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AULA DE RADIOTERAPIA.pdf

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RADIOTERAPIA 
Procedimentos
 Procedimentos Clínicos: A avaliação clinica e decisões 
terapêuticas devem ser obtidas e registradas no 
prontuário do paciente antes do início do 
tratamento (nome completo, idade, cor, profissão e 
tudo que julgar necessário).
 Histórico: início a doença, época, sintomas, se faz uso 
de medicamentos, hábitos, doenças anteriores, 
tratamentos anteriores.
 Exames: exame físico completo para 
acompanhamento posterior, exames laboratoriais e 
exames complementares, tais como, RNM, TC, 
cintilografias, Rx.
 Tratamento: tem finalidade variada, como: 
curativa, paliativa, pré-operatória, pós-
operatória, exclusiva, antiálgica e anti-
hemorrágica. 
Lembrando que o tratamento pode ser 
combinado com a quimioterapia para maior 
eficiência. A contra indicação a 
hipersensibilidade à radiação.
 Radioterapia Curativa: Visa à cura do paciente. 
A dose é a máxima permitida que possa ser 
aplicada na área.
 Radioterapia Paliativa: O objetivo é o controle 
local do tumor primário ou de metástase(s) 
sem influenciar a taxa da sobrevida global do 
paciente. Geralmente a dose aplicada é menor 
que a dose máxima permitida para a área.
 Radioterapia Pré-operatória: É a radioterapia 
que antecede a cirurgia, e tem a finalidade de 
reduzir o tumor e facilitar a ressecção tumoral. 
A dose total é menor que a dose máxima 
permitida para a área.
 Radioterapia Pós-operatória: Segue-se 
imediatamente após a cirurgia e tem a 
finalidade de esterilizar possíveis focos 
microscópicos do tumor. A dose total como 
nas anteriores não alcança a dose máxima 
permitida para a área.
 Radioterapia Exclusiva: Significa que não é 
associada a outra(s) modalidade(s) 
terapêutica(s). Pode ter finalidade curativa 
ou paliativa, e pode ter doses máximas ou 
menores.
 Radioterapia Antiálgica: Com finalidade 
especifica de melhora ou diminuição das 
dores. Pode ser aplicada diariamente ou 
doses fracionárias maiores semanais. A dose 
total geralmente é menor que a dose 
máxima permitida para a área.
 Radioterapia Anti-hemorrágica: Usada nos 
sangramentos, hemorragias tumorais. 
PRESCRIÇÃO ESCRITA
a) Plano de dose;
b) Irradiação;
c) Definição do irradiador;
d) Campos;
e) Acessórios;
f) Simulação;
g) Dosimetria Clínica;
h) Revisão Médica.
Plano de dose
- A dose prescrita no volume alvo;
- O fracionamento de dose;
- A dose de cada campo;
- Dose total de tratamento;
- O tempo total de tratamento;
Irradiação
- Teleterapia;
- Braquiterapia;
Definição do irradiador
- Cobalto;
- Acelerador Linear;
Campos 
- Antero-posterior;
- Látero-laterais;
- Angulados;
- Tangenciais;
- Número de campos;
Acessórios
- Deve haver uma oficina para a confecção de 
blocos de proteção individual, moldes, 
máscaras de imobilização, filtros 
compensadores e demais acessórios 
utilizados no tratamento.
- deve dispor de dispositivos de segurança 
próprios relativos a produtos tóxicos 
manipulados.
Simulação
- Todo tratamento de radioterapia deve ser 
antecedido de simulação;
- Toda simulação que usa imagem radiológica 
deve ser documentada;
- Os filmes de simulação devem conter o nome do 
paciente, nº do prontuário e data da simulação;
- Na simulação a imobilização deve ser feita da 
mesma forma com o qual o paciente será tratado;
- O equipamento de simulação deve satisfazer a 
Portaria SVS-MS-453/98 ou que vier substituí-la.
