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Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Direito e Relações Internacionais
Curso: Direito Turno: Vespertino
Disciplina: HGS1280 História do Direito Turma: B-07
Docente: Me. Cleiton Ricardo das Neves
Discente: Pedro Paulo Faria de Sene Matrícula: 2018100011887-9
LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História: lições introdutórias.4ª ed. São Paulo: Atlas, 2012 (Pg 62-71).
1.A Alta Idade Média
1.1 Invasões:
O período das invasões dentro das fronteiras do império romano, já corresponde ao das tentativas de codificação do mesmo, e da centralização do poder legislativo no imperador. A ocupação do império pelos povos do norte estava acontecendo desde meados do século 2, e os romanos tentavam resistir a elas. Quando os imperadores centralizam, em si, as funções judiciais e legislativas, eles acabam por arruinar o estilo de vida romano. Foi um período de crise social, econômica e política, aonde o vasto império, com sua burocracia e exércitos, já não se sustentava. Houve uma barbarização crescente e diária, não só pelos povos que invadiam o território, mas também pelo abandono do padrão de vida da vida civil, e muitos romanos passavam para o lado dos bárbaros, já que como descrito pelo autor, pois preferem conviver com um povo totalmente estranho, mas ter certa igualdade com estes, do que sofrer injúrias de seu próprio povo. Os costumes dos povos bárbaros eram parecidos entre eles, já que eram povos sedentários, fugindo da fome e das guerras, e por isso não tinham o costume de viver em cidades, nem suas individualidades definidas à maneira de Roma. O direito romano visto como superior, mas não era possível preservá-lo sem preservar as instituições políticas romanas. Surge então um problema, quem deverá seguir que lei, já que não ocorre de imediato uma união entre romanos e bárbaros, separação essa que é reforçada por proibições de casamentos inter-raciais causadas pelas diferenças religiosas. Haviam proibições de casamento entre arianos e católicos, ou em geral entre romanos, galo-romanos e godos. Com o advento dos reinos bárbaros, houve uma pessoalidade das leis, as leis começaram a ser aplicadas por etnia, e isso cresce tanto que, todo o desenvolvimento do direito medieval se dá pela noção da existência de ordens jurídicas paralelas, aplicáveis a diferentes grupos de pessoas, simultaneamente, em um mesmo território.
 1.2. A regressão:
O estilo de vida romano começa a desaparecer completamente, evidente no abandono dos monumentos, dos aquedutos, das estradas e dos campos cultivados. É um tempo de violência, em que segurança da pax romana havia desaparecido. As estradas, importante rede de comunicação do império, desaparece junto com a moeda. O controle social se afrouxa e prova disso são os penitenciais da Idade Média. Houve uma regressão ao paganismo, já que a expansão do cristianismo se apoia na infraestrutura do império, o cristianismo começa a ceder junto com o império, e as populações rurais voltam a crer em espíritos e nos encantamentos das florestas.
1.3. O direito nos reinos bárbaros:
No final do século 5 e início do século 6, os francos, sob a liderança Clovis, os ostrogodos, sob a liderança de Teodorico, e os visigodos, sob a liderança de Eurico e depois de Alarico, disputam o ocidente, e neste cenário desordenado se estabelecem duas ordens de direito: o direito dos bárbaros e direito romano bárbaro, ou vulgarizado.
