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Resumo: Winnicott

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WINNICOTT
VIDA E OBRA 
- Donald W. Winnicott 
	Era médico pediatra com um talento clínico excepcional, criador e responsável dos ricos desdobramentos no campo da psicanálise de crianças na Inglaterra, e o legado que deixou para este campo é fundamental até os dias atuais. 
	Começou a se dirigir para a área de seu interesse a partir do século XX, primeiro como pediatra e depois como psicanalista.
	Quando deu início a sua formação psicanalítica, em 1913, era uma época conturbada, visto que as duas damas da psicanálise – Anna Freud e Melanie Klein estavam no auge de seus conflitos e divergências de ideias, conflitos esses, justamente sobre o que seria a psicanálise de crianças. No meio dessa controvérsia, Winnicott seguiu o seguinte percurso: 
Fazia sua formação tendo como base as ideias de Klein, fazendo inclusive supervisão com a própria Klein, mas isso não o fez totalmente submisso às suas ideias, manteve-se independente quanto a seu próprio modo de trabalhar e pensar a clínica, elaborando uma concepção original e pessoal no tocante a questões fundamentais no campo psicanalítico – a relação de objeto, o brincar e a própria concepção do que é self. 
Sua grande paixão era a infância, não tinha muita paciência e nem interesse no atendimento com adultos. 
	Ele aprendeu com Klein a relevância das primeiras relações objetais, ou a importância da díade mãe-bebê na constituição do psiquismo, distancia do pensamento Kleiniano ao privilegiar a dependência em relação ao ambiente (em detrimento de um interesse pela estruturação interna da subjetividade), desenvolvendo toda uma teorização em torno da importância do laço mãe – bebê para uma organização saudável e estável do ego e a noção de psicose que desenvolveu está estritamente ligada a proposição sobre um fracasso na relação mãe – bebê. 
	Winnicott pertence a uma geração de psicanalistas que surgiram no entre guerras, em que uma ênfase no papel dos cuidados maternos e uma subvalorização da função e lugar do pai, o que, redundará numa perspectiva distante das propostas freudianas quanto à importância do complexo de édipo. 
Podemos diferenciá-lo com relação a Klein pelo fato de ele defender que um ego estável e saudável dependerá da relação mãe-bebê e que a psicose estará diretamente ligada a um fracasso nessa relação. Melanie fala em estágios de desenvolvimento e o psiquismo desse sujeito dependerá do progresso desses estágios. Mesmo sendo da psicanalise ele também tem uma divergência com os conceitos de Freud, isso porque por ser do período entre guerras, dava uma ênfase para os cuidados maternos e subvalorizava a função e lugar do pai, ou seja, enfatizava mais o papel da mãe, isso porque neste período o pai se encontrava mais ausente por conta das guerras, anulando assim a importância do complexo de édipo no desenvolvimento da criança. 
	Seu trabalho muitas vezes se deu com crianças que foram privadas, por estas circunstâncias históricas, da presença da mãe e disto resultou também seu interesse na investigação e teorização em torno da relevância desse laço para a formação do psiquismo e para o estabelecimento de relações saudáveis e duradouras ao longo do tempo. 
GRUPO DOS INDEPENDENTES 
	Este grupo surgiu na Inglaterra no meio das polêmicas e discussões entre Anna Freud e Melanie Klein a respeito de questões teóricas e sobre a formação de analistas (pelo fato de divergirem de ideias). Os “independentes” tinham como ponto de partida seu posicionamento de recusa dos dogmatismos (uma verdade absolutamente certa) e por não aceitarem posições em termos de partidarismos, eram analistas que procuravam manterem-se imparciais com relação aos grupos divididos pelas damas, ainda que, em termos teóricos tendessem mais para as ideias de Klein. Winnicott era um importante representante desse grupo. 
Ele era um fenômeno isolado porque não era comum pediatras sendo analistas, geralmente eram psiquiatras que tendiam a ir para essa área. 
Decidiu estudar o que acontecia com crianças abandonadas sem os pais. 
Fala que não existe o bebê sem a mãe, pois trata-se de uma união. 
