percebesse. Assim, para ser um bom produtor de texto jurídico, 
é necessário que o emissor seja capaz de utilizar os recursos disponíveis na língua a serviço da argumentação. 
 
 
 
 
 
Plano de Aula 9: REDAÇÃO INSTRUMENTAL - Teoria da Argumentação jurídica: 
Título 
 
Teoria da Argumentação jurídica: Silogismo Lógico Formal e Retórico 
 
Tema 
 
Lógica Formal e Lógica Jurídica ou do Razoável 
 
Estrutura do Conteúdo 
 
1. Silogismo lógico-formal. 5. Estabelecer a diferença entre demonstração e argumentação. 
1.1. Definição e Estrutura. 6. Estabelecer a diferença entre o raciocínio dedutivo e indutivo. 
2. Silogismo e Positivismo: Lógica Formal. 7. Silogismo retórico e Argumentação: Lógica do Razoável. 
3. Silogismo a serviço da argumentação: Lógica Argumentativa. 
4. Razoabilidade e argumentação silogística retórica: Lógica Jurídica ou do Razoável. 
 
Aplicação Prática Teórica 
 
 O processo judicial é um espaço público em que as partes envolvidas em uma lide expõem seus pontos de 
vista sobre a questão submetida ao juiz-Estado, mediante uma atividade interativa dialética. O desfecho, após esse 
embate democrático, é consubstanciado num documento que registra a sentença, ato final do procedimento. O 
princípio da fundamentação das decisões judiciais exige do juiz analisar todas as teses jurídicas que foram 
levantadas pelas partes no desenrolar da jornada processual e não apenas aqueles argumentos que o próprio 
magistrado entender relevantes. 
O princípio do devido processo legal institui que relevante é aquilo que foi trazido pelas partes à análise do 
magistrado, devendo o julgador rejeitar ou acolher cada um desses pontos de vista, mediante fundamentos 
motivados no ordenamento jurídico. 
 Para fundamentar sua decisão, o magistrado interpreta os pedidos feitos ao Estado com base no 
ordenamento jurídico e seus códigos de leis. Assegura a Constituição Federal que "/.../ todos os julgamentos dos 
órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e todas as decisões fundamentadas, sob pena de nulidade, /.../" (BRASIL, 
1988, Art. 93, XI). 
 Na prática, o silogismo apresenta três proposições - premissa maior, premissa menor e conclusão - que se 
dispõem de tal forma que a conclusão deriva de maneira lógica das duas premissas anteriores. Mas será que a lei 
deve ser aplicada a qualquer custo, ou cabe ao magistrado interpretar a vontade do legislador e usar a norma com 
razoabilidade? 
 
Considerações Adicionais 
 
Silogismo a serviço da argumentação. 
 
Definição de Argumento 
• Conceitual: “Um argumento é um conjunto de proposições que utilizamos para justificar (provar, dar razão, 
suportar) algo. A proposição que queremos justificar tem o nome de conclusão; as proposições que pretendem 
apoiar a conclusão ou a justificam têm o nome de premissas.” (António Padrão, “Algumas noções de lógica”, 2012 ) 
 
• Estrutural: O termo argumento designa um conjunto de proposições em que se procura justificar ou defender uma 
delas (a conclusão ) com base nas restantes (as premissas ). 
 
Definição de Silogismo: é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, 
constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas 
premissas, é possível deduzir uma conclusão. (Por MATOS, José A. (SP) em 13-04-2008) 
 
• Premissa Maior/ geral (PM): Todo homem é mortal 
• Premissa menor/ particular (Pm): Sócrates é homem 
• Conclusão (C): Sócrates é mortal 
 
A primeira, Premissa maior, deve ser universal - todo ou nenhum (não pode ser alguns)- pois sua característica é a 
universalidade. 
 
A segunda, Premissa menor, será específica. Entre elas deve haver uma ideia comum. Essa é a condição 
indispensável para um silogismo verdadeiro. 
 
ESTRUTURA DO SILOGISMO JURÍDICO 
 
 
 
 
Quadro síntese 
- Métodos de raciocínios são os meios ou processos empregados pela mente para efetuar a observação e 
entendimento de todas as informações recebidas pelo homem no momento em que se faz uma investigação, uma 
descoberta e/ou uma comprovação da verdade. 
 
