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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E ANTI-HIPERTENSIVOS

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HIPERDIA - PROVA 1 - HAS
Hipertensão arterial é uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos 140 e ou 90 mmHg. A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle. No Brasil, os desafios do controle e prevenção dessa doença são, sobretudo, das equipes de atenção básica, nesse contexto, o Ministério da Saúde preconiza que sejam trabalhadas as modificações no estilo de vida. As drogas utilizadas são de baixo custo e poucos efeitos colaterais, porém é sempre necessário informar aos pacientes os fatores que possam interferir na aderência ao tratamento.
DIAGNÓSTICO
"Média aritmética da PA verificada em pelo menos 3 dias diferentes com intervalo mínimo de 1 semana entre as medidas. Deve-se evitar verificar a PA em situações de estresse físico e emocional."
PRÉ-HIPERTENSÃO PA Sistólica entre 121 e 139 e/ou PA Diastólica entre 81 e 89 mmHg
FATORES DE RISCO
Idade (associação direta e linear)
Sexo e etnia
Excesso de peso
Ingestão de sal (consumo máx. recomendado 2g/dia)
Sedentarismo
+ escolaridade inferior a 8 anos e renda per capta 3 salários mínimos
RASTREIO
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
RECOMENDAÇÕES
Redução de peso (tentar manter o IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m²)
Alimentação saudável + diminuir a ingestão de sal
Atividade física (pelo menos 30 min durante 5 dias na semana)
Reduzir o consumo de álcool
Não fumar
Evitar o estresse
Tomar a medicação conforme prescrita
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Deve-se levar em consideração a preferência da pessoa, seu grau de motivação, os níveis pressóricos e o risco cardiovascular. Quando a pessoa não consegue atingir a meta pressórica ou não se mostra motivada, o uso de anti-hipertensivos deve ser oferecido, lembrando que, pela característica multifatorial da doença, o tratamento requer associação de 2 ou mais medicamentos. Antes de substituir o anti-hipertensivo que se mostra ineficaz, deve-se garantir o uso de doses adequadas.
Diuréticos Tiazídicos
Reduzem a resistência vascular periférica. São os preferíveis. Entre seus efeitos adversos estão as 4 HIPO (hipovolemia, hiponatremia, hipocalemia, hipomagnesemia) e 3 HIPER (hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperuricema). EX: Hidroclorotiazida, Clortalidona, Indapamida. 
Diuréticos de alça
Usados em casos de hipertensão associada a hipervolemia (insuficiência renal com taxa de filtração glomerular 30 mL/min/1,73m²) e na insuficiência cardíaca com retenção de volume. Eles inibem a reabsorção renal de cálcio, aumentando a calciúria e predispondo a hipocalcemia (devem ser evitados em histórico de nefrolitíase). EX: Furosemida, Bumetanida, Piretanida.
Diuréticos poupadores de potássio
Bloqueiam diretamente o receptor de aldosterona ou então o canal epitelial de sódio. Quando associados aos outros diuréticos acima, previnem e tratam a hipopotassemia. Seu uso em pacientes com a função renal reduzida, poderá acarretar hiperpotassemia. EX: Espironolactona, Esplerenona, Hidroclorotiazida + Amilorida, Hidroclorotiazida + Triantereno.
OBS: Os antagonistas do receptor de aldosterona são as drogas de 1ª escolha para tratamento da HAS no hiperaldosteronismo primário.
IECA - Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina
Bloqueiam a transformação da angiotensina I em II no sangue e nos tecidos reduzindo também a degradação de bradicinina, causando vasodilatação arterial periférica. Podem provocar tosse seca, alteração do paladar e, em indivíduos com insuficiência renal crônica, podem agravar a hipopotassemia. É contraindicado na gravidez. EX: Captopril, Benazepril, Enalapril.
OBS: Se houver aumento da creatinina 30-35% em relação ao basal e/ou fraca hipercalemia, o IECA deverá ser suspenso.
OBS: Efeito nefroprotetor ao promoverem vasodilatação seletiva da arteríola eferente do glomérulo reduzem a pressão hidrostática intraglomerular e, consequentemente, o estresse mecânico gerado pela hiperfiltração (que de outro modo causaria esclerose glomerular) e a própria proteinúria.
