Buscar

EXAMES BIOQUÍMICOS NUTRIÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 67 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXAMES 
LABORATORIAIS 
Disciplina: Avaliação Nutricional Avançada 
Profª Nathalia Scrafide 
Exames laboratoriais 
 
 
Parecer Técnico CRN-3 Nº 03/2014 
Solicitação de Exames laboratoriais pelo nutricionista. 
A solicitação de exames laboratoriais faz parte da prática 
clínica do nutricionista e está prevista pela Lei Federal 
8234/91 em seu artigo 4º, Resolução CFN nº 306/03, 
Resolução CFN nº 380/05 e Resolução CFN nº 417/08. 
 
 
 
Exames laboratoriais 
 
 
O CRN-3 esclarece e orienta: 
• A definição dos exames bioquímicos que o nutricionista 
solicita está na dependência do objetivo pretendido e do 
diagnóstico nutricional, momento e tipo de tratamento 
dietoterápico em que o paciente se encontra. 
 
• A periodicidade dessa solicitação decorre do 
acompanhamento da evolução nutricional do paciente. 
Exames laboratoriais 
 
 
 O nutricionista deve considerar os diagnósticos, laudos e 
pareceres e, sempre que pertinente, definir outros exames 
laboratoriais com os demais integrantes da equipe; 
 
 A interpretação dos exames laboratoriais deve ser considerada 
juntamente com outros indicadores diretos e indiretos para 
obtenção da avaliação nutricional; 
 
 A identificação profissional deve estar de acordo com o Código de 
Ética do Nutricionista, portanto faz-se necessário informar a 
profissão, nome, número de inscrição no Conselho Regional de 
Nutricionistas e respectiva jurisdição. 
Processo diagnóstico 
Exemplo: FADIGA 
Importância da Avaliação 
• DIAGNÓSTICO PRECOCE: Identificar possíveis 
distúrbios antes que haja manifestação clínica; 
• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL; 
• ESTÁGIO OU ATIVIDADE: Saber o grau de 
comprometimento do paciente e orientar corretamente 
a conduta dietética; 
• CONFIRMAR OU EXCLUIR HIPÓTESES 
DIAGNÓSTICAS; 
• NORTEAR A PRESCRIÇÃO; 
• MONITORAMENTO; 
• AVALIAR FATORES DE RISCO. 
Qual exame solicitar ? 
• Qual indicação do exame solicitado? 
• Quais mecanismos fisiopatológicos explicam o 
resultado? 
• O que significa o exame solicitado no contexto geral 
do paciente? 
• Tenho conhecimento técnico para interpretar o 
resultado e aplicar na minha prática clínica? 
• Qual a relação custo x benefício? 
Lembrando que: 
• Os exames laboratoriais servem de instrumentos para: 
 
- Auxiliar na hipótese diagnóstica; 
- Podem ser utilizados como medida preventiva (ex: exames 
de glicemia que pode indicar um pré diabético); 
- Auxilia na conduta dietoterápica; 
- Uma das ferramentas para avaliar a eficiência de sua 
conduta. 
 
* Não devemos nos esquecer de que quem faz o diagnóstico 
clínico é o Médico. 
Exames laboratoriais 
 
 
 Os exames laboratoriais de hematologia e 
bioquímica clínica de interesse para o diagnóstico 
nutricional e acompanhamento da evolução do paciente, 
podem ser: 
 Exames laboratoriais utilizados em avaliação 
nutricional: hemograma completo, proteínas totais, 
proteína ligadora de retinol, índice creatinina-altura 
(ICA); 
Série Vermelha: 
Eritrócitos (ou hemácias): avaliação do número e aspecto. Podem apresentar 
alterações de tamanho, formato e coloração. 
Hemoglobina (Hb): proteína presente no eritrócito (carrega O²). Um litro de 
sangue contém cerca de 15 g de hemoglobina; 1 g de hemoglobina pode 
transportar 1,34 mℓ, de O², ou seja, 1 ℓ, de sangue pode transportar cerca de 
200 mℓ, de O². 
Hematócrito: avalia % de hemácias que pode estar diminuída por redução da 
síntese (doença renal, hemorragias) e/ou por perdas (hemólise, queimadura, 
hemorragias). 
Volume Corpuscular Médio (VCM): representa tamanho das hemácias e é o 
melhor indicador para classificar anemias. 
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): média da Hb por eritrócito. 
Concentração de Hb corp. média (CHCM): concentração de Hb em 100ml de 
hemácias. Normocrômica, hipocrômica e hipercrômica. 
RDW = variação na distribuição do volume dos eritrócitos (red cell distribution 
width). 
Índices 
Hematimétricos 
Anemia por deficiência de ferro (microcítica 
e hipocrômica 
Anemia macrocítica 
VCM Baixo Alto 
HCM Baixo Alto 
CHCM Baixo ------------ 
Série Vermelha: 
 RDW normal RDW alto 
VCM 
baixo 
Doença crônica 
Talassemia 
Deficiência de ferro 
Fragmentação de células vermelhas 
Talassemia 
VCM 
normal 
e HB 
Doença crônica 
Hemorragia 
Quimioterapia 
Leucemia mielóide ou linfóide 
Transfusão 
Hemoglobinopatia (falciforme) 
Deficiência prococe de ferro ou de folato 
Hemoglobinopatia (falciforme) 
Mielofribose 
 