A direção seguida pela mente nessas operações mentais, segundo teóricos e filósofos, são duas: dedução e 
indução 
 
Premissa maior 
(PM) 
Norma no sentido amplo: lei, 
doutrina, jurisprudência, 
princípios, etc. 
Premissa menor 
(Pm) 
Fatos ocorridos no caso 
concreto analisado 
Conclusão (C) 
Resultado lógico decorrente 
da junção das duas premissas 
a) Método Dedutivo 
A dedução é o mais simples e fidedigno, pois faz um raciocínio que se inicia a partir de uma observação do geral para o 
particular, da generalização para a especificação. Parte de uma premissa maior (universal) para uma menor (individual). Ele 
carece de criatividade, pois não adiciona nada além do que já é do conhecimento, mas é muito útil para aplicar regras 
gerais a casos particulares: "mostrar como uma conclusão deriva de duas verdades universais já conhecidas [...] é proceder 
por via dedutiva ou silogística” 
 
Exemplos de: Premissa maior: Os pais devem alimentos aos filhos. Todas as rosas deste jardim são brancas. 
Dedução Premissa menor: Fulano é pai. Essas rosas são deste jardim. 
 Conclusão: Fulano deve alimentos ao filho. Logo, essas rosas são brancas (seguramente). 
b) Método Indutivo: 
Na indução, começa-se dos fatos e tenta-se chegar a algum modelo, e tem-se como característica um raciocínio cuja 
conclusão não é necessariamente verdadeira. A partir da observação e análise dos fatos concretos específicos, para 
chegarmos à conclusão (norma, regra, lei, princípio = generalização). O processo mental busca a verdade partindo de 
dados particulares conhecidos para princípios de ordem geral desconhecidos. 
 
Exemplos de indução: Essas rosas são daquele jardim. 
Essas rosas são brancas. 
Todas as rosas daquele jardim são brancas. 
 
 
 
O Direito caracteriza-se por ser um conjunto de regras que visam à organização da vida social e pacificação dos 
conflitos de interesse eventualmente existentes. Portanto, na área jurídica, fato social e norma são elementos 
indissociáveis. 
 
É relevante que um advogado, ao produzir suas peças processuais, considere a necessidade de convencer seu 
auditório[1] da tese que pretende sustentar. Para tanto, tem à sua disposição dois métodos por meio dos quais poderá 
desenvolver seu raciocínio e, assim, persuadir seu interlocutor. São eles o método dedutivo e o indutivo. 
 
A dedução, própria do silogismo, é uma inferência que parte do universal para o particular. Considera-se que um 
raciocínio é dedutivo quando, a partir de
determinadas afirmações (premissas) aceitas como verdadeiras, o advogado 
chega a uma conclusão lógica sobre uma dada questão discutida no processo. 
 
 
Assim, considere o caso de uma mulher cujos dois filhos, gêmeos, recém-nascidos, morreram em uma maternidade, no 
Pará, por infecção hospitalar, onde, em apenas uma semana, mais 17 crianças faleceram pelo mesmo motivo. Qual o 
raciocínio que essa mãe ou o advogado que a representa - deveria seguir para chegar à conclusão de que faz jus à 
indenização por danos morais? 
Tabela 1: 
PREMISSA MAIOR (norma) PREMISSA MENOR (fato) CONCLUSÃO (junção das premissas) 
O Código de Defesa do Consumidor estabelece, em seu art. 
14, que o fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços. 
Os dois filhos da autora e mais 
17 crianças morreram em 
decorrência de infecção hospitalar. 
A clínica tem o dever de indenizar a autora, 
mesmo que não tenha agido com culpa, porque 
houve defeito na prestação de seus serviços. 
 
Você deve ter percebido que houve, no gráfico anterior, a subsunção do fato à norma, ou seja, buscaram-se os 
fatos que se "encaixassem" à norma "adequada" para defender a tese escolhida. Esse procedimento é dedutivo. Mas 
será que esse método é sempre o mais apropriado para redigir parágrafos argumentativos? Veremos que não. 
 
Suponha que um advogado pretendesse sustentar, em juízo, no ano de 2002, que seu cliente - com 75 anos de 
idade e com grau de escolaridade elevado - foi ludibriado ao assinar um contrato de concessão de crédito em um 
banco que faz propagandas na televisão, oferecendo altas taxas de juros, com facilidade de crédito para os 
aposentados. O advogado pretende conseguir a anulação do contrato, sem o pagamento dos juros pactuados no 
momento de sua assinatura. 
 
● Por que deve o negócio jurídico ser desfeito? ● Que tipo de vício foi observado? 
 
A proposta argumentativa do advogado é sustentar que, em decorrência da idade do contratante, ele era mais vulnerável que outra 
pessoa mais jovem. Lembre que o Estatuto do idoso[2] somente foi sancionado pelo Presidente da República em outubro de 2003[3]. 
 
A argumentação seguiria o seguinte raciocínio: Tabela 2: 
 
 
O Estado protege de maneira peculiar as mulheres nas relações de trabalho[4] porque há situações específicas em que 
ela está em desvantagem em relação aos homens. 
 
Então... 
 
É papel do Estado 
proteger os mais fracos, 
tal como é o caso dos 
idosos. 
 
