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16/11/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7 DIREITOS HUMANOS OU DIREITOS FUNDAMENTAIS Os Direitos Humanos, como visto acima, encontram-se positivados, isto é, colocados na Sociedade em forma de lei ou Constituição, e são verdadeiras limitações ao Poder estatal. Normas de competência negativa para os Poderes Públicos. Normas positivas para os cidadãos. Protegem a dignidade da pessoa humana. Os Direitos e Garantias Fundamentais podem ser: a) de 1ª geração – direitos civis e políticos. São direitos primários, como vida, liberdade e intimidade; b) de 2ª geração – direitos econômicos, sociais e culturais. Estado efetiva prestações positivas a favor dos cidadãos, como benefícios fornecidos na área da saúde, educação e trabalho (atenta-se às necessidades dos cidadãos); c) de 3ª geração – consagram a solidariedade e fraternidade. Participação na vida do Estado (democracia). Surgimento dos interesses difusos e direitos humanos; proteção do meio ambiente; d) de 4ª geração – são os direitos relativos à vida das gerações futuras (manipulação genética, clonagem, tecnologia, direito à paz, etc). Os Direitos Humanos, portanto, são sinônimo de Direitos e Garantias Fundamentais. Eles remontam à Grécia antiga, em que já se delineava uma preocupação com a relação entre o Estado (Poder) e o homem (garantias). É a característica da historicidade dos Direitos e Garantias Fundamentais. Os Direitos e Garantias Fundamentais têm como segunda característica a limitabilidade. Nenhum direito é absoluto. Pode haver colisão de direitos (ex: direito de ir e vir e direito de passeata – o Judiciário resolve analisando o caso concreto, facultando, por exemplo, a passeata em duas faixas da avenida enquanto nas outras duas faixas assegura-se o direito de ir e vir). Outra característica é a universalidade (para todos do gênero humano). Por fim, a última característica é a irrenunciabilidade (o ser humano, pelo simples fato de ser humano, não pode renunciar a um direito fundamental. Ele pode não exercê-lo, mas não pode renunciar, pois previsto na Constituição em razão de sua condição humana). Os Direitos e Garantias Fundamentais comportam mudanças por processo mais rigoroso (Emendas), quando não constituírem, evidentemente, cláusulas pétreas (caso do art. 5º). Os Direitos e Garantias Fundamentais têm aplicabilidade imediata (art. 5º, § 1º). Os Direitos e Garantias Fundamentais destinam-se a todos os indivíduos que estejam no Brasil (brasileiros, estrangeiros e apátridas). Especificamente quanto aos Direitos Humanos decorrentes de Tratado, a Emenda 45/04 elevou-os ao patamar de norma constitucional, desde que aprovados pelo quorum qualificado das Emendas. Os demais Tratados sobre Direitos e Garantias Fundamentais ingressam no ordenamento com status de lei ordinária (aprovação por Decreto-legislativo – art. 49, inc. I) e devem ser observados conforme dispuser o ordenamento interno (inclusive com respeito à Constituição). A DEMOCRACIA é um Direito Fundamental de 3ª Geração, em que o povo realmente sentiu necessidade de fazer valer a Constituição e participar da vida política do Estado, escolhendo seus representantes com efetividade. O Estado necessita de organização (leis). Somos, sem dúvida, um Estado de Direito. E o art. 1º da CF também diz que somos um Estado Democrático. Mas com preocupação social. Temos mecanismos de controle do poder político, o que denota um traço bem amplo da democracia, para além do voto. Liberdade política e igualdade política (participação real do povo). O Estado Democrático e Social de Direito objetiva o bem comum. Rege-se pelo princípio da Justiça - jurisdição com escopo social (dar a cada um o que é seu – pacificação com justiça e educação), escopo político (não lesar a ninguém – afirmação do Estado e seu ordenamento) e escopo jurídico (viver honestamente – atuação da vontade concreta da lei). Rege-se, também, pelo princípio da segurança jurídica (devido processo legal, respeito à coisa julgada, ato jurídico perfeito e direito adquirido), dentre outros princípios estudados mais adiante. 16/11/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/7 O artigo 1º traz os fundamentos da República Federativa do Brasil. Não confundir com os objetivos da República Federativa do Brasil, que estão no art. 3º. Os fundamentos são: soberania (nenhum outro Estado internacional pode interferir nas nossas questões internas, somos soberanos p/ decidir nossos próprios rumos, p/ ditar nossas próprias regras), cidadania (o vocábulo cidadania indica o direito de ter direitos, é muito mais do que simplesmente o direito de votar e ser votado), dignidade da pessoa humana (todos têm direito a experimentar um conforto mínimo/são valores morais e espirituais que a pessoa cultiva e que devem ser protegidos/autodeterminação da própria vida e respeito à vida alheia), valores sociais do trabalho e livre iniciativa (trabalho voltado para o desenvolvimento coletivo e, quando a Constituição menciona o vocábulo “livre iniciativa” ela quer dizer “capitalismo; nosso modelo de economia, de Estado, é capitalista, ou seja, não se admite, salvo raras exceções constitucionais, a intervenção do Estado na economia) e pluralismo político (temos, no Brasil, vários partidos políticos/liberdade de convicção). São essas as bases de nosso Estado. O parágrafo único do artigo 1º (ESTE É O PARÁGRAFO QUE IMPLEMENTA A DEMOCRACIA NO BRASIL) em questão determina que todo poder emana do povo e em seu nome será exercido, direta ou indiretamente. É o fundamento da democracia (“demo”: povo/”cracia”: poder). A vontade do povo deve prevalecer. As leis são formadas pela vontade popular. Nossa democracia é semi-direta, pois tem traços da