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Projeto de Inclusão Digital para Pessoas com Deficiência

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UNIP INTERATIVA
Projeto Integrado Multidisciplinar
Cursos Superiores de Tecnologia
PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
São Paulo - SP
2018
UNIP INTERATIVA
Projeto Integrado Multidisciplinar
Cursos Superiores de Tecnologia
PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Nomes completos dos alunos:
Marcelino Farias de Lavor - RA: 1638861
Joel Ribeiro Zaratim – RA 1650467
Reginaldo Santos Andrade – RA 1651524
Curso: Analise e Desenvolvimento de Sistemas
Semestre: 4º Semestre
São Paulo - SP
2018
RESUMO
O presente estudo integra o Projeto Integrado Multidisciplinar II (PIM II), referente ao Curso Superior Tecnológico em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Paulista – UNIP INTERATIVA. A pesquisa propõe apresentar um projeto de uma Organização Não Governamental (ONG) dedicada à inclusão digital de pessoas com deficiência, a partir do uso de tecnologias assistivas. De caráter interdisciplinar, a pesquisa resultou em uma produção científica que se preocupou em articular os conhecimentos das disciplinas cursadas no primeiro semestre de 2018, com o intuito de desenvolver e aplicar os conhecimentos adquiridos, por meio de vídeo aulas e material didático de apoio, nas disciplinas de Organização de Computadores, Princípios de Sistemas de Informação e Comunicação Aplicada. As etapas de construção da pesquisa se preocupou com o desenvolvimento de uma metodologia baseada em um estudo de caso, num cenário atual, onde foi possível desenvolver a capacidade de identificar necessidades e propor soluções, assim como argumentar e discutir as tecnologias utilizadas nos projetos de sistemas computacionais, além de fomentar o hábito de executar projetos envolvendo múltiplas disciplinas. O resultado do estudo ampliou a capacidade do grupo em desenvolver trabalhos de forma interdisciplinar. A pesquisa proporcionou a ampliação dos conhecimentos relacionados ao desenvolvimento da capacidade de identificar necessidades e propor soluções, na área da tecnologia da informação, o que realmente aconteceu; pois, os resultados obtidos permitiram a compreensão da capacidade argumentativa sobre o uso das tecnologias assistivas utilizadas, além de evidenciar a importância das regras e normas que orientaram as relações de trabalho, no uso das tecnologias da informação e comunicação.
Palavras-chaves: Tecnologia assistiva, inclusão digital, deficiência.
ABSTRACT
The present study integrates the Integrated Multidisciplinary Project II (PIM II), referring to the Technological Superior Course in Analysis and Development of Systems of the Universidade Paulista - UNIP INTERATIVA. The research proposes to present a project of a Non-Governmental Organization (NGO) dedicated to the digital inclusion of people with disabilities, from the use of assistive technologies. Of an interdisciplinary nature, the research resulted in a scientific production that was concerned with articulating the knowledge of the subjects studied in the first semester of 2018, in order to develop and apply the acquired knowledge, through video lessons and didactic material of support, in the disciplines of Computer Organization, Principles of Information Systems and Applied Communication. The stages of construction of the research were concerned with the development of a methodology based on a case study, in a current scenario, where it was possible to develop the capacity to identify needs and propose solutions, as well as to argue and discuss the technologies used in systems projects as well as fostering the habit of executing projects involving multiple disciplines. The results of the study expanded the group's ability to develop interdisciplinary work. The research provided the widening of the knowledge related to the development of the capacity to identify needs and propose solutions in the field of information technology, what really happened; because the results obtained allowed the understanding of the argumentative capacity on the use of the assistive technologies used, besides showing the importance of the rules and norms that guided the labor relations in the use of information and communication technologies.
Keywords: Assistive technology, digital inclusion, disability.
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1- Acessibilidades ao Computador	15
Ilustração 2- Sistemas de Controle de Ambiente	17
Ilustração 3- Tabela com exemplos dos softwares de tecnologia assistiva	18
Ilustração 4- Press-release de divulgação da ONG SER(HUMANO)	25
Ilustração 5- Modelo de Outdoor para divulgação da ONG	27
INTRODUÇÃO
Diante do desafio realizado propomos a criação de uma ONG com a finalidade de identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e; consequentemente, promover vida independente e Inclusão às pessoas com algum tipo de deficiência. Na mesma perspectiva, adquirir o conhecimento sobre a criação de uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências.
