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Medicamentos em psicoterapia
A psicoterapia é um processo de aceleração do desenvolvimento psicológico de um individuo que, por motivos diversos e em varias fazes da sua vida, teve partes desse desenvolvimento bloqueadas. Durante o processo psicoterápico e principalmente em algumas etapas do processo pode haver a necessidade de alguma ajuda medicamentosa que funcione como um facilitador para o seu melhor andamento. Os medicamentos utilizados são os mesmos indicados na psiquiatria clinica, mas os efeitos, doses e indicações desejados são diferentes. 
Psiquiatria clinica x Psicoterapia
As principais diferenças são:
Diagnostico: 
Na psiquiatria clinica é sintomático, sendo a denominação da doença o resultado do agrupamento de vários sintomas, não se levando em conta os eventos psíquicos que os causaram. Na psicodinâmica é levado em conta as causa, os conflitos psicológicos responsáveis pelos sintomas, que chamamos de psicopatologia psicodinâmica.
Função do medicamento:
Na psiquiatria clinica o remédio é apresentado para o cliente como uma droga com poder curativo daquela sintomatologia. Na psicodinâmica ele é apresentado como uma droga auxiliar no tratamento e a cura dos conflitos psicológicos causadores dos sintomas é feita por meio da psicoterapia.
Dosagem da medicação:
Na psiquiatria clinica a dose do remédio obedece ao critério de total remissão dos sintomas por determinado tempo conforme a doença. Na psicoterapia utilizamos uma dosagem que apenas abranda os sintomas, possibilitando que o individuo exerça suas funções habituais.
Neurociência
A neurociência divide o cérebro em três estruturas filogeneticamente hierarquizada: o tronco encefálico, cérebro e o córtex cerebral. 
O tronco encefálico: corresponde a porção mais primitiva na evolução e no desenvolvimento evolutivo cerebral, responsável pelas funções autônomas básicas de sobrevivência (respiração, controle do sistema vascular, etc), além de ser a sede de estruturas ligadas ás sensações mais primitivas como o medo e raiva, 
O Cérebro: é responsável pelo equilíbrio do nosso corpo e auxilia a movimentação.
O Córtex: é a região mais recentemente estruturada e base das funções cognitivas superiores (memória, atenção, pensamento), é nele que se encontra a maioria das vias cerebrais e dos neurotransmissores. A base funcional do cérebro é a ligação entre os neurônios (células especializadas na disseminação dos impulsos nervosos, composto por um núcleo, um dendrito, estrutura “receptora” e um ou mais axônios, estruturas “transmissoras”), em um sistema extremamente complexo em que as conexões chegam as casa de trilhões. É essa intensa rede de conexões que da o substrato funcional para que o córtex cerebral atue como o centro de controle do corpo.
Psicofarmacos
Benzodiazepínicos e Hipnóticos 
São medicamentos de ação ansiolíticos (diminuição da ansiedade), antidepressivos e hipnóticos (induzir o sono) e de relaxamento muscular, seu efeito é imediato, tornando uma das medicações mais efetivas em momentos de crises, sua dose deve ser aumentada progressivamente conforme a necessidade, no contexto clinico são utilizados como drogas acessórias , combinadas principalmente com antidepressivos e neurolépticos, em pacientes que apresentam componente de ansiedade mais intenso. São encontrados em quatro formulações: comprimidos, comprimidos sublingual, gotas e injetáveis.
Clonazepam (Rivotril)
 Dose terapêutica: 0,5mg a 2mg
 Dose clinica: 1mg á 6mg
È o tranquilizado mais utilizado, seu efeito atua sobre a serotonina, sendo considerada medicação de escolha para pacientes com sintomas de pânico, está presente em comprimidos, e comprimidos de ação rápida (sublingual), em forma liquida (1gota equivale a aproximadamente 0,1mg). Tem meia vida relativamente longa (pico de ação em 1h á 3h e duração de 20h), com potencial de sedação moderado.