O Estado protege, com maiores garantias, as crianças e os adolescentes[5] porque são mais fracos que os adultos. 
 
 
O Estado protege os consumidores[6] nas relações de consumo porque há situações específicas em que eles estão em 
desvantagem relativamente às empresas. 
 
 
Referência Bibliográfica 
FETZNER, Néli Luiza Cavalieri (Org. e Aut.); TAVARES, Nelson; VALVERDE, Alda. Lições de argumentação jurídica. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, capítulo 1 
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. 15ª ed. São Paulo: Ática, 2002 
GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1977. 
KOCH, Ingedore. Argumentação e Linguagem. São Paulo: Cortez, 1987. 
KÖCHE, Vanilda S.; BOFF, Odete Maria; PAVANI, Cinara F. Prática Textual: atividades de leitura e escrita. 2006 
PERELMAN, Chaim; OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da argumentação: a nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 2002. 
 
 
 
CORRETA IDENTIFICAÇÃO DO FATO GERADOR 
Para produção do texto argumentativo faz-se necessário pressupor um raciocínio extremamente complexo, que 
seleciona e organiza várias informações. 
 
Sugerimos as três primeiras tarefas: 
a) identificação da situação de conflito; 
 
b) escolha da tese a ser defendida; 
 
c) seleção dos fatos por meio dos quais a tese será defendida. 
 
Segundo Fetzner[1], registrar a situação de conflito é fundamental para delimitar a questão sobre a qual se 
argumentará. Isso porque serão fornecidos os elementos indispensáveis para compor o caso concreto e inseri-lo no 
contexto jurídico. Nesta, o orador definirá a centralidade da questão jurídica que estará sob apreciação, isto é, o fato 
jurídico. Em seguida, identificará as partes envolvidas na lide, devidamente qualificadas, determinando aquele que, 
em tese, representa o sujeito passivo e o que será considerado sujeito ativo. Por fim, estabelecerá quando e onde 
esta ocorreu. 
 
A tese representa o ponto de vista a ser defendido, com base em todas as informações (fatos) disponíveis sobre o 
caso concreto e nos limites permitidos pela norma. 
 
Para conseguir sustentar a tese, torna-se necessário extrair do caso concreto todas as informações que, explícita ou 
implicitamente, concorrem para comprová-la. 
 
Compreender o caso concreto, interpretar todas as suas sutilezas, valorá-las, apreender os diversos sentidos que um 
mesmo fato, prova ou indício promovem é fundamental para a produção de um texto argumentativo consistente. É 
essa seleção de fatos que representa a contextualização do real. 
 
É importante compreender a estrutura do raciocínio que leva à produção do texto argumentativo; compreender o 
raciocínio dialético que leva à escolha das teses de acusação e de defesa. 
 
Também é fundamental por parte do argumentador a seleção harmônica de fatos juridicamente importantes do caso 
concreto na busca de subsídios necessários à sustentação da tese, utilizando a nomenclatura adequada. 
 
Além de saber quem está no polo ativo e no polo passivo do processo, pois sem essa informação o juiz não pode 
sequer realizar as citações / intimações. 
 
Ao qualificar autor e réu, indica-se as partes do processo denominadas de agente do polo ativo e agente do polo 
passivo. Contudo, é importante não confundir: agente do conflito com agente do polo ativo do processo, ou 
agente passivo do conflito com agente do polo passivo do processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plano de Aula 12: REDAÇÃO INSTRUMENTAL -– Coesão Textual: Operadores Discursivo-
Argumentativos 
Tema 
Operadores Argumentativos 
 
Estrutura de Conteúdo 
1. Entender a relevância dos operadores discursivo-argumentativos como um dos recursos de que a língua dispõe no 
sentido de orientar a argumentação em direção à persuasão. 
2. Análise semântico-retórica dos operadores discursivo-argumentativos no texto jurídico. 
 
Observa-se que são vários os recursos de que a língua dispõe no sentido da argumentação. 
 
Organizamos aqui um elenco de operadores discursivo- argumentativos, que não fecha a sua totalidade, com 
suas funções, usando o que propõem os autores: Koch (2012, p. 104-110), Guimarães (1987, p. 35-186) com vistas à 
análise que faremos nesta aula. Esses autores enumrraram operadores e suas funções básicas da seguinte forma: 
 
Tabela de operadores: 
 1) operadores que estabelecem a hierarquia dos elementos em uma escala, assinalando o argumento mais forte 
para uma conclusão: mesmo, até, até mesmo, inclusive, nem; ou então o mais fraco: ao menos, pelo menos, no 
mínimo, deixando subentendido que existem outros mais fortes; 
 
2) operadores que encadeiam duas ou mais escalas orientadas no mesmo sentido: e, também, nem, tanto... como, 
não só... mas também, além de, além disso; 
 
3) operador que pode servir como marcador de excesso temporal, não-temporal, como ainda; ou como introdutor 
de mais um argumento a favor de determinada conclusão; 
 
4) operador que pode ser empregado como indicador de mudança
de estado, como o já; 
 
5) operadores que servem para introduzir um argumento decisivo, apresentado como um acréscimo: além de, 
aliás, além do mais, além de tudo, além disso; 
 
6) operadores que servem para introduzir uma relação de concessão: no entanto, embora, ainda que, mesmo que, 
apesar de que, mas, porém, contudo, todavia, entretanto. 
 