VCM 
alto 
Anemia aplástica 
Pré-leucemia 
Deficiência de folato ou de vitamina B12 
Anemia hemolítica 
Leucemia 
Tipos de Anemias 
Anemia Características 
Hemolítica Anemias agudas ou crônicas, herdadas ou adquiridas, 
caracterizada pelo encurtamento da sobrevivência das 
hemácias adultas e incapacidade da medula em compensar a 
redução. 
Hipocrômica Redução desproporcional de hemoglobinas. 
Macrocítica Hemácias maiores do que as normais pelo aumento do VCM e 
HCM. 
Megaloblástica (vitamina 
B12 e ácido fólico) 
Presença de magaloblastos na medula óssea. 
Microcítica Redução no tamanho das hemácias. 
Perniciosa (vitamina B12) Megaloblásticas que afeta adultos e idosos devido 
incapacidade da mucosa gástrica em secretar o fator 
intrínseco adequado e potente, o que resulta em má absorção 
de vitamina B12. 
Por deficiência de ferro Depósitos de ferro deficientes ou ausentes, baixa 
concentração sérica de ferro, baixa saturação de transferrina, 
baixa concentração de hemoglobina ou baixo hematócrito e 
hemácias microcíticas e hipocrômicas. 
Exemplo de Hemograma: série 
vermelha 
• Sexo feminino 
 
• Resultado: 
Eritrócitos............. 4,38 milhões/mm 
 
Hemoglobina........... 10,8 g/dL 
Hematócrito............ 36% 
 
VCM........................ 82,2 
HCM........................ 26,9 
CHCM...................... 32,8% 
RDW....................... 13,8% 
Valor de referência 
Mulheres: 4.500.000 – 5.500.000 
mm3 
Homens: 3.800.000 – 5.000.000 mm3 
Mulheres: 11,5 – 15 g/dL 
Homens: 13,5 – 16,5 g/dL 
Mulheres: 36 – 45% 
Homens: 39 – 50% 
80 – 95 fl 
27 – 34 pg 
30 – 35% 
10 – 14% 
Série branca: Leucócitos = defesa do 
organismo 
Leucócitos = granulócitos (neutrófilo, basófilo e eosinófilo) 
 linfócito 
 monócito 
 
Série leucocitária: diagnóstico ou acompanhamento de infecções e 
inflamações. 
 
CTL: (Contagem Total de Linfócitos) indica defesa celular e reservas 
imunológicas momentâneas. 
Plaquetas: 
Trombócitos: inclui contagem de plaquetas e sua avaliação 
morfológica. 
 
Trombocitopenia: redução de plaquetas (anemia megaloblástica, etc.) 
 
Trombocitose: elevação (leucemia, hemorragia, anemia ferropriva, 
inflamação, esplenectomia (remoção completa ou parcial do baço) ) 
 
Pancitopenia: redução na quantidade de eritrócitos, leucócitos e 
plaquetas. 
 
Albumina 
Pré-albumina 
PTN carreadora de retinol 
(RBP) 
PCR 
 Avalia capacidade do corpo em converter alimentos em 
componentes corporais (nutrientes, metabólitos, enzimas) 
 
Avaliação das Reservas Viscerais 
 
A utilização das proteínas séricas como instrumento de avaliação 
de desnutrição em pacientes gravemente enfermos tem sido um 
medidor confiável. 
A síntese das proteínas hepáticas depende de aminoácidos 
disponíveis, e o paciente com desnutrição terá essa deficiência em 
seu organismo, assim, o metabolismo protéico hepático responde 
mais ao estímulo fisiológico associado à doença do que variações 
na ingestão. 
Só depois de descartar presença de doença é quea ingestão 
alimentar passa a ser fator que afeta o E.N. 
Baseia-se em análise de sangue e urina: 
SANGUE: + centrifugação SORO 
 + gel anticoag. + centrif. PLASMA 
 
 
Volume total (adulto): 5 a 6L (18% do peso) 
Plasma: líquido que sobra após centrifugação (sem coagular). 
Soro: obtido pela coagulação do sangue antes de remover células. 
Maioria dos testes é feita no soro, pois após centrifugar, células se 
precipitam e se separam do plasma. 
Análises sanguíneas: usadas para diagnóstico e/ou 
acompanhamento dos problemas de saúde. 
URINA 
Água 
+ sais orgânicos (Na, K, Ca, Mg, amônia, cloreto, fosfatos, sulfatos) 
+ compostos orgânicos (restos do metabolismo) 
Volume normal: 600 a 2500ml/dia 
pH normal: 5,5 a 7,5 
Vitaminas hidrossolúveis: podem ser excretados dependendo da 
ingestão. 
PADRÕES DE REFERÊNCIA 
• Valores sugeridos de normalidade ou apropriados para a idade; 
• Cada laboratório estabelece padrões de referência e 
procedimentos para um teste; 
• Pode ser inadequado comparar resultados de laboratórios 
diferentes. 
RESERVAS PROTEICAS PLASMÁTICAS 
 
Proteínas presentes na circulação: 
• albumina 
• transferrina 
• transtiretina 
• Ptn carr. de retinol 
• fibronectina 
• Somatomedina C 
• 3 metilhistidina 
• Creatinina-altura 
 