Diazepan (Valium)
 Dose terapêutica: 5mg á 10mg
 Dose clinica: 5mg á 40mg
Tem maior período de ação que os dos tranquilizantes comumente utilizados, podendo ser encontrado no organismo até 80h depois de ingerido. Tem inicio de ação rápido (30 min.). Traz efeito marcado de euforia e potencial significante. È utilizado como anticonvulsivante e para o controle de abstinência alcoólica.
Alprazolam (Frontal)
Dose terapêutica: 0,5mg á 2mg
 Dose clinica: 1mg á 6mg
Tranquilizante muito utilizado na pratica clinica para controle de crises ansiosas durante o dia, por ter efeito rápido e baixo potencial sedativo, formulação de ação rápida em comprimidos sublingual, tem liberação de (XR), apresenta potencial de dependência considerável.
Cloxazolam (Olcadil)
 Dose terapêutica: 0,5mg á 1mg
 Dose clinica: 1mg á 12mg
É um tranquilizante de alta potencia com grande efeito ansiolítico e hipnótico, mas com pouco efeito relaxante muscular, apresenta alto grau de sedação, principalmente nos primeiros dias de uso.
Bromazepam (Lexotan)
Tranquilizante de meia vida intermediaria, com efeito sedativo e ansiolítico moderado, apresenta formulação de liberação prolongada e também associada a uma dose baixa do neuroleptico Sulpirida (Sulpam), não deve ser utilizado em mulheres gestantes.
Clordiazepóxido (Psicosedin)
 Dose terapêutica: 5mg á 10mg
 Dose clinica: 10mg á 80mg
Grande potencial de sedação e abuso, atualmente é utilizado preferencialmente para controle dos sintomas de abstinência alcoólica, sua formulação combinadas com o antidepressivo tricíclico Amitripilina, usado principalmente como hipnótico.
Flunitrazepam (Rohypnol)
 Dose terapêutica: 0,5mg á 1mg
 Dose clinica: 0,5mg á 2mg
É um tranquilizante mais potente com efeito sedativo e hipnótico muito intenso, seu uso continuo não deve ultrapassar um mês e sintomas de sedação diurna (esquecimento, fadiga, tontura) são comuns, é indicsdo para insônia e pode ser utilizado como indutor anestésico em ambiente hospitalar.
Flurazepam (Dalmadorm)
 Dose terapêutica: 15mg á 30mg
 Dose clinica: 15mg á 30mg
Tranquilizante de meia vida longa, com efeitos residuais diurnos consideráveis, indicado como hipnótico e indutor do sono, atinge sua eficácia máxima como hipnótico depois de 3dias de uso continuo.
Lorazepam (Lorax)
 Dose terapêutica: 0,6mg á 2mg
 Dose clinica: 1mg á 4mg
Tranquilizante com efeito sedativo e ansiolítico, tanto em situações agudas quanto para uso mais prolongado, pode ser utilizado no tratamento de crises convulsivas e na abstinência alcoólica, tem baixo potencial de hepatotoxicidade, sendo escolhido para idosos e para doentes portadores de doenças hepáticas, pela menor reserva hepática.
Midazolam (Dormonid)
É um tranquilizante de meia vida rápida, com intenso potencial hipnótico, utilizado no tratamento de insônia e na preparação anestésica para cirurgia ou procedimentos invasivos (endoscopias, colonoscopias), causa amnésia a partir do momento de seu uso até poucas horas depois, formulação injetável nos hospitais.
Nitrazepam (Sonebon)
 Dose terapêutica: mg
 Dose clinica: 5mg á 10mg
Tem ação prolongada intensa e efeito hipnótico considerável, indicado para insônia, com potencial de efeitos diurnos residuais.
Triazolan (Halcion)
 Dose terapêutica: 0,125mg á 0,25mg
 Dose clinica: 0,25mg á 10mg
Tranquilizante de meia vida curta, utilizado como indutor do sono, com menor incidência de efeitos residuais diurnos.
