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I. INTRODUÇÃO: O objetivo previsto neste presente trabalho é efetuar uma análise comparativa do livro Pinóquio as Avessas de Ruben Alves com o livro, Ensino: As Abordagens do Processo, de Maria Mizukami. Onde será traçado um paralelo entre as abordagens (tradicional, comportamentalista e humanista), com a história de Ruben Alves. O livro Pinóquio as Avessas, é uma releitura, o autor conta a história de Felipe uma criança muito curiosa com o mundo que o cerca. Quando questiona seus pais, com as suas dúvidas, diante o mundo, estes, sempre apontam a escola como o local em que ele encontrará respostas aos seus questionamentos. Logo, Felipe fica muito interessado na escola, pois a vê como um grande conhecedor do saber. Porém, ao decorrer do livro, Felipe encontra-se desolado, pois, suas dúvidas não encontram respostas dentro da escola. O livro mostra como as expectativas das crianças com relação à escola podem ser destruídas em poucos dias, quando a criança descobre que a vida dentro da escola não é como ela sempre sonhou. Já o livro da Mizukami, explica detalhadamente as abordagens de ensino, que ilustram o papel do educador, do aluno e a interação entre a escola e o educando. Promovendo os objetivos, metodologias, funções e todos os per menores nas visões de cada abordagem. II. DESENVOLVIMENTO: ANÁLISE COMPARATIVA No livro Pinóquio as Avessas, é possível notar os tipos de abordagens utilizadas pelo Autor Rubem Alves, para apresentar as diversas formas de ensino. Porém, existe uma principal abordagem educacional tratada no livro, por onde permeia toda a história e é o grande conflito do protagonista. Esta foi identificada no livro da Mizukami como, abordagem tradicional. Pois faz tais referências, a escola tradicional, assim como Mizukami retrata em seu livro. De uma forma lúdica, o livro de Ruben Alvez estabelece um paralelo paradoxal ao livro do Pinóquio de Carlo Collodi. O personagem principal, na história de Collodi é Pinóquio, um boneco feito de madeira que possui sentimentos humanos, mas para se tornar um menino de verdade ele deve ir à escola, quando ele começa a fugir da escola para brincar, vai se transformado em um burro, só depois que começa a se comportar como deve que ele é transformado em um menino de verdade, pela Fada Azul. No livro de Rubem Alves conta a história de Felipe um menino de verdade, que vai sendo transformado em um boneco de acordo com que vai aderindo ao sistema escolar e esquecendo seus sonhos e curiosidades naturais. O protagonista era um garoto curioso. Como toda criança, sempre fazia muitas perguntas aos pais, que sem saber responder a todas, diziam que na escola ele tiraria todas as suas dúvidas e iria aprender tudo aquilo que precisava saber. Muito deslumbrado com a escola, os pais de Felipe explicam como era a escola, mas a criança não conseguia entender muitas coisas, como quem a escola o faria ser, o que ele se tornaria através dela. Felipe entende que deve ser algo quando crescer, como adorava pássaros, decidiu que seria cuidador de pássaros. Mas, ao começar a escola enfrenta problemas e começa a entender como ela realmente funciona. Entende que tem vários professores e eles sabem muito de apenas uma coisa, que a campainha é que faz mudar o canal de pensamento, de uma matéria para outra, quando se deve pensar e quando não, pois na escola existe a hora certa para tudo. O que aprende, é o que deve ser aprendido, para passar nas provas e principalmente no vestibular, que é o começo para ser “alguém” na vida. Para a infelicidade de Felipe, não existe vestibular para cuidador de pássaros, nenhum dos seus professores sabem responder suas grandes dúvidas e questionamentos, e principalmente, não sabem o nome do pássaro azul que ele sempre vê voando. Felipe que sempre admirou a forma como os pássaros voavam livres, cada um de seu jeito, ao entrar na escola, começa a ter pesadelos com gaiolas trancadas. Pois, assim se