BRA - Bloqueadores do Receptor AT1 de Angiotensina II
Antagonizam a ação da angiotensina II por meio do bloqueio específico de seus receptores AT, porém não produzem aumento de bradicinina. Apresentam bom perfil de tolerabilidade. São teratogênicos. EX: Losartan (efeito uricosúrico - boa escolha para pacientes com histórico de gota), Valsartana.
Inibidor de Renina
Tem consequente diminuição da formação de angiotensina II, reduzindo ainda a vasoconstricção periférica e a secreção de aldosterona. Efeitos: diarreia, aumento da CPK. Contraindicado na gravidez EX: Alisquireno.
Bloqueadores do canal de cálcio
Redução da resistência vascular periférica por diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares (redução do influxo de cálcio para o citoplasma). Divide-se em di-idropiridínicos¹ (vasosseletivos) e não di-idropiridínicos² (cardiosseletivos). Efeitos adversos: edema maleolar, cefaleia, tontura, rubor facial¹; bradicardia, constipação². EX: Anlodipino, Benzotiazepinas, Fenilalquilaminas.
Adrenérgicos de ação central
Estimulam os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos no SNC, reduzindo o tônus simpático, além de diminuir a secreção de renina. Como efeitos adversos tem-se a sonolência, fadiga, boca seca, hipotensão postural e disfunção sexual. EX: Metildopa (HAS crônica na gravidez), Clonidina.
Vasodilatadores diretos
Promovem relaxamento muscular com consequente vasodilatação e redução da resistência vascular periférica. Promovem a queda do LDL e aumento do HDL. São usados em associação com diuréticos e/ou betabloqueadores. Pode provocar retenção hídrica (edema) e taquicardia reflexa, cefaleia, edema. EX: Hidralazina (durante a gravidez especialmente) e Minoxidil.
Inibidor adrenérgico periférico
Indicada no tratamento da hipertensão arterial leve. Podem causar congestão nasal, cansaço, impotência e depressão. Contraindicada na gravidez, lactação, depressão, feocromocitoma e úlcera. EX: Reserpina.
Alfabloqueadores
Bloqueiam seletivamente os receptores alfa-1-adrenérgicos. São a principal escolha em casos de feocromocitoma. Apresentam efeito hipotensor discreto a longo prazo como monoterapia, devendo, portanto, ser associados com outros anti-hipertensivos. As principais reações adversas são: hipotensão postural, incontinência urinária e astenia. EX: Doxazosin, Prazosin, Terazosin.
Betabloqueadores
Não é indicado como droga de 1a linha para tratamento de HAS. Seu efeito anti-hipertensivo é explicado pelo bloqueio dos receptores beta-1-adrenérgicos, provocando a diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. 
Alguns de seus efeitos adversos são: broncoespasmo, bradicardia, vasoconstrição periférica, insônia, astenia, disfunção erétil, dislipidemia, intolerência à lactose. EX: Propanolol (lipossolúvel / pode ser usado no tratamento de hipertensão porta), Atenolol, Bisoprotol, Metoprolol.
OBS: Os BB de 1a e 2a geração são contraindicados na asma, na DPOC e no BAV de 2o e 3o graus.
OBS: Os BB, especialmente os não seletivos, são contraindicados na vigência de intoxicação por cocaína.
1a LINHA
Diuréticos, Bloqueadores do canal de cálcio, IECA, BRA
INDICAÇÕES
Insuficiência cardíaca: diuréticos, betabloqueadores, IECA, antagonistas de aldosterona
Pós-infarto do miocárdio: IECA, antagonistas de aldosterona
↑ risco de doença coronariana: betabloqueadores, IECA, bloqueadores do canal de cálcio
Diabetes: IECA, antagonistas de angiotensina II, bloqueadores do canal de cálcio
Doença renal crônica: IECA, antagonistas da angiotensina II
Prevenção da recorrência de AVE: IECA, diuréticos
Hipertensão sistólica isolada em idosos: diuréticos ou bloqueadores do canal de cálcio

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