Zolpidem (Stilnox, Patz)
 Dose terapêutica: 5mg á 10mg
 Dose clinica: 5mg á 10mg
É um hipnótico com baixo potencial de causar dependência física e de pouco efeito sobre om sono e a memoria, é um preparo sublingual, com ação rápida e pouco tempo no organismo, os efeitos sedastivosdiminui pela manhã.
Antidepressivos.
São uma das classes de medicamentos mais utilizados na psiquiatria clinica, sua ação é da regulação nos sistemas neurotransmissores monoaminérgicos, em especial a serotonina, são indicados para episódios de transtornos depressivos, diversos transtornos de ansiedade, o transtorno obsessivo compulsivo, a bulimia, e auxiliam no alivio da dor e da insônia. São apresentados na formulação de comprimidos, capsulas e gotas.
Fluoxetina (Prozac)
 Dose terapêutica: 20mg
 Dose clinica: 20mg á 60mg
É o mais utilizado na clinica, apresenta bloqueio do receptor 5HTac, agindo também na NA e DA, apresenta efeito mais ativador, atua na disposição e na falta de iniciativa, mais pode piorar inicialmente na ansiedade e no sono, pode ser tomada em dose única, longe do horário de dormir e permanece no corpo por 5 semanas, no inicio pode perder peso, é o único antidepressivo indicado para bulimia.
Sertralina (Zoloft)
 Dose terapêutica: 50mg á 100mg
 Dose clinica: 100 á 200mg
É a primeira opção de antidepressivo a ser utilizado em gestantes caso seja necessário, apresenta perfil de efeitos colaterais benignos e tem potencial tranquilizante, sendo uma das primeiras opções para o tratamento dos transtornos de ansiedade, além de auxiliar em casos de diminuição de energia e hipersônia, por ter uma atividade ativadora fraca, costuma ocasionar sintomas gástricos na introdução. 
Paroxetina (Pondera)
 Dose terapêutica: 20mg
 Dose clinica: 20mg á 60mg
É utilizado no transtorno de ansiedade, tendendo a ser mais tranquilizante e mais sedativo do que os outros, tem ação anticolinérgica, o que pode ocasionar sedação e ganho de peso, tem efeitos colaterais na esfera sexual, sua suspenção abrupta pode levar a efeitos colaterais (tontura, cefaleia, inquietação motora e náuseas).
Fluvoxamina (Luvox).
 Dose terapêutica: 25mg á 100mg
 Dose clinica: 100mg á 300mg
É semelhante a Sertralina, mas é menos utilizado, tanto por ser mais caro quanto por ser menos estudado, é extremamente utilizado para TOC e para fobia social, em sua introdução com frequência, gera náuseas e enjoo, mas posteriormente costuma ser tolerado.
Citalopram (Cipramil)
É muito bem tolerado eficaz no tratamento de idosos, apresenta leve ação sedativa e instabilidade de absorção de doses baixas, fazendo que sejam necessárias doses mais altas.
Escitalopram (Lexapro)
 Dose terapêutica: 5mg á 10mg
 Dose clinica: 10mg á 20mg
Semelhante a Citalopram, porem modificações químicas reduziram sua propriedade sedativa e o deixaram mais estável, que age exclusivamente no 5HT, é bem tolerado e indicado para o tratamento de idosos, apresentam um dos inicios de ação mais rápidos de todos os antidepressivos.
Venlafaxina (Efexor)
 Dose terapêutica: 37,5mg á 150mg
 Dose clinica: 75mg á 375mg
É um antidepressivo dual que atua na serotonina e noradrenalina (acima de 150mg), boa indicação para clientes apáticos ou que não apresentam resultado com ISRS, costuma ser bem tolerado, mas não deve ser retirado bruscamente, pois o cliente corre risco de ter cefaleia e dores abdominais por alguns dias, em doses mais altas e ou aumento de dose abrupto, pode levar a pressão arterial e desencadear estado maníaco em pessoas suscetíveis.