sentia, trancado vendo-se obrigado a ser o deve ser, a pensar o que deve se pensar e a agir da forma esperada. Acabando com seus sonhos e com sua criatividade, que eram tão presentes, podando-o e moldando-o, retirando qualquer possibilidade de voar do seu próprio jeito. Essa ideia só se reforça, quando seus professores não conseguem mais lidar com a curiosidade do menino, e indicam a criança ir ao psicólogo. Onde esse profissional, possa resolver o distúrbio de Felipe, e o faça entender, como as coisas devem ser. Afinal, ele tem que ser eficiente e centrado, mas apenas no que o ensinam, para se tornar um aluno produtivo e assim, passar no vestibular. Pois, só com um diploma é que ele vai ser alguém de verdade Felipe entende a necessidade de se adequar, então se molda ao sistema de ensino, grava o que é ensinado, passa no vestibular, se forma e se torna alguém na vida. Um especialista em lingüiças e o orgulho dos pais, que tinham cumprido seu dever como pais. Porém, mesmo depois de ter alcançado tudo o que deveria ser almejado, ele ainda se encontra triste ao voltar a ter sonhos com o pássaro azul. Se deparando com esse conflito, procura um psicanalista e após muitos anos fazendo terapia, em uma noite, tem um sonho diferente em que a fada, dos contos de fadas, faz uma mágica e ele consegue se lembrar do nome do pássaro azul de sua infância. E então, finalmente ao descobrir o nome do pássaro, volta a ser menino que um dia foi, e se enche de alegria. Ao ler o livro, fica clara a critica a abordagem tradicional, muitas vezes, adotada nas escolas, onde o aluno é visto como uma tabula rasa um objeto a ser moldado para um sistema, ignorando tudo o que não é considerado importante, reprimindo sua criatividade e curiosidade por serem consideradas “fora do programa”, é possível perceber tais colocações a partir dos seguintes trechos: Para se tornar um menino de verdade, ele teria de ir à escola. Pinóquio fugiu da escola, preferiu brincar. Aí lhe cresceram orelhas e rabo de burro. Quem não vai à escola fica burro. Ainda bem que a Fada Azul veio em seu auxílio. Se não fosse por ela, ele teria ficado burro pelo resto da vida. Passaria a vida puxando carroças. É preciso ir à escola para não ficar burro, para ser gente de verdade (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010. p. 10, p 11 ) O livro ainda menciona “Essa é a razão por que você em breve vai entrar na escola. As escolas existem para transformar crianças que brincam em adultos que trabalham.” (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010, p.14). Onde claramente é possível ver a escola como uma ferramenta que molda e transforma pessoas para o mercado de trabalho. Esse pensamento se reforça como abordagem tradicional ao considerar o que Mizukami assume em seu livro ao citar a abordagem, como no trecho a seguir: A abordagem tradicional é caracterizada pela concepção de educação como um produto, já que os modelos a serem alcançados estão pré-estabelecidos, daí a ausência de ênfase no processo. Trata-se, pois, da transmissão de ideias selecionadas e organizadas lógicamente. (MIZUKAMI, M.G.N., Ensino as Abordagens do Processo, 1986, p.11) Ainda afirmando a visão do aluno como um produto, Mizukami explica: “O indivíduo nada mais é do que um ser passivo, um receptáculo de conhecimentos escolhidos e elaborados por outros para que ele deles se aproprie.” (MIZUKAMI, M.G.N., Ensino as Abordagens do Processo, 1986, p.18). Esse pensamento se reafirma, cada vez mais ao longo do livro de Alves, esta abordagem aparece como antagonista da história. É possível perceber tais colocações através de alguns trechos do livro. Felipe ao tentar entender como funciona a escola, questiona seu pai sobre o conhecimento que é passado, pois, na realidade, Felipejá sabe muitas coisas, porém, seu pai explica: “Na escola não vão lhe dar notas por essas coisas que você sabe. Para dar notas, os professores fazem o que se chama de provas, com uma série de perguntas