7) operadores que introduzem uma retificação (correção), um esclarecimento: isto é, ou seja, quer dizer; 
 
8) operadores que têm escalas orientadas no sentido da afirmação plena (universal afirmativa: tudo, todos, 
muitos) ou da negação plena (universal negativa: nada, nenhum, poucos); 
 
9) operadores que orientam, também, no sentido da negação (pouco) e no sentido da afirmação (um pouco); 
 
10) operadores que introduzem uma conclusão relativa a argumentos apresentados em enunciados anteriores: 
portanto, logo, pois, por conseguinte, em decorrência, consequentemente; 
 
11) operadores que servem para indicar conclusões alternativas: ou, quer... quer, seja... seja, ou então; 
 
12) operadores que servem para estabelecer relações de comparação entre elementos tendo em vista uma 
conclusão: mais que, menos que, como; 
 
13) operadores que servem para introduzir uma explicação relativa ao dito em outro enunciado: porque, que, já que; 
 
14) operadores que obedecem às regras combinatórias que servem para apontar ou uma afirmação da totalidade 
(quase), ou uma negação total (apenas, só, somente). 
 
Diferenças entre os conectores concessivos e adversativos: 
Segundo Garachana (1997, p. 246), existem as seguintes diferenças: 
 
 (i) tanto os conectores concessivos como os adversativos sinalizam a ruptura de expectativa; 
 
(ii) os concessivos introduzem o primeiro membro da relação contra-argumentativa e os adversativos, pelo contrário, 
introduzem o segundo membro; 
 (iii) os concessivos marcam desde o início o caráter contra-argumentativo da construção, já os adversativos fazem-
no no início do segundo enunciado; 
 
(iv) enquanto os concessivos introduzem uma pressuposição e anunciam a sua falta de validade num determinado 
contexto, os adversativos sublinham o contraste próprio das estruturas argumentativas, ao introduzirem um 
enunciado que invalida uma pressuposição apresentada anteriormente; 
 
(v) os concessivos têm um valor catafórico e os adversativos, um valor anafórico. 
 
Observação: O conector concessivo introduz um argumento que, embora admita a existência de um obstáculo, este 
não é suficientemente forte para que não se cumpra o que é expressado pela oração principal. 
 
A leitura do conteúdo on-line ajudará bastante na utilização adequada dos operadores argumentativos. É importante, 
pois, a leitura dos textos indicados. 
 
 
 
 
 
 
 
Semana Aula 13: REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 – Tipos de Argumentos 
Tema 
Tipos de Argumentos: elaboração de parágrafos argumentativos 
Estrutura de Conteúdo 
 
1. Tipos de argumentos 1.3 Argumento de Concessão: Coordenativo e Subordinativo 
1.1 Argumento por vínculo causal ou Causa e Consequência 1.4 Argumento por definição 
1.2 Argumento de Autoridade 
 
2. Elaboração de uma tese e seleção dos argumentos que devem compor a estrutura da argumentação. 
 
3. Abordagem das características textuais do texto argumentativo e informações linguísticas relevantes, como: tempo verbal, conectores 
discursivo-argumentativos, paragrafação, dentre outras. 
 
4. Apresentação da Conclusão, em separado. 
 
Aplicação: articulação teoria e prática 
 
A utilização dos argumentos depende de certas condições. Há argumentos que podem ser decisivos num caso, mas 
não terem aplicação em outro, por conta da mudança do contexto fático. 
 
1. Argumento por vínculo causal ou Causa e Consequência 
O argumento por vínculo causal é o argumento das consequências que avalia um ato, um acontecimento 
reportando-se às suas consequências presentes ou futuras. Consoante suas consequências favoráveis ou 
desfavoráveis; transfere-se todo o valor destas, ou parte delas, para o que é considerado causa ou obstáculo. 
 
Esse argumento desempenha um papel tão importante na argumentação, que muitos autores veem nele o esquema 
único da lógica dos juízos de valor, isso porque, geralmente, ele não requer pelo senso comum nenhuma justificação 
maior, entretanto o ponto de vista que lhe é contrário é que precisa ser bem argumentado. 
 