Dosimetria clínica
- Todos os parâmetros de cálculos devem ser 
registrados;
- A ficha técnica de tratamento os cálculos 
para todos os campos e as informações 
relacionadas ao tratamento;
- Todo cálculo deve ser verificado até a 3ª 
aplicação ou até a dose acumulada de 10% da 
dose total;
Revisão médica
- O exame de revisão médica deve ser realizado 
semanalmente com a finalidade de acompanhar a 
evolução do tratamento e de prevenir ou tratar as 
possíveis toxicidades;
- Ao final do tratamento deve ser realizada uma 
avaliação pelo radioterapêuta para verificar a 
aplicação total da dose prescrita e a resposta ao 
tratamento;
- Os pacientes tratados são revisados periodicamente a 
fim de avaliar a resposta ao tratamento aplicado, os 
efeitos agudos e tardios, além de evolução ou controle 
da doença;
- Todos os resultados das avaliações são registrados no 
prontuário do paciente;
CÂNCER E SEUS TRATAMENTOS
Neoplasias:
- É entendida como proliferações anormais de 
células que têm crescimento autônomo e 
tendem a perder sua diferenciação;
- As neoplasias são chamadas de tumores;
- Cancerologia ou Oncologia é a parte da 
Medicina que estuda os tumores;
CÂNCER
- O câncer é caracterizado por um crescimento 
autônomo, desordenado e incontrolado de células que ao 
alcançarem uma certa massa, comprimem, invadem e 
destroem os tecidos normais vizinhos;
- O câncer é uma doença única, mas aproximadamente 
200 doenças distintas, cada uma com suas próprias 
causas, história natural e tratamento;
- Os fatores ambientais (macro e micro) são responsáveis 
por 80% dos tumores malignos, e os fatores genéticos 
pelos outros 20%;
- A cura do câncer é definida como: ausência de tumor 
após o tratamento, por um período de vida tão longo 
como daquele que não teve câncer;
- A cura do câncer depende de um tratamento 
multidisciplinar.
Neoplasias Benignas Neoplasias Malignas
- Em geral não apresentam grandes
problemas para seus portadores;
- Podem causar vários transtornos:
obstrução de órgãos ou estruturas ocas,
compressão de órgãos, produção de
substâncias em maior quantidade;
- As células crescem unidas entre si;
- Não infiltram tecidos vizinhos;
- Formam uma massa geralmente esférica;
- Forma-se uma cápsula fibrosa em torno
do tumor;
- Pode ser removida completamente por
cirurgia;
- Em geral não recidivam após ressecção
cirúrgica;
- As células apresentam alterações
importantes na membrana plasmática,
tornando-as menos aderente entre si;
- Podem se movimentar;
- Infiltram os tecidos adjacentes;
- Penetram em vasos sanguíneos e
linfáticos;
- Podem ser levadas para locais distantes
pelas correntes sanguíneas;
- A remoção completa do tumor é muito
mais complexa e difícil;
- Têm tendência à recidiva local;
Aspecto Morfológico dos tumores:
- Nodulares: forma de uma massa esférica 
expansiva (benigno ou maligno);
- Vegetantes: crescem em superfícies (benigno 
ou maligno);
- Infiltrativos: infiltração maciça da região 
acometida (maligno);
- Ulcerados: forma uma cratera em geral com 
bordas endurecidas, elevadas e irregulares.
Metástases
- É a formação de uma nova lesão tumoral a 
partir da primeira, mas sem continuidade 
entre as duas;
- Metástases só se formam em tumores 
malignos;
- Quando surgem metástases, quase sempre o 
tumor é incurável;
- A primeira manifestação clínica de um 
câncer pode ser uma metástase.
Estadiamento
- Avalia a extensão da neoplasia, onde se 
considera o tamanho do tumor, a existência de 
metástase em linfonodos e em órgãos 
distantes;
- Baseado no Sistema TNM (tumor primário, 
metástase em linfonodos regionais e 
metástase à distância).