O presente trabalho faz parte do Projeto Integrado Multidisciplinar II (PIM II) do curso Tecnológico em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Universidade Paulista (UNIP). O caráter do projeto é interdisciplinar sendo orientado pelas seguintes disciplinas: Organização de Computadores, Princípios de Sistemas de Informação e Comunicação Aplicada. A interdisciplinaridade, de acordo com Japiassu e Marcondes (1991):
[...] é um método de pesquisa e de ensino suscetível de fazer com que duas ou mais disciplinas interajam entre si. Esta interação pode ir da simples comunicação das ideias até a integração mútua dos conceitos, da epistemologia, da terminologia, da metodologia, dos procedimentos, dos dados e da organização da pesquisa. Ela torna possível a complementaridade dos métodos, dos conceitos, das estruturas e dos axiomas sobre os quais se fundam as diversas práticas científicas. (JAPIASSU& MARCONDES, 1991, p. 105-106)
Desenvolver um trabalho interdisciplinar faz parte de um importante processo de integrações recíprocas entre várias disciplinas e campos de conhecimento, capaz de romper as estruturas de cada uma delas para alcançar uma visão comum do saber. Articuladas elas propiciam a aquisição de conhecimentos que dificilmente isoladas lograriam êxito. No caso específico deste trabalho, que está voltado para conhecimentos específicos do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, as disciplinas propostas contribuem para a reflexão e tomada de decisão, aspectos importantes para o desafio proposto e para a construção da arquitetura a ser assumida. O método proposto, além de interdisciplinar, foi baseado num estudo de caso (criação de uma ONG), que objetiva simular determinada vivência da realidade, pautando-se pela discussão, análise e busca de solução para um problema específico geralmente extraído da vida real. Esse método é observado quando se pretende responder a determinadas situações ou simulações. De acordo com Gil (1991):
O delineamento se fundamenta na ideia de que a análise de uma unidade de determinado universo possibilita a compreensão da generalidade do mesmo ou, pelo menos, o estabelecimento de bases para uma investigação posterior, mais sistemática e precisa. (GIL, 1991, p. 79)
O objetivo geral proposto pela disciplina PIM II é apresentar um projeto de uma ONG (Organização Não Governamental) dedicada à inclusão digital de pessoas com deficiência, com o fomento do uso das tecnologias assistivas, que representam o conjunto de recursos e serviços, com a finalidade de ampliar ou proporcionar habilidades funcionais de pessoas com deficiência, dessa forma foi estabelecido a necessidade de apresentação de recursos computacionais, sistemas e aplicações que possam ser utilizados como tecnologias assistivas e; por fim, definindo uma estratégiade comunicação para a ONG, onde nessa estratégia incluímos objetivos, definição de público-alvo, canal de comunicação, estrutura da mensagem e ferramenta de comunicação, assim como a construção de um press-release. O tema proposto no estudo de caso descreve a importância da divulgação destas informações. 
Sabemos que a nossa sociedade foi construída em meio a um contexto histórico, socioeconômico e político tensos, marcados por processos antigos de colonização e dominação os quais lançou os sujeitos no terreno das desigualdades, das identidades estereotipadas e das diferenças. É comum verificar em nosso cotidiano que todos nós lidamos com a questão da inclusão e da diversidade reforçando a exclusão, uma vez que ao abordar a temática acaba por categorizar os indivíduos como se eles não fizessem parte de um mesmo contexto social.
A concepção do que se compreende por diferenças ultrapassa as características biológicas, observáveis a olho nu. Elas são construídas pelos sujeitos sociais ao longo do processo histórico e cultural, nos processos de adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de poder. Nem sempre aquilo que se julga como diferença social, histórica e culturalmente construída recebe a mesma interpretação nas diferentes sociedades. Além disso, o modo de ser e de interpretar o mundo também é variado e diverso. 
A inclusão e a diversidade precisam ser compreendidas em uma perspectiva relacional, onde as características, os atributos ou as formas de ver o ser humano na sociedade são reinventadas pela cultura para distinguir tanto o sujeito quanto o grupo a que ele pertence, dependem do lugar por eles ocupado no contexto social e da relação que mantêm entre si e com os outros.
A Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade (UNESCO, 1994), resultou em um documento conhecido como Declaração de Salamanca. Tal documento define a inclusão das pessoas com deficiência concebida na assertiva de que todas as pessoas são iguais e, portanto, devem ser respeitadas e valorizadas, como um princípio básico de direitos humanos. A Declaração fundamenta-se na concepção de que o pertencer a uma sociedade é um direito de todos e não privilégio de alguns.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil tornou-se signatário no ano de 2007, se tornou um marco histórico de justiça e equidade social para seu público destinatário. As pessoas com deficiência são definidas como aquelas que possuem algum tipo de impedimento de longo prazo de natureza física, intelectual (mental), ou sensorial (visão e audição); os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação efetiva e plena na sociedade em comparação com as demais pessoas. Desde 2007, com essa convenção, foram implementadas diversas políticas e incentivos que ampliaram inclusão no País, bem como o esforço em prol da eliminação dos diversos entraves colocados diante da pessoa com deficiência. 
No Brasil houve alguns decretos legislativos, decretos do Poder Executivo e demais leis que estimularam muitas ações voltadas para os direitos das pessoas com deficiência. O documento da referida Convenção passou a ter o valor de Emenda Constitucional, por meio da aprovação do Decreto Legislativo n.º 186/08. Ele reafirmou o conteúdo da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, agora dirigida para a situação específica, no Brasil vejamos os Princípios Gerais do artigo 3:
a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência das pessoas.
b) A não-discriminação;
c) A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;
d) O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;
e) A igualdade de oportunidades;
f) A acessibilidade;
g) A igualdade entre o homem e a mulher;
h) O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças com deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar sua identidade.