Destaca-se que esse tipo de argumento tem que ligar causa e consequência de forma aceitável e prudente, pois o 
encadeamento exagerado causal não pode gerar uma transferência exagerada, não autorizada pelo raciocínio 
coerente, lógico. 
 
2. Argumento Pró-Tese 
Caracteriza-se por ser extraído dos fatos reais contidos no relatório. Deve ser o primeiro argumento a compor a 
fundamentação. A estrutura adequada para desenvolvê-lo seria: Tese + porque + e também + além disso. Cada um 
desses elos coesivos introduz fatos distintos favoráveis à tese escolhida. 
 
?Anísio cometeu um crime doloso inaceitável, repudiado com veemência pela sociedade, porque desferiu três 
facadas certeiras no peito de sua companheira, e também porque agiu covardemente contra uma pessoa desarmada 
e fisicamente mais fraca. Além disso, ele já estava desconfiado do caso extraconjugal da mulher, o que afastaria a 
hipótese de privação de sentidos?. 
 
3 Argumento de Autoridade 
Argumentar por autoridade significa trazer ao discurso a opinião de pessoa reconhecida em determinada área do 
saber, para que suas palavras funcionem como reforço à veracidade da tese que se apresenta. 
 
Quando o argumentante usa esse tipo de técnica, toma de empréstimo o conhecimento e o renome da autoridade 
citada e acrescenta-os a seu próprio discurso - por assim dizer, enchendo-o de razão. Por seu alto valor, o 
argumento de autoridade é um dos mais utilizados nos textos jurídicos, por meio da citação da doutrina, 
jurisprudência além de outras fontes do Direito, pelo recurso da intertextualidade para assegurar a defesa de sua 
tese. 
 
4. Argumento de Concessão: Coordenativo e Subordinativo 
Concessão, no sentido retórico do termo, é a aceitação de um argumento do adversário, que não se refuta, mas que 
se faz seguir de um argumento em sentido inverso, a partir do qual se conclui. É um tipo de manobra argumentativa 
muito utilizada na argumentação jurídica, por ser um meio persuasivo muito importante. 
 
Concordando aparentemente com o adversário que sua tese é justa e pertinente, o advogado, de um lado, concilia-se 
com ele, de outro, torna-lhe menos penoso admitir os argumentos contrários a ele. 
 
A concessão é uma estratégia argumentativa e como tal ela é parte integrante e constitutiva da lógica argumentativa. 
 
Pela convivência de perspectivas ou teses opostas, o texto se constrói em uma direção e busca a adesão do 
auditório para a direção oposta à sua própria construção. 
 
A concessão surge, assim, como um passo feito em direção ao adversário; ela é constitutivade um ethos (conjunto dos 
costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento), mas para tirar a força da tese do adversário. 
 
5. Argumento por definição 
Usam-se definições normativas, etimológicas, expressivas, enfim, cada argumentador defende sua tese sobre a 
definição que considera mais pertinente ao auditório universal. É um recurso primoroso, pois demonstra cultura do 
advogado, além de imprimir certa dose de argumento de autoridade ao seu discurso. 
 
A argumentação jurídica, para ter sucesso, deve recorrer a estratégias que expressem a interpretação sobre uma 
questão do Direito que se desenvolve em um contexto espacial e temporal. Portanto, antes de argumentar, é 
necessário que se proceda a um planejamento, considerando-se os contextos, os fatos, as provas e os indícios 
extraídos do caso concreto, sustentando-se sempre nas fontes do Direito.
Torna-se necessário, também, ter em mente os prováveis argumentos do opositor, a fim de neutralizá-los. 
 
Após a análise minuciosa do caso concreto, são escolhidos os recursos argumentativos para a produção do texto 
jurídico. Assim, o texto será construído não instintiva e espontaneamente, mas apoiado em um planejamento, a fim 
de manter a unidade e a coerência necessárias ao convencimento. 
 
Somente com organização é possível traçar estratégias persuasivas capazes de fazer com que a tese defendida seja 
aceita. 
 
Para se elaborar uma argumentação jurídica, portanto, é necessário construir argumentos, aduzir raciocínios que a 
constituem e para isso é necessário conhecer alguns tipos, dentre muitos outros existentes, para maior consistência 
em sua construção. Dessa forma, as possibilidades de construções argumentativas são bastante numerosas. 
 
