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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL 1

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
1. A importância dos aditivos
Os aditivos são substâncias que não têm valor nutritivo, mas que são utilizadas para preservar os alimentos durante o armazenamento, melhorar as condições de elaboração e aproveitamento das rações, ou melhorar a produtividade dos animais.
Os aditivos são comercializados na forma de pré-misturas com escipientes para facilitar a mistura com o restante dos ingredientes das rações. Os aditivos devem ser estáveis durante o armazenamento e resistentes aos tratamentos térmicos (peletização e extrusão).
Para prevenir possíveis efeitos adversos aos animais, às pessoas e ao meio ambiente, deve-se utilizar somente os aditivos permitidos e registrados no MAPA. Ao escolher um aditivo deve-se avaliar de que forma o produto atua, quais benefícios pode trazer e quais os custos diários de sua utilização para poder calcular o custo benefício da adição desses compostos na dieta dos animais. 
2. Aditivos tecnológicos 
a) Aromatizantes e palatabilizantes
Os aromatizantes e palatabilizantes são utilizados principalmente em rações de animais que desmamam precocemente (leitões e cachorros) já que melhoram o consumo das rações de iniciação. Para animais adultos, os palatabilizantes podem ser utilizados quando se muda o tipo de ração, ou quando as rações contêm ingredientes de sabor pouco palatável.  
Para que os animais jovens associem o palatabilizante ao leite materno, deve-se incluir o palatabilizante na ração das porcas, assim, ele é excretado no leite e quando o mesmo palatabilizante é incluído na ração de desmame, o leitão associa a ração ao leite materno, promovendo o consumo da ração. 
Os palatabilizantes mais utilizados são os flavonóides, ácidos graxos e aminoácidos. Na aquicultura utiliza-se palatabilizantes-atrativos baseados em aminoácidos e betaína.
b) Aglutinantes 
Os aglutinantes facilitam a peletização e melhoram a textura das rações, além de facilitar o escoamento dos ingredientes no maquinário utilizado na fabricação das misturas. As rações extrusadas (rações para peixes, cães e gatos) não necessitam de aglutinantes.
c) Antioxidantes
Os antioxidantes são substâncias que são adicionadas às matérias primas ou às rações com elevado conteúdo de lipídeos (p.e. farinhas de subprodutos animais, rações para frangos ou peixes, etc), para evitar a oxidação dos ácidos graxos, já que os peróxidos que se formam oxidam as vitaminas lipossolúveis, alguns aditivos e o restante da gordura presente na ração, provocando alterações das características organolépticas e nutricionais das rações.
As substâncias mais sensíveis à oxidação são os ácidos graxos insaturados, a vitamina A, os pigmentantes e os palatabilizantes. O oxigênio, a luz , o calor e os metais atuam como catalizadores do processo de oxidação. 
Os antioxidantes mais utilizados são o Etoxiquin e o BHT. Os antioxidantes naturais são os tocoferóis (vitamina E) e os ascorbatos (vitamina C).
 d) Conservantes 
Os conservantes ou antifúngicos evitam a proliferação de fungos e consequentemente a produção de micotoxinas em rações ou em matérias primas para rações susceptíveis de contaminação por fungos durante a estocagem.
Os antifúngicos mais utilizados são os ácidos orgânicos de cadeia curta e seus sais, p.e. ácido fórmico e formatos; ácido acético e acetatos; ácido propiônico e propionato. Além disso, os antifúngicos tem um efeito positivo sobre a digestibilidade da proteína e sobre a flora intestinal.
A peletização não pode substituir os antifúngicos, pois as micotoxinas presentes na matéria prima são termoresistentes, além disso, as rações podem ser contaminadas após serem peletizadas. A adição de antifúngicos evita o crescimento dos fungos, mas não detoxica as partidas contaminadas.
e) Pigmentantes
Os pigmentantes são substâncias que colorem a gema do ovo, a gordura subcutânea e a pele dos frangos e os músculos e a gordura subcutânea dos salmonídeos (truta e salmão). A xantofila (pigmentante natural) está presente em algumas matérias primas como o milho, o glúten de milho e a alfafa. Além das xantofilas fornecidas pelas matérias primas, as rações de poedeiras, salmonídeos e em alguns casos as de frangos de corte podem receber a adição de pigmentantes naturais ou sintéticos. 
Em condições de jejum ou estresse, há gasto das reservas corporais e as gorduras são mobilizadas e assim, perde-se também parte dos pigmentantes presentes no tecido adiposo. Os pigmentantes também se perdem durante o armazenamento, portanto deve-se adicionar antioxidantes a eles.
f) Outros aditivos tecnológicos.