(BRASIL, 2008)
A Convenção pretendeu evidenciar que os princípios gerais estão assentados na não-tolerância com as mais diversas formas de discriminação das pessoas com deficiência. Estabelece, entre as obrigações gerais, o desenvolvimento e a pesquisa de Tecnologia Assistiva ou Ajudas Técnicas e do Desenho Universal como regra da inclusão, elevada à categoria de direitos, e, a sua omissão, passa ser considerada discriminação. Assim, a ausência de acessibilidade arquitetônica, de locomoção, de comunicação e informação e de recursos didático-pedagógicos passam a ferir o estabelecido nessa Convenção. 
Percebe-se que todo esse esforço visa consolidar os direitos das pessoas com deficiência no Brasil e assegurar uma sociedade mais equânime. Dentro dessa perspectiva, a análise e desenvolvimento do presente trabalho, não poderia ficar dissociada da realidade à qual estamos inseridos. Estamos vivenciando novas maneiras de pensar e de conviver, assim como de incluir as pessoas no processo digital, mediadas pela tecnologia baseadas na microeletrônica e microinformática. A informação é transmitida e socializada por inúmeros equipamentos e softwares que já fazem parte da sociedade contemporânea. O advento do computador e dos sistemas operacionais como instrumentos de comunicação colocou o ser humano num patamar histórico de interatividade e colaboração em rede nunca visto antes, tornando a inclusão digital algo a ser concretizada, incluindo para as pessoas com algum tipo de deficiência.
A informação e o conhecimento são categorias comumente mediatizadas pela tecnologia em nosso viver cotidiano. Cada vez mais observamos a ampliação da tecnologia influenciando as atividades pessoal e profissional. A informação pode conduzir ao conhecimento e o conhecimento pode se traduzir em inovação tecnológica. As pessoas com deficiência precisam utilizar tais tecnologias a fim de garantirem maior eficiência de seus processos de comunicação e interação social.
Para que os insumos inclusivos se tornem uma realidade no meio da sociedade são necessários, além de equipamentos com estrutura física de suporte de demanda confiáveis, também de profissionais capacitados para lidar de forma eficaz com os recursos tecnológicos, principalmente os de comunicação, pois essa é uma demanda requerida pelas pessoas com deficiência. De acordo com Moraes (2015):
Pautada por este cenário, a visão dos profissionais responsáveis pela inovação tecnológica dos seus produtos e serviços deve ser capaz de perceber as novas possibilidades de criação de riqueza no meio digital pelo desenvolvimento das soluções sistêmicas nas diversas áreas de conhecimento. É necessário trabalhar a capacitação profissional para perceber o cenário inter-relacionado com as demais áreas. O objetivo é orientar as ações com habilidade e, consequentemente, explorar o potencial de riqueza disponível por meio digital representado pelo ambiente tecnológico internet. Nesse cenário, as transformações sociais e econômicas apresentam alguns aspectos da economia criativa inserida num contexto de mudanças intensas reflexo do uso, aderência e contaminação da tecnologia no cotidiano da sociedade. (MORAES, 2015, p. 88-89)
Conforme percebemos, a trajetória histórica em busca de uma sociedade inclusiva, vista no cenário brasileiro e internacional, tem sinalizado para diversos caminhos que garantam a permanência da pessoa com deficiência no meio social com qualidade. É necessário que as instituições continuem investindo em conhecimentos, que visem a eliminação de barreiras. Isso inclui recursos de acessibilidade, tecnologia assistiva e recursos de comunicação.
TECNOLOGIA ASSISTIVA.
Os pesquisadores Cook e Hussey (1995) conceituam a Tecnologia Assistiva citando a definição do American with Disabilities Act (ADA), como sendo “uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais encontradospelos indivíduos com deficiências”. (COOK & HUSSEY, 1995).
No Brasil, foi instituído o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, pela Portaria n.º 142 de 16 de novembro de 2006, no âmbito da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Presidência da República, o qual propôs o seguinte conceito para a tecnologia assistiva: 
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (ATA VII, CAT, 2007)
A Tecnologia Assistiva é um auxílio com o intuito de promover a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou promover a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento.
Objetivos da Tecnologia Assistiva.
Podemos então afirmar que o objetivo maior da Tecnologia Assistiva é proporcionar às pessoas com deficiência uma maior independência, qualidade de vida e inclusão social, a partir da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente e habilidades de seu aprendizado e trabalho.
RECURSOS COMPUTACIONAIS UTILIZADOS COMO TECNOLOGIAS ASSISTIVAS.
O acesso aos recursos ofertados pela sociedade, escola, tecnologias, etc., influenciam nos processos de aprendizagem da pessoa. As limitações do indivíduo com deficiência têm tendência para se tornarem uma barreira para esse aprendizado. Desenvolver recursos de acessibilidade seria uma das maneiras concretas de neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir esse indivíduo nos ambientes ricos para a aprendizagem, proporcionados pela cultura.
Outra barreira que as limitações de interação trazem consigo são os preconceitos a que o indivíduo com deficiência está sujeito. Desenvolver recursos de acessibilidade também pode significar combater esses preconceitos, pois, no momento em que lhe são dadas as condições para interagir e aprender, explicitando o seu pensamento, o indivíduo com deficiência mais facilmente será tratado como um "diferente-igual"... Ou seja, "diferente" por sua condição de pessoa com deficiência, mas ao mesmo tempo "igual" por interagir, relacionar-se e competir em seu meio com recursos mais poderosos, proporcionados pelas adaptações de acessibilidade de que dispõe. É visto como "igual", portanto, na medida em que suas "diferenças", cada vez mais, são situadas e se assemelham com as diferenças intrínsecas existentes entre todos os seres humanos. Esse indivíduo poderá, então, dar passos maiores em direção a eliminação das discriminações, como consequência do respeito conquistado com a convivência, aumentando sua autoestima, porque passa a poder explicitar melhor seu potencial e seus pensamentos.