Desvenlaxina (Pristq)
 Dose terapêutica: 50mg á 100mg
 Dose clinica: 50mg á 200mg
É um metabólico de Venlafaxina, com quem divide o mesmo mecanismo de ação, apresenta poucos efeitos colaterais em especial gástricos e na área sexual, pode diminuir os fogachos da menopausa.
Duloxetina (Velija)
 Dose terapêutica: 30mg á 60mg
 Dose clinica: 30mg á 120mg
É um antidepressivo dual com ação na noradrenalina em doses acima de 60mg, também apresenta efeito analgésico, sendo indicado para casos de fibromialgia ou dores crônicas, pode melhorar a incontinência urinaria de esforço.
Reboxetina (Prolift)
 Dose terapêutica 4mg
 Dose clinica: 4mg á 12mg
É um antidepressivo dual com maior efeito sobre a noradrenalina é um efeito leve sobre a dopamina e a serotonina, é ainda pouco utilizado, mas demonstra eficácia semelhante á dos ISRS, com menos efeitos colaterais sexuais.
Mirtazapina (Remeron)
 Dose terapêutica: 15mg á 30mg
 Dose clinica: 15mg á 45mg
Antidepressivo sedativo, com ação dual em serotonina e noradrenalina e mecanismo de ação diferente dos antidepressivos clássicos, doses mais baixas costumam ser mais sedativas e dar mais sono que as doses altas, causa poucos efeitos colaterais gástricos e sexuais, porem pode levar a sedação excessiva pela manhã e ao aumento de peso.
Trazodona (Donaren)
 Dose terapêutica: 50mg á 150mg
 Dose clinica: 50mg á 500mg
Antidepressivo com alta ação sedativa e hipnótica em doses baixas, com pouco risco de dependência e sedação excessiva em relação a outros hipnóticos, em doses mais altas tem efeito antidepressivo ao atuar sobre a serotonina, sem benefícios adicionais quanto comparados com outros antidepressivos, apresenta comprimidos de liberação prolongada, que auxilia na manutenção do sono, costuma ser bem tolerado para idosos.
Bupropiona (Wellbutrin)
 Dose terapêutica: 150mg á 300mg 
 Dose clinica: 150mg á 450mg
Age na noradrenalina e dopamina, indicado para pacientes apáticos e com ausência do prazer (anedonia), é o antidepressivo mais ativador, é o que menos provoca efeitos colaterais sexuais, causa aumento da pressão arterial e induzir convulsões, pode ser utilizado para quem quer parar de fumar.
Vortioxetina (Brintelix)
 Dose terapêutica: 5mg á 10mg
 Dose clinica: 5mg á 20mg
É um antidepressivo novo com ação predominante na serotonina, mas que também age em outros neurotransmissores, apresenta poucos efeitos colaterais (tonturas e enjoos), mas com pouco efeito na área sexual.
Amitriptilina (Amitril)
 Dose terapêutica: 25mg á 100mg
 Dose clinica: 50mg á 300mg
Antidepressivo da classe de tricíclicos, atua na serotonina e na noradrenalina, mas com ação em muitos outros receptores, o que explica seu grande potencial de gerar efeitos colaterais (sedação, tontura, constipação, boca seca, alterações de condução cardíaca), é efetivo como antidepressivo, e em doses baixas, pode ser utilizado como hipnótico e no tratamento com as crises recorrentes de enxaquecas.
Clomipramina (Anafranil)
Também da classe dos ticiclicos, tem forte atuação sobre a serotonina, e é classicamente um dos medicamentos de escolha para TOC, apresenta perfil desagradável de efeitos colaterais.
Imipramina (Tofranil)
 Dose terapêutica: 25mg á 100mg
 Dose clinica: 50mg á 300mg
Antidepressivo tricíclico, em doses baixas pode ser utilizado para controlar a enurese noturna em crianças acima de 6anos.
