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Relatorio UTI Agenesia do corpo caloso (1)

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FACULDADE DE PATO BRANCO – FADEP 
GABRIELA RODRIGUES GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO EM FISIOTERAPIA APLICADA AO CTI – HOSPITAL POLICLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PATO BRANCO 
 2018 
 
 
 
 FACULDADE DE PATO BRANCO – FADEP 
 GABRIELA RODRIGUES GONÇALVES 
 
 
 
 
 
 
 
AGENESIA DO CORPO CALOSO/EPILEPSIA/INTOXICAÇÃO EXÓGENA 
 
 
 
Relatório de estágio supervisionado III, 
ofertada pelo curso de Fisioterapia da 
Faculdade de Pato Branco – FADEP. 
Professora: Beatriz Z. Harnisch Radaelli 
 
 
 
 
 
 
 
PATO BRANCO 
2017 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
 O estágio supervisionado III é realizado no CTI Hospital Policlínica. Durante esse 
período de estagio supervisionado, foram realizados atendimentos de Fisioterapia 
respiratória e motora, para vários tipos de patologias, com intuito de ajudar na 
melhora da recuperação, e prevenção de possíveis complicações relacionada ao 
imobilismo. 
Será abordado um estudo de caso, realizado na paciente Gesilaine Barbosa da 
Cruz, de 23 anos, paciente tem Agenesia do Corpo Caloso, e sofre de epilepsia. Foi 
encaminhada para o CTI no dia 31/01/2018 com suspeita de intoxicação exógena 
(por Fenitoina e Topiramato). Os atendimentos a paciente foram realizados nos dias 
01/02/2018 - 05/02/2018 - 08/02/2018. 
 Será relatado atividades relacionadas as patologias, métodos utilizados nos 
atendimentos, tratamento, progressão etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGENESIA DO CORPO CALOSO 
CONCEITO 
 
Corpo caloso é uma parte do cérebro que liga o hemisfério esquerdo ao 
hemisfério direito, sendo ela a comissura mais importante do cérebro. Cada 
hemisfério é responsável por controlar a metade oposta do corpo. Assim, ele é 
necessário para a correta interpretação de informações vindas dos sentidos, como 
visão e tato, além de informações mentais. É uma massa de substancia branca 
formada aproximadamente de 200 milhões de fibras nervosas. (SPRINGER, et al. 
1998) 
Qualquer interrupção que interfira na sequência de crescimento das fibras do 
corpo caloso pode levar a alterações do seu desenvolvimento, resultando em 
malformações. As malformações do corpo caloso podem ser classificadas em 
agenesia total, quando há ausência completa do corpo caloso (ACC), agenesia 
parcial ou disgenesia, associada a graus variados de encurtamento do corpo caloso 
(ACCP), e hipoplasia (HCC) condição em que o corpo caloso é formado, mas há 
redução focal ou difusa de seu volume. (KESHAVAN, et al. 2002) 
 
 
ETIOLOGIA 
As causas são múltiplas. As malformações do corpo caloso podem estar 
associadas a cerca de vinte e cinco síndromes de origem genética, e podem ocorrer 
em sequência a outras anormalidades na maturação do sistema nervoso central. Há 
também o possível envolvimento de danos pré-natais como exposição fetal a 
infecções maternas, teratógenos, fatores ambientais, uso abusivo de álcool e 
cocaína pela mãe durante a gestação, doenças metabólicas ou de alterações 
vasculares fetais. (SPRINGER, et al. 1998) 
 
 
PATOGENIA 
 
 O corpo caloso não é formado integralmente ao mesmo tempo. Existe uma 
forma ordenada de desenvolvimento dos seus segmentos. Esta comissura começa a 
se formar por volta da 12ª semana de gestação, neste momento é possível perceber 
fibras calosas na porção anterior, o joelho. Posteriormente é formado o corpo, 
seguido do esplênio, que se forma em torno da 18ª semana. O rostro, anterior ao 
joelho, é o último segmento a se desenvolver, entre a 18ª e 20ª semana de 
gestação. Continua a amadurecer durante a gravidez, a infância e a adolescência. 
(BIASOLI, et al. 2001) 
 Acredita-se que essa maturação está relacionada à mielinização que ocorre 
durante a adolescência, que tem fundamental importância para a propagação do 
impulso nervoso pelo neurônio, e, consequentemente, para o desenvolvimento 
motor e cognitivo normais. Há também a hipótese de que o crescimento do corpo 
caloso até o início da idade adulta ocorre devido ao aumento do diâmetro das fibras 
axônicas relativo à idade. (KESHAVAN, et al. 2002) 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
 
