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(20171015155211)Regulação GI e Absorção de Nutrientes CMF

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CMF DIGESTÓRIA E GLDS ANEXAS
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO GASTROINTESTINAL
Faculdade Anhanguera de Anápolis
Medicina Veterinária
A MANUTENÇÃO DA VIDA REQUER QUE OS 
ANIMAIS OBTENHAM OS NUTRIENTES ESSENCIAIS 
PARA OS PROCESSOS ORGÂNICOS ATRAVÉS DOS 
ALIMENTOS
FUNÇÕES
• Preparo do alimento = Mastigação
• Processamento do alimento = Digestão
• Aproveitamento do alimento = Absorção
• Eliminação dos “restos” = Defecação
REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES GI
Dois níveis de regulação:
1) Sistema nervoso central e Sistema endócrino
2) Pelo próprio trato gastrintestinal (intrínseco)
• Componentes nervosos – corpos celulares e seus 
neurônios localizados na parede do TGI
• Componentes endócrinos
REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES GI
• Corpos celulares:
• Dois sistemas de gânglios
• Plexo mioentérico (Auerbach)
• Gânglios entre as camadas musculares longitudinal e 
circular
• Plexo submucoso (Meissner)
• Gânglios na camada submucosa
Músculo
longitudinal
REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES GI
O plexo contém:
• Neurônios sensoriais (aferentes) 
• Interneurônios
• Neurônios motores (eferentes)
• Informação sensorial:
• Mecanorreceptores da camada muscular –
detectam distensão da parede do TGI
• Quimiorreceptores da mucosa – condições
químicas na luz do TGI
Profa. Pollyanna Bernardes
Profa. Pollyanna Bernardes
Profa. Pollyanna Bernardes
As varicosidades são
ramificações dos
axônios que contém 
estruturas vesiculares 
com neurotransmissores
REGULAÇÃO DA FUNÇÕES GI
• S. N. Simpático e Parassimpático
• Conexão entre o S.N. entérico e S.N. central
• Acetilcolina: agente neurotransmissor entre fibras 
parassimpáticas pré-ganglionares e neurônios entéricos
• Noradrenalina: agente neurorregulador das células 
simpáticas pós-ganglionares
acetilcolina
noradrenalina
Profa. Pollyanna Bernardes
REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES GI
• Sistema endócrino intrínseco
• Células endócrinas: difusas no epitélio GI – são colunares com 
base larga e ápice estreito
• Ápice estreito: exposto à luz do TGI
• Base larga: contém grânulos secretores – liberação de 
hormônios (peptídeos reguladores) na área submucosa
• Absorvidos pelo sistema vascular sanguíneo (atividade 
endócrina)
• Difundidos pelo líquido extracelular até células-alvo locais 
(atividade parácrina)
Profa. Pollyanna Bernardes
REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES GI
• Sistema endócrino intrínseco
• Células produtoras de GASTRINA: porção distal do estômago
• Células produtoras de COLECISTOCINA: intestino delgado
• Células produtoras de ENTEROGLUCAGON: todo o TGI
Regulação da função gastrintestinal
Sistema endócrino intrínseco
Hormônio Produção Ação (Estímulo) Estímulo para 
liberação
Gastrina Estômago distal Secreção de ácido, 
motilidade e crescimento 
do epitélio
Proteína no 
estômago, pH alto 
e estimulação vagal
Secretina Duodeno Secreção de bicarbonato 
(pâncreas)
Ácido no duodeno
Colecistocinina (CCK) Do duodeno ao íleo Secreção de enzimas pelo 
pâncreas
Proteína e gordura 
no Int. delgado
Motilina Duodeno e jejuno Regula padrão de 
motilidade do TGI
acetilcolina
Produção de ácido, que é estimulado pela gastrina,
inibe a secreção da gastrina
REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES GI
• Sistema imunológico participa da regulação da atividade GI
• A mucosa intestinal é rica em células imunes
• Linfócitos
• Fagócitos
• Exposição à uma variedade de antígenos
ANTÍGENO SISTEMA
IMUNOLÓGICO
LINFÓCITOS
SISTEMAS
INTRÍNSECO NERVOSO 
E ENDÓCRINO
SECREÇÃO GLANDULAR 
E MOTILIDADE
REMOÇÃO
ANTÍGENO
REGULAÇÃO DAS FUNÇÕES GI
• Peptídeos reguladores: efeito trófico sobre 
células epiteliais gastrintestinais
• Gastrina: crescimento da mucosa gástrica
• Enteroglucagon e colecistocinina: crescimento 
da mucosa intestinal
ABSORÇÃO NO TGI
ABSORÇÃO INTESTINAL
Movimento de produtos da digestão, através da 
mucosa intestinal, para o sistema vascular
Mecanismos de transporte especializados –
transporte ativo, ativo secundário, ativo terciário e 
passivo
Membrana apical
Membrana basolateral
ABSORÇÃO INTESTINAL
Intestinos delgado e grosso: Bomba de Na+, K+-
ATPase (transporte ativo)
Localizada na membrana basolateral – gasto de ATP
Uso de ATP: enviar 3 íons Na+ para fora da célula 
em troca de 2 íons K+ para dentro
Manter o interior da célula eletricamente 
negativo
Manter a [ ] de sódio baixa no líquido 
intracelular
ABSORÇÃO INTESTINAL
Transporte ativo secundário
Proteína de co-transporte ou simporte (membrana 
apical)
Proteína de co-transporte da glicose: 1 sítio para 
glicose e 2 para íons sódio
Não há gasto direto, mas indireto (Bomba de 
Na+, K+- ATPase)
Glicose, aminoácidos e várias vitaminas e sais 
