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Revisão Trabalho II.

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Aula 06:
Extinção do contrato individual de trabalho
Formas de resolução do CT: 
Rescisão: É tecnicamente prevista quando ocorre a extinção do CT nulo (ausência do requisitos de validade – art 104 CC)
Resolução: Utilizada para CT extintos SEM JUSTA CAUSA por iniciativa do empregador ou por iniciativa do empregado.
Demissão do empregado: 
Aviso prévio por tempo de serviço (dependendo do tempo do trabalho)
Saldo de salário do mês (dias trabalhados)
13° salário integral (ex. janeiro) e/ou proporcional
Férias integrais e/ou proporcionais (tempo de casa) + 1/3 constitucional (passou 1 ano)
FGTS + multa de 40%
Habilitação do seguro desemprego, dependendo do tempo de carteira assinada
Pedido de demissão do empregado:
*Aviso prévio do empregador, a não ser que dispense
*Saldo de salário do mês
*13° salário integral e/ou proporcional, dependendo do tempo de casa
*Férias integrais e/ou proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional
OBS: NÃO TEM DIREITO A RETIRAR O FGTS QUE FICA RETIDO E POR CONSEQUÊNCIA, SEM A MULTA. TAMBÉM NÃO SE HABILITA AO SEGURO DESEMPREGO. 
Resolução: Utilizada para CT extintos POR JUSTA CAUSA, que pode ser do empregado, do empregador (despedida indireta) e culpa recíproca (justa causa das duas partes)
Justa causa do empregado:
Saldo de salário do mês
Férias integrais (se completou o período aquisitivo)
OBS: NÃO TEM DIREITO AO AVISO PRÉVIO, 13° SALÁRIO PROPORCINAL, FÉRIAS PROPORSIONAIS, FGTS E MULTA, SEGURO DESEMPREGO.
Justa causa do empregador:
Aviso prévio por tempo de serviço
Saldo de salário do mês
13° salário integral e/ou proporcional + 1/3 constitucional
FGTS + multa de 40%
Habilitação ao seguro desemprego, dependendo do tempo de trabalho
Culpa recíproca: deixar de trabalhar pois não está recendo
Saldo de salário do mês
50% de aviso prévio
50% do 13° salário proporcional
50% das férias proporcionais + acréscimo de 1/3 constitucional
FGTS (integral) + multa de 20%
Habilitação no seguro desemprego
OBS: SE TIVER FÉRIAS INTEGRAIS, RECEBE 100%
Outras Hipóteses:
Fechamento da empresa ou estabelecimento:
Aviso prévio por tempo de serviço
Saldo de salário do mês
13° salário integral e/ou proporcional + 1/3 constitucional
Férias integrais e/ou proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional
FGTS + multa de 40%
Habilitação ao seguro desemprego, dependendo do tempo de trabalho
Morte do empregado:
Saldo de salário do mês
13° salário integral e/ou proporcional + 1/3 constitucional
Férias integrais e/ou proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional
FGTS 
Morte do empregador (empresa individual):
Aviso prévio
Saldo de salário do mês
13° salário integral e/ou proporcional + 1/3 constitucional
Férias integrais e/ou proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional
FGTS + multa de 40%
Habilitação ao seguro desemprego
Força maior (imprevisível ou eventual): 
Saldo de salário do mês
13° salário integral e/ou proporcional 
Férias integrais e/ou proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional
FGTS + multa de 20%
Habilitação ao seguro desemprego
Fato do príncipe (ato de autoridade em que é finalizado o trabalho):
Saldo de salário do mês
13° salário integral e/ou proporcional 
Férias integrais e/ou proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional
FGTS + multa de 20%
Habilitação ao seguro desemprego
Contrato a termo (contrato de experiência):
13° salário integral e/ou proporcional 
Férias proporcionais
Saldo de salário do mês
Hipótese de habilitação ao seguro desemprego
Rescisão antecipada
Aula 07
Extinção do CT por JUSTA CAUSA
Requisitos para aplicação da justa causa do empregado:
Imediatividade: Punição de forma imediata (desconto, suspensão, chamar a atenção. OBS: NO DESCONTO, TEM QUE COMUNICAR). Não pode haver um longo período entre o conhecimento da falta e a aplicação da sanção, salvo nos casos em que necessita de investigação para comprovação. Ex. Furto.
Proporcionalidade: A punição deverá ser proporcional a falta cometida. Para faltas leves, punições leves. Deve-se ser observada a ficha funcional e os antecedentes.