Os Recursos podem ser definidos como todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Necessário também falar dos serviços que são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
Recursos podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
Serviços são aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos. Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia, Terapia ocupacional, Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem, Medicina, Engenharia, Arquitetura, Design, Analistas de Sistemas, Técnicos em informática e Técnicos de muitas outras especialidades.
Recursos úteis.
Alguns dos recursos úteis e mais facilmente disponíveis, porém muitas vezes ainda desconhecidos por muitos, são as "Opções de Acessibilidade" do Windows. Através desses recursos, diversas modificações podem ser feitas nas configurações do computador, adaptando-o a diferentes necessidades dos alunos. Por exemplo, um aluno que, por dificuldades de coordenação motora, não consegue utilizar o mouse mas pode digitar no teclado, o que ocorre com muita frequência, tem a solução de configurar o computador, através das Opções de Acessibilidade, para que a parte numérica à direita do teclado realize todos os mesmos comandos na seta do mouse que podem ser realizados pelo próprio mouse.
Além do mouse, outras configurações podem ser feitas, como a das "Teclas de Aderência" e a opção de "Alto Contraste na Tela" para pessoas com dificuldades visuais.
Acessibilidade ao computador.
A categoria de tecnologia assistiva engloba vários recursos, dentre os quais, voltados a tecnologia da informação estão a acessibilidade ao computador que são o conjunto de hardware e software idealizado para tornar o computador acessível a pessoas com privações sensoriais (visuais e auditivas), intelectuais e motoras. Inclui dispositivos de entrada como mouses, teclados e acionadores diferenciados e dispositivos de saída como sons, imagens, informações táteis.
Como dispositivos de entrada podemos citar os teclados virtuais com varredura, os teclados modificados, acionadores diversos e mouses especiais, software de reconhecimento de voz, dispositivos apontadores que valorizam movimento de cabeça, movimento de olhos, ondas cerebrais (pensamento), órteses e ponteiras para digitação, entre outros.
São exemplos de dispositivos de saída os software para ajustes de cores e tamanhos das informações (efeito lupa), softwares leitores de tela, os softwares leitores de texto impresso (OCR), impressoras braile e linha braile, impressão em relevo, entre outros.
Ilustração 1- Acessibilidades ao Computador
Fonte:http://slideplayer.com.br/slide/380560/, acesso em 24/05/2018.
SISTEMAS E APLICAÇÕES UTILIZADOS COMO TECNOLOGIAS ASSISTIVAS.
“Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis". (RADABAUGH, 1993). Nesses casos, a Tecnologia de Informação e Comunicação pode ser utilizada ou como Tecnologia Assistiva, ou por meio da Tecnologia Assistiva.
Os sistemas e aplicações na tecnologia assistiva tem como finalidade, dentre outras, atender pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar, escrever e/ou compreender. Como exemplo podemos citar a alta tecnologia dos vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou o computador com softwares específicos e pranchas dinâmicas em computadores tipo tablets, que garantem grande eficiência à função comunicativa das pessoas com deficiência.
Sistemas de controle de ambiente.
Através de um controle remoto as pessoas com limitações motoras, podem ligar, desligar e ajustar aparelhos eletroeletrônicos como televisores, o som, a luz, ventiladores, executar a abertura e fechamento de portas e janelas, receber e fazer chamadas telefônicas, acionar sistemas de segurança, entre outros, localizados em sala, escritório, no quarto, casa e arredores. O controle remoto pode ser acionado de forma direta ou indireta e neste caso, um sistema de varredura é disparado e a seleção do aparelho, bem como a determinação de que seja ativado, se dará por acionadores(localizados em qualquer parte do corpo) que podem ser de pressão, de tração, de sopro, de piscar de olhos, por comando de voz etc.
As casas inteligentes podem também se auto ajustar às informações do ambiente como luz, hora do dia e inclusive a temperatura, presença ou ausência de objetos e movimentos, entre outros. Estas informações ativam uma programação de funções como acender ou apagar luzes, desligar fogo ou torneira, trancar ou abrir portas. No campo da Tecnologia Assistiva a automação residencial visa a promoção de maior independência no lar e também a proteção, a educação e o cuidado de pessoas idosas, dos que sofrem de demência ou que possuem deficiência intelectual.
Ilustração 2- Sistemas de Controle de Ambiente
Fonte:http://microcefalianaeducacao.blogspot.com.br/p/acessibilidade-e-tecnologias-assistivas.html, acesso em 24/05/2018.
Softwares de tecnologia assistiva.
Diversos softwares estão disponíveis para utilização como tecnologia assistiva, um exemplo de Software Especial de Acessibilidade são os simuladores de teclado e de mouse. Todas as opções do teclado ou as opções de comando e movimento do mouse podem ser exibidas na tela e selecionadas, ou de forma direta, ou por meio de varredura que o programa realiza sobre todas as opções. 
