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RESUMO AULA 4 – Introdução à Imunidade Inata, Receptores de Antígenos dos Linfócitos T e B e Geração da diversidade dos receptores de antígenos Introdução à imunidade adaptativa A imunidade adaptativa ocorre depois da resposta inata, que é uma reposta imediata. Se não houver resposta inata, não há resposta adaptativa, elas trabalham integradas. Os receptores da imunidade adaptativa não identificam o próprio do não próprio porque não expressam receptores que reconhecem padrões moleculares (como os macrófagos e células dendríticas) e sim, expressam receptores que identificam particularidades. O sistema imune adaptativo surgiu nos vertebrados mandibulados, desenvolveu-se e evoluiu de acordo com a alimentação. Com a mandíbula, a alimentação tornou-se mais complexa e os animais passaram a entrar em contato com um maior número de substâncias estranhas, surgindo a necessidade de uma imunidade mais específica. Uma característica importante do sistema imune adaptativo, é que ele possui memória imunológica, ou seja, quando entramos em contato com um patógeno pela segunda vez, a reposta a esse patógeno é mais rápida e mais efetiva. Apenas linfócitos fazem parte da imunidade adaptativa. Linfócitos são produzidos na medula óssea e nenhum deles saem prontos da medula; eles entram na circulação sem os receptores de antígenos, e só os recebem no timo (no caso do linfócito T) ou na própria medula óssea (no caso do linfócito B). Linfócitos T Podem ser divididos em CD4 e CD8. Os CD4 ainda podem ser divididos em Th1, Th2, Treg, Th17 Os linfócitos CD4 são chamados de linfócitos auxiliares e têm como função auxiliar outras células a exercer suas funções. Os linfócitos CD8 são chamados linfócitos citotóxicos e são responsáveis por matar celular infectadas. Linfócitos B Os linfócitos B são divididos em linfócitos B convencionais (ou adaptativos) que são responsáveis por secretar anticorpos e linfócitos não convencionais que possuem ação citotóxica. Receptores de antígenos dos linfócitos B Vamos entender quem são esses receptores – eles são os anticorpos. Além de secretar anticorpos, os receptores dos linfócitos B são anticorpos ligados à sua membrana. Os anticorpos são proteínas formadas por três domínios globulares. Possuem uma cadeia pesada e uma cadeia leve K ou λ . O domínio variável é o domínio que reconhece o antígeno. O domínio constante permanece ligado à membrana plasmática e determina a função do anticorpo. Ligação Antígeno – Anticorpo: o anticorpo se liga diretamente ao antígeno de maneira conformacional. Determinante conformacional – anticorpo reconhece partes das moléculas do antígeno e se liga somente quando ele se encontra na conformação nativa, na qual o determinante está preservado; Determinante linear – anticorpo se liga ao determinante na forma desnaturada. Definições importantes: ANTÍGENO – toda substância que pode ser reconhecida por um linfócito. EPÍTOPO – determinante antigênico, é a parte do antígeno que se liga ao anticorpo. AFINIDADE – força da ligação. ESPECIFICIDADE – se ligam a particularidades. Receptor de antígeno linfócito T (TCR) Não são secretados, são formados por dois domínios globulares, um domínio estável e um domínio variável que reconhece o antígeno. O TCR é incapaz de reconhecer diretamente o antígeno, ele não reconhece o antígeno em sua conformação nativa, apenas reconhece peptídeos (pedacinhos de proteínas que foram processadas) ligados a moléculas de MHC. O reconhecimento é restrito ao reconhecimento do próprio MHC. Geração de diversidade de Receptores Existem atualmente cerca de 1016 receptores diferentes. Toda essa diversidade é devida a recombinação somática de segmentos gênicos. Existem dois genes que codificam as cadeias leves K ou λ e um gene que codifica a cadeia pesada. Cada gene possui fragmentos diferentes: variáveis e juncionais. O gene da cadeia pesada, por exemplo, possui 65 fragmentos variáveis, 27 pedaços gênicos responsáveis pela diversidade, 6 pedaços juncionais e a porção constante. Ex: Anticorpo IgG tem a porção constante G, anticorpo IgM possui a porção constante M. Isso diferencia os anticorpos uns dos outros. Sequências sinais de recombinação – sequências nas quais o DNA é flanqueado para se recombinar com outro fragmento. Essas sequências são palindrômicas, ou seja, são complementares entre si. A sequência pode ser cortada em qualquer lugar quando é reconhecida. Quando cortada, ocorre a inserção de novos nucleotídeos pela enzima TdT até que se formem fitas complementares para o DNA parear novamente. Os nucleotídeos inseridos são denominados nucleotídeos N. Os genes rearranjados são transcritos e traduzidos gerando as proteínas de cadeia leve e cadeia pesada. Resumindo: Endonucleases clivam a fita de DNA gerando nucleotídeos P; TdT insere nucleotídeos N (aumento da diversidade); Pareamento de fitas; Diversidade das moléculas de anticorpos: Inúmeras possibilidades de combinação entre os fragmentos VDJ e VJ; Junções imprecisas; Inserção de nucleotídeos pela enzima TdT; O sítio de ligação do antígeno é formado pela combinação entre a porção variável da cadeia leve e as porções variáveis da cadeia pesada; Assim, cada linfócito B possui um ÚNICO tipo de receptor. Geração do TCR O rearranjo acontece no timo. Dois genes, um codifica a cadeia α, idêntica à cadeia leve (VJ) e outro codifica a cadeia β, idêntica à cadeia pesada da imunoglobulina (VDJ). � EMBED PBrush ��� _1394010409/þw
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