Tumor - T
T – tumor primário, caracterizado pela 
extensão da neoplasia no sítio primário e pelo 
envolvimento de estruturas adjacentes:
a) Tx – tumor primário, não pode ser avaliado.
b) T0 – sem evidência de tumor.
c) Tis – tumor in situ.
d) T1-T4 – de acordo com o diâmetro e a 
extensão local.
Metástases em linfonodos regionais - N
a) Nx – linfonodos regionais não podem ser 
avaliados.
b) N0 – sem evidência de metástases regionais.
c) N1-N3 – de acordo com o envolvimento de 
linfonodos.
Metástase à distância - M
a) Mx – não pode ser avaliado.
b)M0 – ausência de metástase à distância.
c) M1 – presença de metástase à distância. 
Diferenciação ou graduação dos tumores
- Refere-se ao grau em que as células neoplásicas 
se parecem com as células do tecido de origem (se 
especializam);
- Bem diferenciado (especializadas) – tumor 
reproduz a estrutura histológica do tecido matriz;
- Moderadamente diferenciado;
- Pouco diferenciado ou indiferenciado – estrutura 
muito diferente da célula mãe. 
- Graduação: 
a) G1 – bem diferenciado = tecido matriz.
b) G2 – moderadamente diferenciado.
c) G3 – pouco diferenciado ou indiferenciado ≠ do 
tecido matriz.
- Diferenciação celular é o processo pelo qual as 
células vivas se "especializam" para realizar 
determinada função. Apesar de diferenciadas, as 
células mantêm o mesmo código genético da 
primeira célula (mãe). A diferença está na ativação e 
inibição de grupos específicos de genes que 
determinarão a função de cada célula.
- Esta especialização acarreta não só alterações da 
função, mas também da estrutura das células.
- O processo inverso também pode ocorrer. Células já 
especializadas, por algum motivo, podem perder a 
sua função, assumindo um estado de crescimento 
exagerado. Esse processo é denominado 
indiferenciação e é o que ocasiona o surgimento de 
neoplasias.
Observação:
Deve-se nortear a escolha do método 
terapêutico para a erradicação da doença com 
máxima preservação da função do órgão 
acometido, sem com isto colocar em risco a 
radicalidade do procedimento terapêutico.
ACESSÓRIOS EM RADIOTERAPIA
- O tratamento de radioterapia normalmente é 
feito de forma fracionada, com aplicações 
diárias, o que implica na necessidade de um 
posicionamento e mobilização adequados 
para reprodutibilidade das características do 
planejamento, durante todo o tratamento.
ACESSÓRIOS EM RADIOTERAPIA
- Os objetos padronizados permitem 
segurança no tratamento, tais como: garantia 
da imobilização, facilitam reprodução e 
posicionamento, maior conforto para o 
paciente e marcação da área a ser tratada e 
principalmente agilidade no posicionamento 
pelo técnico ou tecnólogo, imprimindo 
qualidade à radioterapia no dia-a-dia, levando 
em conta que cada paciente possui 
configurações personalizadas para seu 
tratamento.
Vac Loc Prancha Brainlab
Fonte: Dados fotográficos do autor Fonte: Dados fotográficos do autor
-Vac Loc: Acessório de imobilização, 
preenchido com partículas de polímero 
sintético que assume os contornos do paciente 
ao ser retirado o ar do seu interior. É 
reaproveitável.
- Prancha Brainlab: Acessório de imobilização, 
acessório de cabeça personalizado (altura), 
facilita a reprodução e posicionamento na 
posição AP, material rígido coberto em 
espuma, é confortável.
Apoios de pernas e tornozelos Máscaras estereotáxicas simples
Fonte: Dados fotográficos do autor Fonte: Dados fotográficos do autor 
- Apoios de pernas e tornozelos: Material em 
espuma, os tornozelos devem ser separados 
por um molde que possibilite a imobilização, 
para não ocorrer o giro dos pés ou pernas 
durante a aplicação e apoio de pernas para 
manter a mesma altura diariamente.
