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PROCEDIMENTOS ANESTÉSICOS EM CÃES E GATOS ❖ Cães versus gatos *Preocupação com o temperamento: são mais agitados e se estressam mais fácil *A dose e o protocolo são ajustados conforme o estado físico do paciente e o procedimento cirúrgico. ACESSO VENOSO & FLUIDOTERAPIA Grandes animais: acesso jugular e auricular Pequenos: veia cefálica. Se a cirurgia for nos membros torácicos, fazer acesso nos membros pélvicos. Safena lateral: cães e Safena medial: gatos. Em pequenos animais, para fazer acesso na jugular, só em anestesia ou internamento: cateter venoso central, se mexer não tem perigo de escapar. Pequenos animais: artéria auricular central e veia laterais. Alguns fármacos podem fazer necrose, tem que ter certeza que esta dentro da veia. CRISTALÓIDES: 5-10 ml/kg/h – cães e 3- 5 ml/kg/h - gatos Principal: ringer com lactato que é metabolizado no fígado e vira bicarbonato. Durante a anestesia, o paciente hipoventila, faz acidose respiratória porque co2 que não é eliminado, reage com a água e forma hco3 (acido carbônico). Por isso quando animal expira pouco e acumula co2, ele faz acidose respiratória. Por isso administrar ringer durante o transoperatório é interessante, já que é uma solução alcalinizante, combatendo um pouco dessa acidose respiratória. Para que ocorra a biotransformação de lactato em bicarbonato, o fígado precisa estar funcionando. Portando, em um paciente hepatopata, não adianta fazer ringer com lactato, por isso aplicar NaCl 0,9% para esses pacientes. COLÓIDES: 5-20 ml/kg/24h Em animais hipovolêmicos, tem baixo volume circulante. Ex: pac em choque ou perdeu muito sangue no transoperatório. Nessa situação, posso usar soluções expansoras plasmáticas, que são substâncias com alto peso molecular, que fazem a expansão do volume plasmático com pequenos volumes e uma rápida velocidade. ❖ Hidroxietilamido 6% = permanece na circulação por 24 – 48 hrs. ❖ Gelatina: pode causar reações anafiláticas Efeitos colaterais: coagulopatias, podem aumentar o risco de sangramentos, lesão renal. Só usa quando precisa de volume e tem baixa proteína. (funciona como uma proteína). Alto custo. SALINA HIPERTÔNICA 4,5%: 2,5-5ml/kg – Nacl Coloca sal no vaso e ele puxa o liquido do instersticio pra dentro do vaso por diferença de pressão. Se precisa de volume de forma muito rápida, eu vou utilizar salina hipertônica 4,5%. *Contra- indicação: hipernatremia (pacientes com sódio alto) ou desidratados. RAÇAS DE CÃES ❖ Sight-hounds 17% gordura (35%): cães de corrida, pernas compridas e magros. Por ter massa de gordura muito baixa, Não usar tiopental nem Propofol em infusão continua (TIVA > não usar). São mais propensos à hipotermia. Indução: Propofol, etomidato ou cetamina. Manutenção: isoflurano • sensibilidade aos fármacos indutores • maior tempo de recuperação • hipotermia ❖ Cães de pastoreio: • mutação no gene ABCB1 que codifica a p-glicoproteína que está na membrana hemato- encefálica. Alguns fármacos atravessam mais fácil a barreira hemato-encefálica, atingindo o liquor. Os fármacos são: acepromazina, butorfanol. Podem apresentar hipotensão severa e bradicardia intensa. Pode usar esses fármacos, mas precisa reduzir as doses em 25%. ❖ Braquicefálicos: fucinho achatado. Bulldog, pug, shitzu. • sensibilidade a acepromazina. > hipotensão e bradicardia. • síndrome braquicefálica • tônus vagal X anticolinérgicos PROBLEMAS: 1) sistema parassimpático mais ativo: fazem mais bradicardia, tratar com atropina. 2) Síndrome braquicefalica: conjunto de alterações respiratórias. (achatada, palato mole longo), causando dificuldade respiratória. 3) Hipoplasia da traqueia: tubo traqueal será pequeno. SINDROME BRAQUICEFALICA Sedar e pré- oxigenar por 5 min. (oxigênio no sangue fica mais concentrado). Indução com propofol. Indução sempre injetável, nunca com iso. Entubar rápido Acabou a cirurgia: extubação tardia, espera ele sustentar a cabeça. Não fazer meloxicam até extubar e ver que está respirando bem. ❖ Raças gigantes: são bernardo, dog alemão. • sensibilidade aos fármacos: depressão respiratória e cardíaca. • doses menores/titulação de doses: O aumento do peso não corresponde a necessidade anestésica. ✓(3/4 dose original): e sempre escolher menor dose para dar margem de segurança. • Labrador x sensibilidade Carprofeno – hepatotoxicidade. Indução: Propofol em bolus com 1/3 da dose a cada 30 segundos até ajuste de plano. ❖ Raças toys: são mais sensíveis aos anestésicos inalatórios? Lenda!! • tipo de circuito anestésico: ele é sensível. baraka = deprime muito rápido se bobear. • fluxos de O2. Alto fluxo = deprime muito. • tempo de equilíbrio: demora mais, • relação peso corporal X área -> hipotermia, que causa bradi, hipotensão e não responde a atropina. GATOS ❖ Manipulação delicada ❖ Mínimo de pessoas ❖ Sedação moderada a intensa para gato saudável. Cetamina em MPA, alfa 2 agonista > indicado. Na hora da intubação: as vias aéreas são pequenas eles apresentam: ❖ Sensibilidade laríngea, por isso dessensibilizar com lidocaína. • anestesia geral/dissociativa • dessensibilização: ✓ lidocaína spray 10% (10mg/borrifada) > cuidar com intoxicação. ✓ gel 2% ✓ injetável 2% • insuflação do cuff x necrose de traquéia, não inflar muito! • cuff x afonia pós-intubação enfisema subcutâneo se cuff entrou de mais no pós e afonia se colocou o cuff de menos, fica em cima das cordas vocais. • quando extubar? O mais rápido possível, piscou = desinfla cuff. Mexeu a língua: extuba. ❖ Dificuldade de metabolização de fármacos • propofol: demora para acordar • morfina: 0,2 mg/kg no máximo • AINES: usar doses menores. ❖ Variações do plano anestésico, a necessidade anestésica depende do estimulo cirúrgico. ❖ Hipotermia ❖ Anestesia dissociativa (cetamina > não rotaciona o globo ocular, não pisca pra lubrificar o olho, pode ressecar o olho e causar ulceras de córnea, por isso colocar soro fisiológico). • lubrificação ocular X úlceras de córnea ❖ Hipotensão não tratada, tem hipóxia na retina= Cegueira pós-anestésica (transitória/permanente) ❖ Recuperação anestésica Nunca desligar o isso antes de acabar a cirurgia!!!!
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