Estrutura dos argumentos 
Estrutura do argumento de oposição concessiva 
Operador argumentativo 
Concessivo 
Ponto de vista contrário à tese 
defendida 
Ponto de vista favorável à tese 
defendida 
Embora ... 
...não exista lei que obrigue alguém a ser 
pai, nem que garanta reaproximações 
indesejadas, .. 
... a Justiça pode, sim, fazer valer o direito de 
um filho em relação aos cuidados paternais, por 
meio de uma reparação afetiva 
Conector sintático que põe em 
foco a evidência contrária 
Evidência que apoia a argumentação 
contrária à tese em defesa 
Argumento decisivo, contrário à perspectiva 
anterior 
 
Estrutura do argumento de oposição restritiva 
Ponto de vista contrário à tese 
defendida 
Operador argumentativo adversativo Ponto de vista favorável à tese defendida 
Não existe lei que obrigue alguém 
a ser pai, nem que garanta 
reaproximações indesejadas,... 
mas, .. 
a Justiça pode, sim, fazer valer o direito de um 
filho em relação aos cuidados paternais, por 
meio de uma reparação afetiva. 
Evidência que apoia a 
argumentação contrária à tese em 
defesa 
Conector sintático que permite uma 
manobra discursiva, que desarticula o 
argumento introdutório 
Argumento que anula a proposição inicial do 
parágrafo, gerando uma quebra de expectativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema para o Argumento PRÓ-TESE : 
Fato gerador 
do conflito: 
Diogo (consignatário) deveria pagar a Ester (consignante) vinte reais por escultura alienada, porém em uma liquidação em 
sua loja, alienando cada escultura por dez reais, descumprindo o acordo firmado. 
Tese: 
 
Diogo deverá pagar a Ester o preço inicialmente ajustado por cada escultura vendida 
C
on
ec
to
re
s 
porque Fato1: 
Ficou ajustado no contrato, ainda, que, decorridos dois meses o empresário deveria pagar a Ester (consignante) 
vinte reais por escultura alienada; 
e 
também 
Fato2: 
 
Ao promover uma liquidação em sua loja, alienando cada escultura por dez reais, descumpre o que foi acordado; 
além 
disso 
Fato3: 
Não informou a proprietária sua intenção de baixar o valor das peças, considerando que ele poderia restituir à 
artesã as esculturas que porventura não tivessem sido vendidas no referido prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE
S 
Oposição de ideias e quebra de 
expectativas 
Relações causas entre dois 
eventos 
Norma no sentido amplo: lei, 
doutrina, jurisprudência, 
princípios, opiniões de 
especialistas, etc. 
Definições normativas, 
etimológicas, expressivas 
Argumento de Oposição 
Concessiva 
Argumento de oposição 
restritiva 
Argumento de Causa e 
Consequência 
Argumento de 
Autoridade 
Argumento por definição 
Conectores concessivas: 
embora, ainda que, apesar de, 
etc, 
Conectores adversativos, mas, 
contudo, porém, etc. 
Semana Aula 14: REDAÇÃO INSTRUMENTAL -– Tipos de Argumentos 
Tema 
Construção da Argumentação Jurídica: Tipos de Argumentos (Continuação) 
 
Estrutura de Conteúdo 
 
1. Tipos de argumentos: 
1.1. Argumento por senso comum. 1.3. Argumento por Modelo 
1.2. Argumento a simili ou por analogia 1.4. Argumento por Antimodelo 
 
2. Elaboração de uma tese e seleção dos argumentos que devem compor o corpo textual (desenvolvimento) da 
argumentação. 
3. Abordagem das características textuais do texto argumentativo e informações linguísticas relevantes, como: tempo 
verbal, conectores discursivo-argumentativos, paragrafação, dentre outras. 
4. Apresentação da Conclusão, em separado. 
 
Aplicação Prática Teórica 
 
É necessário verificar se os argumentos selecionados vão, de fato, contribuir com a linha de raciocínio escolhida para 
a tese. Os argumentos devem ser selecionados isoladamente, mas é importante verificar se eles todos são realmente 
cabíveis e coerentes quando agrupados no corpo textual. 
 
O importante no texto argumentativo não é a sofisticação da linguagem, mas a clareza, a concisão (objetividade), a 
qualidade dos argumentos apresentados, organizados mediante um raciocínio lógico e coerente, originados de uma 
seleção madura de fatos relevantes que compõem o caso concreto. 
 
1. Argumento por senso comum 
É o argumento que traz declarações aceitas pela maioria, sendo difícil combatê-las. No Direito, poucas teses 
específicas são de senso comum, porque a concordância quanto à interpretação da lei é rara. Ainda pode-se dizer 
que essas declarações trazidas pelo argumento de senso comum não podem ser negadas pela parte contrária, pois 
são óbvias. Apesar, de parecer convincente, até porque não aceita réplica, esse argumento tem força de persuasão 
fraca, além do que, as duas partes do litígio podem utilizá-la. 
 
Dessa forma, para garantir a eficácia desse argumento, ele deve estar acompanhado de outros argumentos que lhe 
venham a dar sustento. Nas lides judiciais, o argumento de senso comum funciona dando mais ênfase ao texto, 
"como um recurso retórico", sua utilização deve ser com o objetivo de reforçar o contexto do que se pretende. Caso 
contrário, a argumentação aproxima-se do lugar comum. 
 