Proibição de dupla punição (No Bis In Idem): O empregador não pode punir empregado duas vezes pela mesma infração.
Não discriminação da punição: Não pode o empregador aplicar sanções diferentes para um grupo que cometeu determinada infração em um mesmo momento.
Não ocorrência de perdão tácito ou expresso: Não pode ocorrer a punição após a prática desse ato.
Tipos de punição ao empregado:
Advertência oral ou escrita: Quando for oral, tem que haver a presença de testemunha e quando for escrita, tem que assinar e também precisa de testemunhas.
Suspensão: Até 30 dias seguidos. Se houver reincidência, justa causa
Demissão por justa causa: Previsão na CLT.
Hipóteses de justa causa:
Ato de improbidade: Desonestidade do empregado (Falta grave – demissão por justa causa)
Incontinência de conduta e mau procedimento: 
Incontinência: Conduta moral está ligada a conduta sexual (assedio)
Mau procedimento: Está ligada a conduta moral (Consumir drogas durante o expediente)
Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador:
Ato de concorrência: Quando o empregado vende o mesmo produto que empregador dentro da empresa
Prejudicial ao serviço: Prejuízo ao empregado (vender natura no expediente) 
Condenação criminal do empregado: Não pode ser demitido, somente quando a sentença estiver em transitado e julgado. Por enquanto, fica suspenso.
Desídia no desempenho das respectivas funções: Preguiça, desleixo.
Embriaguez habitual ou em serviço: Dependência química da pessoa tanto em álcool, com em drogas. Primeiramente tem que ter acompanhamento clinico e se for necessário, justa causa. 
Violação de segredo da empresa: Qualquer segredo que a empresa tenha. Favorecimento próprio.
Ato de indisciplina (descumprimento de ordens gerais) ou insubordinação (ordem específica podendo ser para várias pessoas)
Abandono de emprego por mais de 30 dias: Pode ocorrer em menos de 30 dias se o empregador provar. Em regra, são 30 dias.
Ato lesivo da honra ou boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa: Empregado que comete ofensas físicas a outro empregado dentro do ambiente de trabalho.
Ato lesivo da honra ou boa fama ou ofensas físicas praticados contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo legítima defesa.
Pratica constante em jogos de azar ou vício de pessoa que atrapalha em seu desempenho.
Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (Empregado que perde a habilitação por excesso de multa)
Rescisão / despedida indireta (entra com uma ação trabalhista pleiteando a rescisão indireta do CT)
Origina-se da falta grave praticada pelo empregador na relação de trabalho, prevista na legislação trabalhista como justo motivo para rompimento do vínculo empregatício por parte do empregado.
Justa causa do empregador: É necessário que o empregado ajuíze ação trabalhista pleiteando a rescisão indireta do CT com fundamento nas hipóteses do art 483 CLT
Hipóteses do art 483 – CLT:
a)- Exigência de serviços superiores as forças do empregado (mulher pegando mais de 20kg), defesos em lei (jornada dupla), contrários aos bons costumes (enganar ao consumidor) ou alheios ao contrato (aquilo que está fora do contrato).
b)-Tratamento com rigor excessivo por parte do empregador ou seus superiores hierárquicos. (Tratar o empregado diferente dos outros. Ex. Punição mais rigorosa)
c)- Empregado correr risco de mal considerável. (Descumprimento de normas de segurança de trabalho podendo causar acidentes ao empregador)
d)- Descumprimento pelo empregador das obrigações contratuais. (Atraso de salário, atraso do FGTS, atraso de recolhimento no INSS)
e)- Ofensa a honra e boa fama do empregado ou pessoa de sua família praticada pelo empregador ou prepostos do empregado. (Pessoas acima doempregado ofendem o mesmo, falando-lhe com respeito e xingamentos)
f)- Ofensas físicas praticadas pelo empregador ou prepostos do empregado, SALVO LEGÍTIMA DEFESA. (Agressão)
g)- Redução do trabalho do empregado, sendo este por tarefa ou peça de modo a afetar sensivelmente a importância dos salários. (Pessoas que trabalham na área de produção. Tirar a pessoa do setor para a mesma receber menos. Empregados que trabalham por comissão. Exceção: Passar o empregado do horário diurno para o noturno)
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.
§ 3º - Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.
Culpa recíproca – art 484 CLT:
Dois tipos de faltas autônomas, na qual ambas são graves para romper o CT: 
Praticada pelo empregado
Praticada pelo empregador
OBS:Deve existir um nexo de causalidade entre as partes (ação e reação)
OBS: Contemporaneidade: Não é necessário que haja concomitância, mas é necessário que a reação não demore muito para acontecer.