A agenesia do corpo caloso, raramente é uma malformação isolada. Quando a 
agenesia do corpo caloso está isolada, a criança pode não apresentar alterações 
neurológicas, mas esta condição é rara. Frequentemente, a malformação vem 
acompanhada de alterações que variam de leves a graves, e caracterizam-se por 
atrasos nas conquistas de metas de desenvolvimentos, como sentar, engatinhar e 
andar, retardo mental, epilepsia, alteração na coordenação olho-mão, deficiência 
auditiva e na memória visual, instabilidade posturais, entre outros. (YOUSEM, et al. 
2011) 
 
 
MÉTODOS DE DIAGNOSTICO 
 A agenesia do corpo caloso pode ser detectada durante a gestação, pelo exame 
de ultrassonografia. Após o nascimento os exames de ressonância magnética e 
tomografia computadorizada são os mais frequentes a serem utilizados para 
detectar a ausência do corpo caloso. Não existe uma idade ideal para que se faça a 
investigação ou se realize o diagnóstico. Por isso pode ser feita a partir do 
nascimento, até a fase adulta, podendo em qualquer época apresentar o diagnóstico 
preciso. (YOUSEM, et al. 2011) 
 
 
 TRATAMENTO 
 Não há tratamento especifico para a agenesia do corpo caloso, no entanto, 
os sintomas podem ser gerenciados. A maioria dos sintomas associados com 
agenesia do corpo caloso são causadas por outras anomalias que ocorrem em 
conjunto com o defeito. O médico poderá prescrever, anticonvulsivos, antiepiléticos, 
para ajudar a administrar os sintomas, outros tratamentos, como terapia 
ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia, poderão ajudar a melhorar os déficits 
causados pelas malformações que o acompanham. (BIASOLI, et al. 2001) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPILEPSIA 
CONCEITO 
A Epilepsia é um distúrbio do cérebro, não transmissível, em que as 
atividades das células nervosas são perturbadas. Isso causa uma atividade 
excessiva e anormal nas células cerebrais, gerando crises epilépticas. Quando este 
distúrbio ocorre, o cérebro interrompe temporariamente sua função habitual e produz 
manifestações involuntárias no comportamento, no controle muscular, na 
consciência e na sensibilidade do indivíduo. A epilepsia se manifesta por crises 
repetidas e há mais de um tipo de crise epiléptica. Portanto, qualquer pessoa pode 
passar por uma crise epiléptica, o que não significa necessariamente que esta 
pessoa sofra da doença. Existem vários tipos de crises epilépticas, sendo mais 
comum as crises convulsivas que são as motoras e crises de ausência que 
apresentam um desligamento. (APPLETON, et al. 2000) 
 
 
ETIOLOGIA 
Os estudos clínicos para caracterizar as causas reais da epilepsia têm se 
deparado com grandes desafios metodológicos, pois a epilepsia não tem causa 
específica. É uma doença neurológica subjacente, podendo ser causada por 
variadas etiologias, com diferentes níveis de gravidade. A causa pode ser relativa a 
um trauma, estresse, ansiedade, tumores, uma infecção como a meningite, 
neurocisticercose (ovos de solitária no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas ou 
drogas. Entre pacientes com epilepsia já diagnosticada, a causa mais comum é o 
uso inadequado dos medicamentos (FAEs). (APPLETON, et al. 2000) 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras. A crise 
convulsivaé a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como ataque 
epiléptico. Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações 
musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração 
ofegante e até urinar. (ROBERT, et al. 2017) 
A crise do tipo ausência é conhecida como desligamentos. A pessoa fica com 
o olhar fixo, perde contato por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, 
muitas vezes não é percebida pelos familiares ou professores. (ROBERT, et al. 
2017) 
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse alerta, 
mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automáticos involuntários, 
a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem 
direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a 
crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa. (ROBERT, et al. 2017) 
 