ANOS XX 
- Tudo tinha o complexo de édipo em seu âmago 
- Tinham a noção que os bebês já adoeciam 
Melanie Klein falava no sadismo, na pulsão de morte do bebê (morder)
Winnicott fala que o bebê morde sim, mas é sem querer, faz parte de seu desenvolvimento, ele está crescendo e se relacionando com a mãe, ELE NÃO PERCEBE O OUTRO para poder se sentir culpado com isso. Para Klein ele morde, se sente culpado e teme ser mordido de volta, para Winnicott o bebê isso não vai acontecer pois o bebê não irá se sentir culpado. 
Aos 6 primeiros meses de vida o bebe têm uma dependência absoluta, QUANDO A MÃE NÃO PODE SE AUSENTAR. 
Dos 6 meses aos 2 anos tem uma dependência relativa, quando começa a engatinhar e começa conseguir fazer algumas coisas sozinho. 
Após isso o bebê caminha rumo a sua independência, porém sempre dependendo de certa forma. 
NÃO ACHA VÁLIDO A FORMA COMO KLEIN COLOCA A PULSÃO DE MORTE 
Para ele, Klein analisou o ambiente de forma superficial. 
Para W o ambiente é a mãe, e o ambiente é extremamente importante para o desenvolvimento do sujeito. 
O indivíduo nasce com tendências para se desenvolver, porém o meio precisa dar chances para que isso ocorra. A mão suficientemente boa é aquela quem irá atender as necessidades do bebê e não os seus desejos. 
A mão suficientemente boa é aquela que nem sempre irá atender as expectativas do bebê assim que ele solicitar, existirá uma falta entre a mãe e o bebê, e é esse luto que irá desencadear o desenvolvimento do mesmo. 
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL PRIMITIVO 
	O bebê tem uma tendência inata para se desenvolver
Um paciente depressivo tem uma forma diferente de análise, então qualquer problema que venha a ter na parte pré-depressiva gera questões relacionadas a transferência. 
É importante que o analista compreenda o que ele está sentindo na presença do outro e que saiba lidar com isso, em relação a sentimentos de amor de ódio. 
Se for consciente não é contratransferência, ele entendendo o que está sentindo na presença do outro, se é um sentimento bom ou ruim é consciente. 
Um bebê de 6 meses começa a viver algo diferente, se ele joga algo no chão alguém pega de volta, traz uma vivência diferente p ele.
Neste período até o 6º mês ele está vivendo uma situação de dependência absoluta, portanto se tiver alguma necessidade (não desejo) que não seja atendida, isso pode acarretar problemas sérios no emocional dele. 
Caso isso aconteça essa criança pode desenvolver autismo, esquizofrenia infantil, como ele passa a viver esse momento novo, dos 6 meses aos 2 anos ele passa a viver a dependência relativa. 
Portanto, a psicopatologia da psicose, caso aconteça, vai acontecer até os 6 meses, que é o período da dependência absoluta em que as necessidades precisam ser atendidas e não podem falhar. 
Os processos físicos podem ser inibidos até que o emocional decida liberá-los
INTEGRAÇÃO
PERSONALIZAÇÃO 
REALIZAÇÃO (apresentação da realidade) 
Não precisa acontecer nessa ordem. 
Selfie: a personalidade toda
Roulding: sustentação que o cuidador dá ao bebê e acaba virando rotina. 
Integração, o bebê é o selfie. A integração vai acabar juntando as sensações de tudo o que o bebê sente. Antes era não integração, não integração não é doença, desintegração é doença (ele tinha o cuidado e perdeu). É necessário que alguém “junte os pedaços” dessa criança. Essa pessoa será o cuidador, que amamenta, higieniza, dá carinho. Juntar o pedaço seria ter a rotina, que é o roulding. Aí o bebê se sente seguro, começa a conhecer o ambiente. O importante é que seja sempre o mesmo cuidador. 
Se a integração ocorre de maneira correta acaba emergindo um selfie verdadeiro. 
Se a necessidade do bebê não surge dele mas sim do outro
ex: o bebê nem chorou e a mãe já amamenta, ou seja, não é uma necessidade dele e sim da mãe. Nesse caso o bebê se enxerga como outro e ocorre o falso selfie. Faz reação a uma invasão ambiental, ou seja, não era umanecessidade dele. 
