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SISTEMAS ENERGÉTICOS
Profa. Dra. Mariana Gonçalves
NUTRIÇÃO ESPORTIVA
• A atividade física impõe maior demanda de energia 
• A contribuição dos diferentes sistemas de transferência de 
energia difere da dependência da intensidade, duração do 
exercício bem como do estado específico de aptidão do 
indivíduo.
INTRODUÇÃO
SISTEMAS ENERGÉTICOS
 IMEDIATA: FOSFAGÊNICO 
 CURTO PRAZO: ÁCIDO LÁTICO 
 LONGO PRAZO: AERÓBICO 
 
ENERGIA IMEDIATA:
SISTEMA FOSFAGÊNICO
• Corrida de 100m, natação de 25m, levantamento de peso... 
• O exercício de alta intensidade e curta duração requer um 
sistema de fornecimento de energia imediato. 
• Proveniente dos fosfatos intramusculares de alta energia, 
fosfagênios: trifosfato de adenosina (ATP) e fosfocreatina 
( fosfato de creatina).
SISTEMA FOSFAGÊNICO
Trifosfato de 
adenosina: moeda 
corrente de energia
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• Todos os esportes utilizam fosfatos de alta energia, porém 
alguns utilizam este sistema de maneira exclusiva, única 
• Qualquer esporte de alguma maneira utiliza esforços curtos 
porém máximos ao longo de sua execução, exemplo no 
arranque no futebol, salto no basquete, no volei, no salto com 
vara... 
• A sustentação de um exercício além de curto período e a 
recuperação de um esforço máximo é que exigem uma 
fonte adicional de energia para reabastecimento do ATP
SISTEMA FOSFAGÊNICO
• Quantidade limitada de ATP (80-100g ATP). 
• Energia armazenada em quantidade suficiente para uma 
atividade de alta intensidade de no máximo 10s. 
• Para superar esta limitação há uma ressíntese contínua para 
suprir energia para o trabalho biológico.Os ácidos graxos e o 
glicogênio representam as principais fontes. 
• Entretanto, a clivagem anaeróbia da fosfocreatina (PCr) 
provém diretamente a ressíntese de ATP.
SISTEMA FOSFAGÊNICO
SISTEMA FOSFAGÊNICO
ATPase
ATP ADP +P+
CREATINA +P+PCr
Creatina 
fosfocinase
ENERGIA
ENERGIA
Ressíntese
• As células armazenam 4-6x mais PCr que ATP. 
• PCr é reservatório de energia!! 
• A velocidade da PCr para fosforilação do ADP >>>energia 
anaeróbia do glicogênio armazenado, devido ao alto ritmo 
da creatinofosfocinase. 
• Se o esforço prosseguir por mais de 10s, a energia para a 
ressíntese do ATP terá que provir do catabolismo menos 
rápido dos macronutrientes armazenados.
SISTEMA FOSFAGÊNICO
ENERGIA A CURTO 
PRAZO
GLICOLÍTICO
• Sistema de produção de energia anaeróbia responsável por 
suprir a maior parte das necessidades energéticas para 
esforços de intensidade máxima de 20s-5min. 
• Natação de 100-400m, corrida de 1500m, ginástica rítmica ou 
de solo, judô.. 
SISTEMA GLICOLÍTICO
• A energia para fosforilar o ADP durante o exercício intenso 
provém principalmente do glicogênio muscular armazenado 
através da glicólise anaeróbica, com a formação de lactato. 
• A formação de lactato poupa tempo!! 
• Torna possível a formação rápida de ATP pela fosforilação 
(pelo substrato), mesmo quando o fornecimento de O2 seja 
insuficiente e/ou quando as demandas energéticas ultrapassam 
a capacidade do músculo para a ressíntese aeróbia do ATP
SISTEMA GLICOLÍTICO
SISTEMA GLICOLÍTICO
GLICOSE PIRUVATO LACTATO
Exercícios de alta intensidade e de curta 
duração
• A a t i vação da v ia g l i co l í t i ca ocor re quase que 
instantaneamente no inicio do exercício. 
• A taxa de formação do lactato depende principalmente da 
intensidade do exercício, em maior grau da intensidade 
relativa do exercício (VO2 max)
SISTEMA GLICOLÍTICO
• A capacidade total do sistema glicolítico de produzir energia em 
forma de ATP é ampla em comparação ao sistema fosfagênico. 