PLASMA: 60 a 80g/L de PTN 30 a 50g são albumina 
 15 a 30g são mistura de globulinas 
Proteínas Totais: albumina (60%) e globulinas (40%) 
**Não indicam estado da proteína visceral pois globulinas são pouco sensíveis. 
Mais sensíveis à 
mudanças do EN, 
pois 
concentrações 
mudam mais 
rápido 
Albumina: 
 
- No estágio inicial da desnutrição não é bom indicador do E.N., nem 
para avaliar resposta à terapia nutricional; 
- Vida-média longa: 19-21 dias (mau indicador de alterações rápidas no 
E.N.); 
- Limitação em pacientes que utilizam nutrição parenteral, pois é 
administrada na solução; 
-Transportadora universal (metais, íons, enzimas, metabólitos, 
hormônios, fármacos, aminoácidos, ácidos graxos). 
- Mais utilizada (ferramenta de triagem prognóstica); 
- Pode ser alterada por fatores não nutricionais; 
- Sofre impactos da resposta inflamatória (queda), cirurgias/injúrias 
(queda); 
 
 
Albumina: 
Aumento: 
Desidratação 
Uso de medicamentos: 
- Esteróides anabólicos 
- Androgênicos 
- Corticosteróides 
- GH 
- Insulina 
- Fenazopiridina (analgésico urinário) 
- Progesterona 
- Dextran (expansor do volume 
circulante em hemorragias agudas) 
Diminuição: 
- Sobrecarga hídrica 
- Insuficiência pancreática, má-absorção; 
- Ingestão alim. Inadequada 
- Necessidade protéica aumentada: 
hipertireoidismo, gestação 
- Perdas protéicas: queimaduras, úlceras 
de decúbito, hemorragias, síndrome 
nefrótica 
- AIDS 
- Edema, infusão endovenosa excessiva 
- Catabolismo aumentado: Ca e trauma 
- Doença inflamatória 
- Uso de medicamentos: íons amônio, 
estrogênios, hepatotóxicos, contracept. 
orais 
Normal: 3,5– 5,0 g/dl 
 Depleção leve: 3 – 3,4 g/dl 
 Depleção moderada: 2,1 – 2,9 g/dl 
 Depleção grave: < 2,1 g/dl 
Transferrina Plasmática: 
- Marcador de depleção de proteína visceral (Exame caro. Melhor uso 
para avaliar metabolismo de Fe, não do estado protéico); 
- É uma β-globulina (0,3 a 0,5%) das proteínas totais; 
- vida média: 8 a 10 dias (vantagem em relação à albumina). 
 
- Responsável pela absorção e transporte de Fe (liga-se com Ferro 
férrico (Fe+3): usada para avaliar o metabolismo do Fe e investigar 
anemias microcíticas. 
• medula óssea (na síntese de Hb) 
• células retículo-endoteliais do fígado (estoque) 
• cél. mucosa gastrointestinal (p/ incorporá-la em enzimas) 
• Após correção de anemia: últimos índices a retornarem ao normal 
Transtiretina (pré-albumina): 
- Não é precursora da albumina (apenas aparece antes no teste de 
eletroforese de ptn); 
- transportadora de tiroxina (hormônio tireóide – T4); 
- classe de metabolismo rápido: vida média: 2 a 3 dias; 
- altera-se em infecções e inflamação; 
- indicador sensível de def. protéica e de resposta a intervenção 
alimentar devido à vida média bem curta; 
- Reduz drasticamente na restrição calórica e um pouco menos na 
restrição protéica. 
 
- normal: 15,1 a 42mg/dL; depleção leve: 10 a 15mg/dL 
- depleção moderada: 5,0 a 9,9mg/dL depleção grave: <5mg/dL 
Proteína carreadora de retinol (RBP): 
- síntese no fígado e excretado pelos rins; 
- transporta retinol no sangue, do fígado para tecidos periféricos; 
- indicador sensível da restrição protéico-calórica (queda após 48 a 72h); 
- mais sensível para avaliar estado protéico (não afetada pela resposta 
inflamatória como a albumina, transferrina e transtiretina); 
- pode ser indicador mais confiável do E.N. em estresse (cirurgia, trauma); 
- vida média: 10 a 12 horas; 
- em insuficiência renal crônica: deixa de ser indicador confiável (quase todos 
os indicadores protéicos séricos estão aumentados). 
 
- doença hepática avançada: não confiável (fígado tem reservas altas e libera 
estoque quando doença progride). 
Fibronectina 
- característica: deposição em locais de injúria e inflamação; 
- importante para cicatrização de feridas e manutenção da 
permeabilidade vascular; 
 
- vida média: 12 a 15 horas (resposta rápida ao aporte nutricional) 
 
- correlação com balanço nitrogenado e ingestão protéica 
 
- níveis diminuídos: desnutrição, trauma, sepse e queimaduras 
 
- no estresse agudo ou inflamação: pode não ser confiável como 
indicador nutricional. 
Aminoácidos plasmáticos e intracelulares: 
 Objetivo: refletem ingestão de ptn e responde rápido à reposição protéica 
- Ptn não são armazenadas no corpo em células particulares; 
- mobilização parcial de proteína após jejum curto ou prolongado; 
- jejum prolongado: proteínas plasmáticas são hidrolisadas à aminoácidos 
(principalmente albumina); 
 