Existem diversos programas, inclusive gratuitos, de simuladores que podem ser operados de forma bem simples, além de serem programas muito "leves" (menos de 1 MB). Com o simulador de teclado e o simulador de mouse, as pessoas com deficiência podem começar a utilizar o computador e expressar melhor todo o seu potencial cognitivo, iniciando a aprender, a ler e escrever. Com esses recursos de acessibilidade, abrem-se horizontes novos, possibilitando que as pessoas encontrem novos canais de expressão e desenvolvimento.
A Tabela abaixo relaciona alguns exemplos dos softwares de tecnologia assistiva:
Ilustração 3- Tabela com exemplos dos softwares de tecnologia assistiva
	Software
	Descrição
	Aplicação
	HeadMouse
	Software que utiliza uma webcam convencional para detectar a face do usuário e assim fazer as funções do mouse convencional.
	Acessibilidade
	MouseKey
	O MouseKey é um teclado virtual que além de conter as teclas do teclado convencional também possui silabas afim de melhorar a habilidade de digitação
	Digitação
	ESpeak
	É um software sintetizador de voz capaz de escrever tudo que o usuário fala ou sintetizar uma voz para a leitura do que foi digitado.
	Comunicação
	Plaphoons
	Plaphoons é um programa para pessoas que possuem limitações vocais. O software conta com comunicações básicas como cumprimentar, agradecer, se despedir, entre outros.
	Comunicação
	Ibm via Voice
	Software que possibilita a escrita através do vocal, também é possível executar funções do Windows como copiar, colar, recortar, também é possibilitando executar programas e funções do mouse.
	Acessibilidade, Digitação
	Grid 2
	Programa que permite controlar o ambiente Windows sem a utilização do teclado ou mouse utilizando apenas a comunicação.
	Acessibilidade, Digitação, Comunicação
	Microfênix
	Programa criado para facilitar o uso das funções do mouse, aplicando todas as funcionalidades do mouse no teclado.
	Acessibilidade
	Motrix
	Software que permite a execução de funções do mouse, teclado e execuções de programas, tudo através de comandos de voz
	Acessibilidade, Digitação
Fonte: Assistiva. Tecnologia e Educação. Disponível em: http://www.assistiva.com.br/. Acesso em: 24 de maio de 2018.
PROJETO DE ONG - “SER(HUMANO)”
Caracterização do Projeto.
O Projeto SER(HUMANO) nasceu em janeiro de 2018 na cidade de São Paulo – SP, pela necessidade de criação de uma Organização Não Governamental, destinada ao desenvolvimento de consultoria na área de tecnologia assistiva e estratégias de comunicação das pessoas com deficiência física. Um grupo formado por três empreendedores formado por analistas e desenvolvedores de sistemas percebeu uma lacuna ainda não preenchida na área de desenvolvimento e consultoria dos recursos de acessibilidade disponíveis no mercado. Percebeu-se que a utilização dos referidos recursos não faz parte do cotidiano da maioria das empresas privadas e instituições de ensino por falta de conhecimento técnico, formação dos colaboradores no manuseio dos diferentes tipos de tecnologia assistiva ou de estratégias de comunicação visando a difusão dos variados produtos disponíveis.
A Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, também conhecida como Lei de Cotas, obriga o preenchimento de 2% a 5% das vagas do quadro de funcionários das empresas com pessoas reabilitadas ou com deficiência. A lei de cotas abrange o direito a todos os tipos de deficiência (física, visual, auditiva e intelectual), mas ainda há uma preferência das empresas na contratação por pessoas com deficiência menos impactantes e que possam ser aproveitadas em funções menos estratégicas. Assim, existe uma maior busca, por exemplo, de deficientes físicos, enquanto aqueles com deficiência intelectual são os menos procurados. O Projeto SER(HUMANO) surgiu em decorrência dessa demanda. Acredita que o desenvolvimento de tecnologias assistivas e de consultoria ampliará o interesse das instituições em contratar maior número de pessoas com deficiência em funções estratégicas, para além das contratações focadas apenas na deficiência física. A criação e a difusão do uso de tecnologias assistivas abrirá a oportunidade para as empresas contratarem maior número de pessoas com deficiência.
Missão e valores.
Nossa missão éproporcionar aInclusão ao maior número de pessoas com algum tipo de deficiência no mercado de trabalho em empresas e em instituições educacionais, por meio do desenvolvimento e consultoria de tecnologias assistivas. Nossos valores se pautam na crença de que a sociedade constituída por seres humanos é caracterizada pela diversidade em sua essência, e que a deficiência não pode ser vista como fator de exclusão social, mas como parte inerente da constituição humana e que deve ser respeitada.
Objetivos.
Desenvolvimento de estratégias de utilização de tecnologias assistivas
Consultoria empresarial e instituições de ensino
Cursos de formação e capacitação de colaboradores no uso de tecnologias assistivas
Banco de empregos para pessoas com deficiência
Assessoria técnica de comunicação empresarial
Estratégia de comunicação.