Maprotilina (Ludionil)
 Dose terapêutica: 25mg á 75mg
 Dose clinica: 50mg á 175mg
Ação semelhante aos tricíclicos, com predomínio de atuação no sistema da noradrenalina, pode ser utilizado para casos de dor crônica.
Mianserina (Tolvon)
 Dose terapêutica: 15mg á 30mg
 Dose clinica: 30mg á 90mg
É semelhante aos tricíclicos, tem ação principal sobre a noradrenalina, gera menos efeitos colaterais que os outros antidepressivos da mesma classe.
Nortriptilina (Pamelor)
 Dose terapêutica: 25mg á 50mg
 Dose clinica: 50mg á 150mg
É um metabólico da Amitriptilina, é o tricíclico que provoca menos efeitos colaterais, em especial para o sistema cardiovascular e no ganho de peso, pode ser utilizado para a cessação do tabagismo.
Tranilcipromina (Parnete)
É antidepressivo da classe que inibe a enzima MAO (A e B), levando a um aumento de serotonina, noradrenalina e dopamina, é extremamente potente e eficaz, porem é usado como ultima alternativa para casos refratários, pois ao inibir a MAO ele impede a carretadegradação da tiramina presente em alguns alimentos, seu uso deve ser acompanhado rigorosamente com dieta.
Moclobemida (Aurorix)
 Dose terapêutica: 150mg á 300mg
 Dose clinica: 300mg á 600mg
É outro I-MAO altamente eficaz e com ação na serotonina, noradrenalina, dopamina, é mais segura com a Tranilcipromina, pode ser utilizados para casos refratários e com acompanhamento próximo de um psiquiatra.
Os Neuropléticos ou Antipsicoticos
São tranquilizantes maiores que agem principalmente sobre a atividade mental e os pensamentos, sendo muitas vezes apresentados como drogas organizadoras do pensamento e de toda função cognitiva. Na psiquiatria clinica são utilizados nos transtornos primário (esquizofrenia) e secundário (doenças do humor, TAB). A ação farmacológica decorre do bloqueio dos receptores dopaminérgicos do SNC, porem com diferença na intensidade do bloqueio e seletividade dos receptores afetados o que ocasiona a diferença nas ações das diversas medicações dessa classe. Os efeitos colaterais dos neuropléticos são principalmente motores nos neuropléticos típicos e endocrinometabolicos nos neuropléticos atípicos
Neuropléticos Típicos.
É o primeiro grupo dos neuropléticos. Sua ação farmacológica decorre do antagonismo com a Dopamina no SNC, inibindo sua ligação com os receptores dopaminérgicos, em especial o receptor D2, que faz parte da projeção mesocortical da dopamina. São divididos em alta e baixa potencia em relação a sua ligação inibitórias nos receptores de dopamina. Sua apresentações são comprimidos, solução oral, injetáveis e injetáveis de longa duração 
Haloperidol (Haldol)
Dose terapêutica: 0,mg á 1mg
Dose clinica: 2,5mg á 15mg
É o medicamento referencial dessa classe, tem como poder antipsicótico, com boa contenção psicomotora, mas com sedação relativamente leve, pode levar a sintomas parkinsonianos, tanto durante o uso quanto tardiamente. É uma das primeiras opções para quadros agudos de agitação psicomotora pois a apresentação oral e injetável permite melhor titulação da dose, sua formulação de deposito tem periodicidade de 21 á 30 dias e garante uma dose de 2,5mg/doa na corrente sanguínea.
Clorpromazina (Amplictil)
Dose terapêutica: 10mg á 50mg
Dose clinica: 300mg á 1200mg
Tem boa ação antipsicótica em dose acima de 300mg/dia, a ação sedativa é alta, assim como os efeitos colaterais de condução cardíaca e hipotensão postural. Na terapia pode ser utilizada em doses muito baixas por conta da sua preparação oral (1gta = 2mg) podendo ser útil como calmante mental.