sobre aquilo que eles ensinaram.” (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010. p.23) Mais tarde, já dentro da escola Felipe aprende que tudo tem hora e entende que ele deve saber apenas aquilo que está no programa para passar no vestibular, entrar na universidade e ser alguém na vida. “Agora não é hora de pensar em pássaros. Os nomes dos pássaros não estão no programa de português. Na aula de português, temos de pensar e falar sobre aquilo que o programa manda.” (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010. p.29) Aprendi duas outras lições. A minha cabeça não tem hora certa para pensar sobre as coisas. Eu estava pensando sobre pássaros. Perguntei sobre pássaros, e a professora me ensinou que não era hora de pensar sobre pássaros. Aprendi que na escola há hora certa para pensar sobre as coisas. (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010. p.31) Se você não concentrar a atenção nos pensamentos que devem ser pensados, não aprenderá o que está no programa. Se não aprender o que tá no programa, tirará notas baixas nas provas. Tirando notas baixas, não passará de ano. E não passará no vestibular. Não entrará na universidade. Não tirará diploma. Não será ninguém na vida! (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010. p.38) Tais afirmações se repetem em “Ensino: As Abordagens do Processo”, quando se fala sobre sociedade-cultura, onde Mizukami explica a visão da abordagem. O diploma pode ser tomado, então, como um instrumento de hierarquização dos indivíduos num contexto social. Essa hierarquia cultural resultante pode ser considerada como fundada no saber, no conhecimento da verdade. Dessa forma, o diploma iria desempenhar um papel de mediador entre a formação cultural e o exercício de funções sociais determinadas. (MIZUKAMI, M.G.N., Ensino as Abordagens do Processo, 1986, p.10) O livro de Rubem Alves, também exemplifica outras abordagens, como a comportamentalista, em que o educador deve orientar e ensinar aos alunos o que deve ser pensado, para que foque no que é importante. O conhecimento é visto como fruto da experiência. Os planos de ensino são elaborados a partir da observação dos métodos pelos quais o comportamento da criança é moldado e frisado. O Corvo Falante, do alto de uma árvore, regia um coro esquisito: todos tinham viseiras de burro nos olhos. E cantavam: "É preciso não olhar para os lados para não ter rabo e orelhas longas." Felipe acordou e disse: "Esse sonho me ensinou como é o mundo dos adultos. Tenho de olhar sempre na direção certa: olhar para o professor, olhar para os livros". Desse dia em diante, Felipe passou a olhar na direção certa. Olhava para os olhos do professor. Olhava para as lições dos livros. Passou a tirar as melhores notas da classe. (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010. p.33, p.34) Na abordagem comportamentalista, o homem é visto como um produto de sua vivencia. Esta pode ser modificada, que por sua vez, pode alterar o seu comportamento. Este é o papel da escola, através do sistema de ensino, os professores criam métodos e cronogramas para modificar e avaliar o comportamento de seus alunos, para que seja possível atingir os resultados esperados. Mizukami, afirma como o homem é visto nessa abordagem ao dizer: O homem é uma conseqüência das influências ou forças existentes no meio ambiente. A hipótese de que o homem não é livre é absolutamente necessária para se poder aplicar um método científico no campo das ciências do comportamento. (MIZUKAMI, M.G.N., Ensino as Abordagens do Processo, 1986, p.21) O homem, dentro desse referencial é considerado como o produto de um processo evolutivo no qual essencialmente as mudanças acidentais no·dote genético foram diferencialmente selecionadas por características acidentais do ambiente, mas ele agora alcançou o ponto a partir do qual pode examinar o processo e fazer algo a respeito [...]