1.3.1. O direito costumeiro dos bárbaros:
O direito bárbaro é fruto, em geral, de costumes, e destes, o exemplo mais acabado que se sabe é a Lei Sálica. A versão que sobreviveu é a Lex Salica Emendata, de 802. Imagina-se que não se tratava de uma imposição nova, mas de uma aceita pelo rei e pelo povo, portanto, deveria aplicar-se aos francos sálicos. Teve 70 títulos na sua primeira versão e 100 na segunda. A leitura da lei sálica é uma viagem a uma sociedade onde a modernização do direito dá lugar a casos especiais e costumes, muita clareza a importância de relações desiguais, o valor extraordinário da propriedade e das coisas que cercam a casa e a unidade familiar. São quase que formas de vingança privada e ainda não existia a ideia de prisão
1.3.2. O direito romano dos bárbaros:
Os reinos bárbaros também tentaram conservar uma parte do direito romano havendo populações romanizadas nos seus territórios, a edição de um direito romano “vulgar” seria importante para a política, pois significava aceitação. Dentro deste espirito de conservação do direito romano, surgiram algumas coleções, a mais famosas dentre essas é conhecida como Lex Romana Visigothorum, editada em 506. É muito importante para a história por dois motivos: ficou em vigor por muito tempo, e foi inspirada diretamente do Codex Theodosianus, mantendo assim uma relação direta com a tradição romana. Esta coleção será revogada apenas em 1250 por Afonso X, por força da edição das famosas Sete Partidas. Assim é que se conservou alguma parte memória do direito romano. A partir do século 11, e principalmente do século 12, há uma recuperação progressiva dos monumentos e dos textos do mundo antigo.
DEMO, Wilson. Direito Canônico. In: Manual da História do Direito. Florianópolis. Conceito e Editorial, 2010 (Pg 41-46)
2. Direito Canônico
O nascimento deste se deu na época da Pax Romana, e a exemplo do que aconteceu com a cultura grega, após a conquista desses por Roma, a religião crista se desenvolve no centro do império romano. A desvinculação da sede da nova religião de Jerusalém pra Roma, demonstra o efeito da pregação feita fora da palestina.
2.1. Constantino publica em 313 o Edito da Tolerância de Milão, que proclama a liberdade de culto e restituindo aos cristãos os bens anteriormente confiscados.
2.2. A Igreja cristã toma a forma do império romano, porem seus bispos e padres eram escolhidos pelo clero e pela população local.
2.3. Devido a necessidade de organizar os vários problemas que surgem devido à nova realidade, a Igreja cria um sistema jurídico construído a imagem semelhante do sistema romano.
2.4. O seu auge se dá sob o papado de Inocêncio 3º, originando-se a decair a partir do final do século XIV e início do século XV, com o grande Cisma e a Reforma.
2.5. Fatores do direito canônico:
2.5.1. Tendência universalista da Igreja.
2.5.2. Regulação exclusiva de determinados ramos do direito privado.
2.5.3. Ausência de outro direito escrito.
2.5.4. Existência de trabalhos doutrinais anteriores ao direito laico.
2.6. Jurisdição e processo
À medida que a Igreja expandia sua influência junto aos estados, ela também expandia a sua esfera do direito. (p 50). 
As práticas processuais desenvolvidas perante os tribunais eclesiásticos na Idade Média, não eram parecidos com os tribunais laicos, aproximando-se muito do processo romano. No fim do século XII, através da Excomunicamus, de Gregório IX, foram criados procedimentos específicos para hereges. (p 51)
2.7. Compilações e codificações 
Tem como primeira fonte, a palavra de Deus advindas das Escrituras. A atuação supletiva das autoridades eclesiásticas em relação a bíblia, acarreta em um desenvolvimento considerável, proporcional ao aumento da importância da religião para os leigos e necessidade de manifestação do papa em relação a assuntos submetidos a este. Relacionados as codificações, a figura de Graciano por volta de 1140, propôs unificar o sistema jurídico da Igreja. Esse trabalho ganhou tanta ressonância, que Graciano foi considerado o iniciador da ciência canônica. Na segunda metade do século XII, devido ao crescimento da Igreja e sua maior sensibilidade para questões jurídicas, os pontífices são constantemente chamados para resolver problemas.
2.7.1. No Concilio Vaticano I (1869/70), surge a necessidade de se organizar o emaranhado jurídico existente.
2.7.2. No papado de Pio X, é promovida a redação de um novo código
2.7.3. O Concilio Vaticano II (1965) formulou diversos documentos jurídicos, estes que promoveram alterações expressivas na estrutura e na postura da Igreja, o que mostrou a necessidade de um código novoque contemplasse todas essas alterações, este que vem em 1983, sob o papado de João Paulo II, sendo valido apenas para a Igreja Latina, havendo um código para as igrejas orientais.