As instituições não governamentais estão inseridas em um contexto de constantes transformações. Para que elas possam atingir o seu objetivo necessitam de uma comunicação que seja ao mesmo tempo integrada e estratégica. Para isso, precisam ficar sensíveis à adaptação frentes as modificações que ocorrem no contexto social, ajustando o seu processo de comunicação a elas. A comunicação é irreversivelmente associada à sociedade, que, por sua vez, depende da comunicação para a criação e manutenção da cultura, política e economia. Como não podemos separar sociedade da comunicação, o ambiente de trabalho, em especial de gestão, não se difere de outras situações sociais. Nele, há necessidade de interação comunicativa entre todos os envolvidos na organização, bem como os clientes e os gestores de outras instituições. A comunicação dáse a todo momento e em todas as esferas que envolvem esses ambientes. Dessa forma, os serviços de comunicação da ONG - Projeto SER(HUMANO), ao serem realizados contam com o trabalho de uma equipe interna. Às vezes, eles são realizados em forma de parceria com outras instituições, principalmente as financiadas por patrocinadores. 
Objetivos.
Desde a sua criação (em 2018) A ONG SER(HUMANO) tem sido uma ferramenta importante para a inclusão social das pessoas com algum tipo de deficiência. Considerando as iniciativas do governo em eliminar todo e qualquer tipo de barreira que impedem as pessoas deficientes de ter a participação ativa na sociedade, o projeto visa abranger o maior número de instituições que possam absorver a mão de obra de trabalhadores que necessitam de tecnologias assistivaspara exercer as atividades laborais. A LBI (ver nota de rodapé) trouxe consigo o conceito de tecnologia assistiva ou ajuda técnica, qual seja: [1: 	A introdução da Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015, que instituiu a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), veio em busca da consolidação dos anseios dos deficientes, de viver em condições de igualdade, no exercício dos direitos e das liberdades fundamentais visando à sua inclusão social e cidadania.][2: 	De acordo com a LBI, considera-se barreira qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros.]
produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (inciso III, art. 3º, 2015)
Os objetivos da ONG SER(HUMANO) estão em consonância com os dispositivos da LBI, pois se busca fomentar a interação das pessoas com algum tipo de deficiência por meio de processos de comunicação mediados pela tecnologia que abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações voltadas para a educação. Nessa perspectiva se verificou a necessidade da criação de um Plano de Gerenciamento das Comunicações para a ONG com os seguintes objetivos:
Definir e padronizar o Plano de Gerenciamento de Comunicação (PDC) durante o período de elaboração e execução de Projetos. 
Atuar de modo claro e objetivo no fluxo de informações, ou seja, informações no tempo certo e comunicação efetiva.
Apresentar o modo de atuação e abordagem do público interessado
Definição de público-alvo.
A definição do público-alvo a ser atingido será contingenciada pelo Plano de Gerenciamento das Comunicações (PGC) da ONG. O PGC será efetivado por meio dos seguintes passos:
Identificação das partes interessadas: realizar o ajustamento dos meios e das estratégias de comunicação para atingir os objetivos de forma mais eficaz, por meio da Identificação de todas as pessoas ou organizações que podem ser afetadas pelo projeto. Documentar as informações relevantes relacionadas aos seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto.
Envolvimento das equipes interna e externa: buscar o envolvimento do público-alvo de forma que a comunicação instigue a iniciativa de todos em busca de informações sobre o projeto. Incentivar a comunicação e interação com as partes interessadas para atender às suas necessidades e solucionar as questões à medida que ocorrerem.
Socialização das informações: difundir informações necessárias e coloca-las à disposição das partes interessadas no projeto.
Acompanhamento do processo: realizar a coleta e distribuição de informações sobre o desempenho do projeto, inclusive relatórios de andamento, medições do progresso e previsões.
Baseado nesses passos busca-se atingir empresas, instituições educacionais e a comunidade em geral priorizando o setor da população, que possui pessoas com algum tipo de deficiência, por considerarmos que podem ser as maiores beneficiadas com o uso de tecnologias assistivas.
Canais de comunicação.
	De acordo com a disciplina de Comunicação Aplicada (UNIP Interativa) Canal ou contato é o meio físico, o veículo por meio do qual a mensagem é levada do emissor ao receptor. De maneira geral, as mensagens circulam através de dois principais meios, sonoros e visuais. A ONG definiu em seu PGC que utilizará os canais de acordo com os seguintes objetivos:
• Meios sonoros: quando for necessária a veiculação de informações, eventos ou entrevistas por meio de Rádios e Podcast. 
• Meios visuais: realizada periodicamente por meio de web site (site da ONG, redes sociais, E-mail etc) e eventualmente por mídia impressa (jornais, revistas, cartazes, flayer, cartão, faixas e banners) e outdoor quando houver a necessidade de divulgação de um evento de grande porte.
Estrutura da mensagem.
A ONG compreende que todo processo que envolve a comunicação só se realiza quando todos os elementos que compõe uma mensagem funcionam de forma adequada. Caso o receptor não capta ou não compreende a mensagem, não pode haver comunicação. Os problemas encontrados com determinado canal impedirá que a mensagem chegue ao receptor de forma satisfatória. Caso isso ocorra, não haverá comunicação e sim ruído. Ruído qualquer barreira à comunicação. Dessa forma, percebe-se que a função do código é de grande importância, uma vez que emissor e receptor devem estar em consonância com o código utilizado para que a comunicação se realize plenamente. Com o objetivo de se evitar qualquer interferência no processo de comunicação da ONG, a equipe diretiva estabeleceu uma estrutura de mensagem a ser utilizada. Toda mensagem deverá ser analisada e aprovada pela alta direção da ONG e deverá conter os seguintes elementos:
Emissor da mensagem: quem transmite a mensagem, nesse caso é a própria ONG.