. Os arranjos adventícios das variáveis tanto genéticas quanto ambientais levaram o homem à sua atual posição, e são responsáveis tanto por seus erros quanto por suas virtudes. (Skinner, 1980, p. 208) Quando fala sobre educação, Mizukami afirma, deverá transmitir conhecimentos, assim como comportamentos éticos, práticas sociais, habilidades consideradas básicas para a manipulação e controle do mundo ou ambiente. Ao se tomar consciência do poder controlador que a educação assume, passa-se a conceber o ensino de maneira diferente. Muitos se negam a admitir tal poder. Um problema de natureza epistemológica, no entanto persiste: o de se saber, exatamente, o que se quer ensinar. (MIZUKAMI, M.G.N., Ensino as Abordagens do Processo, 1986, p.27) O livro de Rubem Alves expõe de forma sutil, a abordagem humanista, que aparece no livro como forma de crítica aos métodos de ensino usados pela escola e o sistema. Nesta abordagem, o professor não tem o papel de transmitir um conteúdo, mas de dar assistência, sendo um facilitador da aprendizagem. O conteúdo é obtido através das experiências dos alunos, é um processo natural e vai se realizando através da interação da criança com sua rotina, seu convívio e o meio em que ela está inserida. O papel principal do professor não é de ensinar, mas de criar as condições necessárias para que o processo do aprendizado seja realizado. A abordagem humanista acredita na curiosidade e engajamento natural do ser humano, essa sentença é demonstrada no livro Pinóquio as Avessas quando os pais se deparam com os questionamentos de Felipe. Os olhos das crianças são sempre curiosos. Elas querem ver o que está escondido, querem saber o que está detrás das coisas. Porque as coisas são como são? Como são feitas? Como funcionam? Para que servem?" O jeito era perguntar aos adultos. Eles deviam saber. "Quem inventou as palavras?" "Por que é que canteiro se chama canteiro? Deveria era se chamar planteiro!" (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010. p.7, p.8) A crítica feita pelo autor pode ser vista em vários trechos do livro, um deles, aborda como o aprendizado é muito imposto pelo professor e pouco desenvolvido pelos alunos, como no trecho a seguir: - Programa é uma fila com todas as coisas que você leve aprender na escola, colocadas uma atrás da outra. - E... Professora... - Felipe continuou - quem é que diz quais são as coisas que devo aprender? Quem foi que colocou um fila as coisas que devo aprender? - Quem põe os conhecimentos em fila são pessoas muito inteligentes, do governo. - E como é que eles sabem o que quero aprender, se não me conhecem e moram longe de mim? - A escola não é para você aprender aquilo que quer –disse a professora. - A escola é para você aprender aquilo que deve aprender. O que você deve aprender é aquilo que disseram os homens inteligentes do governo. Tudo na ordem certa. Uma coisa de cada vez. Todas as crianças ao mesmo tempo. Na mesma velocidade - Professora - Felipe continuou -, todas as crianças podem aprender na mesma velocidade? A professora achou melhor não continuar a conversa. Mudou de assunto. (ALVES,R. Pinóquio às Avessas, 2010. p.24) Já em, Ensino: As abordagens do Processo, Maria Mizukami, reforça algumas visões dessa abordagem, onde: “A pessoa é considerada em processo contínuo de descoberta de seu próprio ser, ligando-se a outras pessoas e grupos. [...] O objetivo último do ser humano é a auto-realização ou o uso pleno de suas potencialidades e capacidades. O homem não nasce com um fim determinado, mas goza de liberdade plena e se apresenta como um projeto próprio. (MIZUKAMI, M.G.N., Ensino as Abordagens do Processo, 1986, p.38) A abordagem humanistada ênfase ao sujeito e leva em consideração as características naturais e individuais. Ele não é visto como uma massa que deve alcançar certos objetivos, mas sim como um ser individual que tem seus próprios meios, para se desenvolver através da sua curiosidade e criatividade. Naturalizando o processo e proporcionando condições para que as crianças trabalhem seu próprio desenvolvimento. III. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através dos livros analisados, é possível observar o que o autor quis passar ao escrever Pinóquio as Avessas. É um livro infantil, mas que tem uma crítica inegável ao sistema de ensino utilizado ainda hoje em muitas escolas. As principais críticas são sobre as abordagens tradicional e comportamentalista, onde anulam o aluno como indivíduo, e ele é considerado apenas uma tabula rasa que deve ser preenchida com conteúdos sistemáticos e programados. O livro da Mizukami, apenas reforça e complementa o que o autor diz quando se trata das metodologias mencionadas. Ainda assim, ele demonstra um contraponto ao abordar a natureza do educar, a importância da criatividade, curiosidades e impulsos de cada criança. Rubem Alves demonstra que não existe conhecimento bom ou ruim, mais ou menos importante dando ênfase aos pequenos conhecimentos que permeiam o cotidiano e que são sempre ignorados pelas instituições que trabalham em cima de tais abordagens. O livro Pinóquio as Avessas também aparece com a intenção de ressaltar um tipo de abordagem, a humanista. Seu livro desconstrói toda a história de Pinóquio, ao colocar a educação tradicional como antagonista da história, e reforça a ideia de ênfase ao sujeito vendo-o como um individuo com suas próprias experiências e vivências. Ao ler e analisar os livros, foi inegável a empatia que senti por Felipe. Falo por todo o grupo nesse momento. Pois é possível ver meu próprio reflexo ao ler a história de Rubem Alves. O que me fez pensar na forma como esse trabalho foi aplicado. Muito familiarizado com as normas da ABNT, onde a criatividade e as formas de expressão se tornam bem limitadas, dentro das rédeas de um sistema de ensino que pouco visa sobre o quanto significativo pode ser tal leitura. O objetivo é fazer uma associação clara, entre as abordagens do ensino. Porém, mais clara ainda se torna a abordagem utilizada na forma como foi cobrado este trabalho e sua forma de avaliação. Ao chegar às considerações finais, não pude me conter ao fazer tal observação. Visto que, se torna contraditório escrever uma análise com intuito crítico a certas abordagens, onde permeia uma exigência tão grande a normas e moldes. Termino esse trabalho anexando um poema, de autoria própria. Que por sua vez, é minha própria forma de crítica a abordagem tradicional presente no livro de Rubem Alves, que por sua vez, se encontra neste mesmo trabalho. IV. BIBLIOGRAFIA ALVEZ, Rubem, Pinóquio as Avessas, Verus Editora, 2012. MIZUKAMI, Maria Ensino: As abordagens do Processo, E.P.U., São Paulo, 1986. V. ANEXO I Educa Que o saber expande Mas só se aprende, até onde te permitem Porque você não pode entender o paradoxo que é aprender A mão que doa é a mesma que priva E quem educa é o mesmo que define o seu limiar Quem derrama sabedoria, quer ela rígida e frágil Feito porcelana Em textos frios e indiferentes demais Em que se deve entender as regras Pois, fora delas, não é válido seu conhecimento A criatividade e a curiosidade são boas, até certo ponto É só não burlar o sistema Professores insistem em passar informações Que transbordam ao mesmo tempo que calam Que libertam ao mesmo tempo que reprimem Mostram alternativas sem dar a opção de ser Onde insistem que você seja menino Mas cobram para que você seja Pinóquio E apesar da repetida frase ecoar em minha cabeça Você não é um objeto! Olho meu próprio reflexo Que derivaria ser de pessoa, Porém, me vejo outra vez, um boneco Moldado, engessado, sufocado No sistema inflexível e quebrado da educação. UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP CURSO DE PEDAGOGIA NOTURNO ALINE A. MENEZES LEITE D81GBC-2 ÉRICA MARQUES PARAGUASSU T8038D-0 ESLAINE NASCIMENTO S. MACHADO D8099G-0 VIVIANE CARDOSO E SILVA D79BHI-2 PINÓQUIO AS AVESSAS Trabalho de PDTA sobre a orientação da professora Suzy Xavier PINHEIROS 2018
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