Por isso a importância da PROVISÃO AMBIENTAL 
Uma integração parcial vai leva-lo a ter dissociações 
É importante que tenha sempre um mesmo cuidador, criando uma rotina para esse bebê, cuidando dele direitinho, dando carinho, amamentando, higienizando para que possa surgir um selfie verdadeiro e assim aconteça o processo de integração. 
Personalização, é o handling, seria o manejo, o corpo do bebê precisa ser manejado (manipulado de forma correta, pegá-lo direito), isso trará para o bebê a sensação de que ele tem um corpo, e vai criar um sentimento de estar dentro do corpo dele. Consegue fazer a união de soma e psique. Quando acontece despersonalização (psique + soma), eles ainda não se uniram ex: amigos imaginários, criados em um momento de defesa, primitivo, a mente da criança não está dentro dela, está nela e no outro. É uma defesa que vai abrigar o medo da criança e a persona vai estar dentro desse “amigo imaginário” 
Realização, apresentação da realidade. Quando a mãe vai apresentar o mundo para a criança. O tempo, a realidade em si. 
ILUSÃO 
O bebê tem pulso instintivo e ideias predatórias 
Tem uma mãe que espera por esse bebê faminto 
Tem que existir um momento de ilusão, uma superposição
A mãe vai suprir a fome do bebê assim que ele necessitar, e o bebê vai alucinar que isso é parte dele. Nessa fase é algo que acontece e ele não entende que existe um objeto interno. Ele entende que a necessidade vem dele e o próprio leite também vem dele, ele mesmo supre suas próprias necessidades. A mãe precisa suprir na hora que a necessidade vem e ele entende que isso é parte dele. A mãe contribui para o narcisismo. Tem que acontecer esse momento de ilusão, porque isso vai ajudar no processo de integração dele. 
Quando o ambiente começar a falhar, o bebê vai entender que existe uma realidade externa a ele. 
Quando o nenê necessita ele precisa ser atendido, quando deseja não precisa. 
Podem existir umas falhas graduais e elas são até necessárias para que a função mental do bebê acabe se desenvolvendo de forma satisfatória. 
Essas falhas vão criar um espaço potencial, espaço entre pedir e ser satisfeito, é um espaço que vai proporcionar que o bebê possa criar (pensar que as coisas vem dele)
Progressão da dependência para a independência 
Até 6 meses – dependência absoluta – unidade mãe-bebê, estado de indiferenciação com a mãe, como se ele e a mãe fossem a mesma coisa. Falhas nesse momento podem levar a deficiências mentais. 
Dependência relativa – 6 meses a 2 anos – falhas: mentira, roubo, violência. O outro já existe na vida do bebê, ele tem uma noção de corpo e já consegue se ver separado da mãe. 
Rumo a independência – a partir dos 2 anos, falhas não vão trazer tantos prejuízos. Problemáticas nessa fase acabam gerando dificuldade de cuidar dos filhos, em ser pai e mãe na vida adulta. 
Portanto o bebê precisa da mãe suficientemente boa, o pai tem um papel secundário, uma relação indireta com o bebê, de proteger a mãe para que ela tenha saúde e assim consiga cuidar do bebê. 
OBJETOS E FENÔMENOS TRANSICIONAIS 
Aparece na etapa da dependência relativa. 
Ajuda na transição DENTRO X FORA.
Vai sair da imaginação dele para algo objetivo, portanto precisa ter essa transição. 
Esse objeto precisa ser resistente, pois será mordido, jogado, etc. E ao mesmo tempo precisa ser macio porque a criança vai ficar com ele durante todo tempo. 
Patologias serão decorrentes da dificuldade de diferenciação Eu X Outro. 
Vai fazer uma transição da dependência total para coisas que ele pode fazer sozinho. 
Pode acontecer aos 4, 6, 8, 12 meses, através desse objeto transicional. 
Esse objeto vai facilitar que ele consiga fazer a separação dele com a mãe, que até então tinha separação nessa relação, unidade mãe – bebê. 
Irá atuar na zona intermediária entre o mundo interior e o exterior. 
Não será reprimido, ou seja, não será esquecido, simplesmente será deixado de lado em algum momento, a criança vai perceber que ele não importa mais e vai deixa-lo. 