 
METODOS DE DIAGNOSTICOS 
O diagnóstico de uma Epilepsia é basicamente clínico e os exames para 
diagnostico habitualmente utilizados, são, o Encefalograma (EEG), que capta 
através do couro cabeludo potenciais elétricos anormais, sendo o método mais 
especifico para o diagnóstico de origem. A tomografia computorizada (TC) a 
ressonância magnética (RMN). Pode ser avaliado através de testes 
neuropsicológicos. (LOPES, 2007) 
Teste de amobarbital sódico intracarotídeo: Localiza os centros da memória e 
da fala. Uma droga é injetada dentro de uma artéria que vai até o cérebro. Ela 
coloca metade do cérebro em sono por um curto período de tempo. Os médicos 
checam a fala e a memória no lado do cérebro que não foi inativado. (DR. ARTHUR 
CUKIERT) 
 
 
 
 
 
 
INTOXICAÇÃO EXOGENA 
CONCEITO 
A intoxicação exógena é o conjunto de sinais e sintomas causados pela 
exposição a substâncias químicas prejudiciais ao organismo, como remédios em 
doses excessivas, picadas de animais venenosos, metais pesados, como chumbo e 
mercúrio, ou exposição a inseticidas e agrotóxicos. (PRADO, et al. 2018) 
 A intoxicação exógena representa hoje 5% a 10% dos atendimentos nos 
prontos socorros, sendo que apenas 5% do total realmente necessitarão de 
cuidados em unidade medicina intensiva. O grande volume de ocorrência é de 
tentativas de suicídio seja com uso de medicamentos, drogas ilícitas ou licitas e o 
uso inadequado de agrotóxico. (PRADO, et al. 2018) 
 
 
MANIFESTACÕES CLINICAS 
Sinais e sintomas mais comuns, em um paciente intoxicado, queimaduras ou 
manchas ao redor da boca, odores característicos, respiração anormal, sudorese, 
salivação e lacrimejamento, alterações pupilares, pulsação anormal, coloração da 
pele, alterações da consciência, distensão abdominal, convulsões, choque, vômitos, 
cefaleia, dor abdominal, queimação nos olhos e mucosas, dificuldade para engolir. 
(MANUAL, 2006) 
 
 
METODOS DE DIAGNOSTICOS 
Para chegar ao diagnostico, primeiro é analisado o exame físico do paciente, 
podendo ser avaliado através do estado das pupilas, que podem indicar o tipo de 
agente que causou a intoxicação. Se as pupilas encontram-se dilatadas "Midriase", 
esta indica que o possível causador da intoxicação sejam, anfetamina, cocaína, 
efedrina etc. Se as pupilas estiverem contraídas "miose", o possível causador seja, a 
heroína, morfina, antipsicóticos. E se estiver sem controle do globo ocular 
"nistagmo", pode ter sido intoxicado por, fenitoína, barbitúricos, lítio. A avaliação do 
estado neurológico do paciente também pode indicar o possível causador da 
intoxicação, se o paciente estiver tendo convulsões, é relacionado a intoxicação por 
cocaína, anfetamina, teofilina, antidepressivos, fenotiazinas, inseticidas, lítio, 
antiarrítmicos, beta-bloqueadores, monóxido de carbono. Se estiver em coma, 
antiepilépticos, anticolinérgicos, antidepressivos, hipoglicemiante, inseticidas, 
sedativos, opioides, álcool. (FONSECA, et al. 2011) 
Os exames complementares obrigatórios são, o bioquímico através do 
hemograma, ureia, creatinina, gasometria, sódio e potássio. O ECG, que é realizado 
em todos os casos de IE, podendo encontrar, bradicardia e bloqueio de AV, 
relacionado a IE por digoxina, beta-bloqueadores. QRS alargado, relacionado a 
fenitoina, antidepressivos. Taquicardia supraventricular, cocaína, anfetamina, 
efedrina. Taquicardia ventricular, solventes, cocaína, potássio. E o RX de tórax, para 
analisar se há opacidade nos pulmões, que podem ser relacionados a IE por 
substancias aspirativas como, hidrocarboneto, metais pesados etc. (FONSECA, et 
al. 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) 
A fisioterapia aplicada na UTI tem uma visão geral do paciente, pois atua de 
maneira ampla gerenciando o funcionamento do sistema respiratório e de toda a 
função ventilatória. Sua atuação é extensa e se faz presente em diversos momentos 
do tratamento intensivo, atendendo a pacientes graves que não necessitam de 
suporte ventilatório, prestando assistência durante o período pós-operatório e 
oferecendo assistência a pacientes críticos que necessitam de suporte ventilatório. 
(JERRE, p. 142-150, 2007) 
 A fisioterapia auxilia na manutenção das funções vitais de diversos sistemas 
corporais, pois atua na prevenção e no tratamento das doenças cardiopulmonares, 
circulatórias e musculares, reduzindo assim possíveis complicações clínicas. Ela 
também atua na melhora do suporte ventilatório, através da monitorização constante 
dos gases que entram e saem dos pulmões. O fisioterapeuta também possui o 
objetivo de trabalhar a endurance muscular, diminuir edemas e evitar posturais 
viciosas que podem provocar contraturas e úlceras de pressão. (XAVIER, 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO 
Anamnese 
 Nome: Gesilaine Barbosa da Cruz 
Idade: 23 anos 
Cidade: Chopinzinho - PR 
Diagnostico medico: Intoxicação por antiepiléticos. 
 