3. O legado do direito canônico 
 A influência do Direito canônico, resistiria mesmo à Contrarreforma, ao seguirem as determinações do Concílio de Trento (1547-1563). 
3.1. Posteriormente, novos conceitos ocasionaram uma cuidadosa revisão e renovação nos quadros institucionais do Direito Canônico, revelando os Códigos de 1917 e o atual, de 1983. 
3.2. Os traços do Direito Canônico nos atos processuais são dos mais diversos, desde de o emprego de palavras a expressões inteiras. 
3.3. Antecipando-se a divisão do processo civil em fases distintas, o canônico sistematizou em termini ou stadia, até sentença final, e como esta sequência demorava, o Papa Clemente V institui o processo sumario, que determinava que em casos específicos, este se mantivesse simples. 
3.4. Inocêncio III determina que as exceções deveriam sem propostas a um prazo curto, a não ser que houvesse uma forte razão para que não acontecesse desta maneira. 
3.5. A direção do processo cabe ao juiz, este que pode ouvir as partes a qualquer momento, chamando-as a composição. 
3.6. A instituição do juiz delegado estabelece o critério de mediatidade, que está presente no atual Código de Direito, e que se encontra nos diplomas processuais civis no Brasil, art.492.
3.7. Os modos se agir, antes ou depois da audiência, chegaram ao atual Código de Processo Civil (arts. 59 e 60).
3.8. A reconvenção ganha sua forma na legislação gregoriana, que se refere às mutuis petitionibus, enquanto os Cânones 1 e 2 já trazem a expressão reconventionis.
3.9. A preocupação quanto à realização da justiça, que no Direito Canônico que o julgamento correria depois de três sentenças, posteriormente reduzida a duas, a colocação tradicional de que as sentenças proferidas nas causas sobre o estado das pessoas nunca passariam em julgado. É o que ocorre também na atualidade.
3.10. Honório III criou a figura dos advocati pauperum, “advogados do povo”, destinados a atender às pessoas carentes de recursos, Inocêncio III por sua vez, nomeou 24 procuradores para essa finalidade. Precursores da assistência jurídica gratuita, aos quais sobrepujou a figura de Santo Ivo, patrono dos advogados, acabaram disponibilizando maiores possibilidades de acesso à justiça aqueles que não dispunham de condições para as despesas do processo.
3.11. O Cânone 1.752 do atual Código de Direito Canônico, apesar das significativas mudanças da sociedade, este permanece integro no intuito de resguardar e preservar o princípio que os instrui, com base na fraternidade e harmonia, equidade e solidariedade, sempre levando em conta a salvação das almas, lei esta que é suprema no impulso e na condução.
4. Renascimento do direito romano
O fator comum aos direitos romanistas é a influência do seu desenvolvimento feita pela ciência do direito desenvolvida nas universidades a partir do século XII. O ensino de direito nestas, e feito quase que exclusivamente baseado nos escritos romanos, mais especificamente pelo Corpus iuris civilis.
4.1. Essa ciência do direito não era parecida com a da época romana, pois os professores da Baixa Idade Média, interpretavam os textos romanos baseados em ideias na época e, assim, elaboravam um direito erudito, muito mais próximo do direito romano do que os direitos positivos da sua época. 
4.2. Características:
- Era um direito escrito
- Era comum a todos os mestres
- Era muito mais completo que os direitos locais
- Era mais evoluído
4.3. A penetração do direito erudito no direito positivo dos diferentes países da Europa, não atingiu por todo o lado a mesma intensidade, o grau de romanização variava de país para país. A romanização foi maior na Itália, nos países ibéricos, na Alemanha e nas regiões belgo-holandesas que em outras partes, como por exemplo, na França, onde o direito erudito só foi admitido como razão escrita. Os países escandinavos e eslavos aonde as universidades apareceram mais tarde, foram pouco romanizados, a Inglaterra desenvolveu seu commom law, mas apesar da diversidade e dos graus de romanização, alguns elementos se mantem comuns até os dias de hoje.