É a primeira posse não eu. 
Uma área entre o subjetivo (área imaginada) e o objetivo (o que é percebido) 
Na vida adulta arte e religião vão cumprir esse papel. 
O objeto transicional vai facilitar a vida de dentro (imaginário) para a vida real. 
Vai caminhando para o simbolismo. 
Fenômenos transicionais: Momentos, coisas que vão fazer parte dessa transição (pode envolver esse objeto transicional ou não) 
DISTORÇÃO DO EGO EM TERMOS DE FALSO E VERDADEIRO SELF
Fala em pacientes borderline 
Através da transferência vai acontecer uma regressão ao momento de extrema dependência. 
Paciente borderline, está na linha entre a neurose e a psicose, vive de forma neurótica mas a defesa dele é psicótica. 
Falso self: precisa da transferência e tem uma dependência extrema no analista, vai ter que fazer uma regressão desse processo analítico semelhante a relação mãe – bebê que ele tinha estabelecido. Tem uma extrema dependência do analista para refazer um caminho para retornar para algo do passado que não foi vivido na relação mãe – bebê, a falha que existiu nesse momento. 
Etiologia: surge na fase da dependência quase absoluta, real até os 6 meses, quando o bebê não foi integrado, foi negligenciado, foi muito invadido, tinha necessidade, a mãe não atendeu a necessidade quando ele precisou (ex: ser colocado para dormir na hora que ele não precisava dormir), essas coisas podem ter emergido um falso selfie e ele não conseguiu fazer integração. Não viveu momento de ilusão e aconteceu uma reação, foi uma falha do ambiente não é algo do bebê. Ela entendeu a necessidade do outro como sendo dela (invasão) 
Na analise, vai regredir até esse momento, de falha, por isso ele terá uma dependência extrema do analista e vai tentar fazer essa relação de uma forma que faça emergir o verdadeiro selfie. 
Isso é chamada de personalidade reagida e não criada, porque na verdade foi uma reação. 
Sozinho não tem como sair do falso selfie, por isso precisa do trabalho analítico. 
Verdadeiro selfie: o bebê é bem atendido, tem a sensação que ele mesmo se satisfaz. O bebê cuidado dessa forma correta tem a emersão do verdadeiro selfie. 
Graus do falso selfie 
Mais grave: Falseamento geral 
Grau leve: Qualquer pessoa pode ter. Estar em um lugar que não gostaria de estar, age como se fosse um falso selfie. 
Falso selfie: Pouca capacidade para uso de símbolos, pobreza cultural. 
Consequências para o psicanalista: O contato com o verdadeiro selfie é o que ele vai tentar no processo analítico e o paciente terá um período de extrema dependência dele. 
Esse paciente vai tentar mexer nesse ambiente, e o terapeuta não vai ser destruído e vai continuar ajudando ele mesmo assim, e isso é o que vai ajudar o paciente a caminhar para o verdadeiro selfie. 
Agressividade em relação ao desenvolvimento emocional 
Para W a intenção agressiva não vai existir desde o início, como Melanie dizia, pois no início não havia o outro. Ele diz que impulso agressivo todo mundo tem. 
Fala em dois estágios: 
- Pré concernimento (equivalente a posição esquiso paranoide) 
- Concernimento – equivalente a posição depressiva 
No pre concernimento é uma pré preocupação – ainda não existe a percepção do outro, portanto não tem a violação do ambiente, não tem uma preocupação com as consequências dos atos. Um adulto aqui mata sem ter se preocupado se fez mal para alguém ou não. 
Concernimento tem preocupação em ter causado dano em alguém, entende que existe o outro. 
Raiva: derivada da frustração, vai empurrar em direção a uma ação e mostrar que o ambiente externo está se fazendo presente pra ele. 
Raízes primitivas da destrutividade 
Impulsos do id tem um aspecto destrutivo, embora na criança não haja vontade de destruir.
O ambiente vai se impor ao bebe que irá reagir. 
Profundo: algo interno 
Precoce: algo que aconteceu muito cedo 
A relação com a mãe é a relação mais profunda por ser a primeira. 