- fígado, pâncreas, mucosa intestinal (tec. metabolismo rápido): perdem 
rapidamente proteína; 
- músculo (maior reserva): perda + lenta; 
- Sangue: último compartimento a ser alterado quanto à Aas; 
- medidas intracelulares mais específicas na avaliação das reservas de AA do 
que as sanguíneas. 
Proteína -C reativa (PCR): 
 Síntese: fígado 
 
- Indicador sensível de inflamação ([ ] sérica até 1000 vezes); 
- Ptn de fase aguda da resposta inflamat. qto + grave inflamação > produção e 
concentração sanguínea; 
- aumento nas infecções e doenças infecciosas bacterianas (não nas virais); 
- função exata não está totalmente clara; 
- pacientes renais podem ter índices elevados normalmente; 
- marcador de risco cardiovascular: monitora pacientes com infarto agudo do 
miocárdio; 
- pode ser tão boa preditora da arterosclerose quanto Colesterol Total. 
• Albumina: má nutrição grave 
 
• Transferrina: má nutrição (mais confiável que albumina 
para parâmetro nutricional). Transporta Fe = usada para 
avaliar o metabolismo do Fe. 
 
• Pré-albumina: depleção aguda 
 
• Proteína C–reativa: processos inflamatórios 
 
• Proteína ligada ao retinol: depleção aguda 
Fatores associados ao aumento dos níveis séricos da PCR 
Infarto agudo do miocárdio 
 Febre reumática aguda 
 Meningite bacteriana 
 Doença de Crohn 
Rejeição ao transplante de rim ou de medula óssea 
 Lúpus eritematoso 
 Doenças malignas 
 Infecções de ferida operatória 
 Infarto pulmonar 
 Artrite reumatóide 
 Necrose tissular ou trauma 
 Tuberculose 
 Infecções do trato urinário 
Vasculites 
Uso de contraceptivos orais 
ObesidadeFonte: Martins, 2008. 
Índice creatinina-altura 
3-Metil 
histidina urinária 
Principais indicadores de proteína somática 
(indicam proteína muscular): 
Exames indicadores de proteínas somáticas: 
• Músculo esquelético fornece aminoácidos (para gliconeogênese) durante as 
situações de estresse. 
 
• Aumento das perdas urinárias de nitrogênio; 
 
Índice de creatinina-altura (ICA): avalia massa protéica muscular, sendo 
necessário obter volume urinário: 
 
• Depleção protéica leve: 60 a 80% 
• Moderada: 40 a 60% 
• Grave: menor que 40% 
• Normal: 90 a 100% 
 
3-metilhistidina: avalia massa protéica muscular, sendo necessário obter volume 
urinário: 
 
• Adultos saudáveis: 1,3 a 7,8 µmol/kg/dia 
• Trauma e sepse: 6,3 µmol/kg/dia (mulheres) e 11,8 µmol/kg/dia (homens) 
• Sem padrão de referência para a interpretação da excreção de 3-metilhistidina 
Exames indicadores de proteínas somáticas: 
Desvantagens (3-metilhistidina e creatinina-altura): 
- grande variabilidade intra-individual (10 a 20%); 
- coleta de urina de 24h devem ser realizadas precisamente em horários 
definidos; 
- Dieta isenta de carne; 
- Interferem nos resultados: sexo, idade, condicionamento físico, exercício 
recente, lesões, hipercatabolismo, alteração nas funções renais e hidratação. 
 
Vantagens: 
- não invasivos 
- custo baixo 
- boa acurácia 
 
 
ICA (%)= creatinina urinária (mg) X 100 
 *creatinina urinária ideal (mg) 
 
 
 
• ICA não é indicado para insuficiência renal, fase aguda do pós 
trauma, atividade física intensa e alta ingestão de carne. 
 
*de acordo com tabela de referência: 
Coeficiente de creatinina: homens = 23 mg/kg peso corporal 
 mulheres= 18 mg/kg peso corporal 
Normal: 90 a 100% 
Depleção protéica leve: 60 a 80% 
Moderada: 40 a 60% 
Grave: menor que 40% 
Excreção Urinária e Balanço Nitrogenado 
• Excreção urinária: única que reflete proteínas somáticas e viscerais; 
• Reflete processos anabólicos e catabólicos. 
 
- excreção uréia urinária: ∆ enfermo: presença e grau de catabolismo 
 ∆ saudável: ingestão PTN horas antes 
 
BALANÇO NITROGENADO: estima metabolismo protéico (diferença entre 
aporte e perdas de N²) 
 
Em balanço: ingestão de N² = excreção (urina, suor e fezes) 
 BALANÇO NITROGENADO: 
 
 
Balanço Nitrogenado Positivo: ingestão de N² > que excreção 
 Associado ao crescimento, gestação, convalescença. 
 
 
Balanço Nitrogenado Negativo: ingestão de N² < que excreção 
 Associado jejum prolongado, queimaduras, cirurgias e traumas. 
Classificação do grau de estresse metabólico 
Nitrogênio Uréico Urinário 
(g/dia) 
 Grau de catabolismo 
< 5 Normal e na privação alimentar 
5 – 10 Discreto (ex: cirurgia) 
10 – 15 Moderado (ex: politrauma) 
> 15 Intenso (ex: sepse) 
 
Exemplo: indivíduo com excreção de uréia urinária = 17g em 24 h 
Método de Blackburn et al: como cada 100g de uréia contém 46,66g de N2, então 17g 
de uréia contêm 7,9g de N2. Ou seja, a excreção de N2 referente à uréia da urina foi de 
7,9g neste dia. 
Classificação: discreto 
Fonte: Martins, 2008. 
Estado Nutricional e Resposta Imunológica 
E.N. está diretamente correlacionado à resposta imunológica, por isso, 
imunocompetência pode ser utilizada como indicador funcional do EN. 
 