4.4. O uso de uma terminologia comum, baseada numa concepção comum das noções jurídicas. 
4.5. O papel reconhecido à regra de direito, abstrata e geral, assim como ela é retirada da ciência jurídica do conjunto dos casos em si.
4.6. O princípio de que o direito deve ser justo e razoável, as regras de direito devem ser justas, conforme a concepção de direito pela razão dos homens.
4.7. Uma maneira jurídica de pensamento, que tende a resolver os casos particulares a partir de regras gerais, fixadas pelo legislador e pela doutrina
4.8. Alguns dos elementos romanistas comuns aparecem nos direitos europeus sem terem sido introduzidas nestes:
- A passagem do irracional para o racional
- A preponderância da lei impõe-se sobre a extensão do poder dos reis e dos grandes senhores.
E daqui resulta que não existe, na Europa Continental, uma união real do direito, e se os conceitos jurídicos apresentam uma unidade relativa, os direitos positivos apresentam uma separação grande de país para país.
5. Feudalismo
5.1. É um fenômeno político, social e econômico da sociedade europeia do século X.
5.2. Como exemplo ocidental temos a França, e como oriental, o da Rússia
5.3. É comum a generalização do feudalismo a partir da França.
5.4. Existem duas épocas feudais: 
5.4.1. A primeira corresponde a um momento de organização rural estável, onde o comercio passa por uma fase embrionária, a moeda não existe e o trabalho assalariado é raro.
5.4.2. A segunda corresponde a um momento de renascimento do comercio, maior difusão monetária, e gradual superioridade do comerciante sobre o produtor, mudando a organização econômica. Essa gradual recuperação do comercio alimenta a classe ascendente, para quem o senhor feudal se vê obrigado a escoar sua produção, o comerciante. Se sob a perspectiva econômica há uma mudança, no âmbito social a segregação das classes acentua-se, com grupos cada vez mais oclusos.
5.5 Uma definição básica do feudalismo é: o conjunto de práticas que estabelecem laços de união entre os membros das camadas superiores, que se beneficiam dos benefícios concedidos pelos seus vassalos em troca de serviços e fidelidade, fidelidade que poderia ser dada a vários senhores, então o vínculo se dá entre senhores, e não entre senhor e vassalo. O feudalismo como fenômeno histórico, estreitava os laços os grupos dominantes, excluindo a relação com a classe subalterna, assim, as relações políticas mantidas entre senhores somente servia para dar mais prestigio e poder para os mesmos.
5.6 O direito feudal era a caracterização do direito dominial medieval entre os séculos IX e XIV. Era caracterizado por contrato entre um senhor e um vassalo, em que este se tornava obrigado a ser fiel, fornecendo ajuda militar, e participar dos conselhos e cortes do senhor, e em contrapartida, o senhor obrigava-se a proteger e reconhecer o domínio do vassalo sobre uma determinada parcela de terra, que se tornaria hereditária a partir do século X.
6. Glosadores, pós-glosadores, comentadores e humanistas.
Formam-se ao longo dos séculos XII a XV, duas escolas que se sucedem: glosadores e comentadores. A elas podem se acrescentar a dos humanistas no século XVI. Considera-se o corpus do direito romano como texto tradicional e autoridade intelectual, normativo enquanto disciplina da razão jurídica.
6.1. Todas as escolas influenciaram muito na contribuição do próprio direito romano, no processo penal e civil, e especialmente, nas reformas que foram incorporando o direito secular algumas inovações criadas no direito canônico. 
6.2. No direito comercial ajudaram a justificar invenções e práticas dos mercadores.
6.3. Dada a situação da pluralidade das jurisdições e do direito vieram a interferir em matérias de direito interlocal, ainda em direitoda família, uso da terra, pessoas jurídicas. 
6.4. Os domínios se dividiam em dois, dominium utile e dominium directum, o que permitia explicar e justificar o regime feudal e também dos direitos perpétuos de posse.
6.5. Os glosadores tiveram um trabalho limitado na sua relação com o texto, muito embora eles precisassem conhecer todo o texto, a glosa ainda é um comentário do texto e segue a sua ordem. Eles não queriam usá-lo na vida pratica, queriam utiliza-lo como instrumento de razão da verdade e da autoridade.