2. Argumento a simili ou por analogia 
Pelo argumento de analogia, o advogado defende a sua tese, usando o mesmo resultado, no caso semelhante, ao utilizada 
pela Jurisprudência. A justiça deve tratar de maneira idêntica casos semelhantes, ainda que o ordenamento jurídico forneça 
várias teses e entendimentos e valorize diferentemente as provas. Busca-se uma similitude nas decisões dos tribunais, 
ainda que haja autonomia por parte do julgador ele não decidirá contrário aos seus iguais, principalmente para manter a 
equidade no judiciário como um todo. 
 
3. Argumento por Modelo 
O uso do modelo na argumentação propõe a sua imitação. O modelo inspira a cópia: é um exemplo digno de 
reprodução. Para Aristóteles esse tipo de argumento pertence ao raciocínio indutivo. 
 
Segue um exemplo desse tipo de argumento: 
O advogado de defesa Nilo Batista, em sua tese em relação a X, que matou a sua mulher a facadas, argumentou que seu cliente havia matado 
a mulher em legítima defesa, sob violenta emoção, e para isso recorreu às falas de Otelo. 
O advogado, para persuadir de sua tese o 2º Tribunal do Júri, fez várias citações da peça Otelo – o mouro de Veneza, de Shakespeare (1995, 
p. 705). 
Começou repetindo Iago, o vilão que convence Otelo de que Desdêmona o traíra, inclusive, com direito à dramatização, pois o advogado 
convidou o ator Antônio Alves para encenação de alguns fragmentos da obra, enquanto o próprio advogado de defesa os recitava. 
(Iago) Ó meu senhor, tomai cuidado com o ciúme! É o monstro de olhos verdes que se escarnece do próprio pasto em que se alimenta! Vive 
feliz o cornudo que, ciente de seu destino, detesta o ofensor; mas, oh! Que minutos malditos conta àquele que ama e, não obstante, duvida; 
aquele que suspeita e, contudo, ama loucamente. 
 
4. Argumento por Antimodelo 
O antimodelo
indica o que deve ser repugnado: o não exemplo, e é uma técnica típica da escola de Górgias, o qual 
foi a ponta de lança na criação das primeiras técnicas destinadas a estimular, com meios apropriados, a invenção 
dos conceitos. 
 
Disse o promotor de Justiça Alcides Amaral Salles, por ocasião do recurso da pronúncia, citando Nélson Hungria 
(ELUF, 2002, p. 53): 
 
O marido que surpreende a mulher e o amante em flagrante e, em desvario de cólera, elimina a vida de uma ou de 
outro, ou de ambos, pode invocar a violenta emoção, mas ciúme ou meras suspeitas, repete o gesto bárbaro e estúpido 
de Otelo terá de sofrer a pena inteira dos homicídios vulgares. 
 
Embora a acusação tenha também se utilizado de alguns fragmentos da peça do escritor inglês, não saiu vitoriosa, pois 
Gallo foi absolvido por legítima defesa da honra. 
 
Os jurados consideraram que ele agiu moderadamente, sem nenhum excesso em sua conduta ao matar a esposa. 
Ficou livre de qualquer penalidade (ELUF, 2002, p. 53) 
 
Aplicação: articulação teoria e prática 
 
Os argumentos são recursos linguísticos que visam ao convencimento e não devem ser entendidos como uma prova 
inequívoca da verdade. Argumentar não significa impor uma forma de demonstração, em caráter axiomático, como 
acontece nas ciências exatas. O argumento implica, pois, um juízo do quanto é provável ou razoável diante daquele 
caso concreto em questão. 
Conhecer os tipos de argumentos é colaborar para uma argumentação mais completa e persuasiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema para o Argumento PRÓ-TESE : 
Fato 
gerador do 
conflito: 
 
Miguel passou a não mais honrar sua obrigação quanto ao pagamento dos aluguéis e 
acessórios. 
Tese: 
 
Miguel deverá pagar a João o aluguel mensal referente à locação residencial do imóvel 
C
o
n
e
c
to
re
s
 porque 
Fato1
: 
 
Celebrado o contrato de locação residencial, por escrito, com João 
e 
també
m 
Fato2
: 
Miguel desrespeitou o Princípio da boa fé, já que o locador o dispensou de apresentar um 
fiador ou qualquer outra garantia da locação 
além 
disso 
Fato3
: 
O disposto em contrato admite o despejo liminar, sem a oitiva da parte contrária, com 
desocupação do imóvel, no prazo de 15 dias. 
 
 
 
Semana Aula 15: REDAÇÃO INSTRUMENTAL - Tipos de Argumentos 
Tema 
Construção da Argumentação Jurídica: Tipos de Argumentos (Continuação) 
Palavras-chave 
Construção da Argumentação Jurídica. Elaboração de tese. Tipos de Argumentos. Tempo verbal, c onectores 
discursivo-argumentativos, paragrafação. 
 