EXAME FISICO 
 
 VENTILAÇÃO MECANICA 
DATA 01/02/2018 05/02/2018 08/02/2018 
Via Aérea TOT TOT TOT 
Modo Ventilatório ACP PSV TUBO T 
Volume Corrente 500ml 500ml 5L/min 
FiO² 30% 30% 
FR - Paciente/Ventilatorio 14/14rpm 12rpm 25rpm 
Pressão Controlada 14cmH2O 14cmH2O 
Peep 5cmH2O 5cmH2O 
Sensibilidade -2cmH2O -2cmH2O 
Fluxo 50 L/m 
Platô 13cmH2O 
Pico 22cmH2O 
 
• IRRS Tobim: IRRS= FR/VC, 14/0,5= 28., sendo um dos parâmetros mais 
precisos para predizer sucesso no desmame. Valores acima de 105 prediz 
86% de falência no desmame, valores abaixo de 85 estará indicado para 
desmame. 
 
 Cálculos de complacência: 
• CE = VC/Platô -Peep = 500/13-5 = 62,5 ml/cmH2O. 
Considerando que os valores normais para complacência estática são: 60-100 
ml/cm/H2O, o paciente encontra-se com valor adequado. Sendo que valores 
abaixo disso indica um pulmão com baixa complacência. 
• CD = VC/ Pico-Peep = 500/22-5 = 29,4 ml/cmH2O. 
Não é considerada uma medida real da complacência do sistema ventilatório, é 
aquela que leva em conta não apenas a capacidade do sistema em acomodar o 
volume, mas também o fluxo de gás, considerando que os valores normais são 
de 80 – 180 ml/cmH2O 
• R = Pico-Platô/Fluxo= 22-13/0,8 = 10,8 cmH2O/L/s. 
Considerando que a resistência se dá pela oposição ao fluxo de gases, devido a 
forças de fricção, na parte interna do sistema respiratório e que o valor normal 
para a resistência é abaixo 4cmH₂O/L/s, entendemos então que o paciente está 
com uma resistência ao fluxo de gases. 
• DP = Platô - Peep = 13-5 = 8 cmH2O. 
O driving pressure, é o valor da diferença entre a pressão de platô e o peep, 
deve ser mantido menor que 15 cmH2O,valores acima disso induzem a lesão 
pulmonar, o paciente encontra-se com valores adequados. 
 
 GASOMETRIAS 
 01/02/2018 05/02/2018 08/02/2018 
PH 7,25 7,57 7,53 
PaCO² 38 33 41 
HCO³ 15 30 34 
BE -11 +9,5 +12 
PaO² 119 51 175 
SaO² 97% 90% 99% 
• 01/02/2018 - Acidose Metabólica - Hiperoxemia. 
• 05/02/2018 - Alcalose Respiratória Mista – Hipoxemia 
• 08/02/2018 - Alcalose Metabólica - Hiperoxemia 
 