Ex. Descumprir as obrigações x abandono de emprego
Ex. Ofensas físicas de ambos 
Aula 08
Homologação da rescisão do CT – art 477 – CLT 
Art 477 – CLT:
Antes: É assegurado ao empregado, quando não tiver dado motivos para cessação da relação de trabalho, o direito de haver do empregador, uma indenização, paga na base de maior remuneração que tenha recebido na mesma empresa. (O empregador tem que usar como base de calculo maior remuneração recebida pelo empregado)
Após a alteração da Lei 13.467/17: O empregador deverá dar baixa na CTPs, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecida neste art (473 – CLT)
§ 2° Determina que o instrumento de rescisão ou recibo de quitação de qualquer que seja a forma de dissolução do CT (com ou sem justa causa), deve ter especificadamente (discriminado) cada parcela paga ao empregado indicando o seu valor (tudo que é pago ao empregado, deve ser discriminado)
§ 4° O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado: (Preferencialmente em dinheiro)
I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem as partes; ou 
II - em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for analfabeto. 
§ 5° Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. (determina que qualquer compensação no pagamento feito por oportunidade da rescisão contratual não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. Assim, a reclamada que desconta importância superior a uma remuneração do empregado descumpre o prazo para pagamento das parcelas devidas (art. 477, § 6º, b, da CLT), incorrendo em mora, aplicando-se a multa do artigo 477, § 8º, da CTL.)
§ 6° Determina que o empregador entregue a documentação da rescisão contratual e pague as verbas rescisórias no prazo máximo de 10 dias (CORRIDOS) contados a partir do dia do término do CT
§ 8° Determina que em caso de inobservância do §3°, ou seja, não cumprimento do prazo (10 dias) para pagamento das verbas rescisórias, sujeitará multa do empregador no equivalente do salário do empregado (salário total e não o mínimo) 
§ 10° A anotação da extinção do CT na CTPs é documento hábil do recebimento do seguro desemprego e movimentação da conta vinculada do FGTS desde que a comunicação tenha sido realizada, conforme o CAPUT deste art. (Caixa não pode criar nenhum embaraço para a retirada do seguro desemprego)
Verbas rescisórias do empregado no CT Intermitente:
Só ganha se trabalha no horário e local estabelecido
Não há continuidade
Forma e assinatura na certeira de trabalho
Se demitir, somente depois de 18 meses poderá contratar com contrato intermitente.
->Direitos: 
50% de aviso prévio
FGTS (80% do depósito)
Multa de 20% do FGTS
Saldo de salário do mês
OBS: 13° salário e as férias com acréscimo de 1/3 serão pagos através de 1/3 anos durante a execução do contrato.
OBS: Não tem direito a habilitação no seguro desemprego.
Prescrição e decadência no Direito do Trabalho
Prescrição: É a perda da pretensão pelo decurso do prazo previsto em lei para exigibilidade do direito violado. (Perda da pretensão – direito de continuar)
*Atinge a pretensão e ocorre a suspensão, interrupção e impedimento. (Previsto em lei)
*Efeitos da prescrição no direito do trabalho: Ocorre nas ações de natureza condenatória. Ex. Direitos trabalhistas, av. prévio, 13° salário, férias.
Decadência: É a perda do direito pelo decurso do prazo previsto em lei para o exercício do direto. (Direito propriamente dito)
*Atinge o direito material. Não ocorre a suspensão, interrupção e impedimento. (Previsto em lei e em acordo coletivo)
*Efeitos da decadência no direito do trabalho: Ocorre de maneira quase rara, somente em ações de natureza constitutiva (relação jurídica) Ex. Inquérito judicial (apuração de falta grave de empregado estável decenal)
Semelhança: Ambas produzem efeitos pelo decurso do tempo face a inércia de seu titular.
OBS: Quanto as ações de natureza declaratória, estas são imprescritíveis. Ex Baixa da CTPS
Tipos de prescrição: 
Bienal / total / extinta: Prazo de 2 anos a contar do encerramento do CT. (Reclamar o direito em 2 anos)
Quinquenal / parcial: Prazo de 5 anos RETROATIVOS para cobrança de créditos trabalhistas contados a partir do ajuizamento da ação
OBS: Férias não contam no ajuizamento da ação.
Causa de Interrupção da Prescrição: Causada pelo ajuizamento da ação, na qual irá zerar a prescrição quando for interrompida. Se for arquivada, continua interrompida a prescrição.