Os corantes são substâncias que dão cor aos alimentos. Eles são utilizados principalmente em rações de aves exóticas, peixes ornamentais, cães e gatos. 
Os espessantes e gelificantes são utilizados em rações enlatadas para cães e gatos.   
Os antiumectantes impedem o empedramento de alimentos higroscópicos (sucedâneo de leite).
Os emulsificantes são incluídos no leite em pó ou no sucedâneo de leite para facilitar a diluição da gordura quando o leite é reconstituído. Utiliza-se lecitina de soja. 
3.- Aditivos modificadores da atividade digestiva.
a) Acidificantes
Adiciona-se acidificantes às rações de leitões para reduzir o pH gástrico a abaixo de 3,0. Esses animais produzem pouco ácido clorídrico no estômago e o pH baixo é necessário para a conversão do pepsinogênio em pepsina e para a desnaturação das proteínas no estômago. Assim, os acidificantes favorecem a digestibilidade das proteínas da ração. Isso favorece o maior aproveitamento do alimento e previne que muita matéria orgânica não digerida alcance o intestino grosso, o que favorece o desenvolvimento de bactérias patogênicas como a E. coli, S. enteritidis e outras enterobactérias causadoras de diarréias. 
Os acidificantes apresentam também um efeito direto sobre a flora intestinal ao reduzir o pH do intestino a 5,0-6,0, favorecendo o desenvolvimento de lactobacilos e diminuindo o de bactérias patógenas. Para que os acidificantes cheguem às últimas porções do intestino delgado e ao intestino grosso, eles são protegidos com ácidos graxos (acidificantes protegidos). Os acidificantes protegidos são particularmente importantes para animais com o intestino grosso mais desenvolvido como os coelhos e os cavalos. 
Como acidificantes, utilizam-se pré-misturas de ácidos orgânicos como os ácidos fórmico, propiônico, cítrico, lático, fumárico, acético e málico. Como se comentou ao estudar os antifúngicos, os ácidos orgânicos também tem um efeito conservante sobre as rações, prevenindo o desenvolvimento de fungos, leveduras e bactérias. 
b) Emulsificantes
Os emulsificantes, além de serem usados como aditivos tecnológicos no sucedâneo de leite e no leite em pó, também são incluídos em rações de desmama para melhorar a digestibilidade das gorduras saturadas incluídas nas rações. 
Os emulsificantes facilitam a diluição das gorduras em água e nos sucos digestivos
  
c) Enzimas
As enzimas são obtidas a partir de cultura de bactérias ou de fungos. Em condições fisiológicas normais, as enzimas são secretadas em quantidades suficientes pelas glândulas do trato gastrointestinal, portanto só há interesse de suplementação de enzimas que o organismo não produza, como as celulases, fitases, etc. O propósito geral do uso de enzimas é melhorar a digestibilidade dos componentes pouco ou nada digestíveis dos alimentos. As enzimas normalmente utilizadas são as fitases, ß-glucanases e ß-xilanases.
	Fitase – As quantidades de fósforo (P) proveniente dos vegetais, presente nas rações seriam, em geral, suficientes para atender as exigências de P da maioria dos animais, contudo, grande parte do P nos vegetais está preso na molécula de ácido fítico o que o torna indisponível. Normalmente a biodisponibilidade de P nos vegetais é de 15 a 50%. Considera-se por convenção o valor de 1/3 do P total como sendo disponível (Pd). O P indisponível é excretado nas fezes o que ocasiona problemas ambientais, além disso torna-se necessária a adição às raçõesde uma fonte inorgânica de P (Fosfato bicálcico). Há disponibilidade no mercado da enzima fitase microbiana purificada para uso em rações e seu uso vem crescendo pois é viável economicamente.
As fitases possuem a propriedade de romper a ligação do fósforo orgânico ligado aos sais de ácido fítico, tornando-o disponível biologicamente. Além de liberar o P indisponível, aumenta também a disponibilidade de outros elementos como Zn, Cu, Ca e Mn e a digestibilidade da proteína e de alguns aminoácidos. 
		Molécula de ácido fítico
β-Glucanase e endoxilanase – Atuam sobre β- glucanas e pentosanas solúveis (xilose + arabinose), respectivamente, liberando maior quantidade de açúcares disponíveis. As β- glucanas e pentosanas, estão presentes em diversos cereais, mas principalmente na cevada e no trigo, respectivamente. Esses glicídios possuem a capacidade de formar géis em contato com a água, dando origem a soluções viscosas que retardam a absorção de nutrientes, aumentam o volume da dieta em função de sua capacidade de reter água no trato gastrointestinal provocando uma depressão no consumo de alimentos.
d) Probióticos. 