Levomepromazina (Neozine)
Dose terapêutica: 10mg á 50mg
Dose clinica: 100mg á 800mg
Tem ação antipsicotica quando utilizadas em doses acima de 400mg/dia, produz intensa sedação e pode levar a episódios de hipotensão, em doses baixas pode ser utilizados como calmante e indutor do sono.
Periciazina (Neuleptil)
Dose terapêutica: 5mg
Dose clinica: 10mg á 30mg
Tem forte poder sedativo e efeito ansiolítico, é outro neurolépitico com efeito sedativo.
Tioridazina (Melleril)
Dose terapêutica: 25mg á 50mg
Dose clinica: 300mg á 800mg
Solução oral de 20mg/ml, tem grande poder sedativo e efeitos anticolinérgicos, com baixa incidência de parkinsonismo.
Sulpirida (Equilid)
Dose terapêutica: 25mg á 150mg
Dose clinica: 400mg á 1800mg
E um neuroplético típico peculiar, com baixa possibilidade de parkinsonismo, mas grande potencial de aumento prolactina, menor potencial de sedação, é utilizado para sedar a angustia e ansiedade em pacientes em situação de crise e auxilia no processo de reflexão dos pensamentos.
Zuclopentixol (Clopixol)
Dose terapêutica: 5mg á 10mg
Dose clinica: 10mg á 75mg
Tem um bom poder sedativo e de contenção psicomotora é pouco utilizado na terapia, muito útil em casos graves de agitação motora aguda por sua formula de liberação prolongada de 72h.
Pipotiazina (PIportil)
Dose terapêutica: 5mg á 10mg
Dose clinica:10mg á 20mg
É um neuroplético de alta potencia e com alta possibilidade de introduzir o parkinsonismo.
Neuropléticos Atípicos.
Segunda geração da classe de neuropléticos, são as drogas mais usadas no tratamento dos transtorno psicóticos, mantendo alta eficácia no bloqueio dopaminérgico, e alto efeito antipsicotico, tem o menor risco de ocasionar efeitos colaterais motores, além de ações especificas em outros circuitos neuronais, em especial a serotonina, levando a obtenção de efeitos antidepressivos.
Risperidona (Risperdal)
Dose terapêutica: 0,5mg á 1mg
Dose clinica: 1mg á 6mg
Tem alta capacidade de contenção psicomotora sem ser altamente hipnótico, com menor probabilidade de ocasionar efeitos colaterais motores, pode ser utilizado na psicoterapia em doses baixas, quando se precisa de uma contenção rápida e efetiva, mas não deve ser mantido por muito tempo pelo riso de desencadear parkinsonismo.
Olanzapina (Ziprexa)
Dose terapêutica: 2,5mg á 5mg
Dose clinica: 5mg á 20mg
Tem alto poder sedativo e hipnótico, com ação muito marcada no controle da ansiedade decorrente de aceleramento psíquico e é forte indutor do sono.
Quetiapina (Seroquel)
Dose terapêutica: 12,5mg á 150mg
Dose clinica: 300mg á 900mg
É o medicamento mais utilizado, em baixas doses, apresenta perfil benéfico de efeitos colaterais, com pouquíssimos efeitos motores ou metabólicos, tem alto poder hipnótico e pode ser utilizado como indutor do sono. Costuma ser altamente efetivo para controlar a ansiedade e a angustia, porem com efeito de sedação residual no dia seguinte.
Amissulprina (Socian)
Dose terapêutica: 25mg á 150mg
Dose clinica: 300mg á 1200mg
É especialmente útil em situações de ansiedade extrema, de modo geral, permite boa contenção psicomotora, mas não é especialmente hipnótico, podendo ser tomado durante o dia, podendo resultar o aumento da prolactina.
Ziprasidona (Geodon)
Dose terapêutica: 20mg á 40mg
Dose clinica: 40mg á 160mg
Pode trazer benefícios como neuroplético durante a psicoterapia, porem precisar ser feita a avaliação da dose constante pelo rico cardiovascular.