Causa de suspensão da prescrição: Para da onde estava contando. 
Art 625 – G: O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F (prazo de 10 dias)
Causa impeditiva da prescrição: Impede o curso da prescrição, na qual ainda nem começou a contar. Só ocorre a partir dos 18 anos de idade, não ocorrendo nenhum prazo de prescrição antes dos 18.
Prescrição intercorrente: É a perda da pretensão a direito no curso do processo, em razão da inércia do titular dessa pretensão durante determinado prazo, ocorrendo durante a faze de execução.
Efeitos
Prescrição: Perde-se a exigibilidade do direito.
Decadência: Perde-se o direito.
Início do Prazo
Prescrição: Conta-se a partir da violação do direito.
Decadência: Conta-se a partir do nascimento do direito.
Previsão
Prescrição: Decorre de lei.
Decadência: Decorre de lei ou convenção entre as partes.
Suspensão e Interrupção
Prescrição: Está sujeita a suspensão e interrupção.
Decadência: Não está sujeita a suspensão e interrupção.
Direito Coletivo do Trabalho
Conceito: É a parte do direito do trabalho que trata da organização sindical, da negociação coletiva, dos acordos e convenções coletivas e da greve.
O QUE É DIREITO COLETIVO DO TRABALHO ? Podemos dizer que o direito coletivo do trabalho tutela os conflitos de interesses existentes entre empregados e empregadores, a organização sindical e a representação dos trabalhadores. Ele cria normas e é regido por princípios que regulam as relações de trabalho e as atividades dos empregados enquanto grupo organizado, que possuem autonomia perante os empresários e o Estado.
É importante ressaltar que trabalhadores e empresários são considerados aqui de forma coletiva, ou seja, em regra, o direito coletivo do trabalho não leva em consideração conflitos individuais e casos isolados da relação laboral.As partes são reunidas em grupos com interesses e funções semelhantes e se busca, nas negociações coletivas, sempre beneficiar o grupo e não um ou outro membro de forma individual.
Movimento Associativista – Art 5°,XVI,XVII,XX: 
Decorre do direito a liberdade CRFB. Associação pacifica e sem caráter paramilitar,ou seja, para qualquer fim pacifico. 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
Liberdade Sindical - Art 8° V, CF.
É o direito dos trabalhadores e empregadores de organizar e criar associações sem qualquer interferência do estado, visando atender os seus interesses, compreendendo o direito de ingressar e se retirar das associações sindicais. 
A Carta Magna, em seu artigo 8º, consagra a liberdade sindical, assim entendida como aquela em que o Estado não interfere na criação e no funcionamento do sindicato.
Sindicato:
É uma associação civil que reúne pessoas do mesmo segmento econômico (patronal - empregadores) e profissional (trabalhadores). 
Objetivos: Os sindicatos têm como objetivo principal a defesa dos interesses econômicos, profissionais, sociais e políticos dos seus associados. São também dedicados aos estudos da área onde atuam e realizam atividades (palestras, reuniões, cursos) voltadas para o aperfeiçoamento profissional dos associados. 
 
Os sindicatos de trabalhadores também são responsáveis pela organização de greves e manifestações voltadas para a melhoria salarial e das condições de trabalho da categoria.
Livre associação
É livre a associação profissional ou sindical, salvo para o militar, por expressa disposição constitucional (art. 142, § 3º, IV, CF).
§ 3º. Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: 
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve. 
Ainda resguardando a liberdade constitucional do trabalhador, “ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato” (art. 8º, V, CF).
Em uma interpretação lógica, resta também garantido constitucionalmente o direito de se desfiliar a qualquer tempo.
Organização Sindical por Categorias:
1° Categoria econômica (patronal) – Art 511,parágrafo 1° CLT.
2° Categoria profissional (trabalhadores) – Art 511;parágrafo 1° e 2° CLT
3° Categoria profissional diferenciada – Art 511, parágrafo 1° e 3°
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional.
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou 
funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares. (Vide Lei nº 12.998, de 2014)
Organização por hierarquia: 
1° Centrais Sindicais (Órgãos de Cúpula) - Lei 11.648/08 Caráter Político.
2° Confederações (Mínimo de 03 Federações) Art 535 CLT.
3° Federações (Mínimo de 05 Sindicatos) - Art 534 CLT.
4° Sindicatos - Art 511 CL.
 
Unicidade Sindical – Art 8,II CF
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
OBS: Ele pode ser extensivo. Mínimo um município.
Funções e prerrogativas Sindicais:
Representatividade da categoria – Art 8 II CLT.