Imunidade celular: defesa intra-celular; decorrente da ação de linfócitos T. 
Age em locais inacessíveis aos anticorpos circulantes, contra microrganismos 
intracelulares (vírus e bactérias) que sobrevivem e se proliferam dentro de 
células do hospedeiro. 
 
Imunidade humoral: principal mecanismo de defesa contra microrganismos 
extracelulares e suas toxinas. 
Mediada por linfócitos B produzem anticorpos. 
 
Alterações nos diferentes parâmetros imunológicos com alterações do EN: 
contagem de linfócitos e provas de hipersensibilidade cutânea. 
Resposta de Hipersensibilidade do Tipo Tardio (RHTT): método 
mais simples e eficaz para a avaliação da imunidade mediada por 
células. 
 
São reações locais (resposta inflamatória) mediadas por células que 
são estimuladas apenas em indivíduos sensibilizados por meio da 
administração cutânea de um determinado antígeno. 
 
A RHTT pode ser mensurada como uma enduração epidermal 24-48h 
após a aplicação do antígeno, o que reflete o efeito integrado da 
resposta imune mediada por células. 
 
A reação é considerada positiva quando há a formação de pápula igual 
ou superior à 5 mm de diâmetro. 
 
Os antígenos mais utilizados são: tuberculina (tuberculose), Candidina 
(candida albicans), tétano, difteria e tricofitina (fungos). 
Alergia: hipersensibilidade imunológica a um estímulo externo 
específico. 
Anergia (ou inativação funcional): reconhecimento fraco ou ausente 
dos antígenos. 
 
Anergia cutânea está associada a uma série de condições como: 
infecções sistêmicas agudas ou crônicas, deficiência de linfócito T, 
doenças autoimunes, desnutrição grave e condições que levam a 
imunossupressão: câncer, medicação imunossupressora e doenças 
renais. 
Enduração 
LINFÓCITOS SANGUÍNEOS: maior função é a de combater infecção contra 
corpos estranhos. 
Leucócitos = neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. 
Contagem: 
1) Número total de leucócitos em 1mm3 de sangue venoso periférico 
2) Contagem por % de cada tipo de leucócito presente 
Componentes da contagem de leucócitos (leucograma) 
Contagem diferencial Absoluta (por mm3) Porcentagem (%) 
Neutrófilos 2500 – 80000 55 - 70 
Linfócitos 1000 – 40000 20 – 40 
Monócitos 200 – 700 2 – 8 
Eosinófilos 50 – 500 1 - 4 
Basófilos 25 - 100 0,5 – 1,0 
Resposta Imunológica 
Situações associadas à alteração dos leucócitos 
Leucocitose (aumento) Leucopenia (diminuição) 
Estresse 
Infecção 
Inflamação 
Leucemia neoplásica 
Necrose de tecido 
Trauma 
Medicamentos: adrenalina, alopurinol, 
aspirina, clorofórmio, epinefrina, 
esteróides, heparina, quinina, 
trianterene 
AIDS 
Deficiência alimentar 
Doença auto-imune 
Falência da medula óssea 
Infecção grave 
Infiltração da medula óssea 
Medicamentos: quimioterápicos, 
antibióticos, anticonvulsivantes, anti-
histamínicos, arsênicos, barbitúricos, 
diuréticos, antitireoidianos, corticóide, 
sulfonamidas 
Granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos 
- Atacam e eliminam microorganismos e tecidos mortos. 
Neutrófilos 
Eosinófilos e basófilos 
Principais células fagocíticas 
 
 + abundantes na fagocitose 
 Aumentado em infecções bacterianas 
agudas e trauma. 
Reações alérgicas 
Monócitos: 
- Células fagocíticas (combate as bactérias) 
- Secretam citocinas que controlam resposta imune 
- Prednisona ( corticoide) diminui monócitos 
 
Monocitose (aumento): 
- Distúrbios inflamatórios crônicos 
- Infecções viróticas 
- Tuberculose 
- Colite ulcerativa crônica 
 
Linfócitos: combatem infecções bacterianas crônicas e 
viróticas agudas. 
Contagem Total de Linfócitos (CTL): 
Desnutrição: 
Depressão das respostas imunes do paciente; 
Diminuição de substrato para produção de imunoglobulinas e células 
de defesa; 
Pode ser alterada por fatores não nutricionais; 
Não é indicador específico de E.N. pois pode reduzir com idade, AIDS, 
radioterapia, uso de imunosupressores, quimio; 
Interpretação deve ser feita com cuidado. 
CTL = % linfócitos x leucócitos / 100 
Normal: 1500 – 5000 / mm3 
Depleção leve: 1200 – 2000 / mm3 
Depleção moderada: 800 – 1199 / mm3 
Depleção grave: < 800 / mm3 Bottoni e 
cols., 2000Exames laboratoriais 
 
