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EICHMANN EM JERUSALÉM UM RELATO SOBRE A BANALIDADE DO MAL (resumo cap I ao VI)

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EICHMANN EM JERUSALÉM UM RELATO SOBRE A BANALIDADE DO MAL 
Hannah Arendt, filosofa alemã e judaica, recebeu grande reconhecimento pelo 
seu livro “As origens do totalitarismo” e a partir deste reconhecimento, ao se 
oferecer como correspondente da revista “The New Yorker” para o julgamento 
de Eichmann, obteve imediata aceitação. A visão da filosofa ao assistir 
pessoalmente o julgamento, resultou na obra “Eichmann em Jerusalém: Um 
relato sobre a banalidade do mal” que trata do julgamento de Adolf Otto 
Eichmann, sequestrado na Argentina e julgado perante um tribunal judeu em 
Jerusalém, devido aos seus crimes com a humanidade durante a Alemanha 
nazista. Enquanto que a maioria dos espectadores sobre o caso enxergavam o 
acusado como um “monstro”, Hannah deixou claro em sua obra a sua visão de 
que se tratava de um medíocre burocrata em que seu maior objetivo era seguir 
o que lhe era imposto. E logo em sua tese podemos ver o que por ela foi 
chamado de “banalidade do mal” onde Eichmann e os nazistas em si, 
renunciaram sua personalidade, que como Eichmann afirmou repetidas vezes 
somente cumprira ordens, e que praticavam o mal sem qualquer motivo ou razão 
pessoal. O mal simplesmente era feito seguindo um sistema e as pessoas nem 
sequer notavam que ele ainda existia, pois como Hannah mesmo coloca, ele se 
torna banal. Para estruturar seus argumentos o livro é dividido em 15 capítulos. 
I - “A CASA DA JUSTIÇA” - Hannah nos descreve a estrutura do local onde 
ocorreu o julgamento de Adolf Otto Eichmann, com formação de 3 juízes, o 
promotor com 4 advogados assistentes e o advogado de defesa. Com uma 
crítica a péssima tradução do idioma hebraico para o acusado. Faz-se aqui uma 
introdução ao caso, quando o primeiro ministro Ben-Gurion de Israel mandou 
que raptassem Eichmann para que fosse julgado perante um tribunal de judeus 
e que a partir desse julgado, pudessem ser encontrados e julgados outros 
nazistas e quanto a isso se obteve sucesso já que no capitulo nos conta que 
vários crimes nazistas foram julgados a partir do de Eichmann. 
II - O ACUSADO – Neste capitulo é falado um pouco a respeito de Eichmann e 
sua vida e sobre seus fracassos nas realizações de suas funções até entrar para 
a SS (força militar nazista). Hannah enfatiza a posição de Eichmann, que se 
considera inocente de toda acusação, afirmando que nunca matou uma pessoa, 
sendo judeu ou não. Sendo assim somente um burocrata que seguia as regras, 
envolvendo uma questão moral visto que ele sabia que a deportação dos judeus 
em certo período levaria a morte, mas estava obedecendo as leis vigentes. 
III - UM PERITO NA QUESTÃO JUDAICA – É narrado aqui a ascensão do 
acusado, que passou a trabalhar com as questões judaicas pois além de ser um 
bom burocrata, era entendedor dos assuntos judeus, convertido ao sionismo. 
Eichmann obteve grande sucesso na questão da “emigração forçada” (aqui os 
judeus “só” eram expulsos), onde conseguiu emigrar 45 mil judeus em apenas 8 
meses, tudo graças a sua criação em que resolvia a questão da emigração no 
mesmo prédio e mesmo dia, percebendo que a ideia inicial era de deportação e 
não de extermínio dos judeus. 
IV - A PRIMEIRA SOLUÇÃO: EXPULSÃO – A escritora aqui relata sobre o que 
por ela foi chamado de primeira solução na qual consistia na expulsão dos 
judeus, em que Eichmann estava no comando de deportação em Viena, caso 
em que ele se vangloriava pois “salvou” milhares de judeus os deportando para 
fora da Europa. 
V - A SEGUNDA SOLUÇÃO; CONCENTRAÇÃO - Com o início da guerra a 
emigração cessou pois não havia mais para onde enviar os judeus, neste 
capitulo é abordado a questão dos campos de concentração como sendo uma 
solução para os judeus e com a desculpa de que era uma “administração” e 
organização por parte do Estado Nazista. Hannah aborda ainda o fato de que 
Eichmann como um bom sionista já abordado antes, trabalhava em um plano 
para que os judeus pudessem ter “terra sob seus pés” o “plano Madagascar” o 
que foi um fracasso por inúmeras razões, mas que serviu de desculpa para 
ocultar as intenções dos nazistas que era o extermínio total dos judeus, pois os 
reunia para depois “deporta-los”. 
VI - A SOLUÇÃO FINAL: ASSASSINATO – Os capítulos IV e V cooperam e 
culminam de forma importantíssima para esse sexto capitulo onde depois de 
expulsão e concentração, chegam exatamente onde os nazistas queriam o que 
veio a se chamar “solução final” onde havia o total extermínio dos judeus, fica 
claro que esse plano estava esclarecido somente aos altos cargos onde usavam 
uma linguagem restrita e com códigos sobre o assunto, onde Eichmann foi um 
dos primeiros de níveis inferiores a saber sobre. Hannah entra aqui com a 
questão que Eichmann fora enviado para verificação sobre as atividades da 
solução final, viu os campos de extermínio e se sentia desconfortável com a 
situação, mas embora não participar diretamente nunca se negou a deixar de 
fazer o que lhe era mandado mesmo sabendo qual seria o destino final e que o 
poderia ter feito exigindo transferência, mas não o fez.

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