Aripiprazol (Abilify)
Dose terapêutica: 7,5mg á 15mg
Dose clinica: 15mg á 45mg
Tem ação de contenção psicomotora e de organizar os pensamentos, apresenta ação ativadara e promotora de iniciativa, tem o potencial de provocar acatisia.
Clozapina (Leponex)
Dose terapêutica: não utilizado
Dose clinica: 200mg á 800mg
É o neuroplético utilizado para casos graves de esquizofrenia e TAB quando não a respostas com outras medicações, tem ótima ação porem pode causar hematológico grave, com supressão da medula óssea e risco alto de morte, por causa desse risco grave não aconselha o uso na psicoterapia.
Estabilizadores de Humor
Esse grupo de substancia é de maneira geral, utilizados tanto para os momentos de crises como para a manutenção de pacientes com diagnóstico Transtorno Afetivo Bipolar.
Lítio
Diminui a recorrências de crises, tanto maníacas quanto depressivas, além de aumentar a potencia dos antidepressivos em quadros refratários. Muito utilizado em pacientes com TAB. O Litio tem um potencial toxico para os rins e tireoide, seus efeitos colaterais são diarreia, tremores, dores gástrica, boca seca, a orientação sobre a superdosagem e o acompanhamento com o medico é muito importante.
Ácido Valproico
Costuma ser bem tolerado e apresenta eficácia na diminuição da recorrência de episódios maníacos no TAB, sendo utilizado também em alguns casos para o controle de impulsividade, principalmente em pacientes agressivos, e como auxiliar no tratamento do alcoolismo. Seu uso acarreta dor gástrica, e potencial de causar toxidade hepática.
Carbamazepina
É bastante utilizado e costuma apresentar efeitos colaterais menos graves, porem apresenta muita interação com outras drogas, de maneira geral diminuio nível das outras substancias no corpo.
Lamotrigina
É utilizado também como estabilizador de humor, tendo efeitos observáveis principalmente na prevenção de novos episódios depressivos em pacientes com TAB, seu principal risco é de provocar reação alérgica na pele pode ir desde maior sensibilidadeá luz solar a quadros de muita dor, prurido e descamação.
Psicoestimulantes
 O uso de psicoestimulantes é muito entre estudantes e empresários sem diagnostico de doenças, para melhorar o rendimento do estudo e no trabalho, o que não é recomendado. Podem ser divididos entre os derivados de anfetaminas Ritalina e Vivance, e os não derivados de anfetaminas Modafinil. 
Ritalina e Vivance 
Os derivados de anfetamina são utilizados para o tratamento de Transtorno Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH),pois apesar de ser estimulante, agem sobre a ativação dos centros de controle e inibição do cérebro, fazendo que durante seu efeito a pessoa tenha um maior poder de concentração e controle. A maior diferença entre as duas são o tempo de ação.
 Ritalina age por volta de 4h, efeito curto.
 Vivance age por volta de 8h, tem o efeito mais duradouro. Seu uso pode causar alterações cardíacas, aumento da ansiedade e efeito anorexígeno.
Modafinil é utilizado como tratamento do distúrbio do sono, em especial em quadros de narcolepsia. Sua função é estimular e manter o paciente desperto, o que faz que seja utilizado como droga de abuso por algumas pessoas, com intuito de manterá eficácia, mas esse uso não é recomendado pois pode levar a crise de ansiedade, estados hipomaníacos e perda de apetite. 
Medicações para compulsão/dependência
O comportamento compulsivo se caracteriza por uma pressão interna que, em determinadas situações, faz com que a pessoa se sinta impelida, tomada por desejo muito forte de realizar uma ação que gera prazer principalmente nos estágios iniciais, mas que depois provoca sentimento de culpa e mal – estar. Os métodos de imagem funcional mais modernos permitiram avaliações mais precisas quanto ao substrato neurobioquimico de um paciente dependente, em especial a importância da Dopamina como regulador do prazer e sua disfunção no uso de álcool e drogas. Especificamente nos alcoolistas existem algumas medicações especificas para o controle do uso. 