São microorganismos viáveis para uso direto nas rações. Esses microorganismos habitam o organismo e são benéficos. Eles reduzem o pH do intestino através da produção de ácido lático e também produzem metabólitos e antibióticos, controlando o desenvolvimento dos microorganismos patógenos. Outra forma de controle da população patógena pelos probióticos é através da ocupação de sítios específicos do epitélio intestinal diminuindo, dessa maneira, a colonização por microrganismos patogênicos. Esse modo de atuação denomina-se exclusão competitiva.
Apesar dos probióticos apresentarem melhorias nos índices de conversão alimentar e de produtividade, os resultados obtidos até hoje com o uso de probióticos ainda são piores do que os obtidos com os antibióticos.
Os probióticos mais utilizados são: Lactobacillus farciminis, Bacillus cereus, Pediococcus acidilactici ,Saccharomyces cerevisiae.
Os probióticos são utilizados em situação de estresse, que induzem ao desenvolvimento de enterobactérias patógenas, sobretodo durante o desmame de leitões e suínos em crescimento.
Os probióticos devem ser termoresistentes para que não se destruam durante a peletização ou extrusão. 
e) Prebióticos (Oligossacarídeos)
São ingredientes nutricionais não digestíveis, que afetam beneficamente o hospedeiro, estimulando seletivamente o crescimento e atividade de um tipo ou mais de bactérias intestinais benéficas, melhorando a saúde do seu hospedeiro. Os prebióticos não devem ser hidrolisados ou absorvidos na porção inicial do trato gastrointestinal.
Os oligossacarídeos são açúcares unidos por ligações β-glicosídicas que não são digeridas e passam para o intestino grosso onde são utilizados pelos probióticos como substrato energético e portanto favorecem o seu desenvolvimento. Os prebióticos mais conhecidos atualmente são os frutoligossacarídeos (FOS), mananoligossacarídeos (MOS), lactulose, lactitol (dissacarídeo sintético) e transgalactosídeos (TOS). Atualmente os prebióticos de maior interesse são aqueles que objetivam estimular as bifidobactérias residentes no cólon.
4.- Aditivos modificadores do metabolismo.
Estes aditivos são os hormônios.
Hormônios anabolizantes: se caracterizam por sua função anabolizante, estimulando a síntese protéica, o que melhora a velocidade de crescimento e a qualidade da carcaça dos animais para o abate (bovinos). 
Hormônios antitiroideanos: aumentam o acúmulo de gordura na carcaça, utilizados na terminação dos bovinos.
No caso de monogástricos, estuda-se o efeito de outros tipos de hormônio sobre a qualidade da carcaça de suínos: a somatotropina porcina (pST) e os β-agonistas. Ambos podem ser considerados como repartidores de nutrientes porque modificam as taxas de deposição de gordura e proteína do corpo animal. Esses produtos ainda não tem registro de uso no Brasil, porém há tramitação de documentos nesse sentido junto ao Ministério da Agricultura.
5.- Aditivos medicamentosos.  
a) Antibióticos.
Os antibióticos são utilizados para reduzir o risco de diarréias em aves, suínos e coelhos, já que atuam no intestino suprimindo microorganismos prejudiciais; além disso, seu uso permite o controle de doenças subclínicas, o que melhora a produtividade e reduz a mortalidade. Quanto maior o desafio sanitário e mais jovem o animal, maior é o efeito dos antibióticos. 
Ainda que não se tenha demonstrado que se desenvolva resistência nem outro efeito negativo para a saúde pública, cada vez há mais restrições legais ao uso de antibióticos, contudo ainda não existem aditivos capazes de promover os mesmos efeitos sobre a conversão alimentar e produtividade para que esses aditivos sejam substituídos.
b) Coccidiostáticos.
As eimérias (agentes causadores da coccidiose) lesionam as paredes intestinais, reduzindo a capacidade de absorção dos nutrientes e provocando diarréias, às vezes sanguinolentas, que podem ocasionar a morte do animal. O uso de coccidiostáticos é prática normal em rações de aves criadas no piso (frango de corte), de coelhos e durante a cria e recria de poedeiras em baterias. Na ração de terminação de aves e coelhos, retira-se o coccidiostático (durante 5 dias) para evitar resíduos na carcaça.

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