POSSíVEIS CAUSAS DAS ALTERAÇÕES 
Acidose Metabólica ocorre quando a perda de bicarbonato ou acúmulo de 
algum ácido no sangue. As causas desse distúrbio podem ser devido a intoxicação 
por uso abusivo de medicamentos, álcool, venenos. Diarreia, doenças renais etc. 
Alcalose Respiratória, ocorre quando a respiração é rápida e profunda 
provocando eliminação excessiva de CO². As causas desse distúrbio podem ser 
devido a ansiedade, ataques de pânico, hiperventilação, superdosagem de aspirina, 
febre, infecções, níveis baixos de O² no sangue. Respiração por aparelhos 
desajustada, que é presente geralmente em ambiente de UTI. 
Alcalose Metabólica, ocorre quando o corpo perde excesso de ácido ou 
acumula excesso de base. As causas desse distúrbio podem ser devido a vomito, 
falta de potássio e magnésio no sangue, consumo excessivo de medicamentos, 
glândula suprarrenal hiperativa, síndrome de Cushing, tumores, uso de diuréticos. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
• Exames laboratoriais 
 HEMOGRAMA/PLAQUETAS 01/02/2018 
 VALORES OBTIDOS VALORES DE REFERENCIA 
 60.000mm³ 140.000 à 450.000mm³ 
As plaquetas, também chamadas de trombócitos, são células sanguíneas 
produzidas na medula óssea e que atuam na formação de coágulos de sangue. 
Com base nos resultados obtidos, podemos identificar uma baixa quantidade 
de plaquetas na corrente sanguínea da paciente, podendo indicar, púrpura 
trombocitopênica idiopática, uso de medicamentos, grávidas com síndrome Hellp, 
infecção ativa, hemorragia etc. 
 
 HEMOGRAMA 05/02/2018 
 VALORES OBTIDOS VALORES DE REFERENCIA 
HEMOGLOBINA 10 g/dL 12 à 16 g/dL 
LEUCOCITOS 16.000mm³ 3.600 à 11.000mm³ 
Hemoglobina é uma proteína que está no interior das hemácias e é 
responsável pelo transporte de oxigênio, também é ela que dá a cor avermelhada 
para o sangue. 
A hemoglobina baixa no sangue pode indicar problemas como, anemia, 
cirrose, linfoma, leucemia, entre outros. 
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são as células 
responsáveis por defender o organismo. 
O valor alto de leucócitos obtido no hemograma da paciente pode indicar, 
infecção ou doença recente, excesso de estresse, efeito colateral de um remédio, 
alergias, artrite reumatoide, entre outros. 
 
 HEMOGRAMA 08/02/2018 
 Valores Obtidos Valores de Referencia 
HEMACIAS 3,12 mlh/mm³ 4 à 5,4 mlh/mm³ 
HEMOGLOBINA 9,4 g/dL 12 à 16 g/dL 
HEMATOCRITOS % 27,3% 36 à 46 % 
 
Hemácia são células sanguíneas também conhecidas como glóbulos 
vermelhos ou eritrócitos desempenham um importante papel na oxigenação dos 
tecidos, sendo também responsáveis pela cor vermelha do sangue. 
Hemoglobina é uma proteína que está no interior das hemácias e é 
responsável pelo transporte de oxigênio, também é ela que dá a cor avermelhada 
para o sangue 
 Hematócrito e a quantidade de volume ocupado pelas hemácias na parcela 
total de volume sanguíneo, se o hematócrito estiver baixo significa que o número de 
hemácias está reduzido. 
Com base nos resultados obtidos que estão abaixo do valor de referência, 
podemos assim dizer que a paciente estava com anemia. Sendo que a anemia é um 
dos distúrbios mais frequentes na medicina. 
 
 
• Radiografias do torax 
 
Raio X do dia 01/02/2018, não apresentou alterações. Pulmões normais. 
 
 
 
Raio X do dia 05/02/2018, apresentou condensação na base do pulmão direito. 
 
 
Raio X 08/02/2018, consolidação esparsas nos pulmões, área cardíaca prejudicada. 
 
 
 
• Tomografia computadorizada de crânio 
 
Laudo 01/02/2018: Área de encefalomalacia parietal direita, com retração do 
ventrículo lateral deste lado. Ausência de lesões expansivas. Aspecto normal das 
cisternas basais. 
 