OBJETIVOS DO TRATAMENTOPSICANALÍTICO 
Objeto subjetivo: analista na imaginação do paciente 
Se o analista não fala nada ele cria uma fantasia no paciente de que sabemos de tudo. Intelectualização: mecanismo de defesa que a pessoa usa para se distanciar de si. Ex: fundo do poço intocável, o paciente vai usar dessa intelectualização, vai trazendo outras coisas para que a gente não consiga chegar. A pessoa que mais nos ajuda a trabalhar com o paciente é o próprio paciente. 
CONTRATRANSFERÊNCIA – é inconsciente. Podemos atuar nela sem perceber. Acontece mais com o analista. A fala do paciente vai causar algo no analista que ainda não foi trabalhado na sua analise, vai fazer emergir algo que ele precisa trabalhar na analise e ainda não trabalhou. 
Neurose de transferência: uma neurose no trabalho analítico. Eu tenho uma neurose e no trabalho analítico eu acabo criando uma outra neurose de transferência. Diz respeito ao trabalho analítico. 
Winnicott frisa muito na questão do analista estar com sua analise em dia para conseguir lidar melhor com os problemas dos pacientes. 
Fala em 2 tipos de pacientes: 
- Borderline – está em uma fase de dependência absoluta, vai retornar, não faz diferenciação eu outro, foi privado de cuidado. Existe uma dificuldade em atender uma pessoa assim pq eu posso pensar que a pessoa é aquilo, e não é. Eu preciso quebrar a casca e ajudar ele a suportar esse caos para chegar a seu verdadeiro self. 
- Delinquentes – tendência anti social – quando tem início da separação eu – outro, quando foi cuidado durante um tempo e descuidado depois, isso gera uma revolta, ele vai “aprontar” com o ambiente e acha que não será punido por isso, porque o ambiente também fez mal a ele. Isso pode virar uma psicopatia. 
FORMAS CLÍNICAS DA TRANSFERÊNCIA 
Técnica psicanalítica – em casos de falso selfie, existe um desenvolvimento de um pseudo eu (essa casca) – uma sucessão de reações a uma sucessão de falhas na adaptação – acontece na fase de dependência absoluta. Essas falhas que acontecem e acabam emergindo um falso selfie. No trabalho com esses pacientes é mais importante do que a interpretação. Na transferência precisamos permitir que o passado do paciente torne-se presente. A importância do cuidado no modo suficientemente bom. O contexto é mais importante que a interpretação nesse momento e deverá regredir até a época que a mãe deveria ter sido suficientemente boa e acabou não sendo. 
A adaptação do analista precisa ser suficientemente boa, vai levar a uma mudança no centro de operação desse paciente, vai começar a sair do falso eu e a chegar no verdadeiro eu. Sai do falso selfie até chegar ao verdadeiro selfie. Quando ele chegar nesse verdadeiro eu a análise começa normal, contra a ansiedade. Volta a ser uma análise normal aonde pode acontecer a neurose de transferência. Nesse momento tem uma experiência de ruptura, de ele pode sentir essa raiva. 
Retraimento e regressão 
Retraimento é retirar-se do relacionamento com a realidade externa de forma consciente. Se fechar pra si. Retrair-se.
Regressão: seria uma fase de regressão à fase de dependência. O paciente não muito doente, precisamos acolher o retraimento para que possa ocorrer uma regressão. Retraimento é se fechar, evitar contato, dormir durante a sessão, isso não o ira ajudar em nada. Regredir é voltar a algum estado. 
Ex: paciente falso selfie vai regredir algo com o analista que ele nunca tinha vivido na vida dele. A regressão pode corrigir alguma adaptação inadequada de uma necessidade do paciente na fase da infância precoce. O perigo é o analista não estar pronto para acolher essa regressão. 
O ÓDIO (DO ANALISTA) NA CONTRATRANSFERÊNCIA
É normal sentir ódio do paciente, se irritar com ele. Porém, precisamos saber dessa raiva que temos para com o paciente para que ela possa ser trabalhada em análise. Saber o porque daquela raiva mexer com a gente. Precisamos trabalhar dentro da nossa análise para poder ajudar no trabalho psicanalítico desse paciente. Não atuamos essa raiva, ela é consciente e sabemos que estamos sentindo isso. Devemos saber usar o ódio que o paciente psicótico desperta em nós para poder ajudar ele.

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