  Exames bioquímicos para avaliação e acompanhamento 
de doenças cardiovasculares: triglicérides, colesterol 
total, HDL, LDL, VLDL; 
 
 Exames utilizados para acompanhamento de doenças 
endócrinas: glicemia, teste oral de tolerância à glicose, 
insulina, peptídeo C, hemoglobina glicada; 
Exames laboratoriais 
 
 
 Exames para avaliação da tireóide: tiroxina (total e 
livre), triiodotironina, hormônio estimulador da tireóide 
(TSH); 
 
 Exames utilizados para acompanhamento de doenças 
renais: gasometria, uréia, creatinina, sódio, cálcio (total e 
iônico), potássio sérico, fósforo sérico, magnésio sérico, 
ácido úrico, oxalato, citrato, proteína; 
Exames laboratoriais 
 
 
 Exames laboratoriais para acompanhamento de doenças 
hepáticas: alanina aminotransferase (ALT); aspartato 
aminotransferase (AST), gama glutamiltransferase 
(GGT), bilirrubina; 
 Exames laboratoriais para acompanhamento de anemia: 
ferro, transferrina, ferritina, capacidade total de ligação do 
ferro; 
 Acompanhamento laboratorial de carências específicas 
advindas de cirurgia bariátrica: vitamina B12, ácido 
fólico, cálcio total e ferro. 
MATERIAL EXTRA 
IDADE DEFICIENTE BAIXO ACEITÁVEL 
0 a 11 meses ----- < 2,5 > 2,5 
1 a 5 anos < 2,8 < 3,0 > 3,0 
6 a 17 anos < 2,8 < 3,5 > 3,5 
Adulto < 2,8 2,8 – 3,4 > 3,5 
Gestante (1º trimestre) < 3,0 3,0 – 3,9 > 4,0 
Gestante (2º e 3º 
trimestre) 
< 3,0 3,0 – 3,4 > 3,5 
Albumina – mg% 
Proteína Total – mg% 
RESULTADO CLASSIFICAÇÃO 
8,0 – 6,0 normal 
6,0 – 6,5 depleção leve 
5.3 – 6,0 depleção moderada 
< 5,3 depleção severa 
Sauberlich Dowdy, 1974 
Grant e col (1981) 
Hemoglobina – g/100ml 
CLASSIFICAÇÃO 
SEXO ACEITÁVEL MODERADAMENTE 
REDUZIDO 
GRAVEMENTE 
REDUZIDO 
Masculino > 12 12,0 – 10,0 < 10,0 
Feminino > 10 10,0 – 8,0 < 8,0 
Grant e col (1981) 
Hematócrito - % 
CLASSIFICAÇÃO 
SEXO ACEITÁVEL MODERADAMENTE 
REDUZIDO 
GRAVEMENTE 
REDUZIDO 
Masculino > 36 36 – 31 < 31 
Feminino > 31 31 – 24 < 24 
Grant e col (1981) 
Transferrina 
Transferrina = (0,8 X CTLF* ) – 43 
•CTLF = capacidade total de ligação como ferro 
CLASSIFICAÇÃO RESULTADOS 
normal Acima de 200 mcg % 
depleção leve De 150 a 200 mcg % 
depleção moderada De 100 a 149 mcg % 
depleção severa Menor que 100 mcg % 
Grante e col (1981) 
Pré Albumina – mg% 
RESULTADO CLASSIFICAÇÃO 
> 15 normal 
15 – 10 depleção leve 
10 – 5 depleção moderada 
< 5 depleçãp severa 
Grante e col (1981) 
 PROTEÍNA FIXADORA DE RETINOL 
VALORES INFERIORES A 3mg/100 ml DEMONSTRAM PERDA DE MASSA VISCERAL 
Diagnóstico e Monitoramento do Diabetes 
Mellitus 
1- Glicose na Urina (Glicosúria) – método complementar 
• Quando o nível de glicose for > 180mg/dL no plasma, a glicose 
pode ser eliminada pela urina. 
• O limiar renal de glicose aumenta com a idade. 
• O nível de glicose na urina não reflete o nível exato de glicose 
sanguínea no momento da análise. 
 
2- Cetonas na Urina/Plasma – exame complementar 
• Os corpos cetônicos podem acumular-se no plasma de um 
paciente diabético. 
• Sua presença não diagnostica cetoacidose. O aumento de corpos 
cetônicos no sangue aumenta a acidose (excesso de ácido no 
sangue) diminuindo o pH. A variação de pH pode levar a necrose 
das células. 
• Podem estar presentes em um jejum prolongado. 
3- Glicose Sanguínea (Glicemia) – principal exame 
• Determinação dos níveis sanguíneos de glicose no jejum (de pelo 
menos 10h): 
– Valores Normais= <110mg/dL (< 6,1 mmol/L) 
– Intolerância à Glicose= > 110 e < 126mg/dL 
– Diabete ≥ 126mg/dL (duas ocasiões). 
• Determinação dos níveis sanguíneos de glicose casual: 
– Diabete: ≥ 200mg/dL. 
• No sangue venoso: < 5,0 mmol/L 
 
4-Teste oral de tolerância à glicose/Curva Glicêmica 
• A última contagem é feita com 120min 
• Normal: <140mg/dL 
• Intolerância à glicose: ≥ 140 e < 200mg/dL 
• Diabético: ≥ 200mg/dL 
Indicações do TOTG: 
• Glicose sanguínea em jejum, ou pós-prandial no limiar. 
• Glicosúria persistente. 
• Mulheres grávidas com história familiar de diabete mellitus 
• Glicosúria em mulheres grávidas 
5- Microalbuminúria 
• Teste feito em pessoas com diabetes Mellitus para verificar se há 
lesão de néfrons 
• Taxa de excreção intermediária do normal (2,5-25mg/dia) e a 
macroalbuminúria (>250mg/dia). 
• Determina a nefropatia diabética precoce e reversível. 
 