 
MEDICAMENTOS 
 
Fenitoina: É um fármaco do grupo dos antiepilépticos, que é usado no 
tratamento e prevenção de convulsões, como na epilepsia ou após neurocirurgia. 
Topiramato: É um anticonvulsivante que possui evidências de agir como 
estabilizante de humor e como neuroprotetor. 
Antak: É indicado para tratamento de úlcera duodenal e úlcera gástrica 
benigna, incluindo aquelas associadas a agentes anti-inflamatórios não-esteroidais. 
Plasil: Este medicamento é indicado para o tratamento de distúrbios da 
motilidade gastrintestinal, náuseas e vômitos de origem central e periférica. 
Novalgina: É um medicamento à base de dipirona, utilizado no tratamento da 
dor e febre. 
Lasix: É indicado em casos de hipertensão arterial, edema devido a distúrbios 
cardíacos, do fígado e rins. 
Heparina: É um anticoagulante, usado em casos de trombose, obstrução de 
um vaso sanguíneo, para liquidificar um coágulo. 
Dipirona: É um medicamento analgésico, antitérmico e antipirético muito 
utilizado no tratamento de dores e febre. 
Clindamicina: É um antibiótico indicado no tratamento de diversas infecções, 
entre as quais infecções do trato respiratório superior e inferior. Sepse pulmonar. 
Fortaz: É indicado no tratamento de infecções simples ou múltiplas causadas 
por bactérias. 
Cloreto de potássio: É indicado para repor estoques de potássio eliminados 
por diuréticos tiazídicos ou de alça, por diarréia intensa e pelo uso de 
corticosteróides em consequência de doenças das supra-renais ou nas doenças 
tubulares renais. 
Ceftriaxona: É indicado para o tratamento de infecções causadas por 
microrganismos. Exemplo: sepse, meningite, infecções intra-abdominais. 
 
 
DIAGNOSTICO FISIOTERAPEUTICO: Hipoventilação, hipersecreção. 
 
OBJETIVO DE TRATAMENTO 
• Promover a expansão pulmonar; 
• Higiene brônquica; 
• Prevenir atelectasias e/ou maiores complicações pulmonares; 
• Prevenir comorbidades associada ao imobilismo. 
 
PROGRAMA DE TRATAMENTO 
• Farley campos, 
• Hiperinflação manual/ventilador; 
• TEMP, AFE; 
• Aspiração orotraqueal; 
• Exercícios de bomba MMSS e MMII; 
• Alongamento passivo; 
• Exercícios cinesioterapeuticos MMSS e MMII. 
 
 
 
ATENDIMENTOS FISIOTERAPEUTICOS 
• 01/02/2018 - Paciente glasgow 3, TOT. Com SVD, SNG, AVP MSE. 
Sinais Vitais: FR:14 rpm, FC:91 bpm, PA:116/72 mmHg, SaO²:97 %, AP: MV 
diminuido em TCP. 
Conduta: TEMP, aspiração orotraqueal com media quantidade de secreção 
purulenta, exercícios de bomba MMSS e MMII, alongamento passivo MMSS e 
MMII, hiperinsuflação com VM. 
• 05/02/2018 - Paciente glasgow 3, TOT. Com SVD, SNG, AVP MSE. 
Sinais Vitais: FR:12 rpm, FC:112 bpm, PA:140/70 mmHg, SaO²:96 %, AP: 
Roncos em TCP. 
Conduta: TEMP, AFE, aspiração com grande quantidade de secreção purulenta, 
exercícios de bomba MMSS e MMII, alongamento passivo MMSS e MMII, 
hiperinflação com VM. 
• 08/02/2018 - Paciente glasgow 3, TOT e tubo T. Com SVD, SNG, AVP MSE. 
Sinais Vitais: FR:25 rpm, FC:100 bpm, PA:135/71 mmHg, SaO²:99 %, AP: 
Roncos em TCP. 
Conduta: TEMP, AFE, aspiração orotraqueal com grande quantidade de 
secreção purulenta, exercícios de bomba MMSS e MMII, alongamento passivo 
MMSS e MMII, hiperinflação manual em tempos.PROGRESSÃO 
Durante o período em que os atendimentos foram prestados, a paciente 
estava em TOT, comatosa, apresentou melhoras na ventilação sendo que no 
primeiro atendimento prestado a paciente encontrava-se em modo ventilatório AC/P 
e no último dia 08/02 a paciente já se encontrava respirando em aire. A mesma deu 
alta da UTI, no dia 11/02/2018, com melhora drástica do caso. 
A fisioterapia nesse caso foi de grande valia, pois os objetivos traçados foram 
efetivados, fazendo com que a mesma não tivesse sofrido nenhuma comorbidade 
associada ao imobilismo, que foram de 12 dias, e a mesma não teve nenhuma 
complicação grave na parte cardiopulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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