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Manejo do complexo Dentinopulpar Odontologia Caicó, Rio Grande Do Norte 2018 Lorem Morais Cirurgiã-dentista, mestranda em saúde e sociedade pela UERN Complexo Dentinopulpar Origem Embriológica Composição Histológica Funcionalidade Esmalte e Dentina O conjunto esmalte/dentina é a estrutura responsável pela proteção da polpa ao mesmo tempo que esses tecidos se protegem mutuamente. Esmalte: Duro, resistente ao desgaste, impermeável, bom isolante térmico. Dentina: Permeável, pouco resistente ao desgaste, condutora de eletricidade. Composição da Dentina Conceição, et al. 2012 Tecido pulpar Tecido conjuntivo altamente diferenciado, ricamente inervado, vascularizado; Responsável pela vitalidade do dente; Funções nutritiva, sensitiva e defensiva; Responsável pela produção de dentina. Tipos de Dentina Primária Secundária Terciária Reacional Reparadora Proteção do Complexo Dentino-Pulpar Aplicação de um ou mais agentes protetores, tanto em tecido dentinário quanto sobre a polpa que sofreu exposição, a fim de manter ou recuperar a vitalidade desses órgãos. Proteção do Complexo Dentinopulpar Considera profundidade da cavidade, vitalidade pulpar, tipo de material restaurador a ser utilizado e idade do paciente; Proteções indiretas x proteções diretas. Proteção pulpar indireta A aplicação de agentes protetores nas paredes cavitárias objetivando: Proteger o complexo dentinopulpar das diferentes tipos de injúrias. • Cárie - Origem Bacteriana • Trauma - Origem Mecânica • Preparo cavitário - Origem Física • Materiais - Origem Química Proteção pulpar indireta A aplicação de agentes protetores nas paredes cavitárias objetivando: Manter a vitalidade pulpar; Inibir o processo carioso; Reduzir a microinfiltração Estimular a formação de dentina esclerosada, reacional e/ou reparadora. Proteção pulpar direta A aplicação de um agente protetor diretamente sobre o tecido pulpar exposto objetivando: Manter sua vitalidade pulpar e promover o restabelecimento da polpa; Estimular o desenvolvimento de nova dentina; Proteger a polpa de irritações adicionais posteriores. Agentes protetores As características ideias de um material protetor: Ser um bom isolante térmico e elétrico; Ser bactericida e bacteriostático; Ter adesão à estrutura dentária; Estimular a formação de dentina reparadora; Produzir analgesia e ser biocompatível. Agentes protetores Vernizes Cavitários; Hidróxido de Cálcio; Cimentos de Ionômero de vidro; Cimento de óxido de zinco e eugenol; Adesivos Dentinários. Vernizes Cavitários São compostos à base de resina dissolvida em clorofórmio, éter ou acetona; O solvente evapora-se rapidamente, deixando uma película forradora que veda com eficiência a superfície dentinária. ➢ Indicação • Restauração com amálgama Hidróxido de Cálcio Bastante difundidos e muito utilizados; Propriedade de estimular a formação de dentina reparadora; Possui Ph alcalino; Biocompatível; Bacteriostático. Hidróxido de Cálcio ➢ Indicação: • Área de exposição pulpar; • Usado muito próximo da polpa. ➢ Apresentação: • Solução: limpeza e hemostasia • Suspensão: Forramento • Pó: Capeamento Direto • Cimento: Capeamento Indireto Cimento de Ionômero de Vidro Características: ▪ Resistência a compressão e a tração; ▪ Liberação de flúor; ▪ Adesividade; ▪ Biocompatível; ▪ Coeficiente de expansão térmica linear. Cimento de Óxido de Zinco e Eugenol Características: ▪ Apresenta efeito terapêutico sobre a polpa; ▪ Baixa resistência mecânica; ▪ Baixa adesividade; ▪ Inibe a polimerização das resinas compostas e adesivos dentinários. Adesivos Dentinários Características: ▪ Utilizados, em proteção pulpar, como selante cavitário; ▪ Excelente adesão à estrutura dental; ▪ Seu monômero residual é irritante à polpa; ▪ Deve ser utilizado após a aplicação de um ácido fosfórico. Profundidade Cavitária Superficiais Rasas Médias Profundas Muito profundas Exposição pulpar Profundidade Cavitária Cavidades superficiais: Cavidades em esmalte ou ultrapassando ligeiramente a junção amelodentinária; Cavidades rasas: Cavidades com mais de 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa; Cavidades médias: Cavidades com mais de 1mm e menos de 2mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa; Profundidade Cavitária Cavidades profundas: Cavidades com mais de 0,5mm e menos de 1mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa; Cavidades muito profundas: Cavidades com menos de 0,5mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a polpa. Profundidade Cavitária ❑ Superficial / Rasa / Média ❑ Profunda ❑ Muito Profunda Protocolo de Proteção do CDP Restaurações adesivas Profundidade Rasa ou média Profunda Muito profunda Exposição pulpar Adesivo dentinário + restauração CIV + Adesivo dentinários + restauração Cimento Ca(OH)2 + CIV + Adesivo + restauração Ca(OH)2 P.A + CIV + Adesivo + Restauração ou Ca(OH)2 P.A +Cimento Ca(OH)2 + CIV+ Adesivo+restauração Protocolo de Proteção do CDP Restaurações de amálgama Profundidade Rasa ou média Profunda Muito profunda Exposição pulpar Verniz cavitário convencional Cimento Ca(OH)2 + Verniz + restauração Cimento Ca(OH)2 + CIV + verniz + restauração Ca(OH)2 P.A + CIV + Verniz + restauração Ou Ca(OH)2 P.A +Cimento Ca(OH)2 + CIV+ Verniz + restauração Protocolo de Proteção do CDP Protocolo de Proteção Direta do CDP Sessão Única 2 Sessões Ca(OH)2 P.A. ou Pasta + Cimento Ca(OH)2 + CIV forramento + Etapas do Material Restaurador Ca(OH)2 P.A. ou Pasta + CIV restaurador + 45 / 60 / 90 dias Reabertura + Cimento Ca(OH)2 + CIV forramento + Etapas do Material Restaurador Pensemos um pouco... Pôr que? O que a ciência me diz? Risco! É necessário trocar? Referências Pereira JC, Anauate-Netto C, Gonçalves AS, Dentística uma abordagem multidisciplinar. Editora Artes Médicas, 2014. Conceição EM e colaboradores. Dentística – Saúde e Estética. Editora Artmed. 2ª Edição, 2007. Ferjeskov O, Kidd E. Cárie Dentária – A doença e seu tratamento clínico. Editora Santos, 2005. Busato ALS. Dentística: filosofia, conceitos e prática clínica. Grupo Brasileiro dos Professores de Dentística. São Paulo: Artes Médicas; 2005.