6- Hemoglobina glicosilada (Hb A1c) – Glicose ligada à hemoglobina 
• Quando a glicose vai se ligando às proteínas do sangue por 
haver grandes quantidades de glicose no sangue. 
• Usado no controle glicêmico por um período de 2 a 3 meses 
antes do teste de glicemia comum. 
• Valores normais: 4 a 6%. Se passar disso é indicador de 
diabetes. O diabetes controlado deve estar entre 6 e 7%. 
Valores de Referência das Frações 
Lipídicas 
 TRIACILGLICEROL 
• Desejável: < 150 mg/dL 
 
VLDL 
• Desejável: < 30 mg/dL 
 
COLESTEROL TOTAL 
• Desejável: < 200 mg/dL 
• Limiar de alto risco:200-239 mg/dL 
• Alto risco: ≥ 240 mg/dL 
 
LDL 
• Desejável: < 130 mg/dL 
• Limiar de alto risco:130-159 mg/dL 
• Alto risco: ≥ 160 mg/dL 
 
HDL 
• Alto risco: < 35 mg/dL 
 Avaliação dos principais íons 
Hipernatremia 
• Aumento da concentração de sódio no soro. 
• Valor de referência: 135 - 145 mmol/L. 
 
Causas: 
• Perda de água em um paciente que não consegue 
beber 
• Perda tanto de sódio quanto de água (ex: 
cetoacidose diabética, sudorese excessiva ou 
diarréia) 
• Ingestão excessiva de sódio 
• Perda de água leva ao aumento da concentração de 
sódio 
• Tratamento: H2O 
Hiponatremia 
 
• Diminuição da concentração de sódio no soro e aumenta a 
concentração de água. 
• Valor de referência: 135 - 145 mmol/L. 
 
Causas: 
• 1- Retenção de água: 
Ex: Infecções, câncer, trauma e Síndrome da inadequada secreção 
de hormônios antidiurético. 
Ex: Insuficiência cardíaca e Hipoalbuminemia 
• 2- Perda de Sódio: 
• a) ocorre a hipotensão e não tem edema 
• b) ocorre no paciente com perda de liquido gastrointestinal ou 
renal 
• A hipotensão (diminuição da pressão arterial) sem edema 
acontece em casos de vômito, diarréia, excesso de transpiração e 
nos atletas. Deve ser tratada com H2O + Na. 
Hipercalemia (aumento de potássio no sangue) 
• Aumento da concentração de potássio no soro 
• Valor de referência: 3,5 - 5,0 mmol/L. 
 
Causas: 
• Insuficiência renal e acidose 
• Liberação de potássio de células lesadas (lesão muscular, câncer, 
processo inflamatório) 
• Potássio elevado indica lesão grave. 
• Tratamento: neutralizar potássio com Cloreto de Cálcio 
 
Hipocalemia 
• Diminuição da concentração de potássio no soro 
• Valor de referência: 3,5 - 5,0 mmol/L. 
 