Receptor da mensagem: se refere ao destinatário da mensagem.
Mensagem: comunicação, oral ou escrita, que transmite uma informação 
Canal: designa o meio usado para transportar uma mensagem do emissor (a ONG) a um determinado receptor.
Referência: Objeto (assunto) fim da mensagem a ser transmitida. 
Código utilizado: formado por um conjunto de sinais, organizados de acordo com determinadas regras, em que cada um dos elementos tem significado em relação com os demais, podendo ser a língua, oral ou escrita, gestos, código Morse, sons etc.
Ferramenta de comunicação.
Entre as diversas ferramentas de comunicação disponíveis, as descritas abaixo são apontadas como muito importantes durante o período de elaboração e execução das atividades da ONG. Foram definidas as seguintes:
Press-release: produzido pela equipe de assessoria de comunicação da ONG, o material de divulgação das ações da ONG visa estimular o público-alvo a buscar maiores informações sobre a importância do uso e da difusão de tecnologias assistivas no meio empresarial e instituições de ensino. 
No presente estudo de caso, propõe-se realizar, por meio da ONG, o “dia D de conscientização da importância do uso das Tecnologias Assistivas nas empresas e instituições de ensino”, no dia 27 maio, com o objetivo de sensibilizar a comunidade paulistana sobre a importância desses recursos e, ao mesmo tempo, abrir novas oportunidades para as pessoas com deficiência de se inserirem no mercado de trabalho ou em uma instituição de ensino, para formação educacional. Dessa forma, a equipe interna da ONG elaborou um release (abaixo) para divulgação nos veículos de comunicação disponíveis na cidade de São Paulo, onde está localizada a seccional da ONG no Estado.
Ilustração 4- Press-release de divulgação da ONG SER(HUMANO)
	
	27 de maio – Dia D de conscientização da importância do uso das Tecnologias Assistivas nas empresas e instituições de ensino
Campanha de divulgação sobre o uso das Tecnologias Assistivas em São Paulo
Em comemoração ao Dia Nacional das Tecnologias Assistivas, 27 de maio, a ONG SER(HUMANO) - Seção de São Paulo e a Liga Acadêmica de Estudantes Ativos da USP, vinculada à Sociedade Brasileira de Cidadãos Ativos, realizarão eventos de caráter social e gratuitos, no intuito de conscientizar e orientar a população quanto a importância do uso das TecnologiasAssistivas para as pessoas com algum tipo de deficiência.
Os eventos se iniciarão no dia 26 de maio, às 8 horas, com uma grande caminhada no Parque Ibirapuera Conservação (PIC).
No dia 27, o Dia D, haverá pontos de aferição do grau de conhecimento sobre as Tecnologias Assistivas no Museu de Artes de São Paulo, das 8 às 18 horas.
As atividades consistirão ainda da avaliação de índice de propensão ao incentivo do uso de Tecnologias Assistivas e orientação de médicos, enfermeiros, psicólogos, profissionais de educação física, administradores de recursos humanos, fisioterapeutas, pedagogos e de práticas de indução ao trabalho às pessoas com deficiência, com a distribuição de material informativo, além de diversas atividades culturais.
Solicitamos a colaboração da imprensa para a divulgação do evento, para obtermos uma participação efetiva da comunidade.
Apoio:
Ligas de Proteção à Pessoa com Deficiência
Comitê de Uso das Tecnologias Assistivas
Sindicado dos Estabelecimentos de Ensino
Grupo de Apoio aos Deficientes Físicos em Reabilitação e
ONG Inclusão dos Deficientes no Mercado de Trabalho.
Informações
Comitê organizador: (011)61242461
www.euvouevoce.org.br – queroir@serhumano.org.br
	
Fonte: Autores.
Outdoor: mídia utilizada pela ONG sempre que há necessidade de divulgação de um evento ligado ao objeto da entidade. A frequência de exposição definida pela alta direção da ONG é de 24 horas, quando financiada por recursos próprios e, indeterminado, quando for financiado por patrocinadores, os quais definirão o período. 
Para divulgação do Dia D, foi elaborado pela equipe interna da ONG um outdoor (modelo abaixo), cuja exposição prevista é de sete dias.
Ilustração 5- Modelo de Outdoor para divulgação da ONG
	
Fonte: Autores.
Website: Função de estabelecer contato entre os seus apoiadores, colaboradores e comunidade virtual. Conteúdos como missão, valor, histórico, ações e contato fazem parte de sua estrutura que, aliada à sua página inicial, estabelece a comunicação de suas atividades com os internautas por meio eletrônico. 
A URL para acesso é: https://www.serhumano.org.br
E-mail marketing: usado pela ONG com o objetivo estratégico de marketing digital da entidade. Além de ser um dos canais que apresenta menor custo, o E-mail também é uma ferramenta institucional para se relacionar de maneira pessoal e direta com sua base de contatos, seja por meio de comunicações periódicas, como newsletters, promoções, ofertas ou divulgação de eventos. 