democracia direta (quando o povo “faz a lei” diretamente – art. 61, § 2º: participação popular), mas é eminentemente indireta, ou seja, as leis são feitas por representantes por nós escolhidos, por meio do voto. O artigo 2º consagra a tripartição dos Poderes proclamada por Montesquieu, em 1748, pouco antes da Revolução Francesa. Temos os seguintes Poderes no Brasil: Legislativo, Executivo e Judiciário. Tivemos, por ocasião da Constituição de 1824, 4 Poderes, a saber: Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador. O Poder Moderador era exercido pelo Rei e anulava certas decisões do Judiciário ou interferia no Legislativo e Executivo. Os 3 Poderes hoje consagrados são independentes e harmônicos entre si. Significa dizer que não há interferência de um Poder em outro, salvo casos previstos na Constituição. Os Poderes têm funções típicas (Legislativo: legislar; Judiciário: julgar; Executivo: executar as leis e administrar) e atípicas (Legislativo – julgar o Presidente da República em crimes de responsabilidade; Judiciário – conceder aposentadoria a um de seus servidores; Executivo – elaborar um ato normativo). Os Poderes seguem o princípio da correção funcional, pelo qual um não interfere na atuação típica de outro. Mas o Presidente deve, por exemplo, acatar decisões do Supremo Tribunal Federal. É o que a doutrina costuma chamar de sistema de freios e contrapesos. DEMOCRACIA Os direitos políticos consagram a possibilidade de o indivíduo intervir no governo do país. São normas que dão efetividade ao parágrafo único do art. 1º da Constituição. “Polis”, do grego, significa cidade, tendo a palavra evoluído para “politiké”, ainda em grego, e, depois, para “política”, em Português, ou seja, interferência dos indivíduos nos negócios da cidade, na vida estatal. A política pode ser conceituada como “afazeres do Estado”. O indivíduo participa das decisões estatais. E a interferência e participação na política cria os direitos políticos. São direitos subjetivos, isto é, dos sujeitos. Dispõe a art. 14: “A soberania popularserá exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular”. O sufrágio é o direito de manifestação, não se confundindo com o voto, que é instrumento. Sufrágio compreende o direito de eleger e ser eleito. O plebiscito e o referendo (regulados pela Lei nº 9.709/98) são consultas à população para que delibere sobre matéria legislativa. O plebiscito ocorre antes do projeto de lei ser publicado e transformar-se em lei, e o referendo ocorre quando a lei já está vigente. Quanto à iniciativa popular, seus requisitos vêm traçados no art. 61, § 2º, permitindo ao povo a apresentação de projeto de lei. Quanto ao voto, apresenta este as seguintes características: a) personalidade (é pessoal, não admitindo procuração); b) obrigatoriedade (para os maiores de 18 anos e menores de 70, desde que alfabetizados); c) liberdade (o cidadão tem a 16/11/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/7 liberdade de anular o voto, escolher um ou mais candidatos ou votar em branco); d) sigilosidade (o voto é indevassável); e) direto (o voto é dado diretamente no representante escolhido, e não para que este escolha um outro representante); f) periodicidade (o voto é periódico no Brasil); g) igualdade (todos os votos têm o mesmo valor – é a regra do “one man one vote”). Exercício 1: A Democracia é um Direito Fundamental (ou Humano): A) de 1ª Geração B) de 2ª Geração C) de 3ª Geração D) de 4ª Geração E) de 5ª Geração Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 2: Nossa Democracia é: A) semi-direta, pois elegemos nossos representantes e fazemos as leis indiretamente através deles, mas também temos traços da democracia direta, em que podemos iniciar o processo legislativo diretamente, através da iniciativa popular 16/11/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/7 B) direta, pois fazemos as leis diretamente C) indireta, pois fazemos as leis indiretamente através de nossos representantes escolhidos pelo voto D) plúrima, pois escolhemos representantes tanto pelo voto, plebiscito ou referendo E) social, pois em todas as eleições está presente a fiscalização eleitoral dos sindicatos Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: O voto: A) é obrigatório para todos os brasileiros natos e naturalizados, excluídos os estrangeiros B) é obrigatório para todos os brasileiros, natos e naturalizados, e estrangeiros aqui residentes em época de eleições C) não é obrigatório para brasileiros natos que estejam doentes D) é obrigatório para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos, somente brasileiros natos e naturalizados, e facultativo para esses mesmos brasileiros entre 16 e 18 anos de idade e maiores de 70 anos, além de ser facultativo para os analfabetos natos ou naturalizados 16/11/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/7 E) é facultativo para os estrangeiros Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: Constitui direito de 4ª geração: A) direito de ir e vir B) solidariedade C) direito à moradia D) manipulação genética E) educação Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: Uma das características dos direitos fundamentais é: A) materialidade 16/11/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/7 B) infralegalidade C) moralidade D) pessoabilidade E) irrenunciabilidade Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: O valor social do trabalho é: A) objetivo da República Federativa do Brasil B) fundamento da República Federativa do Brasil C) é lei federal D) obrigação de fazer E) uma lei complementar federal 16/11/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/7 Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
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