• Nos exercícios de alta intensidade, os estoques de glicogênio 
muscular são quebrados com rapidez com uma taxa 
respectivamente alta de lactato: parte do lactato difunde-se 
para as fibras musculares e aparece no sangue. 
• Podendo ser oxidado pelas fibras musculares vizinhas e também 
no coração. 
• O lactato não se acumula! Ritmo de produção =remoção!!
SISTEMA GLICOLÍTICO
• A medida que exercício de alta intensidade continua, os níveis 
sanguíneos e muscular de lactato aumentam e a regeneração 
do ATP não consegue acompanhar seu ritmo de utilização. 
• A fadiga se instala e reduz o desempenho nos exercícios. 
• A maior acidez intracelular, é um mediador da fadiga, pela 
inativação de várias enzimas da transferência de energia e 
pela deterioração das propriedades contráteis do músculo. 
SISTEMA GLICOLÍTICO
• O lactato se torna fonte de energia! 
• Quando se torna novamente disponível uma quantidade 
suficiente de O2 durante a recuperação, ou quando o ritmo do 
exercício diminui, NAD+ varre os H ligados ao lactato para 
subsequente oxidação a fim de formar ATP. 
• Os esqueletos de C das moléculas de piruvato formados 
novamente a partir do lactato durante o exercício serão 
oxidados para obtenção de energia ou serão sintetizados 
( transformados) para glicose (gliconeogênese) no ciclo de Cori
SISTEMA GLICOLÍTICO
CICLO DE CORI
SISTEMA GLICOLÍTICO
• O ciclo de Cori não serve apenas para remover o lactato, mas 
o utiliza também para reabastecer as reservas de glicogênio 
depletadas no exercício intenso. 
• O lactato produzido em fibras musculares de contração rápida 
circula para outras fibras de contração rápida ou de contração 
lenta para ser transformado em piruvato. 
• Por sua vez, o piruvato é transformado em acetil-CoA para 
penetrar no ciclo do ácido cítrico para o metabolismo aeróbico.
ENERGIA A LONGO 
PRAZO
AERÓBICO
• Sistema de produção de energia aeróbia responsável por 
suprir a maior parte das necessidades energéticas para 
esforços de intensidade máxima acima de 5m. 
• Natação de 1500m, corrida 5000m -maratona, triathlon..
SISTEMA AERÓBICO
• Outros caminhos para a regeneração do ATP baseiam-se nas 
provisões de carboidratos ou substratos de lipídios nos 
estoques intramusculares, na circulação e subsequente 
catabolismo, para gerar energia e abastecer o nível-substrato 
de fosforilação ou das reações da cadeia de transporte de 
eletros e fosforilação oxidativa. 
• Para regenerar ATP a partir do catabolismo lipídico, a 
presença de O2 é fundamental. 
SISTEMA AERÓBICO
• O catabolismo da glicose se inicia com a glicose anaeróbia, com a 
formação e 2 moléculas de piruvato (ou lactato) e duas moléculas 
de ATP. 
• A extração de energia restante prossegue quando o piruvato é 
transformado irreversivelmente em acetil-CoA, pela enzima piruvato 
desidrogenase. 
• No catabolismo lipídico, os ácidos graxos resultam na formação de 
acetil-CoA. 
• O acetil-CoA é o maior provedor para o ciclo do ácido 
tricarboxílico (TCA) que ocorre na mitocôndria. 
SISTEMA AERÓBICO
• Em comparação ao catabolismo de carboidrato e lipidio, o 
catabolismo proteico é uma fonte relativamente menor de 
energia (5%). 
• Entretanto, em quadros de jejum ou esgotamento das reservas 
de glicogênio, o catabolismo proteico se torna uma fonte 
importante de energia.
SISTEMA AERÓBICO
• A principal função do TCA é degradar o substrato acetil-CoA 
em CO2 e átomos de H, na mitocôndria. 
• Os átomos de H são oxidados pela cadeia transportadora de 
elétrons, permitindo a fosforilação oxidativa, com subsequente 
regeneração de ATP para ADP.
SISTEMA AERÓBICO
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LACTATO
PIRUVAT
O

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