Causas: 
• Perdas gastrointestinais (vômitos/diarréias) 
• Perdas renais: diuréticos e aumento da aldosterona (um 
antidiurético que retém Na e H2O. 
• Alcalose - o potássio sai do sangue para neutralizar os íons CH- 
do interior das células 
Hiperuricemia 
Sexo Ác. Úrico 
Homem até 7 mg/dl 
Mulher até 6 mg/dl 
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL EM CRIANÇAS 
VARIÁVEIS VALORES 
Proteína total (g/dl) 6,2 a 8,0 
Albumina sérica (g/dl) 4 a 5 
Cálcio total (mg/dl) 8,8 a 10,8 
Sódio (mEq/l) 138 a 145 
Colesterol total (mg/dl) 120 a 200 
HDL colesterol (mg/dl) 0 a 12 anos: 30 a 65 
Triglicérides (mg/dl) 0 a 5 anos: 30 a 99 
6 a 11 anos: 31 a 114 
Creatinina (mg/dl) Lactentes: 0,2 a 0,4 
Criança: 0,3 a 0,7 
Eritrócitos (milhões de cel/mm³) 6 meses a 2 anos: 3,7 a 5,3 
2 a 6 anos: 3,9 a 5,3 
6 a 12 anos: 4,0 a 5,2 
Glicose (mg/dl) RN: 1 dia – 40 a 60 
RN: > 1 dia – 50 a 90 
Criança: 60a 100 
Hemoglobina (g/dl) 2 meses: 9 a 14 
6 a 12 anos: 11,5 a 15,5 
Hb glicolisada (% total Hb) 5,6 a 7,5 
VCM - Volume corpuscular médio (fl) 6 meses a 2 anos; 70 a 86 
6 a 12 anos: 77 a 95 
HCM – Hemoglobina Corpuscular média (pg) 6 meses a 2 anos: 23 a 31 
6 a 12 anos: 25 a 33 
EXAMES BIOQUÍMICOS - Crianças 
• Proteínas séricas que podem ser utilizadas na avaliação 
da condição nutricional 
Fonte: Koletzko, 2008. 
EXAME VALORES NORMAIS CONSIDERAÇÕES 
Albumina Pré-termo: 2,5-4,5 g/dL 
Termo: 2,5-5,0 g/dL 
1-3 meses: 3,0-4,2 g/dL 
3-12 meses: 2,7-5,0 g/dL 
>1 ano: 3,2-5,0 g/dL 
↓ Resposta na fase aguda 
(infecção, inflamação, 
trauma) 
↓ Disfunção hepática, renal, 
enteropatia perdedora de 
proteína 
Alterada pela hidratação 
Pré – albumina 20-50 mg/dL ↓ Disfunção hepática, 
fibrose cística, 
hipertireoidismo, infecção e 
trauma 
Transferrina 180-260 mg/dL ↓ Inflamação, disfunção 
hepática 
↑ Deficiência de ferro 
Alterada pela hidratação 
Ptn transportadora de 
retinol 
30-40 ug/mL ↓ Disfunção hepática, 
deficiência de zinco e 
vitamina A, infecção 
↑ Doença renal 
EXAMES BIOQUÍMICOS- Crianças 
EXAME VALORES NORMAIS CONSIDERAÇÕES 
Retinol plasmático >1,05 umol/L ↓ Disfunção hepática e deficiência 
de zinco 
Zinco plasmático >70 ug/dL ↓ Hipoalbuminemia 
Vitamina E sérica <11 anos: 7-35 umol/L 
>11 anos: 14-42 umol/L 
Influenciada pelo perfil lipídico 
(realizar ajuste de vitamina E: 
colesterol + triglicérides) 
Vitamina D 
(25-OH plasmático) 
Verão: 15-80 ug/dL 
Inverno: 14-42 ug/dL 
↓ Utilização de medicamentos 
anticonvulsivantes 
Vitamina C plasmática 22,7-85,2 umol/L 
Vitamina B12 147-616 pmol/L ↓ Utilização de fenitoína, inibidores de bomba de 
prótons, neomicina e na deficiência de folato 
Vitamina B6 
(piridoxina no plasma) 
14,6-72,8 nmol/L ↓ Utilização de isoniazida 
Fonte: Koletzko, 2008. 
EXAMES BIOQUÍMICOS - Crianças 
EXAME VALORES NORMAIS CONSIDERAÇÕES 
Folato sérico Neonatos: 11-147 nmol/L 
Lactentes: 34-125 nmol/L 
2-16 anos: 11-48 nmol/L 
>16 anos: 7-45 nmol/L 
Metotrexato, fenitoína e 
sulfassalazina antagonizam a 
utilização do folato 
Cálcio total 8,0-10,5 mg/dL Não reflete de forma direta os 
estoques corporais e está ↓ na 
hipoalbuminemia 
Cálcio ionizável 1,20-1,37 mmol/L 
Fósforo 4,0-7,0 mg/dL Sofre queda importante na 
“síndrome de realimentação”, que 
pode acontecer em crianças com 
desnutrição no início da terapia 
nutricional 
Magnésio sérico 1,8-2,5 mg/dL ↓ Na presença de 
hipoalbuminemia 
Fosfatase alcalina 250-950 U/L Marcador do metabolismo de 
cálcio 
Fonte: Koletzko, 2008. 
EXAMES BIOQUÍMICOS- Crianças 
• Valores habitualmente utilizados para abordagem de 
anemia e deficiência de ferro 
EXAME VALORES DESCRIÇÃO 
Hemoglobina 
(mg/dL) 
<11,0 Indicativo de anemia 
Hematócrito (%) <33 Indicativo de anemia 
Volume 
corpuscular médio 
(fL) 
<75 Indicativo de anemia microcítica 
Ferritina (ng/mL) <12 Depleção dos estoques de ferro 
Fonte: Samaur, 2005. 
EXAMES BIOQUÍMICOS 
• Concentrações de hemoglobina e hematócrito abaixo 
das quais se considera anemia – por sexo e faixa 
etária. 
Concentração de 
hemoglobina (<g/dL) 
Hematócrito (<%) 
Criança (idade em anos) 
1-<2+ 
2-<5 
5-<8 
8-<12 
 
11,0 
11,1 
11,5 
11,9 
 
32,9 
33,0 
34,5 
35,4 
Sexo masculino (idade em anos) 
12-<15 
15-<18 
>=18 
 
 
12,5 
13,3 
13,5 
 
 
37,3 
39,7 
39,9 
Sexo feminino não gestante e 
não lactante (idade em anos) 
12-<15 
15-<18 
>=18 
 
 
11,8 
12,0 
12,0 
 
 
35,7 
35,9 
35,7 
Fonte: CDC, 1990. 
EXAMES BIOQUÍMICOS- criança e adolescente 
• Perfil Lipídico 
Lipoproteínas (mg/dL) Desejáveis Limítrofes Aumentados 
Colesterol total < 150 150-169 >170 
LDL-C <100 100-129 ≥130 
HDL-C ≥45 
Triglicerídeos <100 100-129 ≥130 
Fonte: I Diretriz de prevenção da aterosclerose na infância e adolescência, 2005.

Continue navegando