Dissulfiram
Dose de manutenção: 125mg á 250mg ao dia
Apresenta efeito antabuse, ou seja, atua no metabolismo do álcool pelo fígado, aumentando a presença de um metabólico denominado acetoaldeico no sangue, esse acumulo causa sensações desagradáveis no corpo, como náuseas, vômitos, letargias e sonolência. A ideia da medicação é criar um freio externo que impeça a pessoa de beber, ois ela sabe que isso ocasionará sensações desagradáveis. 
Naltrexona (Revia)
Dose media: 50mg ao dia
Atua como antagonista apioide, que inibe a sensação de relaxamento e euforia produzida pelo álcool, fazendo que o individuo tenha menos prazes com a ingestão de bebida alcoólica.
Topiramato (Amato)
Dose: 25 á 100mg
É um anticonvulsivante, que pode atuar diminuindo o deseja da pessoa pelos objetos da compulsão, em especial alimentar.
Bupropina
Antidepressivo indicado para pacientes que querem sessar o tabagismo, principalmente quando associado a terapia em grupo de apoio, e adesivos de Nicotina e gomas para diminuir os sintomas de abstinência dessa substancia.
Buspirona
Doses: 30mg á 40mg ao dia
É uma medicação sui generis na psicofarmacologia, pois atua nos receptores de serotonina de maneira diferente da dos antidepressivos, oque faz com que tenhaum efeito quase exclusivo sobre os sintomas ansiosos, sendo o protótipo de um ansiolítico que não os benzodiazepínicos. Não apresenta potencial de tolerância e dependência, assim como não traz relaxamento imediato, é indicado para o tratamento de transtornos de ansiedade e como potencializadora dos antidepressivos em alguns quadros de depressão.
Pregabalina (Lyrica)
Dose recomendada: 300mg á 450mg
É um medicamento da classe de anticonvulsivantes que é utilizado no tratamento de dor crônica, especialmente aquela com caráter neuropático principal, como as dores do diabetes ou sequelas pós AVC. Seus efeitos colaterais principais dizem respeito a sonolência, tontura, desatenção, sudorese excessiva e inchaço.
Psicodinâmica dos medicamentos
É o entendimento da ação medicamentosa em função das causas envolvidas nos conflitos geradores dos sintomas, e sua indicação em função do momento e da abordagem psicoterápica em questão.
Antidepressivos: são medicamentos exteriorizadores do psiquismo. A melhora causada pela administração do antidepressivo é obtida na medida em que sua ação consegue afastar o psiquismo do cliente e de seus núcleos de conflito por determinada tempo
Neuroléticos: são medicamentos interiorizantes do psiquismo. Eles agem principalmente no processo de sedação da angustia e nos processos de alteração cognitiva, desorganização e aceleração do pensamento, desatenção e dificuldade de concentração mental.
Tranquilizantes: são medicamentos que agem principalmente diminuindo a ansiedade e a angustia e ela aclopadas, por conta disso são drogas interiorizantes, permitindo ao cliente e ao terapeutauma melhor abordagem do mundo interno do cliente e seus conflitos, agem pouco no processos cognitivos, são os medicamentos de escolha quando se necessita de uma resposta de ação rápida, 
Hipnoticos: são medicamentos que agem na indução do sono, desligando os processos mentais, sua grande vantagem é causar um descanso mental.
Estabilizadores de humor: são medicamentos que agem no campo dos afetos (sentimentos/humor), que na esfera de pensamentos (cognitivos), sua grande importância consiste diminuir a oscilação de humor, principalmente no tocante ás explosões de agressividade.
 Referencia Bibliográfica
Livro: Psicopatologia e Psicodinâmica na Analise Psicodramática.
Autores: Victor Roberto Ciacco da Silva Dias
 Gabriel Augusto A. S. Dias

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