6.6. Imério, de quem pouco se sabe, é tido como o fundador da tradição dos glosadores. A atividade dos legistas em Bolonha é anterior a ele, mas com o Studium de 1088 cria-se uma data certa da vida universitária. A ele também é atribuída a littera bononiensis.
6.7. Além de ensinar para um grupo de alunos, eles influem diretamente na pratica notarial. Com a limitação da sociedade medieval de escolaridade, os notários, vão tomar um posto mais proeminente, serão os novos clérigos, um novo posto respeitado nas comunas e nas cidades novas, serão conselheiros de senhores e mercadores.
6.8. A escola dos glosadores determina um estilo de estudo jurídico simplificado, de grande respeito ao texto romano. São os juristas do século XIV, que adquirem maior liberdade. Já são senhores de um saber consolidado. O costume pode então ser corrigido pela razão, seja a lei escrita ou suas interpretações.
6.9. Os comentadores têm outras tarefas mais práticas e livres, pois respondem indagações ou consultas, as quais são tratadas sem seguir a ordem do texto romano.
6.10. A influência da escola de Bolonha será cultural, os seus alunos vão influir na cultura jurídica.
6.11. Os juristas deram sua contribuição na vitória de Estado racionalizado, foram homens de diplomacia e administração.
DEMO, Wilson. Common Law. In: Manual da História do Direito. Florianópolis: Conceito editorial, 2010. (Pg 47-51)
7. Commom Law
Com a conquista da normanda, se instala na Inglaterra um sistema feudal centralizado, muito diferente do visto em outros territórios na mesma época.
7.1. Nessa época ainda não existe o commom law, pois a aplicação do direito se faz pelas assembleias locais.
7.2. A atuação das jurisdições reais, somente, é que irá dar origem a commom law.
7.3. A Commom Law é o direito formado com base nas decisões dos Tribunais Reais de Westminster. 
7.4. A importância dada ao precedente judiciário no commom law não é encontrada no Direito Continental.
7.5. A lei só se torna obrigatória, se assim for considerada pelo juiz.
7.6. Este tribunal, posteriormente, se fraciona em seções que adquirem autonomia para tratar de algumas questões especificas
7.7. A existência dos writs e sua ampla utilização inviabilizou a penetração do direito romano, formando um sistema em que, as suas normas processuais tem mais valor do que as normas do direito material, ou direito continental.
7.8. O fim desse sistema dualista só ocorre com o aumento do direito legislado, pois todas as jurisdições começam a ser aplicadas a ambos os tipos de jurisdição.
7.9. Mesmo com o aumento do direito legislado, o direito Inglês ainda guarda instituições próprias.
CAENEGE, R. C. Uma introdução Histórica ao Direito Privado. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (Pg 78-83).
8. A escola humanista do direito romano 
A jurisprudência do século XVI foi dominada pelos feitos da escola humanista do direito romano, ultima escola a utilizar o Corpus iuris civilis, porem adotou uma abordagem muito diferente dos glosadores e comentadores.
8.1. A abordagem humanista do direito acarreta em uma revivescência do direito romano e da sua civilização.
8.2. Ao demonstrar a historicidade e a relatividade do Corpus iuris, os humanistas derrubam a autoridade absoluta desfrutada até o presente momento.
8.3. Em algumas faculdades, as jurisprudências são afetadas por este ressucitamento, e algumas delas se tornam centros humanistas, como por exemplo a Universidade de Louvain.
8.4. Vários juristas da Escola Humanista se envolveram nos conflitos religiosos de Reforma e foram obrigados ao exilio.
8.5. A Escola Humanista contribui de maneira não antes vista para a ampliação e o aprofundamento do conhecimento do direito antigo, porém por toda a Europa, alguns praticantes continuavam a aplicar o direito romano.
8.6. Esta revivescência do direito acadêmico romano foi superada pelos códigos nacionais inspirados pela Escola de Direito Natural. A influência das escolas anteriores não se desfaz de imediato, mas traços de suas ideias podem ser encontradas em partes dos códigos modernos.

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