Estrutura de Conteúdo 
1. Tipos de argumentos: 1.3 Argumento a contrario sensu 
1.1 Argumento de Prova 1.4 Argumento pelo absurdo e pelo ridículo 
1.2 Argumento a fortiori 
 
2. Elaboração de uma tese e seleção dos argumentos que devem compor a corpo textual da argumentação. 
3. Abordagem das características textuais do texto argumentativo e informações linguísticas relevantes, como: tempo 
verbal, conectores discursivo-argumentativos, paragrafação, dentre outras. 
 
Aplicação: articulação teoria e prática 
Elaborar uma argumentação jurídica exige planejamento, isto é, implica a escolha de argumentos, bem como a 
sequência e a técnica de sua apresentação, porque não há força persuasiva de um argumento isoladamente, pois ela 
depende da forma como ele articula em uma rede de vários argumentos, isto é, como os argumentos se articulam 
entre os vários parágrafos que constituem o corpo textual da argumentação jurídica. 
 
1. Argumento de Prova 
A argumentação jurídica apresenta duas pretensões, a saber: comprovar os fatos e comprovar as consequências 
jurídicas advindas desses mesmos fatos. 
 
Os argumentos que persuadem a respeito das ocorrências dos fatos de determinada forma são chamados de provas 
e elas só têm a capacidade de persuadir porque são transformadas pelos advogados das partes em argumentos de 
prova. 
 
Todo argumento, entretanto, pode ser contestado, pois a parte adversa pode trazer outras arguições que busquem 
comprovar tese contrária. 
 
FONTES 
Costumes, Direito natural, Vox 
Populi, Vox dei. 
Interpretação análoga, 
Comparação em geral, 
Jurisprudência*. 
Imitação, exemplo, reprodução. 
Modelo negativo. O não exemplo. 
Argumento por Censo comum. 
Argumento por Analogia 
Argumento por Modelo 
Argumento por Antimodelo 
2. Argumento a fortiori 
O argumento a fortiori (= com maior razão) é aquele em que a conclusão aceita uma asserção, com mais razão do 
que a que justificou a aceitação da asserção semelhante ao antecedente, ou melhor, se uma norma jurídica impõe 
uma conduta a alguém, com ainda mais razão impõe uma conduta ao mesmo sentido, mas com maior intensidade. 
 
3. Argumento a contrario sensu 
O argumento a contrario sensu volta-se para a interpretação inversa (restrição/exclusão), é tipicamente jurídico e tem 
estrita relação com o princípio da legalidade, inscrito no inciso II, do art. 5º, da Constituição da República Federativa 
do Brasil (CRFB/88), que assim dispõe: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei". 
 
Sua origem fundamenta-se na observação de que, se uma norma jurídica prescreve uma conduta e a ela uma 
sanção a um sujeito, deve-se excluir de seus efeitos todos os sujeitos que não tenham sido alvo do texto literal da lei. 
 
4. Argumento pelo absurdo e pelo ridículo 
O argumento por absurdo consiste em direcionar o interlocutor a uma conclusão absurda para convencê-lo a admitir 
uma determinada tese. Ao se admitir a concepção do mal cometido conscientemente, chega-se pela lógica a 
conclusões absurdas. 
 
A mais caracterizada argumentação quase-lógica pelo ridículo consistirá em admitir momentaneamente uma tese 
oposta àquela que se quer defender, em desenvolver- lhe as consequências, em mostrar a incompatibilidade destas 
com o que se crê por outro lado e em pretender passar daí a verdade da tese que se sustenta. 
 
 
Aplicação: articulação teoria e prática 
Para uma argumentação jurídica consistente, o operador do Direito deve recorrer a estratégias discursivo-
argumentativas que expressem a interpretação sobre uma questão do Direito, inserida em um contexto espacial e 
temporal. 
 
Primeiramente, ao analisar o caso concreto, deve-se procurar considerar o contexto em que ocorreu a situação fática, 
como os fatos, as circunstâncias em que eles ocorreram, as provas e/ou indícios e, em seguida, transformar esses 
elementos em teses e argumentos, tendo como embasamento legal as fontes do Direito para uma melhor aceitação 
da tese principal a ser defendida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTES 
Comparação dos fatos, dados 
estatísticos. 
Intensidade na aplicação da 
norma, baseado no brocardo 
jurídico: Quem pode o mais, pode 
o menos. 
Interpretação Inversa. 
Conclusão absurda, contrária, 
incompatibilidade da tese 
Argumento de prova. 
Argumento a fortiori 
Argumento contrário sensu 
Argumento pelo absurdo

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