O E-mail de contato com a ONG é: atendimento@serhumano.org.br
		
CONCLUSÃO
Neste trabalho foi possível desenvolver e aplicar os conhecimentos adquiridos em aula nas disciplinas cursadas nesse semestre, com o desenvolvimento e capacidade de identificar necessidades e propor soluções. Com a ajuda da disciplina de Organização de Computadores foram apresentados os recursos computacionais necessários para serem utilizados como tecnologias assistivas, como computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade. Auxiliados pela disciplina de Princípios de Sistemas de Informação apresentamos Sistemas de controle de ambiente para as pessoas com limitações motoras, assim com as aplicações necessárias a serem utilizadas como tecnologias assistivas. A disciplina Comunicação Aplicada proporcionou o conhecimento sobre a multiplicidade de usos possíveis da linguagem no processo de transmissão de uma mensagem, seja ela em forma de gestos, gráficos, cores, sons entre outros códigos. Esse fato ampliou nossa capacidade de compreender que a comunicação está plenamente articulada à sociedade que vivemos. Ela é irreversivelmente essencial à nossa cultura, economia, política, enfim, em todos os aspectos de nossa vida em sociedade. Como futuros analistas e desenvolvedores de sistemas, a comunicação é imprescindível em nossa atividade profissional, pois dela surge toda produção de nosso labor, que vai desde a criação de determinado software, produzido em determinada linguagem de computador, até a transmissão de informações, fatos, ideias ou desejos. 
A metodologia do estudo de caso utilizada no presente trabalho, a criação de uma ONG, foi determinante para que o grupo pudesse vivenciar, na prática, a aplicação dos conhecimentos adquiridos no curso. Esse conhecimento ampliou nossa perspectiva sobre as ferramentas que devem ser utilizadas em uma instituição, seja ela pública ou privada. Auxiliou na aquisição de que toda instituição necessita criar critérios bem definidos para socializar suas atividades e divulgar suas ações a curto, médio e longo prazos. 
Em relação ao tema proposto: Tecnologias Assistivas e a Inclusão Digital da Pessoa com Deficiência, o grupo percebeu a necessidade de assumirmos nossa responsabilidade na inclusão digital. Na sociedade em que vivemos é preciso reafirmar o pensamento de que os seres humanos são complexos em sua essência. Aceitar essa compreensão de forma natural e não preconceituosa é que torna todas as pessoas iguais. A concepção do que se compreende por diferenças ultrapassa as características biológicas, observáveis a olho nu. Elas são construídas pelos sujeitos sociais ao longo do processo histórico e cultural, nos processos de adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de poder. Nem sempre aquilo que se julga como diferença social, histórica e culturalmente construída recebe a mesma interpretação nas diferentes sociedades. Além disso, o modo de ser e de interpretar o mundo também é variado e diverso, e por isso nós, futuros profissionais da área de desenvolvimento de sistemas percebemos como é importante compreender que as diferentes formas de se comunicar nesse mundo são complexas. 
A inclusão precisa ser compreendida em uma perspectiva relacional, onde as características, os atributos ou as formas (re)inventadas pela cultura para distinguir tanto o sujeito quanto o grupo a que ele pertence, dependem do lugar por eles ocupado na sociedade e da relação que mantêm entre si e com os outros. É no convivo diário entre nós, seres humanos, que essa construção precisa ser reiteradamente reforçada.
No decorrer do presente PIM nivelamos a teoria com a prática de forma a propiciar o resultado apresentado inicialmente. Com base neste estudo, conclui-se que o campo de estudo, pesquisa e atuação na área de inclusão digital é amplo podendo o mesmo ser expandido futuramente, de acordo com as necessidades que se apresentarem à frente em nossa área de atuação.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreto Legislativo n. 186, de 9 de jul. de 2008. Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007. Brasília, DF, jul 2008.
BRASIL. Lei n. 8.213, de 24 de jul. de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Brasília, DF, jul. 1991.
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, jul de 2015.
COOK, A.M. & HUSSEY, S. M. (1995) Assistive Technologies: Principles and Practices. St. Louis, Missouri. Mosby – Year Book, Inc, 1995.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1991.
JAPIASSU, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1991.
MORAES, W. Multidisciplinaridade da inovação tecnológica. In: Revista Scitis, vol. 1, São Paulo: Universidade Paulista, UNIP, 2015. - Universidade Paulista.
RADABAUGH, Mary Pat. Study on the Financing of Assistive Technology Devices of Services for Individuals with Disabilities - A report to the president and the congress of the United State, National Council on Disability, Março 1993. Assistiva. Tecnologia e Educação. Disponível em: http://www.assistiva.com.br/. Acesso em: 24 de maio de 2018.
REUNIÃO DO COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS, 7., 2007. Brasília. ATA VII... Brasília: Coordenadoria Nacional para Integração da PessoaPortadora de Deficiência (CORDE), 2007. 4 p.
UNESCO & MEC-Espanha (1994). Declaração de Salamanca e Linha de Ação. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000427.pdf. Acesso em: 25 de maio de 2018.
UNIVERSIDADE PAULISTA. Manual PIM III. Disponível em: https://ava.ead.unip.br/. Acesso em: 25 de maio de 2018.

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