Administrativa – Relacionamento com o estado
Judicial – Art 8 III CF
Negocial – Art 8 VI CF
Assistencial – Art 514 CLT
Função representativa – é prerrogativa do sindicato representar a categoria profissional perante as autoridades administrativas e judiciárias, bem como defender os interesses da categoria ou os interesses individuais dos associados relativos à atividade ou profissão exercida.
Função negocial – A função negocial caracteriza-se pelo poder que o sindicato tem de ajustar acordos e convenções coletivas com os empregadores representados pelos sindicatos, para fixar regras a serem aplicadas à aquela categoria.
b) celebrar contratos coletivos de trabalho.
Função Assistencial –A função assistencial é a que se caracteriza pela prestação de serviços a seus associados ou, de modo extensivo, em alguns casos, a todos os membros da categoria.
A CLT determina ao sindicato diversas atividades essenciais como: educação art. 514 - § único - letra B;
1 – Saúde: art. 592;
2 - Colocação art. 513 - § 1;
3 -  Laser: art. 592;
4 – Fundação: de cooperativas art. 514 - § único letra A
5 - Serviços jurídicos: 
Judicial – Art 8 III CF: III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos :
a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida;
b) celebrar contratos coletivos de trabalho;
c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;
d) colaborar com o Estado, como orgãos técnicos e consultivos, na estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal;
e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas.
Parágrafo Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa de fundar e manter agências de colocação.
Fontes de receitas dos sindicatos:
Contribuição sindical anual (imposto sindical)
Obrigatória ou facultativa (situação sub-júdice STF)
Art. 578.  As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamente autorizadas.    
Art. 579.  O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no at. 591 desta Consolidação.  
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
Contribuição confederativa (facultativa)
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
IV - a assembléia geral fixaráa contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; 
Sumula 666 STF: A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
Contribuição assistencial (facultativa)
Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos;
C)eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;
OJ,17 SDC TST: 17. CONTRIBUIÇÕES PARA ENTIDADES SINDICAIS. INCONSTITUCIONALIDADE DE SUA EXTENSÃO A NÃO ASSOCIADOS. (mantida) -  DEJT  divulgado em 25.08.2014
As cláusulas coletivas que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical, a qualquer título, obrigando trabalhadores não sindicalizados, são ofensivas ao direito de livre associação e sindicalização, constitucionalmente assegurado, e, portanto, nulas, sendo passíveis de devolução, por via própria, os respectivos valores eventualmente descontados.
CONFLITOS TRABALHISTAS NO BRASIL - FORMAS DE SOLUÇÃO PREVISTAS:
 As formas de solução previstas, em nosso ordenamento jurídico, para os conflitos trabalhistas, são a conciliação, a mediação e a negociação coletiva, que integram o tipo da autocomposição e a arbitragem e a solução jurisdicional, que integram o tipo da heterocomposição. 
Do primeiro grupo, a conciliação é a mais praticada de forma “voluntária”. Trata-se de forma pacífica de se dirimirem as controvérsias tanto individuais como coletivas. Inexiste a “conciliação obrigatória” no Brasil, que ocorre, quando se exige das partes uma tentativa necessária de composição amigável, como pré-requisito para a utilização de outras formas de solução. 
A mediação não é muito freqüente em nosso país. Acontece, com mais assiduidade, nos conflitos coletivos de trabalho, perante as Delegacias Regionais de Trabalho, onde há um órgão próprio, criado pelo Decreto nº 88.984/83 – o Serviço Nacional de Mediação. A sua prática tem-se restringido quase que só a esse setor de mediação. 
A negociação coletiva é bastante utilizada, embora mais em razão da exigência legal, que a impõe, como condicionamento para o ajuizamento da ação coletiva (Constituição, art. 114, § 2º), do que como conseqüência de uma escolha consciente de um meio eficaz de composição do conflito.
Do segundo grupo, parece ser a arbitragem uma forma muito pouco, para não dizer, quase nunca utilizada no Brasil. Apesar de ter sido introduzida desde 1907 pelo Decreto nº 1037 em nosso ordenamento jurídico-trabalhista, a modalidade sempre teve pouca aceitação em nosso país. 
A solução jurisdicional tem sido a preferida, tanto em nível de conflitos individuais como coletivos. A procura sempre crescente pela Justiça do Trabalho por parte dos trabalhadores e dos empregadores levou a mesma à situação de congestionamento em que se encontra, no Brasil, como um todo, contribuindo para o grande descrédito do qual, perante a população, goza no momento atual.

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