biliares
ABSORÇÃO INTESTINAL
Transporte ativo secundário
Proteínas trocadoras ou antiportos
Sítios de ligação para dois ligantes – um fora e 
um dentro do enterócito
Trocador Na+/H+ na membrana apical
Transporte ativo terciário
Trocador Cl-/HCO3-
ABSORÇÃO INTESTINAL
Transporte passivo
Canais iônicos – membrana plasmática celular 
Absorção transcelular
Junções firmes – ligação entre os enterócitos 
Absorção paracelular (em torno das células)
Profa. Pollyanna Bernardes
Profa. Pollyanna Bernardes
ABSORÇÃO DE ÁGUA E ELETRÓLITOS
Manutenção da vida: conservação de água e eletrólitos 
(sódio, potássio, cloreto e bicarbonato)
TGI: recuperação de água e eletrólitos
Doenças GI: perda de água e eletrólitos
Vias de absorção de sódio
Proteínas do co-transporte – principal via
Trocador Na+/H+
Transporte acoplado de sódio e cloreto
Difusão simples – canais iônicos na membrana apical
Profa. Pollyanna Bernardes
Vias de absorção de cloreto
Absorção acoplada ao sódio
Absorção paracelular em associação ao co-transporte 
de sódio com glicose ou aminoácidos – principal via
Troca direta por bicarbonato
Profa. Pollyanna Bernardes
Profa. Pollyanna Bernardes
O íon bicarbonato
HCO3
- neutraliza o HCl estomacal – formação de água, 
dióxido de carbono e cloreto de sódio
HCO3
- remanescente – reabsorção via mecanismo de 
troca iônica
Absorção de bicarbonato de sódio
O potássio
Absorvido por difusão passiva
Através da via paracelular
Concentrado no lúmen intestinal por causa da 
absorção de outros nutrientes, eletrólitos e água
Criação de um gradiente de concentração
Difusão através do epitélio intestinal –
difusão passiva paracelular
Profa. Pollyanna Bernardes
água
A água
Absorvido de forma passiva
Através da via paracelular ou transcelular
A mucosa intestinal é livremente permeável a 
água
Absorção de eletrólitos e nutrientes – atração de 
água 
Pressão osmótica intraluminal alta – atração 
inversa da água
Alimentos hiperosmóticos (salgados e 
açucarados)
Transformados após a digestão
Movimento constante da água – ingesta 
isosmótica
FLUXO SANGUÍNEO GASTRINTESTINAL
Nutrientes absorvidos – espaço lateral até o capilar 
por difusão
Concentração no espaço
lateral maior que no 
sangue – difusão para 
os capilares
Controle da concentração de nutrientes do sangue pelo 
fígado
Sangue venoso GI – passa pelo fígado antes de seguir 
pela veia cava e ir ao coração
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE GORDURAS
Não se dissolvem em água
Principal lipídeo da dieta: Triglicerídeo 
Outros tipos:
Colesterol e éster de colesterol – origem animal
Ceras – origem vegetal
Fosfolipídeos – origem animal e vegetal
Vitaminas A, D, E e K: absorvidas com lipídeos
Fases da assimilação de lipídeos
Emulsificação – processo de redução das gotículas de 
gordura (suspensãoestável na água)
Ação de enzimas hidrolíticas – lipídeos cobertos 
pela bile ou no estágio de gotículas emulsificadas
Hidrólise – ação combinada de enzimas (lipase e co-
lipase)
Separação dos ácidos graxos
Ação de outras enzimas – colesterolesterase e 
fosfolipase
Produzindo ácidos graxos não-esterificados, 
colesterol e lisofosfolipídeos
Profa. Pollanna Bernardes
Fases da assimilação de lipídeos
Micelas – produtos (ác. Graxos, monoglicerídeos) 
combinados com ácidos biliares e fosfolipídeos
Pequenos aglomerados hidrossolúveis de ácidos 
biliares e lipídeos
Menores que as gotículas emulsificadas
Penetração na camada estacionária do lúmen
Contato com a superfície absortiva
Absorção dos lipídeos
Transporte: Proteínas ligadoras de ácidos graxos 
especiais
Difusão: monoglicerídeos, colesterol e vitamina A
No interior da célula: carregados ao R.E.L.
Reesterificação formando triglicerídeos e 
fosfolipídeos
Ligação com colesterol, lipídeos menores e 
proteínas do R.E.R – quilomícrons
Ácidos biliares: reabsorvidos no íleo (co-transporte 
com sódio)
Profa. Pollyanna Bernardes
Absorção dos lipídeos
Passagem dos quilomícrons para o espaço lateral
Seguem pelos linfáticos intestinais ►duto linfático 
abdominal principal ► duto torácico ► veia cava
Durante a refeição ► linfa de cor branco leitosa
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO EPITÉLIO 
INTESTINAL
Replicação dos enterócitos – criptas
Migração e diferenciação até chegar às vilosidades
Comprimento das vilosidades – tempo de substituição 
pelas células das criptas
Varia de 4 a 7 dias
DIGESTÃO NO NEONATO
Eqüinos, bovinos, ovinos e suínos: necessidade de 
absorver proteínas intactas (anticorpos)
Diferenças no trato digestivo:
Secreção de ácido estomacal – retardada por 
vários dias
Atraso na função pancreática
Epitélio intestinal especializado – capaz de 
absorver proteínas solúveis
24h – fechamento do intestino
Troca de lactase por maltase
No nascimento: alta atividade de lactase
Próximo ao desmame: aumento da atividade de 
maltase
ATÉ A PRÓXIMA!!!

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