- Máscaras estereotáxicas simples: Máscaras 
para fixação da cabeça, tela de material 
plástico. Aquecida, moldada e ajustada na 
cabeça do paciente, sendo o único a usá-la 
devido a personalização de suas 
características.
 
Rampa Tec Molde 
Fonte: Dados fotográficos do autor
Caixas estereotáxicas, frane, apoios de 
cabeça azuis, apoio de cabeça preto 
Brainlab, rampa de mama, caixas de 
presilhas e espaçadores, bases para apoio de 
cabeça.
Fonte: Dados fotográficos do autor
- Rampa Tec Molde: Permite angulação 
desejada da cabeça, tronco e braços, tal como 
sua abertura e inclinação.
- Armário com acessórios: Apoios de cabeça e 
pescoço, presilhas, espaçadores... Permitem 
fixação, angulação, reprodutibilidade e 
conforto ao paciente durante tratamento.
 A imobilização e o posicionamento do 
paciente se tornam crucial quando 
estruturas sensíveis estão perto do volume-
alvo, todo o cuidado deve ser tomado para 
evitar a exposição dos órgãos sensíveis. O 
ideal é que todos os campos sejam tratados 
com o paciente na mesma posição. Deve-se 
ter especial atenção para a mobilidade da 
pele. Quando a projeção dos campos se 
localizarem em tecidos móveis, outros 
pontos de referência devem ser buscados na 
superfície do paciente.
Efeitos agudos da radioterapia
 São denominados efeitos agudos as reações 
apresentadas pelos tecidos durante ou logo 
após o término do tratamento. As principais 
reações agudas são: alteração na integridade 
da pele, fadiga, alterações da nutrição, 
anorexia, alteração da mucosa oral, alteração 
sensorial e gustativa, dificuldade para engolir 
devido esofagite, náuseas e vômitos, alteração 
na eliminação intestinal, diarreia, alteração no 
padrão da eliminação urinária, ansiedade 
devido à radioterapia.
Efeitos tardios da irradiação
São caracterizados por alterações na estrutura 
e no funcionamento de tecidos ou órgãos. 
Geralmente são irreversíveis e podem ser 
progressivos, podem ser: fibrose, necrose, 
ulceração e alterações do tipo atrofia. 
Consideradas efeitos tardios as alterações que 
se desenvolvem após um período superior a 
três meses após conclusão do tratamento, 
frequentemente, o período de latência é 
superior a um ano. 
Efeitos tardios da irradiação
Os efeitos tardios não oferecem a oportunidade de 
ajustes no transcorrer do mesmo. A incidência de 
efeitos colaterais ou complicações variam em 
função de: reparação e re-população celular de 
cada tecido, dose total de irradiação, quantidade 
de doses administradas por fração e volume de 
tecido tratado.
A dose de tolerância é sempre definida levando-se 
em consideração um percentual de risco de 
desenvolvimento da complicação em um prazo 
médio esperado, tipo e severidade do efeito tardio. 
A dose de tolerância é determinada pelo volume 
do órgão tratado.
Volume de tratamento
A radioterapia utiliza margens de segurança mais 
generosas ao redor do volume-alvo. 
A definição de volume tumoral é acompanhada 
de vários compartimentos:
- Doença macroscópica (visível e/ou palpável);
- Micro extensões para tecidos adjacentes;
- Doença subclínica (presume-se estar presente, 
mas, não detectável mesmo na microscopia).
Volume de tratamento
a) GTV: Volume Tumoral Grosseiro, toda doença 
grosseiramente palpável ou visível, incluindo 
aumentos anormais de nódulos linfáticos 
regionais;
b) CTV: Volume Tumoral Clinico, acompanha o 
GTV e mais doença microscópica subclínica.
c) PTV: Volume Tumoral Planejado, adição de 
margens em torno do CTV para possibilitar as 
variações nas modificações dos campos durante 
tratamento.
Volume de tratamento
GTV
CTV
PTV

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