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CASO CONCRETO 15

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO 
PERTENCENTE AO 1º JEC. DA COMARCA DE NOVA IGUAÇU/RJ 
 
 
 
 
Processo nº 1234 
 
 
 
 
PAULA OLIVEIRA, já devidamente qualificada nos autos da AÇÃO DE 
COBRANÇA, pelo rito especial, que lhe move Marcos Cavalcante, vem por seu advogado 
abaixo subscrito com endereço profissional na Rua das Orquídeas, nº 1654, bairro Gurupi, 
Teresina-PI, oferecer a V.Exa. sua CONTESTAÇÃO, por todos os fundamentos de 
fato e de direito a seguir expostos: 
 
 
CONTESTAÇÃO 
 
 
 
I-DAS PRELIMINARES 
I.I- DA INCOMPETÊNCIA 
 
Excelência, a presente ação não deveria ser proposta neste foro em que agora está, em 
virtude do que dispõe o art . 4°, I, da Lei 9.099/95, que reconhece o foro de domicílio do réu 
para julgar as causas previstas nesta lei. E amparada pelo art. 51, III da mesma lei, peço seja 
julgado extinto o processo, sem exame do mérito. 
 
 
I.II DA LITISPENDÊNCIA 
 
Consta no Juizado Especial Cível de Resende, processo movido contra a ré, com 
mesmo autor, mesmo pedido e mesma causa de pedir em andamento, pelo qual a ré fora 
intimada a comparecer em audiência para a mesma semana, fazendo clara, portanto, a 
existência da preliminar existente no art. 337, VI, §§ 1°, 2° e 3°, qual seja a de Litispendência, 
motivo pelo qual, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, com base no art. 51, 
caput, da Lei 9.099/95. 
 
 
II- DO MÉRITO 
 
Prevalecendo as preliminares, se faz necessário observar que a autora não faz jus aos 
débitos a ela imputados, a ré assinou contrato com Marcos referente ao imóvel em que reside, 
na data de 23 de setembro de 2016. 
Da cláusula n° 2 do Contrato e Compra e Venda, consta expresso que o imóvel objeto 
do contrato “está desocupado, livre e desembaraçado de quaisquer ônus real, pessoal ou fiscal, 
judicial ou extrajudicial, dívidas, arresto, sequestro, penhora , impostos, taxas, medidas 
cautelares, locação, comodato, ou restrições de qualquer natureza...”. O IT BI foi pago pela 
Ré no dia 02/01/201 7 e o contrato registrado no R I em 16/01/2017. Em 17/01/2017 Marcos 
recebeu o valor de R$ 178. 000,00, quando Paula recebeu as chaves do imóvel. 
Paula e sua mãe mudaram-se para o imóvel no dia 24/01/2017. A transferência da 
conta do gás para o nome da Ré foi feita no d ia 21/01/ 2017. Desde que recebeu a posse do 
imóvel Paula tem pago, em dia, todos os encargos condominiais e taxas referentes e ele. Não 
h á qualquer débito, como comprova através de documentos. 
Vale ressaltar que o documento acostado pela autora como fundamento da ação é a 
comprovação do depósito de reserva, feito por Paula, no valor d e R$ 2.000,00 (dois mil 
reais), datado de 23 de dezembro de 2 016, no qual constam as seguintes observações: “a) O 
móvel ser á vendi do inteiramente livre e desembaraçado de todos e quaisquer ônus judiciais, 
extrajudiciais, quite de impostos, taxas, luz, gás, água e IPTU. b) A posse do imóvel será dada 
no ato da apresentação do protocolo do registro de imóveis”. 
Por fim, a ré aduz que a demora para a efetivação da compra deveu-se ao fato de que a 
documentação do imóvel não estava regularizada o que atrasou a conclusão do pro cesso de 
financiamento. 
Isto exposto e amparada pelo art. 1.245, § 1°, do CC : 
 
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o 
registro do título translativo no Registro de Imóveis. 
§ 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante 
continua a ser h avido como dono do imóvel. 
 
Bem como pela jurisprudência: 
 
TJ-RS - Apelação Cível AC 70042608455 RS 
(TJ-RS) Data de publicação: 03/06/2011 
Ementa: AÇÃO DECOBRANÇA. ESCRITURA 
PÚBLICA DE COMPRA E VENDA. 
AQUISIÇÃO, PELA CONSTRUTORA, DE 
IMÓVEL. DÉBITOS RELATIVOS AO 
FORNECIMENTO DE ÁGUA ANTERIORES 
À SUA POSSE. FUNDAMENTAÇÃO DO 
PLEITO EM DECLARAÇÃO DE 
INEXISTÊNCIA DE ÔNUS REAIS SOBRE O 
IMÓVEL VEICULADA PELOS 
VENDEDORES. CASO EM QUE, 
EFETIVAMENTE, INEXISTIA QUALQUER 
ÔNUS REAL SOBRE O BEM. DISPENSA DE 
APRESENTAÇÃO DE CERTIDÕES 
NEGATIVAS PELA COMPRADORA, QUE 
ASSUMIU O PAGAMENTO DE DÍVIDAS DE 
IPTU. CONCLUSÃO NO SENTIDO QUE 
TAMBÉM SE RE SPONSABILIZOU PELO 
PAGAMENTO DE DÍVIDAS REFERENTE 
AO FORNECIMENTO DE ÁGUA. APELO 
DESPROVIDO. 
 
Requer seja julgado improcedente o pedido da Autora no que tange a ação de cobrança 
por ela movida. 
 
 
III- DO PEDIDO CONTRAPOSTO 
 
A autora demanda por dívida inexistente, eis que a Ré cumpriu fielmente todas as 
obrigações contratuais. De tal modo, nos termos do artigo 940 do Código Civil requer seja 
condenada a pagar à Ré o valor demandado. 
 
 
IV-DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, o réu, com o devido acatamento e respeito, desde logo, requer: 
 
1. Sejam acolhidas as preliminares, extinguindo-se o processo sem exame de mérito; 
2. No mérito, seja julgado improcedente o pedido autoral; 
3. Seja julgado procedente o pedido contraposto, com a condenação da autora ao pagamento 
de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais) à Ré. 
 
 
 
V- DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todas as provas em direito admiti das, na amplitude do art. 32 da 
Lei 9.099/95, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. 
 
 
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento 
 
Teresina, 19 de novembro de 2018 
 
 
PAULYANE FELIPE SILVA 
 OAB/PI n° 14.398 
SABRINA DE CARVALHO RODRIGUES 
 OAB/PI n° 13.290

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